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FACULDADE MULTIVIX - VITÓRIA CECILIA KETANEY DE OLIVEIRA CRUZ ELISA RIBET BASSANI LUIZ GUSTAVO R. SANTOS THAMYRIS NUNES SANTANA VANIA COSTA SOUZA AFETO, COGNIÇÃO E APRENDIZAGEM VITÓRIA – ES 2022/1 2 CECILIA KETANEY DE OLIVEIRA CRUZ ELISA RIBET BASSANI LUIZ GUSTAVO R. SANTOS THAMYRIS NUNES SANTANA VANIA COSTA SOUZA AFETO, COGNIÇÃO E APRENDIZAGEM Trabalho apresentado ao curso de Graduação de Psicologia da faculdade brasileira Multivix-Vitória, como requisito parcial para aprovação na disciplina: Aprendizagem e Intervenção sob supervisão da Profa. Dra. Adriana Elisa de Alencar Macedo VITÓRIA – ES 2022/1 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 04 2. OBJETIVOS .................................................................................................. 05 3. DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 05 3.1 Professor ..................................................................................................... 06 3.2 Ligação da família na Escola ..................................................................... 06 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 07 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 09 REFÊRENCIAS 4 1- INTRODUÇÃO Afetividade é a mistura de todos os sentimentos como: amor, motivação, ciúme, raiva e etc, sendo o processo mais profundo e complexo de que o ser humano pode participar. Aprender a cuidar adequadamente de todos nas emoções é que vai proporcionar ao sujeito uma vida emocional plena e equilibrada. Levando em consideração que todo processo de educação significa também a constituição de um sujeito, a criança seja em casa, na escola ou em outro lugar, está se constituindo como ser humano. Através de suas experiências com o outro, naquele lugar e naquele momento. A construção do real acontece, através de informações e desafios sobre as coisas do mundo, mas o aspecto afetivo nesta construção continua, sempre, muito presente. A relação entre cognição e aprendizagem é que a cognição é um processo que resulta num comportamento ou resposta aprendida. Como resultado dessa relação, o aprendizado ocorre através de muitas formas de comportamento cognitivo. Apesar da aprendizagem e cognição parecer de forma semelhante, elas são definidas de forma diferente. A aprendizagem é definida como uma atividade ou processo que resulta em conhecimento sendo adquirido. Cognição é definida como o ato ou processo de conhecer. Um fator importante da relação entre aprendizagem e cognição é a motivação. Quanto maiores os estímulos do ambiente de uma pessoa, maior a ênfase na aprendizagem de um novo comportamento. Através deste processo, o feedback positivo e negativo que recebe ajuda a governar processos que são mantidos e os quais são descartados. A falta de vínculo, afeto e comunicação, entre o professor e aluno, é um dos maiores desafios da educação brasileira, ocasionando no desinteresse dos estudantes em aprender. 5 2- OBJETIVOS Analisar se há relação entre afetividade, cognição e aprendizagem; Coompreender o conceito de aprendizagem, afeto e cognição; reforçar as práticas e ideias de ensinos para elaboração de diferente forma de aprendizagem, com o intuito de garantir os alunos diferente níveis de desempenho, desde o mais simples ao mais complexos. 3- DESENVOLVIMENTO Segundo Wallon (1995), a afetividade desempenha um papel fundamental na construção do ensinamento, envolvendo manifestações dos sentimentos (origem psicológica) e emoções (origem biológica). Para Jean Piaget (1896-1980), o desenvolvimento cognitivo, que é a base da aprendizagem, se dá por assimilação e acomodação. O afeto é fundamental para ocorrer o desenvolvimento do raciocínio e inteligência: vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis. De acordo com Lev Vygotsky (1896-1934), a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o convívio com outras pessoas e seus recursos culturais presentes no ambiente, farão com que o indivíduo se desenvolva. Dessa maneira, esses grandes nomes no estudo do desenvolvimento da aprendizagem contribuíram para a evolução do processo da educação. Eles acreditavam na importância do afeto dentro da metodologia da construção do aprendizado. O afeto é parte importante na convivência do ser-humano, dentro ou fora da sala de aula, o grande obstáculo é transferi-lo para dentro do ambiente cognitivo. É importante ressaltar que essa pratica não é necessariamente abraçar de forma física, como carinhos e abraços, mas sim emocionalmente, buscando conhecer a etapa de cada um e praticando formas de auxiliar na aprendizagem. Cada um têm diferentes formas de pensar e é de grande importância o docente, que é figura autoritária, saber construir uma relação pautada em seus alunos de acordo com seus aspectos, seja ele físico, motor, social e afetivo. A afetividade no campo educativo é vista como um vínculo, laço que une professor e aluno, sendo um fator importante que tem como objetivo central promover a ligação de confiança. 