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FUNDAMENTOS DE DIETOTERAPIA

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FUNDAMENTOS DA 
DIETOTERAPIA
Profa. Ms. Tafnes Oliveira
2022.1
O QUE VAMOS 
ESTUDAR
✓ Cenário hospitalar
✓ Conceito, objetivos e aplicação prática da dietoterapia
✓ Atribuições do nutricionista na nutrição clínica
✓ Tipos de dietas hospitalares, suas características, indicações, 
alimentos indicados e evitados
SITUAÇÃO-PROBLEMA
• R.J.A, sexo masculino, 50 anos, casado. Foi admitido no hospital com queixa de dificuldade
e dor para engolir alimentos sólidos e perda de 10 kg em dois meses. Nega diabetes e
hipertensão. Após realizar alguns exames, ele foi diagnosticado com câncer de esôfago e
encaminhado para o setor de internação, onde realizará o tratamento. Na avaliação
antropométrica, foram obtidos os seguintes dados: peso usual, 58 Kg; peso na admissão
hospitalar, 45,9 Kg; estatura, 1,62 m; circunferência do braço, 25 cm; dobra cutânea
tricipital, 7,5 mm e circunferência muscular do braço, 22,6 cm.
Você consegue perceber a importância de conhecer os aspectos 
relacionados à indicação da dietoterapia, ao atendimento 
nutricional, aos conceitos e sua aplicação em nosso dia a dia?
CENÁRIO HOSPITALAR
✓ Fatores como:
• Perda de peso recente e involuntária
• Ossatura aparente (exame físico)
• Redução de apetite
• Ingestão energética inadequada
Ambiente favorável 
para desenvolver 
Detecção e intervenção inadequadas também podem acarretar o 
agravamento do estado nutricional durante a internação!!!!!!!
Desnutrição
• ↑complicações clínicas
• ↑ mortalidade
• ↑ custos
• ↑ tempo de internação → ↑ risco
de agravar-se a desnutrição
300 indivíduos, desses a desnutrição ocorreu em 60,7%. 
CENÁRIO HOSPITALAR
✓ Estudo em hospital público do município de Florianópolis, Santa Catarina, observou:
Índice resto-ingestão de 36,09% 
(ACIMA DO ACEITÁVEL QUE É DE 
20%)→ perda considerável de 
alimentos
Retorno de 53,68%, 33,99% e 
33,84% de dietas especiais com 
sal, normais e especiais sem sal, 
respectivamente
• Condição clínica
• Falta de apetite
• Alterações no paladar
• Mudança de hábitos e da insatisfação com as
preparações e o ambiente hospitalar
CONCEITO E OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA
❖ “Tratamento dos indivíduos portadores de determinada patologia através da alimentação
adequada, considerando-se não só a doença, mas também todas as condições em que se
encontra o indivíduo”
✓ Ofertar ao organismo debilitado nutrientes adequados ao tipo de doença, à condição
física, nutricional e psicológica do paciente, mantendo ou recuperando seu estado
nutricional
✓ Proporcionar bem-estar e qualidade de vida do paciente
As dietas hospitalares não necessitam de ser complementadas por alimentos fornecidos 
por familiares ou outros, provenientes de fora do hospital.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
✓ A DIETA É COADJUVANTE DO TRATAMENTO CLÍNICO
↓ Tempo de internamento
↓ Intercorrências durante a hospitalização
↓ Custos
↓ morbimortalidade 
PRESCRIÇÃO MÉDICA X PRESCRIÇÃO DIETÉTICA
(RDC n. 503 de 27/05/2021)
Prescrição médica: determinação das diretrizes, prescrição e
conduta necessárias para a prática da alimentação, baseadas no
estado clínico nutricional do paciente.
Prescrição Dietética: privativa do nutricionista. Planejamento
dietético elaborado com base nas diretrizes estabelecidas no
diagnóstico nutricional → determinação de nutrientes ou da
composição de nutrientes da dieta, mais adequada às
necessidades específicas do paciente, de acordo com a prescrição
médica.
