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FARMACOLOGIA antimicrobianos anticoagulantes e antiplaquetários

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FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
INTRODUÇÃO A ANTIBIOTICOTERAPIA 
 
DEFINIÇÃO 
Antimicrobianos são substâncias que 
podem ser naturais ou sintéticas que 
agem sobre microrganismos inibindo o seu 
crescimento ou causando sua destruição 
(lise). 
Antimicrobianos semissintéticos que são 
usados como arcabouços a substâncias 
naturais que vão promover mudanças 
farmacocinéticas. 
As classes de antimicrobianos são: 
→ Antibacterianos 
→ Antifúngicos 
→ Antiprotozoarios 
→ Antivirais 
ORIGEM 
1928 – Descoberta da penicilina por 
Fleming. 
1939- Inicia-se uso clínico, durante a 
segunda guerra mundial 
1940 – A era dos antibióticos -produção 
em escala industrial 
1961 – de 1940 a 1961 foram descobertos 
por volta de 513 antibióticos. 
Atualmente já temos cerca de 8000 
antibióticos descobertos. 
MORFOLOGIA BACTERIANA 
 
 
Cápsula – estrutura proteica, onde 
encontramos as FÍMBRIAS. 
Fímbrias – ajuda na motilidade e na 
mobilidade das bactérias. Também 
participam do processo reprodutivo das 
bactérias, permitindo que uma bactéria 
troque material genético com outra. 
Flagelo - motilidade. Sua origem é na 
membrana plasmática, e não na capsula. 
A bactéria pode ter ou não. 
Nucleóide - responsáveis por armazenar as 
informações genéticas. 
Plasmídeos – também são constituídas de 
DNA. 
CLASSIFICAÇÃO 
 De acordo com a estrutura química: 
➔ Sulfonamidas e drogas relacionadas: 
sulfametoxanol, dapsona (DDS, 
sulfona) 
➔ Quinolonas: norfloxacino e 
ciprofloxacino 
➔ Antibióticos beta-lactâmicos: 
penicilinas, cefalosporinas, 
carbapenemas e monobactâmicos 
➔ Tetraciclinas: doxiciclina 
➔ Derivados do nitrobenzeno: 
cloranfenicol 
➔ Aminoglicosídeos: gentamicina, 
neomicina 
➔ Macrolídeos: eritromicina, roxitromicina 
e azitromicina 
➔ Polipeptídios: polimixina B, bacitracina 
➔ Glicopeptídeos: vancomicina e 
teicoplanina 
➔ Poliênicos: anfotericina B e nistatina 
De acordo com o espectro de atividade: 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
➔ Espectro estreito: atuam em um grupo 
único ou limitado de microrganismos. 
Ex: penicilina G, estreptomicina, 
eritromicina 
 
➔ Espectro amplo: afetam uma ampla 
variedade de espécies de 
microrganismos. 
Ex: tetraciclinas, cloranfenicol 
➔ Espectro estendido: são modificados 
para serem eficazes contra 
microrganismos gram-positivos e 
contra um número significativo de 
microrganismos gram-negativos. 
Ex: ampicilina 
De acordo com o tipo de atividade: 
➔ Bacteriostáticas (inibem o crescimento 
bacteriano): sulfonamidas, 
tetraciclinas, cloranfenicol, 
eritromicina 
Bacteriostáticos não podem ser usados 
em pacientes imunocomprometido, 
porque a resolução da infecção vai 
depender da atividade o sistema 
imunológico. 
➔ Bactericida (destroem a bactéria): 
penicilina, cefalosporina, 
vancomicina, aminoglicosídeos, 
polipeptídeos, quinolonas, rifampicina. 
 
MECANISMOS DE AÇÃO DOS PRINCIPAIS 
ANTIBIÓTICOS 
1. Inibem a síntese da parede celular; 
2. Inibem a síntese proteica (tradução) – em 
sua maioria são antibióticos bacteriostáticos, 
pois as bactérias conseguem sobreviver sem 
sintetizar proteínas, só não irão conseguir se 
multiplicar; 
3. Inibem a replicação e transcrição do ácido 
nucléico; 
4. Injuria/destruição da membrana 
plasmática; 
5. Inibem a atuação de enzimas que 
produzem substâncias essenciais ao 
metabolismo – bacteriostáticos, pois inibem o 
metabolismo bacteriano e 
consequentemente sua proliferação. 
 
