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Semiologia do pâncreas e baço

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Semiologia do pâncreas 
Fundamentos de anatomia e fisiologia 
 Função endócrina: secreta insulina, glucagon, polipeptídios pancreáticos e somatostatina. 
(Produzidos nas ilhotas de Langerhans). 
 Função exócrina: células acinares, formam os ácinos  atuam nos processos digestivos. 
Algumas enzimas: amilolíticas, proteolíticas e nucleolíticas. 
Algumas proteínas: albumina, lactoferrina, litostina e outras. 
 De modo geral, o simpático inibe e o parassimpático estimula a secreção pancreática exócrina. 
Anamnese 
 Pancreatite aguda é mais frequente no sexo feminino, enquanto a crônica, no masculino. 
 Uso de bebidas alcoólicas  pancreatite crônica. 
Sinais e sintomas 
 Dor: sintoma mais frequente, sobretudo nas pancreatites. 
 Dor aguda: branda ou muito intensa, aumentando gradualmente ou se agravando em 
curto espaço de tempo. Costuma ser contínua e durar horas. A localização mais comum 
é nas regiões epigástrica e do hipocôndrio esquerdo. Eventualmente é retroesternal. Em 
geral, irradia para o dorso. Piora com alimentação e pode diminuir quando o paciente se 
inclina para a frente ou comprime o tórax com os joelhos. 
 Dor na pancreatite crônica: Pode não ocorrer dor ou ser substituída por leve mal-estar 
epigástrico, em 50% dos pacientes. Apresenta estreita relação com a ingestão de 
bebidas alcoólicas. Nos pacientes que bebem apenas nos fins de semana, a dor é 
intermitente, ocorrendo 12 a 48 horas após o último drinque, durando de poucas horas a 
vários dias. 
 Náuseas e vômitos: O vômito geralmente é de difícil controle, podendo levar, rapidamente, a 
desequilíbrio hidroeletrolítico  vômito em jato. 
 Emagrecimento: Costuma estar presente na evolução da pancreatite crônica, decorrente da 
insuficiência exócrina e da endócrina. Na pancreatite aguda, o emagrecimento é devido ao 
jejum prolongado e ao acentuado catabolismo ao se instalar o processo inflamatório. 
 Anorexia: mais frequente na presença de neoplasias. 
 Astenia: A associação de anorexia, astenia e emagrecimento sugere sempre neoplasia maligna. 
 Icterícia: Pode ser discreta e fugaz na pancreatite aguda, principalmente na forma edematosa, 
por uma das seguintes razões: (1) obstrução do colédoco terminal, determinando a icterícia e a 
própria pancreatite; (2) edema do tecido pancreático, comprimindo o colédoco intrapancreático 
e causando a icterícia ou contribuindo para o aumento da obstrução. 
 Prurido, colúria e acolia fecal. 
 Diarreia: Na vigência de insuficiência pancreática, as fezes são volumosas, pastosas, 
brilhantes, de odor rançoso, coloração pálida, deixando traços ou camada oleosa sobre a água 
do vaso sanitário (esteatorreia). 
 Síndrome de má absorção: (Hipovitaminose de vitaminas lipossolúveis ADEK). 
 Esteatorreia: Perda de gordura nas fezes. Ocorre quando aproximadamente 70% da 
glândula estão destruídos. 
 Creatorreia: Perda de proteínas nas fezes. 
 Diabetes: de caráter instável, variando entre hiper e hipoglicemia. 
 Hemorragias: Na pancreatite aguda e na agudização da forma crônica ocorrem hemorragias 
por ruptura de vasos sanguíneos devido à digestão das paredes pelas enzimas pancreáticas 
ativadas, sobretudo a elastase. O sangue extravasado fica restrito à glândula ou às cavidades 
retroperitoneal e peritoneal. Em algumas situações, contudo, o sangramento pode exteriorizar-
se sob a forma de hemorragia digestiva, quando houver comunicação do vaso com o canal 
pancreático ou com uma fístula pancreatodigestiva. 
 Sinal de Cullen: equimose peri-umbilical 
 Sinal de Grey-Turner: equimose em região de flancos. 
 Outros: íleo paralítico (hipocalemia), distensão abdominal, sinais de insuficiência pulmonar e 
insuficiência renal, fratura de Chance L2, Hiperparatireoidismo (pth elevado – hipercalcemia – 
depósito de cálcio nos ductos pancreáticos), úlcera péptica, desnutrição, medicamentos 
(furosemida, azatioprina, 5 asa). 