ATRIBUIÇÕES DO NUTRICIONISTA NA NUTRIÇÃO CLÍNICA: assistência 
nutricional e dietoterápica hospitalar, ambulatorial, em nível de consultórios 
e em domicilio
• Realizar o diagnóstico nutricional com base na avaliação do
estado nutricional: dados clínicos, bioquímicos, antropométricos
e dietéticos
• Realizar triagem de risco nutricional na admissão hospitalar do
paciente
• Elaborar a prescrição dietética
• Prescrever suplementos nutricionais visando complementar a
dieta para atender as demandas específicas e/ou prevenir
carências nutricionais
• Monitorar a evolução nutricional: avaliação da aceitabilidade,
tolerância digestiva, intercorrências e avaliação nutricional
periódica, com vistas à adequação da conduta dietética
(Lei n. 8.234 de 17/09/1991; Resolução CFN n. 600 de 25/02/2018; Resolução CFN n. 417 de 18/03/2008)
ATRIBUIÇÕES DO NUTRICIONISTA NA NUTRIÇÃO CLÍNICA: assistência 
nutricional e dietoterápica hospitalar, ambulatorial, em nível de consultórios 
e em domicilio
• Promover educação alimentar e nutricional
• Orientar e supervisionar a distribuição de dietas orais e enterais
• Prestar assistência e treinamento especializado
• Registrar em prontuário a prescrição dietética e a evolução nutricional do paciente
• Interagir com a equipe multiprofissional, definindo com esta, sempre que pertinente, os
procedimentos complementares à prescrição dietética
• Realizar orientação alimentar e nutricional na alta hospitalar para o paciente, família ou
responsável
(Lei n. 8.234 de 17/09/1991; Resolução CFN n. 600 de 25/02/2018; Resolução CFN n. 417 de 18/03/2008)
A PRESCRIÇÃO DIETÉTICA DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO
❖ A oferta alimentar hospitalar deve ser guiada pelos princípios de uma alimentação
saudável considerando a individualidade do paciente:
✓ Estado nutricional e fisiológico
✓ Estado clínico (ex: dificuldade de deglutição, náuseas, vômitos)
✓ Análise de diagnósticos, laudos e posicionamento dos outros membros da equipe
multiprofissional
✓ Necessidades de energia, macro e micronutrientes
✓ Necessidade de restringir nutriente (ex: proteína, sódio, potássio, etc)
✓ Alergias, intolerâncias e aversões alimentares
✓ Aspectos culturais e religiosos
✓ Evolução gradual da dieta
Iremos tratar o “DOENTE” e não a “DOENÇA”!
PRESCRIÇÃO DIETÉTICA E PRONTUÁRIO DO PACIENTE
❖ É importante conter no prontuário do paciente:
• Consistência e tipo da dieta
• Fracionamento
• Distribuição de macro e micronutrientes mais importantes de acordo
com o caso clínico
• Valor energético total (VET)
• Assinatura seguida do carimbo, número e região da inscrição no CRN
do nutricionista responsável
• Data
ENTÃO, OS PASSOS DA DIETOTERAPIA INCLUI:
Avaliação 
nutricional e 
triagem de risco 
nutricional na 
admissão
Diagnóstico 
nutricional
Conduta 
nutricional = Plano 
terapêutico 
adequado à 
prescrição médica
Monitoramento ou 
evolução 
nutricional
Registrar tudo no prontuário!
Orientações na alta 
hospitalar
❖ Pode ser feira de acordo com:
✓ Modificações qualitativas e quantitativas da alimentação normal
✓ Consistência
✓ Temperatura
✓ Volume
✓ Valor calórico total
✓ Alterações de macronutrientes
✓ Restrições de nutrientes
PADRONIZAÇÃO DAS DIETAS HOSPITALARES
São então classificadas a partir das suas principais características, 
indicações e alimentos ou preparações que serão servidos.
✓ Permite:
• Atendimento seguro e eficiente
• Qualidade do atendimento prestado
• Custo-benefício
• Facilita o trabalho na produção e distribuição de refeições
✓ Frequência das refeições
• Geralmente são servidas 6 refeições ao dia:
- Desjejum
- Colação
- Almoço
- Lanche da tarde
- Jantar
- Ceia
• Os horários são ajustados à dinâmica de cada unidade hospitalar
PADRONIZAÇÃO DAS DIETAS HOSPITALARES
Algumas das dietas podem não satisfazer as
necessidades nutricionais dos enfermos dada as suas
características e restrições. Por isso, devem ser utilizadas
o menor tempo possível ou serem sempre que
clinicamente possível, suplementadas. Nos casos em
que a dieta não permite satisfazer as necessidades
nutricionais dos doentes, a dieta prevê um tempo
máximo de aplicação.