TOXICIDADE DOS ANTIBIÓTICOS 
Irritação local: irritação gástrica, dor e 
formação de abcessos, tromboflebites. 
Antibióticos mais irritantes: eritromicina, 
tetraciclinas, cloranfenicol e algumas 
cefalosporinas. 
Toxicidade sistêmica: 
- Fármacos com elevados de IT (índice de 
toxicidade) – precisam de uma dosagem alta 
para causar toxicidade: penicilina, algumas 
cefalosporinas e eritromicinas 
- Fármacos com baixos IT – mesmo em 
dosagens terapêuticas causam toxicidade: 
aminoglicosídeos, tetraciclinas, cloranfenicol. 
- Baixíssimo IT – frequentemente causam 
toxicidade mesmo em baixíssima dosagem: 
polimixina B, vancomicina e anfotericina B. 
AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS 
Dependentes de fatores locais: 
- Presença de pus e secreção: fagócitos, 
resíduos celulares e proteínas podem se ligar 
aos fármacos e criar condições desfavoráveis 
que vão diminuir a ação do antibiótico. 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
- Presença de hematomas: ligação de 
fármacos à hemoglobina (penicilina, 
cefalospirina e tetraciclina) 
- Diminuição do pH no local da infecção: pH 
ácido podem diminuir a atividade dos 
aminoglicosídeos e macrolídeos. 
- Abcessos: podem comprometer a 
penetração do antibiótico na área. 
- Presença de material necrótico e corpos 
estranhos 
ESCOLHA DO ANTIBIÓTICO DEPENDE DE: 
 
- Espectro de atividade (amplo ou estreito) 
- Tipo de atividade (bactericida ou 
bacteriostático) 
- Sensibilidade do microrganismo 
- Toxicidade relativa 
- Perfil farmacocinético 
- Vias de administração (oral, intramuscular) 
- Evidência de eficácia clínica 
- Custo 
 
USO DE ANTIBIÓTICOS COMBINADOS 
Por quê? 
- Para obter um sinergismo, ou seja, eles agem 
em partes diferentes do crescimento 
bacteriano. Isso diminui a possibilidade de 
resistência a antimicrobianos; 
- Para reduzir a gravidade ou incidência dos 
efeitos adversos; 
- Prevenir o desenvolvimento de resistência 
bacteriana; 
- Ampliar o espectro de ação (ex. infecções 
mistas, tratamento inicial das infecções 
graves). 
USO PROFILÁTICOS DE ANTIBIÓTICOS 
Profilaxia ➜ ausência de infecção (pacientes 
não estão infectados ou ainda não 
desenvolveram a doença) 
- Profilaxia de microrganismos específicos: 
 Febre reumática 
 Tuberculose 
 Meningite meningocócica 
 Gonorreia e Sífilis 
 
 
 
Preventivo ➜ usado como tratamento 
precoce quando se tem presença de 
infecção por indícios laboratoriais; é 
administrado antes do aparecimento de 
sinais e sintomas 
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
- Prevenção de infecção em situações de 
alto risco: 
Extração dentária, tonsilectomia, 
endoscopia com lesão de mucosa 
abrigando bactérias; 
Cateterismo; 
Para evitar recidivas de ITUS em 
pacientes com anormalidades; 
DPOC; 
Pacientes imunocomprometidos; 
Profilaxia cirúrgica; 
Feridas contaminadas. 
 
OS ANTIMICROBIANOS DEVEM SER CAPAZES DE: 
1. Alcançar os alvos moleculares, que são 
primariamente intracelulares. Para isso, o 
antimicrobiano, em quantidades suficientes, 
precisa ultrapassar a membrana celular 
bacteriana; 
2. Interagir com uma molécula alvo de modo 
a desencadear a morte ou interromper o 
crescimento das bactérias; 
3. Evitar a ação das bombas de efluxo que 
jogam os antimicrobianos para fora da célula 
bacteriana; 
4. Evitar a inativação por enzimas capazes de 
modificar o fármaco no ambiente 
extracelular ou no interior da célula 
bacteriana. 
RESISTÊNCIA BACTERIANA 
 
