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A burocracia como sustentação de base das organizações formais

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ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: ANGILBERTO SABINO
Almir Júnior
Davi Alves da silva
Jonas Lima
Reinaldo Júnior
RIO DE JANEIRO, 06 DE ABRIL DE 2022.
INTRODUÇÃO
A seguir abordaremos sobre concepção de burocracia, e de como tem sido amplamente estudada em diversas áreas do conhecimento, onde sua grande contribuição sobre o tema tenha sido realizada por Max Weber, foi um ponto de partida para pesquisadores de diversas correntes epistemológicas. Onde o mesmo, defendia a burocracia como uma estrutura formal da organização, com base nas organizações humanas. Em contra partida, mostraremos a burocracia de Prestes Motta, com uma outra forma de tratamento da teoria da administração, visando as relações de dominação das mais variadas espécies. 
A BUROCRACIA COMO SUSTENTAÇÃO DE BASE DAS ORGANIZAÇÕES FORMAIS 
Para uma compreensão acerca da teoria Burocrática da Administração, em primeiro momento , é preciso entender o conceito de burocracia. Trazendo referências além do popular, como uma estrutura emperrada, geralmente encontrada em instituições públicas mas também na esfera privada. Nesse sentido, apresentamos um outro conceito da burocracia como solução, para que as organizações evitem arbitrariedades. Estamos nos referindo a burocracia de Max Weber. 
A burocracia Weber, defendia uma estruturação formal da organização, permitindo, uma organização nas atividades humanas, e a realização de objetivos comuns no longo prazo. Sendo uma definição fundamental para outros estudiosos darem segmentos, além da administração permitindo melhorias nas organizações.
A ideia de burocracia proposta por Weber, está relacionada ao conceito de autoridade, descrita através de três formas de autoridade: 
· Autoridade tradicional: baseada em tradições e costumes e práticas passadas de uma cultura. Pode ser encontrada nas figuras dos patriarcas e anciões, principalmente das sociedades antigas, apesar de ainda hoje existirem. Nesse caso, a legitimidade da autoridade é assegurada pelas tradições religiosas, crenças e costumes sociais. Acredita-se que ela é sagrada.
· Autoridade carismática: baseada nas características físicas e/ou de personalidade do líder em questão. Os seguidores reverenciam seus feitos, sua história e qualidades pessoais. A autoridade carismática tem como desvantagens o fato de poder ser passageira, uma vez que se segura no reconhecimento por parte do grupo e por não deixar sucessores certos.
· Autoridade racional-legal: é aquela garantida por regras e normas oriundas de um regulamento que é, por sua vez, reconhecido e aceito pelo grupo. Aqui, deve-se seguir os comandos da pessoa que ocupa o cargo, independente de quem seja. A autoridade está no cargo e não na pessoa que o exerce.
Weber acreditava que a autoridade racional-legal era a mais adequada para o ambiente corporativo, por não ser personalista comparada as outras duas formas. A partir desse modelo de autoridade têm início, a um novo tipo de organização, chamado por Weber de Burocrática. Essa organização apresentaria os seguintes princípios essenciais:
· Divisão de funções e tarefas feita de forma racional, sustentando-se rigorosamente em regras e normas específicas com o objetivo de permitir a execução das atividades necessárias para se alcançar os objetivos da organização;
· Hierarquia definida por regras explícitas. Os direitos e deveres de cada cargo, bem como o exercício da autoridade (racional-legal) e seus limites sustentam-se legalmente;
· A contratação de funcionários é realizada baseando-se em regras previamente estabelecidas, visando garantir igualdade formal. Somente um indivíduo com preparo técnico adequado segundo quesitos pré-estabelecidos poderia se juntar ao quadro funcional da empresa;
· Equiparação salarial para o exercício de posições e funções semelhantes;
· Avanços na carreira são regulados por normas e critérios objetivos. O favoritismo e as relações pessoais não são levados em consideração;
· Separação total entre função e as características pessoais da pessoa que a exerce;
· Regras e normas que ditam os direitos e deveres devem ser seguidas por todos, conforme o cargo e a função.