TIPOS DE DIETAS HOSPITALARES
Aquelas que não necessitam de restrições alimentares ou modificações em sua
composição. Podem ser modificadas quanto a consistência, possibilitando melhor
adaptação em períodos de maior dificuldade ou em fase de transição curta (ex: pós
operatório).
✓ As dietas hospitalares orais recebem diferentes classificações para atender as
necessidades individuais de cada paciente
DIETAS DE 
DISTRIBUIÇÃO 
GERAL OU DE 
ROTINA
DIETASMODIFICADAS
DIETAS ESPECIAIS
Aquelas que sofrem acréscimo ou diminuição de algum componente, mas mantém as
mesmas características da dieta de rotina em relação aos macronutrientes.
Modificações comuns: teor de sal, quantidade de fibras ou líquidos.
Aquelas planejadas especificamente para alguma patologia e sofrem modificações nas
proporções de macronutrientes → (ex: dieta para diabético, hepatopata, nefropata →
hipocalórica, mais individualizadas! hipolipídica, hipoproteica, hiperproteica...)
CARACTERÍSTICAS DAS DIETAS HOSPITALARES
✓ TEMPERATURA
• Fria: cirurgias orais, náuseas, vômitos
• Morna: usual
✓ QUALIDADE (dietas especiais)
• Dieta laxante: rica em resíduos, estimulando o intestino
• Dieta constipante: alimentos com poucos resíduos e fibras. Ex: alterações do trânsito
intestinal, com o objetivo reduzir o volume e o número de dejeções, limitar a estimulação
do trato gastrointestinal. Auxiliar no alívio dos sintomas da diarreia, prevenir desidratação
e perda de peso
• Dieta sem irritantes gástricos: reduzida em substâncias ácidas e irritantes, como
condimentos, café→ gastrite, esofagite, úlcera gástrica/duodenal
CARACTERÍSTICAS DAS DIETAS HOSPITALARES
✓ QUANTIDADE: redução ou aumento de algum nutriente→ dietas especiais
✓ Outras: restrita em sal, lactose, glúten, hipolipídica
Dietas especiais Características Principais indicações
Hipercalórica VET acima das necessidades nutricionais Desnutrição ou risco de desnutrição , 
infecciosas, queimaduras, câncer e AIDS.
Hipocalórica VET abaixo das necessidades nutricionais Obesidade
Hiperproteica Rica em proteína Desnutrição ou risco de desnutrição , 
infecciosas, queimaduras, câncer e AIDS.
Hipoproteina Restrita em proteína Doença renal, insuficiência renal sem 
necessidade de diálise 
Restrita em açúcares simples Restrita de hidratos de carbono de absorção 
rápida 
Diabetes
Restrita em fósforo Restrita em fósforo Hiperfosfatemia, como em casos de falência 
renal
Restrita em potássio Restrita em potássio Patologia renal ou que apresentem 
hipercaliemia. 
CARACTERÍSTICAS DAS DIETAS HOSPITALARES
✓ De forma geral seguindo o método prático
✓ OBS: cada patologia tem o seu fator de injúria
Dieta Características
Hipercalórica ≥ 35 kcal/kg/dia
Normocalórica 25 a 30 kcal/kg/dia
Hipocalórica ≤ 20 kcal/kg/dia
Hiperproteica ≥1,2g/kg/dia
Normoproteica 0,8 a 1,1g / kg/dia
Hipoproteina ≤0,7g/kg/dia
ALTERAÇÃO NA 
CONSISTÊNCIA
✓ Normal
✓ Normal em pedaços
✓ Branda
✓ Pastosa
✓ Líquida completa (total)
✓ Líquidos claros ou mínimo de resíduos
✓ Líquida de prova ou sem resíduos
DIETA NORMAL OU LIVRE OU GERAL
✓ Objetivos terapêuticos:
• Manter o estado nutricional
✓ Indicação:
• Pacientes com capacidade de mastigar adequadamente os alimentos, com função
gastrointestinal preservada e que não requeiram necessidades nutricionais específicas
✓ Características:
• Dieta equilibrada e variada, desenhada segundo os princípios da alimentação saudável.