As bactérias são consideradas resistentes a 
um antimicrobiano quando seu crescimento 
não é inibido pela maior concentração do 
antimicrobiano tolerada pelo hospedeiro. 
Mecanismos: 
➔ Antibiótico tem sua entrada 
bloqueada – alteração de 
permeabilidade; 
➔ Inativação por enzimas (lembrar dos 
beta-lactâmicos) – capacidade de 
destruir ou inativar o antimicrobiano; 
➔ Alteração da molécula alvo/sítio de 
ação (a bactéria produz molécula 
mutadaque não se liga ao 
antibiótico); 
➔ Bomba de efluxo (o antibiótico entra, 
mas é logo expulso, e não consegue 
atingir concentrações inibitórias 
mínimas); 
➔ Transferência de genes de resistência – 
a resistência se desenvolve devido à 
capacidade do DNA sofrer mutações 
espontâneas ou de se movimentar de 
um microrganismo para o outro.
 
INIBIDORES DA SÍNTESE DA PARADE CELULAR 
 
A parede célula das bactérias é formada em 
basicamente três fases, por onde atuam 
determinados fármacos: 
• 1ª fase – ocorre síntese de monômeros de 
mureína no citoplasma; 
• 2ª fase – ocorre polimerização dos 
monômeros na membrana plasmática; 
• 3ª fase – ocorre transpeptidação no espaço 
periplasmático (extracelular). Nela todas as 
estruturas já estão formadas e somente há 
junção, é a etapa final. 
 
Esses agentes antimicrobianos são 
classificados como os mais seletivos, 
apresentando alto índice terapêutico. 
➔ β-lactâmicos 
Os antibióticos β-lactâmicos são 
antimicrobianos frequentemente prescritos, 
os quais têm em comum o anel β lactâmico e 
o mecanismo de ação de inibição da síntese 
da parede celular bacteriana de 
peptidoglicano (ácido murânico). Essa classe 
de fármacos inclui as penicilinas, os 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
monobactamos, as cefalosporinas e os 
carbapenemos. 
Penicilina, ampicilina e cefalosporinas: 
contém um anel β-lactâmicos, que interage 
com proteínas específicas, inibindo a enzima 
responsável pela transpeptidação, que 
resulta na ligação entre as cadeias de 
tetrapeptídeos do peptideoglicano. Logo, 
ocorre o impedimento da formação das 
ligações, ocasionando em rigidez da parede 
celular. Tais drogas também podem atuar 
promovendo ativação de enzimas autolíticas, 
resultando na degradação da parede. 
Os inibidores da síntese de parede celular 
precisam entrar dentro da célula para 
exercer sua função e apresentam eficácia 
máxima quando os microrganismos estão se 
proliferando. Eles têm pouco ou nenhum 
efeito em bactérias que não estejam 
crescendo e se dividindo. 
MECANISMO DE AÇÃO DOS Β-LACTÂMICOS 
A parede celular das bactérias é essencial 
para seu crescimento e desenvolvimento. Ela 
é formada pelo peptidoglicano, que 
proporciona estabilidade mecânica rígida 
por ter um elevado número de ligações 
cruzadas. E, as penicilinas, assim como todos 
os antibióticos β-lactâmicos, inibem o 
crescimento das bactérias ao interferir na 
última etapa da síntese da parede celular 
bacteriana, mais especificamente na reação 
de transpeptidação (ligações cruzadas), 
resultando em exposição da membrana 
menos estável e morte celular. 
Como vai ocorrer? 
1. O antibiótico vai penetrar na bactéria 
através das porinas presentes na membrana 
externa da parede celular bacteriana; 
2. O antibiótico não deve ser destruído pelo 
mecanismo de resistência das B-lactamases 
produzidas pelas bactérias; 
3. Então ele vai se ligar e inibir as proteínas 
ligadoras de penicilina (PLPs), responsáveis 
pelo processo final da síntese da parede 
celular bacteriana, promovendo uma 
reação cruzada entre as cadeias de 
peptideoglicanos – chamada de 
transpeptidação – e as penicilinas. 
Resumo: 
Fim do processo de síntese celular ➜ 
penicilina se liga as PLPs ➜ transpeptidação 
➜ inativação das PLPs ➜ bloqueio da parede 
celular da bactéria 
1. Proteínas ligadoras de penicilina (PLPs): As 
PLPs são enzimas bacterianas envolvidas na 
síntese da parede celular e na manutenção 
das características morfológicas das 
bactérias. A exposição a esses 
antimicrobianos pode, portanto, não 
somente bloquear a síntese da parede 
celular, mas também levar a alterações 
morfológicas ou lise das bactérias suscetíveis. 
2. Inibição da transpeptidase: Algumas PLPs 
catalisam a formação de ligações cruzadas 
entre as cadeias de peptidoglicano. As 
penicilinas inibem a reação catalisada pela 
transpeptidase, inibindo, assim, a formação 
das ligações cruzadas essenciais para a 
integridade da parede celular. 
3. Produção de autolisinas: inibição da síntese 
da parede celular e da destruição da parede 
celular existente pelas autolisinas. 
CEFALOSPORINAS 
As cefalosporinas são antimicrobianos b-
lactâmicos muito relacionados estrutural e 
funcionalmente com as penicilinas. Elas têm o 
mesmo mecanismo de ação das penicilinas e 
são afetadas pelos mesmos mecanismos de 
resistência. Contudo, elas tendem a ser mais 
resistentes a certas b-lactamases do que as 
penicilinas.
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
INIBIDORES DA SÍNTESE PROTÉICA 
 