6 3.1 – Professor Para Cury (2003) as escolas não estão conseguindo educar a emoção, elas estão gerando jovens insensíveis, hipersensíveis ou alienados. Sendo assim, o professor tem papel fundamental na formação de uma emoção rica, protegida e integrada. Ele destaca ainda a importância do professor, que mesmo com suas limitações, é fundamental para afetar seus alunos. Mediante sua vivência, seu agir, seu falar, enfim, sua conduta perante a turma. Entendemos anteriormente que para que a aprendizagem seja efetiva é preciso que haja um clima afetivo na sala de aula, sendo as interações professor- aluno a primeira condição para que ocorra aprendizado. Através do diálogo, do respeito e da troca de experiência, que a criança terá confiança e prosseguirá no aprendizado. Um professor que permita esta relação será mais bem sucedido e promoverá a curiosidade e motivação necessária para alcançar o sucesso da aprendizagem de seus alunos. Porém, devemos nos lembrar que professores também são seres humanos, que passa por dias bons e ruins. O sorriso de um aluno ou até mesmo um complemento, pode mudar totalmente o seu dia-a-dia. Deste modo, reforçar o respeito em sala de aula é fundamental para gerar um ambiente positivo na sala de aula. Respeito e autoridade são duas palavras importantes para essa convivência. 3.2 – Ligação da familia na Escola O aluno não aprende somente em sala de aula, mas também em casa, com sua família, pois nela se encontra o primeiro grupo com o qual a pessoa convive. A família tem como seu principal fundamento fornecer a educação de forma direta, de dever da família a construção de tornar a criança como base ética de cidadania. Paulo Freire (1996) reforça em suas obras a importância não só do estado, mas também da família presente no desenvolvimento educacional do aluno. Dessa forma, a afetividade não se restringe apenas a sala de aula e a relação professor-aluno, mas primeiramente deve estar inserida no ambiente familiar. 7 4- RESULTADOS E DISCUSSÕES A função do educador não é simplesmente exigir tarefas prontas de forma tradicional e sim conhecer o processo de cada aluno. Um de cada vez, pois somos todos diferentes, cada um com seu grau de dificuldade. É de extrema importância conhecer e avaliar particularmente seus alunos, ajudando em sua dificuldade que sãoúnicas e muitas das vezes jogada de lado. A importância da aplicação da taxonomia, que nada mais é do que a área da biologia que identifica a classificação do organismo de cada seres vivos, desenvolvida por Benjamin S. Bloom (1913-1999) - psicólogo e pedagogo que fez grande descobrimento no campo da aprendizagem - proporcionou aos educadores que aplicassem aos alunos três objetivos principais, classificados a partir dos domínios: cognitivo, afetivo e psicomotor. A Taxonomia de Bloom do Domínio Cognitivo é estruturada. Tendo como grande objetivo auxiliar os alunos a elaboração de seus pensamentos em sala de aula. Existem duas versões: a primeira que foi a original criada por Bloom e a segunda, que veio como revisão em 1999, criada por Dr. Lorin Anderson, um antigo aluno de Bloom, realizando a troca de verbos em vez de substantivos, como por exemplo, a palavra conhecimento que foi substituída para lembranças e síntese para criação. Para aplicar a Taxonomia de Bloom o educador deve manter um plano de aula e atividades de forma que cada aluno consiga alcançar o seu objetivo de acordo com seu tempo de aprendizagem. Abaixo estão as características das 5 etapas da Taxonomia de Bloom, aplicada de forma individual em cada aluno. 1° Conhecimento: A importância do aluno de absorver o conhecimento através da vivencia, o professional com sua sabedoria sobre determinado tema, deve-se passar adiante para seus alunos de forma mais clara e objetiva, para que ele possa entender a transmissão do conhecimento com a elaboração do seu professor em sala de aula. 2° Compreensão: A importância de esquematizar e relacionar o que foi aprendido, explicando ao aluno de forma demonstrativa o que pode ser desenvolvido através do conhecimento em determinada matéria, utilizando formas de resolução em conjunto para que todos entenda passo a passo da questão ao ser desenvolvida. 3° Aplicação: A importância de conhecer em qual nível a cada aluno se encontra, a aplicação é passada através do resultado do que foi aprendido, conhecendo a capacidade de cada um sobre traduzir o que foi aprendido em sala, exemplo, uma 8 questão de matemática, após o professor passar a matéria, ensinando os números, chegou a vez de aplicar algumas perguntas sobre a matéria, como um exercício, colocando o aluno para resolver alguns problemas e assim conhecer as suas dificuldades. 