• Métodos de confecção: Não existe restrição quanto ao tipo de alimento e método de
preparo. Preferir formas de preparo que requerem uma menor adição de gordura:
grelhados, cozidos, no vapor.
• Consistência: normal
• Distribuição e quantidade dos nutrientes: normal em todos os nutrientes →
normoglicídica, normoproteica e normolipídica
DIETA NORMAL OU LIVRE OU GERAL
Pães, cereais, arroz e massas: Ricos em gordura e açúcar (ex: croissant, bolos
recheados, folhados, etc).
Hortaliças: Frituras; enlatadas com sal e/ou óleo.
Frutas: Conservas com calda de açúcar.
Leite e derivados (iogurte, queijo..): Ricos em gordura e sal.
Carnes, aves, peixes e ovos: Ricos em gordura e sal, como os embutidos em geral.
Gorduras, óleos e açúcares: Utilizar com moderação.
✓ Alimentos a serem evitados
DIETA NORMAL OU LIVRE OU GERAL
✓ Exemplo de cardápio
DESJEJUM
Mamão – 150g
Macaxeira – 120 g
Ovo mexido – 1 unidade
Café com leite -200 ml
COLAÇÃO
Melancia – 150 g
ALMOÇO
Salada crua – 100 g
Salada cozida de cenoura e vagem– 100g
Feijão mulatinho – 130 g
Arroz branco – 120 g
Coxa de frango– 120g
JANTAR
Sopa de legumes com carne– 200ml
Pão– 100g
Café com leite – 200 ml
LANCHE
Salada de fruta simples – 200 g
CEIA
Chá de erva cidreira – 200
Biscoito Maria – 5 und
DIETA PICADA OU EM PEDAÇOS
✓ Objetivos terapêuticos:
• Fornecer uma nutrição adequada a pacientes com dificuldade na utilização de talheres
✓ Indicação:
• Pacientes adultos e idosos que apresentem dificuldade na utilização de talheres
(deficiências ou limitações motoras em braço e mão) e que não necessitem de dietas
modificadas em nutrientes. Ex: pós-acidente vascular cerebral, traumatismos ósseos e
deficientes físicos.
✓ Características:
• Dieta equilibrada e variada, desenhada segundo os princípios da alimentação saudável
com preparo simples.
• Métodos de confecção: os mesmos da dieta normal
• Consistência: macios, picados ou cortados em pequenos pedaços, proporcionando
facilidade de manuseio com as mãos.
• Distribuição e quantidade dos nutrientes: normal
DIETA PICADA OU EM PEDAÇOS
Pães, cereais, arroz e massas: Pães e cereais com nozes e outras oleaginosas, ou com sementes.
Hortaliças: Hortaliças fritas, muito temperadas ou com tecido muito fibroso (ex: brócolis)
Frutas: Todas as frutas com caroço e com casca.
Leite e derivados (iogurte, queijo..): nenhuma restrição
Carnes, aves, peixes e ovos: Carnes fritas; carnes com grande quantidade de tecido fibroso.
Gorduras, óleos e açúcares: nenhuma restrição. Utilizar com moderação.
EVITAR alimentos com cascas e sementes e os pequenos devido ao risco de engasgo
✓ Alimentos a serem evitados
→ Os alimentos como frutas, hortaliças, carnes
são cortadas em pequenos pedaços.
→ Pode fazer uso de utensílios especiais para
ajudar na independência – copos com asas,
colheres tortas, canudos
DIETA PICADA OU EM PEDAÇOS
✓ Exemplo de cardápio
DESJEJUM
Mamão EM CUBOS– 150g
Macaxeira EM CUBOS – 120 g
Queijo em cubo – 1 fatia
Café com leite -200 ml
COLAÇÃO
Melancia EM CUBOS– 150 g
ALMOÇO
Salada crua cortada– 100 g
Salada cozida de cenoura, batata e chuchu em 
cubos– 100g
Feijão mulatinho – 130 g
Arroz branco – 120 g
Isca de frango acebolado – 120g
JANTAR
Sopa de legumes com carne em tiras– 200ml
Pão– 100g
Café com leite – 200 ml
LANCHE
Salada de fruta simples em CUBOS – 200 g
CEIA
Leite– 300ml
DIETA MACIA OU BRANDA
✓ Objetivos terapêuticos:
• Prevenir que o paciente aspire, sufoque ou engasgue com o alimento, como também de
facilitar a deglutição e digestão, tornando-a segura e independente, diminuindo assim o
risco de engasgamento e aspiração
✓ Indicação:
• Pacientes com disfagia (dificuldade para engolir), dificuldade de mastigação, náuseas,
vômitos, gastrite, sem necessidade de alimentos cremosos
• É usada comumente como transição da dieta líquida para a dieta geral (pós-operatório)
✓ Características:
• Métodos de confecção: Todos exceto fritos. Sempre que possível oferecer fruta fresca
madura/mole (banana, melancia)
• Consistência: alimentos naturalmente macios ou cozidos (pode ser picado ou moídos) que
permita uma fácil mastigação e/ou deglutição.