Muitos antimicrobianos exercem seu efeito 
antimicrobiano agindo nos ribossomas 
bacterianos (ribossomos 30s e 50s) e inibindo 
a síntese proteica das bactérias. A maioria 
são bacteriostáticos. 
Atuam sobre as transcrições em 
determinadas regiões ribossômicas (RNAr, 
RNAm e formação da sequência que dá 
origem a função). Podem ter ação 
bactericida ao interromper a síntese de uma 
proteína que faz transporte de oxigênio. 
Geralmente são bastante seletivos. 
Caracterizam-se como um dos principais 
grupos de agentes antimicrobianos, uma vez 
que a síntese proteica corresponde a um 
processo altamente complexo, envolvendo 
diversas etapas e diversas moléculas e 
estruturas. 
Alguns exemplos são: 
Estreptomicina e gentamicina: ligam-se à 
subunidade ribossomal 30S bloqueando-a e 
promovendo erros na leitura do RNAm. 
Interferem com a formação do complexo de 
iniciação. 
TETRACICLINAS 
MECANISMO DE AÇÃO: as tetraciclinas 
entram nos microrganismos suscetíveis por 
difusão passiva e também por um mecanismo 
proteico de transporte dependente de 
energia próprio da membrana 
citoplasmática interna da bactéria. Elas se 
ligam reversivelmente à subunidade 30S do 
ribossoma bacteriano. Essa ação impede que 
o RNA transportador (RNAt) se ligue ao 
complexo RNA mensageiro (RNAm)-
ribossoma, inibindo, assim, a síntese de 
proteínas da bactéria. 
 
 
 
RESISTENCIA: Bomba de efluxo; inativação 
enzimática e produção de proteínas 
bacterianas. 
 
GLICILCICLINAS 
MECANISMO DE AÇÃO: tem ação 
bacteriostática, ligando-se reversivelmente à 
subunidade ribossomal 30S e inibindo a síntese 
de proteínas. 
RESISTENCIA: Bomba de efluxo; e a proteção 
ribossomal. 
AMINOGLICOSÍDEOS 
MECANISMO DE AÇÃO: difundem-se por meio 
de canais porina na membrana externa dos 
microrganismos suscetíveis. Dentro da célula, 
eles se fixam na subunidade ribossomal 30S, 
onde interferem com a montagem do 
aparelho ribossomal funcional e/ou causam a 
leitura incorreta do código genético pela 
subunidade 30S do ribossoma completo. 
Os antimicrobianos que interrompem a 
síntese proteica em geral são 
bacteriostáticos; os aminoglicosídeos são os 
únicos a atuar como bactericidas. 
RESISTENCIA: bomba de efluxo; diminuição da 
captação; e modificação e inativação por 
síntese de enzimas associadas a plasmídeos. 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
 
MACROLÍDEOS E CETOLÍDEOS 
Eritromicina, claritromicina e azitromicina. 
MECANISMO DE AÇÃO: Os macrolídeos se 
ligam irreversivelmente a um local na 
subunidade 50S do ribossoma bacteriano, 
inibindo, assim, etapas de translocação na 
síntese de proteínas. 
RESISTENCIA: a incapacidade do 
microrganismo de captar o antimicrobiano; 2) 
a presença de uma bomba de efluxo; 3) a 
diminuição da afinidade da subunidade 
ribossomal 50S pelo antimicrobiano, resultante 
da metilação de uma adenina no RNA 
ribossomal bacteriano 23S em microrganismos 
gram-positivos; e 4) a presença de uma 
eritromicinaesterase associada a plasmídeo 
em microrganismos gram-negativos, como as 
Enterobacteriaceae. 
 