Uma das críticas que se faz ao Modelo Burocrático é o enfoque baseado na previsibilidade e estabilidade, sem levar em consideração as alterações no cenário externo, a qualificação dos membros da organização e a tecnologia e seus avanços. A Teoria Burocrática possui uma postura altamente técnica e mecanicista. Além disso, a preocupação é apenas com a estrutura e seu conjunto de cargos e funções. O comportamento pessoal das pessoas não é levado em consideração.
Max Weber definia o "objeto da sociologia é a captação de sentido da ação humana, à medida que o conhecimento de um fenômeno social implica a extração do conteúdo simbólico da ação que o configura" (FARIA, 1983, p. 23). Para explicar os processos particulares "Weber propõe a utilização dos chamados 'tipos ideais', que representam o primeiro nível de generalização de conceitos abstratos" (FARIA, 1983, p. 23). É com base neste método que Weber analisa o fenômeno da burocracia (WEBER, 1974; 1982; 1989).
A análise do processo de racionalização da sociedade na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. trazendo mediação das relações sociais que antes eram baseadas na tradição e no carisma, uma racionalidade instrumental-legal se institui e modifica as relações sociais, trazendo uma consolidação da razão materializada da burocracia durante esse processo histórico. Nessa perspectiva, Max Weber traz uma compreensão da análise burocrática do sistema de produção de outras sociedades deslocadas e dentro de seu tempo histórico, com características da burocracia moderna de uma racionalização estabelecida dentro do sistema capitalista de produção.
 Desse modo, a burocracia quando analisada individual, perde um pouco o sentido, pois traz uma racionalidade de um modo de produção específico, além de uma vantagem técnica na organização burocrática no capitalismo, e uma superioridade puramente técnica sobre qualquer outra forma de organização. O mecanismo burocrático plenamente desenvolvido compara-se às outras organizações exatamente da mesma forma pela qual a máquina se compara aos modos não mecânicos de produção. 
PERSPECTIVA DA BUROCRACIA EM PRESTES MOTTA
Prestes Motta traz uma outra forma de tratamento da teoria da administração, visando as relações de dominação das mais variadas espécies, com diferentes enfoques, que reproduzem uma visão fundamental na coordenação das organizações. Tanto que Motta sugere que apenas uma autogestão seria capaz de propor estrutura de poder diferenciada" (FARIA, 2003, p. 164). 
Assim é que, ao tratar especificamente da teoria das organizações, Prestes Motta (2001) afirma que as teorias organizacional e administrativa devem ser analisadas como "ideologia do poder", pois ocultam o próprio poder e as contradições que lhes são inerentes, bem como a forma como a tecnoburocracia vê a organização, "base última de seu poder".
Prestes Motta é um estudioso, que têm como base as obras de Weber e de Marx, onde seus estudos trouxe um esclarecimento na relação do sistema de produção capitalista, com os elementos da infraestrutura pode formar a burocracia. A ligação advém de um processo de racionalização, provocada por condições específicas da produção. Prestes Motta (1981, p. 7) afirma que a "burocracia é uma estrutura social na qual a direção das atividades coletivas fica a cargo de um aparelho impessoal hierarquicamente organizado, que deve agir segundo critérios impessoais e métodos racionais".
A burocracia nasce das relações de produção, consolida-se no Estado como forma organizada de controle social e amplia-se com as organizações de modo geral. Desse modo a sociedade moderna têm se tornada uma sociedade de organizações burocráticas submetidas a uma grande organização burocrática, descrita por Motta como o Estado. Uma das características apresentadas na burocracia, é o estado segurança e conformismo, que traz uma troca de trabalho assalariado entre a maioria daspessoas, demostrando a participação de grandes organizações impessoais e a vida em comunidade perde sentido.
 O próprio trabalho perde significação, conforme as necessidades das pessoas são manipuladas por meio das relações entre produção e consumo, orientando a vida das pessoas. Com isso, o comportamento passa a ser disciplinado e caracterizado como irresponsabilidade social, caso o comportamento padrão não seja seguido. Demostrando uma esfera política onde a participação das pessoas perde sentido, sobretudo, pela falta de participação nas tomadas de decisões importantes, e acabam fortalecendo a aparência de que a democracia é efetivamente o regime político dominante. 