• Distribuição e quantidade dos nutrientes: Normal em todos os nutrientes →
normoglicídica, normoproteica e normolipídica
DIETA MACIA OU BRANDA
• Isenta de alimentos flatulentos
• Baixo teor de fibras→ constipação intestinal→ inserir alimentos laxantes (frutas, suco de
ameixa)
• OBS: as fibras devem ser incluídas de forma gradativa conforme tolerância
• Podem ser fornecidos alimentos naturalmente macios ou alimentos cozinhados para a
alteração de textura (maçã ou pera cozinha...)
• Os alimentos desta consistência (“alimentos macios”) podem ser mastigados, mas não
rasgados/mordidos e são facilmente quebrados com um garfo
• É necessário dentição adequada e capacidade de mastigação
DIETA MACIA OU BRANDA
Pães, cereais, arroz e massas: Pães duros ou com sementes, biscoitos amanteigados,
pastelarias.
Hortaliças: folhosas cruas, brócolis, feijões, couve-flor, pepino, pimentão e outras
formadoras degases.
Frutas: Todas as cruas - difíceis de mastigar. Aquelas com casca de difícil mastigação
como uvas. Ofertar de forma cozida.
Leite e derivados (iogurte, queijo..): Queijos muito gordurosos (ex: provolone).
Carnes, aves, peixes e ovos: Carnes duras, crocantes, empanadas. Ovos fritos.
Gorduras, óleos e açúcares: nenhuma restrição. Utilizar com moderação.
✓ Alimentos a serem evitados
Proibidos alimentos muito duros, crocantes ou pegajosos, café e outras bebidas estimulantes, nem
bebidas alcoólicas, leguminosas pouco cozinhadas (é comum não ter no cardápio)
DIETA MACIA OU BRANDA
✓ Exemplo de cardápio
DESJEJUM
Maçã cozida– 100g
Pão de forma sem casca– 100 g
Queijo ricota– 1 fatia
Suco -200 ml
COLAÇÃO
Pêra ao vapor com canela– 150 g
ALMOÇO
Salada de jerimum, chuchu e batata – 200g
Arroz branco – 100 g
Carne moída– 120g
Suco da fruta – 150ml
JANTAR
Sopa de legumes com carne desfiada– 200ml
Pão de leite- 50g
Queijo – 70g
LANCHE
Maçã ao vapor com canela– 150 g
CEIA
Chá de erva cidreira– 250ml
Biscoito Maria – 5 und
DIETA CREMOSA OU PASTOSA
✓ Objetivos terapêuticos:
• Minimizar o esforço da mastigação, deglutição e digestão dos alimentos ;Prevenir que o
doente aspire, sufoque ou engasgue com o alimento e facilitar a deglutição, tornando-a
segura e independente, diminuindo assim o risco de engasgamento e aspiração
✓ Indicação:
• Pacientes com graves problemas de mastigação e/ou com disfagia de grau 1 (disfagia
moderada a grave), com risco de pneumonia de aspiração (broncoaspiração), por disfagia
para líquidos ou alimentos heterogéneos. Ex: pós-operatório, falta de dentição, retardo
mental severo, doença esofágica
✓ Características:
• Métodos de confecção: Todos exceto os fritos.
• Consistência: Contém preparações cremosas, líquidas, papas, purês e alimentos bem
macios.
• Distribuição e quantidade dos nutrientes: normal em todos os nutrientes.