INIBIDORES DA SÍNTESE DE DNA 
 
Normalmente são bacteriostáticos por atuar 
dentro da célula. Agem inibindo essa síntese, 
mas alguns podem apresentar efeito 
bactericida a depender da concentração 
da dose do antibiótico; 
Possuem seletividade variada. Alguns 
exemplos são: 
Novobicina: se liga ao DNA girasse, afetando 
o desenvolvimento do DNA da bactéria e 
impedindo sua replicação. 
Quinolonas: inibem o DNA girasse, afetando a 
replicação, transcrição e reparo. 
FLUOROQUINOLONAS 
MECANISMO DE AÇÃO: as bactérias se 
dividem de forma assexuada e por divisão 
 
binária. As fluoroquinolonas entram na 
bactéria através de canais de porina e 
bloqueiam a síntese do DNA bacteriano ao 
inibirem a topoisomerase II (DNA-girase) 
bacteriana e a topoisomerase IV. A inibição 
da DNA-girase resulta em relaxamento do 
DNA superespiralado, promovendo quebra 
da fita de DNA. A inibição da topoisomerase 
IV impacta a estabilização cromossomal 
durante a divisão celular, interferindo com a 
separação do DNA recém-replicado. 
RESISTENCIA: resistência mediada por 
plasmídeos ou via degradação enzimática 
não seja uma grande preocupação, 
mutações cromossômicas (alteração do local 
de ligação), e diminuição no acúmulo 
intracelular devido aos canais porina e 
bombas de efluxo.
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
DESTRUIÇÃO DA MEMBRANA PLASMÁTICA 
 
Promovem seletividade de fluxo e favorecem 
a entrada de cargas que atraem mais água 
e causam lise, resultando alteração no 
transporte celular. Apesar das gram-
negativas terem uma membrana menos 
espessa, elas têm uma membrana mais 
organizada quanto aos seus níveis e, por isso, 
é difícil a atuação de antibióticos e estes 
precisam ser de amplo espectro; 
Agentes microbianos de menor grau de 
toxicidade seletiva. Alguns exemplos são: 
 
Polimixinas: ligam-se à membrana, localizada 
entre os fosfolipídios, alterando sua 
permeabilidade (detergentes). São muito 
eficientes contra bactérias gram-negativas, 
pois afetam tanto a membrana 
citoplasmática como a membrana externa. 
Ionóforos: moléculas de caráter hidrofóbico 
que se imiscuem na membrana do 
citoplasma, permitindo difusão passiva de 
compostos ionizados para dentro ou fora da 
célula. 
INIBIÇÃO DA SINTESE DE METABÓLITOS ESSENCIAIS 
 