4° Analise: Examinar cuidadosamente o que cada aluno aprendeu, conhecer seu grau de aprendizagem na determinada matéria, examinando o que pode ser feito para reverter a situação do aluno, é de extrema importância diagnosticar o que foi aprendido pelo o aluno e direcionar o mesmo para um método que possa facilitar o seu entendimento. 5° Síntese: A forma de criar novas estratégias para estabelecer um conhecimento diferente do que foi ensinado anteriormente, o professor deve-se reunir métodos em poucas palavras, para que o aluno possa absorver com um pouco menos de detalhes sobre o que foi ensinado, pontuando informação em um caminho especifico para o aluno com dificuldade entender o que foi ensinado. 6° Avaliação: A avaliação é criada através da pratica de como o aluno aprendeu, julgando o mesmo de forma elaborada, encima de situações e desafios a qual pode ser aplicada o que foi ensinado, respeitando suas opiniões para que possa ser concluído o nível em que o aluno se encontra e por fim equilibrar o nível de dificuldade do mesmo. 9 5- CONSIDERAÇÕES FINAIS Portanto, podemos concluir que a importância da pedagogia afetiva surge através da necessidade de ensinar o aluno de forma solidaria, respeito, sensibilidade e principalmente a criatividade em sala. O afeto cognitivo é o caminho mais coerente para tornar uma criança melhor no futuro. Se esse método fosse aplicado desde a infância a chance de abono escolar poderia diminuir para um numero menor de alunos, pois a compreensão do professor em se colocar no lugar do aluno estabelece um vínculo, gerando uma confiança e ao mesmo tempo prazer em aprender. A coordenação da escola é o grande central, com um grande objetivo de criar um espaço de pelo menos 01 dia em cada 05 aulas para cada professor, para entender e compreender a sua turma. Gerando mais tempo de convívio para dialogar com seus alunos e conhecer a dificuldade de cada um, abrindo uma pauta de ensinar através do desenvolvimento de conhecer e encontrar a dificuldade de cada um, sendo não apenas o professor, mas sim alguém de grande confiança. Reforçando que a educação afetiva não é demostrar de beijos e abraços, um educador afetivo vai muito além disso, pois não adianta a demonstração de afeto ligada à carinho e não ir além no ensinamento da criança em explorar o ambiente. A educação afetiva elabora as ideias e opinião dos alunos, demostrando que elas são capazes de absorver informações e passar adiante. Ser afetivo é permitir esse espaço aos alunos, pois eles são capazes de ter ideias diferentes e muitas vezes até melhores. 10 REFERÊNCIAS 1 - Bezerra, Ricardo José Lima. "Afetividade como condição para a aprendizagem: Henri Wallon e o desenvolvimento cognitivo da criança a partir da emoção." (2006). 2- Castro, Nelimar Ribeiro de. "Afetividade e dificuldades de aprendizagem: uma abordagem psicoeducacional." (2007): 113-114. 3- Cavalcante, Raquel Maria Santos. "Henri Wallon, afeto e aprendizagem: um percurso teórico." (2018). 4- CURY, Augusto Jorge. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. 5- Da Silva, Bruna Gabriel, et al. "AFETIVIDADE E PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM: CONTRIBUIÇÕES DE HENRI WALLON À PRÁTICA PEDAGÓGICA." 6- De Paula, Sandra Regina, and MA de FARIA. "Afetividade na aprendizagem." Revista Eletrônica Saberes da Educação 1.1-2010 (2010). 7- Ferreira, Aurino Lima, and Nadja Maria Acioly-Régnier. "Contribuições de Henri Wallon à relação cognição e afetividade na educação." Educar em Revista 36 (2010): 21-38. 8- GALHARDI, Antonio César, and Marilia Macorin de AZEVEDO. "Avaliações de aprendizagem: o uso da taxonomia de Bloom." Anais do VII Workshop Pós- graduação e Pesquisa do Centro Paula Souza, São Paulo. Vol. 1. No. 1. 2013. 9- Gomes, Cláudia Aparecida Valderramas. "A relação sujeito-objeto e a unidade afetivo-cognitiva: contribuições para a Psicologia e para a Educação." Psicologia Escolar e Educacional 18 (2014): 161-167. 11 10- Lizuka, E. S. "Inovação em ensino e aprendizagem: casos de cursos de Administração do Brasil." (2019). 11 - Menegolla, M., Sant'Anna, I. M. (2011). Por que planejar? Como planejar? Currículo, área, aula. Brasil: Editora Vozes. 12- Munhoz, A. S. (2016). ABP. Aprendizagem Baseada em Problemas: ferramenta de apoio ao docente no processo de ensino e aprendizagem. Brasil: Cengage Learning Edições Ltda.. 13- Silva, Márcia Lustosa, Valmira Amariz Cruz, and Frederico Fonseca Silva. "A dimensão afetiva e sua abordagem no processo de ensino-apren: Uma abordagem sociocognitiva." Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental 18.4 (2014): 1303-1311. 14- Wallon e a Educação. ln: Henri Wallon: Psicologia e educação. São Paulo: Loyola, 2000. MAHONEY, Abigail Alvarenga. FACULDADE MULTIVIX - VITÓRIA VITÓRIA – ES 2022/1 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO 4- RESULTADOS E DISCUSSÕES 5- CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
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