DIETA CREMOSA OU PASTOSA
• É mais tolerada quando os alimentos estão separados no prato em forma de purês
• Poderá ser deficiente em vitamina C e fibra alimentar, por não incluir frequentemente
fruta e hortícolas crus
• Evitar constipação: incluir frutas laxantes
• Pode-se fazer necessário o uso de espessantes para líquidos em pacientes com alto risco
de broncoaspiração
• Manteiga, mel ou açúcar podem ser adicionados aos alimentos sólidos e líquidos, para
aumentar o aporte calórico
DIETA CREMOSA OU PASTOSA
Chás, sucos e refrescos de frutas coados, água de coco, vitaminas, mingaus, iogurtes,
arroz doce, canjica; frutas macias, abrandadas, em papa ou em cremes, sorvetes,
gelatinas, pudins liquidificados e geleias de frutas, leite, curau; sopas, canjas, cremes,
arroz papa, feijão triturado, , carnes desfiadas ou moída, purês de vegetais, suflês,
ovos (quente pochê, cozido, mexidos, omelete), pães macios (brioche, pão careca).
✓ Alimentos recomendados
DIETA CREMOSA OU PASTOSA
Pães, cereais, arroz e massas: Pães duros ou com sementes, biscoitos amanteigados,
pastelarias. Cereais secos, contendo passas, nozes ou sementes.
Hortaliças: Hortaliças folhosas cruas. Hortaliças com sementes e/ou casca.
Frutas: Frutas com polpas que são difíceis de transformar em purê (laranja, uva,
abacaxi).
Leite e derivados (iogurte, queijo..): Iogurte com pedaços de frutas.
Carnes, aves, peixes e ovos: Carnes duras, crocantes, empanadas. Ovos fritos.
Gorduras, óleos e açúcares: Bacon, azeitona, coco.
✓ Alimentos a serem evitados
DIETA CREMOSA OU PASTOSA
✓ Exemplo de cardápio
DESJEJUM
Papa de aveia – 200g 
com purê de Maçã – 80g
COLAÇÃO
Vitamina de banana – 300 ml
ALMOÇO
Purê de mandioca – 100g
Arroz-papa – 120 g
Creme de feijão – 90g
Ensopado de peixe– 100g
JANTAR
Sopa creme de abóbora batida com frango– 400ml
Pão de leite – 50g
Café com leite – 200 ml
LANCHE
Mamão machucado – 150 g
CEIA
Leite – 300ml 
DIETA LÍQUIDA COMPLETA OU TOTAL
✓ Objetivos terapêuticos:
• Fornecer uma dieta oral que seja bem tolerada para pacientes que não podem ingerir
alimentos sólidos e que não têm disfagia para líquidos finos
✓ Indicação:
• Após cirurgias de cabeça e pescoço, em doenças agudas e para aqueles pacientes
incapazes de tolerar alimentos sólidos ou com dificuldades de mastigação ou deglutição.
Preparo de cirurgias e exames do trato digestivo. Deve haver precaução com o uso dessa
dieta naqueles com risco de broncoaspiração. É, preferencialmente, uma dieta de
transição, e a progressão para alimentos sólidos dever ser completada tão rápido
quanto possível.
✓ Características:
• Dieta de textura modificada, cujos alimentos se apresentem numa consistência líquida ou
que se liquefazem à temperatura corporal. Permite adição de leite e derivados, sucos,
ovos e cereais refinados.
• Distribuição e quantidade dos nutrientes: É nutricionalmente inadequada.
DIETA LÍQUIDA COMPLETA OU TOTAL
✓ Alimentos indicados:
• Vitamina de fruta, mingau, leite integral e desnatado, coalhada, iogurte sem pedaços
(líquido), sucos coados, vegetais cozidos liquidificados sem pedaços, sopas cremosas,
caldo de feijão, carnes devem ser acrescidas as sopas liquidificadas, gelatina, sorvete
• Caso não haja condições de progressão, os suplementos, fórmulas completas ou
módulos devem ser utilizados para melhorar a adequação nutricional
• Os pacientes com a mandíbula imobilizada podem necessitar de uso de seringa ou canudo
para facilitar a alimentação
DIETA LÍQUIDA COMPLETA OU TOTAL
Pães, cereais, arroz e massas: Alimentos integrais, farelos, sementes.
Hortaliças: Hortaliças cruas e inteiras.
Frutas: Frutas inteiras
Leite e derivados (iogurte, queijo..): Iogurte cremoso.