Assim, a burocracia como poder, ocorre através dos partidos políticos e sindicatos, vistos como organizações burocráticas que criam a falsa sensação de participação democrática nas decisões políticas da sociedade. Tendo o processo de burocratização no contexto do sistema de produção capitalista, como um fenômeno universal e, que faz parte de um sistema antagônico próprio do sistema de capital. Sendo a burocracia um instrumento da classe dominante que impõe sua ascendência sobre as demais classes. Essa dominação é feita pelas organizações (empresas, escola, partidos, sindicatos e outros) e pelo Estado, por meio do estabelecimento de um modo de vida específico, de acordo com os interesses do capital.
A unidade de poder da burocracia é a organização, representada principalmente pela empresa capitalista. A integração dessa unidade é feita pelo Estado, que desempenha papel fundamental para manter a concentração de poder. O Estado é descrito como uma organização burocrática fundamental, que consolida uma elite política associada à classe dominante e criando, além disso, um corpo de funcionários hierarquicamente organizados para se ocuparem da administração. Procura-se manter, com essa organização, a ordem interna, além de proteger o Estado constituído das ameaças externas, com objetivo em manter o poder disciplinador de políticas que promovam consenso social, visando manter a própria burocracia.
Prestes Motta ainda afirma, que o poder do Estado e da burocracia em geral está associado principalmente a uma forma específica de dominação: a racional-legal, Estabelecida em relação às leis e à ordem legal, cujos principais instrumentos de controle, dentro de uma estrutura social específica, se constituem nas próprias regras, que necessitam de caráter impessoal para serem aceitas pela coletividade.
A burocracia de controle, traz uma reprodução na estrutura social de uma formação social. Essa reprodução significa uma recriação ampliada das condições de produção em uma dada sociedade, em um dado sistema econômico. Que por consequência reproduzem também nas classes sociais, na organização de trabalho faz com que o trabalhador domine de forma insignificante o processo produtivo, permitindo ao capitalista controlar o produto final. Assim, o expediente de controle do produto passa a ser do capitalista, e o trabalhador vende sua força de trabalho em troca de sua autonomia. 
As organizações burocráticas, não está associado apenas à produção de riquezas, de capital e das demais mercadorias e serviços, e, tampouco, à reprodução da mão de obra como força de trabalho ou garantia da sobrevivência do trabalhador por meio do salário. Constituindo o controle social, por meio do estabelecimento das relações de poder, que sempre ocorrem entre desiguais. As organizações burocráticas servem de unidades de dominação, sendo, igualmente, responsáveis pela inculcação ideológica, pela adoção da submissão, pelos comportamentos controlados e socialmente aceitos, todos entendidos como naturais. Assim, a organização burocrática configura-se numa estrutura de controle e poder. 
Considerações finais
Com base na administração burocrática de Max Weber, foi possível perceber um ajustamento das ações individuais, de um padrão organizacional de articulação das atividades que o indivíduo realiza corretamente em lugares certos. Essa burocracia é descrita como um método eficaz, que assegura um bom desenvolvimento das complexas tarefas administrativas, com utilização e propagação decorrente da superioridade de sua eficiência. Constatamos a administração burocrática, como uma racionalidade instrumental, a racionalidade técnica, a razão técnica que alcança o seu ápice com o desenvolvimento do capitalismo monopolista. Racionalidade de tipo econômico, elemento central da concepção de Max Weber, a partir da qual é possível reconhecer alternativas possíveis e antecipar as suas consequências de forma intencional para atingir objetivos determinados mediante a ampla utilização de fundamentos técnico-científicos racionalmente construídos por homens altamente capacitados. É ela que leva a cabo o domínio dos homens sobre as coisas: uma técnica racional destituída de qualquer valor que interfira na separação dinâmica entre os homens e os meios de produção, submetidos à eficácia e à necessidade técnica em atendimento às exigências do racionalismo capitalista.

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