Exame físico 
 Hepatomegalia: Frente a uma afecção crônica do pâncreas associada ao alcoolismo, o achado 
de fígado aumentado sugere a concomitância de hepatopatia alcoólica. 
 Esplenomegalia: Pode haver aumento do baço na pancreatite crônica e, neste caso, duas 
possibilidades deverão ser pesquisadas: trombose da veia esplênica ou da veia porta e 
associação à doença crônica do fígado, ambas levando à hipertensão portal. 
 Ascite: A ascite de causa pancreática é caracterizada por sua alta concentração em amilase e, às 
vezes, por seu aspecto serossanguinolento, observável na vigência de ruptura de cisto necro-
hemorrágico para o interior da cavidade peritoneal, no decorrer de uma pancreatite aguda ou 
crônica agudizada. O líquido é claro ou citrino quando se tratar de ruptura de cisto de retenção 
das pancreatites crônicas. 
 Derrame pleural: Mais frequente à esquerda. O líquido pleural caracteriza-se pelo seu alto 
teor em amilase, semelhante ao que ocorre na ascite. 
 Sinal de Courvoisier: Denomina-se sinal de Courvoisier a presença de vesícula biliar palpável 
e visível em paciente ictérico. Caracteriza a obstrução prolongada do colédoco terminal. 
Neoplasia da cabeça do pâncreas é a sua principal causa. 
Exames complementares 
 Dosagens bioquímicas: 
 Amilase: pico 24-48 horas, normal no quarto dia. 
 Lipase: aumenta a partir do segundo dia, persiste elevada por até 14 dias. 
 Cálcio: se diminuir  prognóstico desfavorável. 
 RX, USG, RNM, PT e Tomografia (padrão ouro). 
Doenças do pâncreas 
Síndrome de insuficiência pancreática 
É o resultado de qualquer das afecções pancreáticas que cursam de forma crônica. 
 Os pacientes apresentam dor, perda de peso, icterícia, má absorção e, finalmente, diabetes. 
Pancreatite aguda 
 Principal causa: colelitíase. 
 Dor abdominal de intensidade variável. 
 Dor epigastro – hipocôndrio esquerdo, irradia para o dorso, em faixa. 
 Náuseas e vômitos 
 Desidratação. 
 Parada da eliminação de gases. 
 Choque hipovolêmico. 
 Complicações tardias: pseudocistos e necrose infectada – massas epigastro após uma semana 
de evolução. 
 Hemograma: anemia necrohemorrágica, leucocitose com desvio a esquerda – infecção. 
 Amilase: 5 vezes acima do normal. 
 Lipase: marcador de agressão. 
 Cálcio: queda = pior prognóstico. 
 RX simples de abdome: alça em sentinela; cólon amputado. 
 RX de tórax: derrame pleural; pneumoperitônio. 
 USG de abdome total: hipoegogenicidade – necrose/hemorragia; cistos, abcessos, afecções 
biliares. 
 TC de abdome superior: padrão ouro. 
Pancreatite crônica 
 Dor: dura 1 a 3 horas, após a alimentação ou ingesta de álcool. 
 Emagrecimento. 
 Icterícia. 
 Diarreia. 
 Diabetes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semiologia do baço 
Considerações importantes 
 Em condições normais, não é palpável. 
 Causas de esplenomegalia: 
 Infecciosas/inflamatórias: sepse, abcesso, endocardite, tuberculose, sífilis, lúpus. 
 Hipertensão portal: cirrose, trombose de veia porta. 
 Hiperplásicas: anemias hemolíticas, púrpura, lúpus. 
 Metaplasias. 
 Doenças metabólicas: mucopolissacaridoses, DM. 
 Linfomas, leucemias. 
 Cistos. 
 Câncer. 
Palpação 
 Paciente em Posição de Schuster: 
 Percutir o espaço de traube antes. 
 Mãos no rebordo costal esquerdo. Acompanhar a respiração do paciente. 
 Expiração: mãos na parede, sem compressão. 
 Inspiração: mãos comprimem e movimentam para cima, buscando a borda. 
 Diagnóstico diferencial para esplenomegalia: tumores renais, rim policístico, CA de ângulo 
esplênico cólon, pseudocisto pancreático.

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