Carnes, aves, peixes e ovos: Carnes ricas em gordura. Embutidos.
Gorduras, óleos e açúcares: Nenhuma restrição. Usar com moderação.
✓ Alimentos a serem evitados
Qualquer alimento no estado sólido, alimentos muito gordurosos e muito condimentados.
DIETA LÍQUIDA COMPLETA OU TOTAL
✓ Exemplo de cardápio
DESJEJUM
Suco de frutas – 300 ml
Mingau de amido de milho – 300 ml
COLAÇÃO
Suco de frutas– 300 ml
ALMOÇO
Caldo de feijão, carne e legumes – 300 ml
Clara de ovo cozida no caldo – 1 unidade
JANTAR
Caldo de carne com legumes – 300 ml
Café com leite – 200 ml
LANCHE
Iogurte líquido batido com aveia – 300 ml
CEIA
Iogurte líquido – 100ml
DIETA LÍQUIDA RESTRITA OU MÍNIMO DE RESÍDUO
✓ RESÍDUO = porção de alimentos que permanece no intestino após o processo de digestão
e absorção.
✓ Objetivos terapêuticos:
• Fornecer líquidos e eletrólitos via oral para prevenir a desidratação, saciar a sede,
minimizar o trabalho do trato gastrintestinal e a presença de resíduos no cólon.
✓ Indicação:
• pós-operatório de cirurgias do trato gastrintestinal e de cabeça e pescoço, após período
de alimentação por via intravenosa, durante infecções graves e diarreia aguda, antes ou
depois de procedimento de diagnóstico, e como primeiro passo na alimentação por via
oral. Deve haver precaução com o uso dessa dieta naqueles pacientes apresentando
disfagia com risco de broncoaspiração. É indicada a progressão para uma dieta mais
adequada logo que tolerada pelo paciente.
DIETA LÍQUIDA RESTRITA OU MÍNIMO DE RESÍDUO
✓ Características:
• Inclui alimentos que são translúcidos, com baixa quantidade de resíduo e que são ou se
transformam em líquidos à temperatura corporal.
• Distribuição e quantidade dos nutrientes: Dieta altamente restritiva e nutricionalmente
inadequada em todos os nutrientes. Não deve ser utilizada por um período maior que
três dias, pois fornece quantidade limitada de quilocalorias. Hipoglicídica, hipoproteica e
hipolipídica.
• Torna-se necessário o acompanhamento contínuo do paciente para verificar a
necessidade de suplementação nutricional.
✓ Alimentos indicados:
• água, chá, água de coco, sucos coados (maçã, pera, melão), consomê (caldo de carne e
legumes). Isenta de lactose.
DIETA LÍQUIDA RESTRITA OU MÍNIMO DE RESÍDUO
Pães, cereais, arroz e massas: Todos devem ser evitados
Hortaliças: Apenas leguminosas. Os outros desde que todos sejam em caldos ou
coados
Frutas: aquelas que não produzamsucos claros. Os sucos devem ser sempre coados.
Leite e derivados (iogurte, queijo..): Todos devem ser evitados
Carnes, aves, peixes e ovos: Ovos. Os outros devem ser em forma de caldo apenas
Gorduras, óleos e açúcares: Nenhuma restrição, mas deve ser usado com cautela
✓ Alimentos a serem evitados
Qualquer alimento em estado sólido deve ser evitado!
DIETA LÍQUIDA RESTRITA OU MÍNIMO DE RESÍDUO
✓ Exemplo de cardápio
DESJEJUM
Água de coco – 200 ml
COLAÇÃO
Suco de fruta coado – 200ml
ALMOÇO
Caldo de legumes coado – 200 ml
JANTAR
Caldo de carne e legumes coado– 200 ml
LANCHE
Suco de frutas coado – 200 ml
CEIA
Chá de erva cidreira coado – 200 ml
DIETA LÍQUIDA DE PROVA OU SEM RESÍDUO
✓ Objetivos terapêuticos:
• Comumente utilizada para preparo de exames e/ou cirurgias, onde há necessidade que o
trato gastrointestinal esteja limpo.
✓ Indicação:
• Pacientes em preparo para exames como colonoscopia e/ou cirurgias do trato
gastrointestinais.
•
✓ Características:
• Permitido alimentos líquidos claros e translúcidos ou que liquefazem na boca. É isenta de
leite e derivados, ovos, cereais refinados e fibras.
• Distribuição e quantidade dos nutrientes: Nutricionalmente inadequada. Hipoglicídica,
hipoproteica e hipolipídica.
• Alimentos a serem evitados: qualquer alimento no estado sólido, todos os alimentos do
grupo do leite, sucos que não sejam coados e açúcar.
DIETA LÍQUIDA DE PROVA OU SEM RESÍDUO
✓ Exemplo de cardápio
DESJEJUM
Água de coco – 200 ml
COLAÇÃO
Chá coado – 200ml
ALMOÇO
Água de coco – 200 ml
JANTAR
Água de coco – 200 ml
LANCHE
Chá coado – 200ml
CEIA
Chá coado – 200ml
OUTROS TIPOS DE 
DIETAS QUE PODEM 
SER OFERECIDAS
✓ Zero
✓ Ovolactovegetariana
✓ Vegetariana
DIETA ZERO
✓ Indicação:
• Pacientes que tenham indicação para pausa alimentar (ex: realização de exames) ou
contraindicação para a utilização do tubo digestivo
✓ Características:
• Ausência de ingestão alimentar.
DIETA OVOLACTOVEGETARIANA
✓ Indicação:
• Destina-se a doentes que por motivos morais ou éticos, culturais, religiosos, crenças ou
outros motivos de natureza pessoal, não consomem carne, pescado, nem seus derivados.
✓ Características:
• Dieta equilibrada à base de alimentos vegetais, com inclusão de ovos e de laticínios
• Consistência: normal
• Restrita em: Carne, pescado e seus derivados.
DIETA VEGETARIANA
✓ Indicação:
• Destina-se a doentes que por motivos morais ou éticos, culturais, religiosos, crenças ou
outros motivos de natureza pessoal, não consomem alimentos de origem animal ou seus
derivados.
✓ Características:
• Dieta constituída exclusivamente por alimentos de origem vegetal
• Consistência: normal
• Restrita em: alimentos de origem animal e seus derivados e alimentos que contenham
ingredientes de origem animal: carne, pescado, ovos e seus derivados, lacticínios, mel,
gelatina (exceto a de origem vegetal, banha, entre outros, e todos os produtos que os
contenham.
CONSIDERAÇÕES 
IMPORTANTES
✓ Dietas especiais aquelas que necessitam de alteração
substancial de alguns nutrientes ou na sua forma de preparo
✓ As dietas especiais podem ser prescritas em diferentes
consistências. Assim, uma dieta hipossódica poderá ser
prescrita como: geral hipossódica, branda hipossódica, pastosa
hipossódica
✓ Progressão das dietas hospitalares: Líquida com o mínimo de
resíduo→ Líquida completa→ pastosa→ branda→ geral
VAMOS PRATICAR?
QUAL SERIA A INDICAÇÃO DE DIETA EM TERMOS DE CONSISTÊNCIA? 
JUSTIFIQUE!
• SITUAÇÃO 1: R.J.A, sexo masculino, 50 anos, casado. Foi admitido no hospital com queixa de dificuldade e
dor para engolir alimentos sólidos e perda de 10 kg em dois meses. Nega diabetes e hipertensão. Após
realizar alguns exames, ele foi diagnosticado com câncer de esôfago e encaminhado para o setor de
internação, onde realizará o tratamento.
• SITUAÇÃO 2: S.G, sexo feminino, 53 anos, solteira. Foi admitida no hospital com hipótese diagnóstica de
linfoma para realizar uma tomografia. Nega diabetes, hipertensão e alergias.
• SITUAÇÃO 3: M.P.S, sexo feminino, 48 anos, casada. Foi admitida no hospital com hipótese diagnóstica de
câncer retal. M.P.S precisa fazer o preparo para o exame de colonoscopia. Qual a dieta mais indicada para
ofertar no dia anterior ao exame e no dia do exame?
SE CADASTRAR E CONHECER O SOFTWARE WEBDIET
https://webdiet.com.br/
REFERÊNCIAS
Okazaki, Paula Pens Alves. Bases da 
dietoterapia. Londrina: Editora e 
Distribuidora Educacional S.A., 
2016. 184 p.
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao 
tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”
(Carl Jung)
tafnes.oliveira@unifg.edu.br
@tafnesalmeidaoliveira

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