Alteração da via de manutenção de vida da 
bactéria. Estas são alterações classificadas 
quanto ao mecanismo. 
Ocorre em sua maioria, por um mecanismo 
de inibição competitiva. Alguns exemplos 
são: 
Sulfas e derivados: inibição da síntese de 
ácido fólico, pela competição com o PABA. 
As sulfas, incluindo o cotrimoxazol, são bacteriostáticas. 
Trimetoprima: bloqueio da síntese do 
tetrahidrofolato. 
ANTAGONISTAS DE FOLATO 
Enzimas que precisam de cofatores derivados 
do folato são essenciais para a síntese de 
purinas e pirimidinas (precursores de RNA e 
DNA). 
As sulfonamidas (sulfas) são uma família de 
antimicrobianos que inibem essa síntese de 
folato. Um segundo tipo de antagonista do 
folato – a trimetoprima – impede que 
os microrganismos convertam o ácido di-
hidrofólico em ácido tetra-hidrofólico com 
efeitos mínimos nas células humanas capazes 
de fazer essa conversão. Assim, sulfonamidas 
e trimetoprima interferem na capacidade de 
uma bactéria infectante de sintetizar o DNA. 
SULFONAMIDAS 
MECANISMO DE AÇÃO: Em vários 
microrganismos, o ácido di-hidrofólico é 
sintetizado de ácido paraminobenzoico 
(PABA), pteridina e glutamato. Devido à sua 
semelhança estrutural com o PABA, elas 
competem com esse substrato pela enzima 
bacteriana, a di-hidropteroato sintetase. 
Assim, elas inibem a síntese bacteriana de 
ácido di-hidrofólico e, por isso, a formação 
dos cofatores essenciais. 
RESISTENCIA: transferência de plasmídeos ou 
por mutações aleatórias. 
A resistência em geral é irreversível e pode ser 
devida 1) à alteração da di-hidropteroato 
sintetase; 2) à diminuição da permeabilidade 
celular às sulfonamidas ou 3) à maior 
produção do substrato natural, PABA. 
TRIMETOPRIMA 
MECANISMO DE AÇÃO: A forma ativa do 
folato é o derivado tetra-hidro formado pela 
redução do ácido di-hidrofólico pela di-
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
hidrofolato redutase. Essa reação enzimática 
é inibida pela trimetoprima, diminuindo a 
disponibilidade do cofator tetra-hidrofolato 
necessário para síntese de purina, pirimidina e 
aminoácidos. 
RESISTENCIA: presença de uma di-hidrofolato 
redutase alterada que tem menor afinidade 
pela trimetoprima. Bombas de efluxo e 
diminuição da permeabilidade ao fármaco 
podem ter participação. 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
ANTICOAGULANTES E ANTIPLAQUETÁRIOS 
 
RESPOSTA PLAQUETÁRIA A LESÃO VASCULAR 
 
O fluxo sanguíneo através dos vasos é 
normalmente racionalizado e axial; os 
eritrócitos ocupam o centro dos vasos onde a 
velocidade do fluxo é maior. As plaquetas, 
menores, fluem mais perto da parede do 
vaso, estando imediatamente disponíveis se a 
parede do vaso estiver danificada. O 
traumatismo físico ao sistema vascular, como 
uma punção ou um corte, inicia uma série 
complexa de interações entre plaquetas, 
células endoteliais e a cascata da 
coagulação. Essas interações levam à 
hemostasia ou à interrupção na perda de 
sangue por vasos sanguíneos danificados. A 
lesão do vaso desencadeia uma série de 
reações para parar a hemorragia; a este 
processo chama-se hemostasia. A resposta 
da hemostasia é rápida, localizada e 
cuidadosamente controlada. Ocorrem três 
passos em sequência rápida: 
1. Espasmo vascular - para prevenir 
perda de sangue adicional; 
2. Formação de tampões plaquetários; 
3. Coagulação. 
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
 
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
 
ESPASMO VASCULAR 
A resposta imediata à lesão do vaso é um 
espasmo vascular (vasoconstrição local) para 
reduzir a velocidade do fluxo sanguíneo 
através do vaso lesionado. O espasmo 
vascular é desencadeado pela própria lesão, 
bem como pelas substâncias químicas 
liberadas pelas células endoteliais e 
plaquetas. Por exemplo, as plaquetas 
libertam serotonina e tromboxano A2 (TXA2), 
que são potentes vasoconstritores. 
PLAQUETAS 
 
• Trombócito é um outro nome para as 
plaquetas. 
• São derivadas da medula óssea 
• São fragmentos de uma célula do 
citoplasma chamada megacariócito 
PLAQUETAS EM REPOUSO 
As plaquetas atuam como sentinelas 
vasculares, monitorando a integridade do 
endotélio. Na ausência de lesão, as 
plaquetas em repouso circulam livremente 
Mediadores químicos sintetizados pelas 
células endoteliais: 
Mediadores químicos, como prostaciclinas e 
óxido nítrico, são sintetizados pelas células 
endoteliais intactas e atuam como inibidores 
da aglutinação das plaquetas. As células 
endoteliais lesadas sintetizam menos 
prostaciclina do que as células saudáveis, 
resultando em níveis mais baixos de 
prostaciclina. Como há menos prostaciclina 
para ligar receptores de plaquetas, menos 
AMPc intracelular é sintetizado, o que leva à 
aglutinação das plaquetas. 
Papéis da trombina, do tromboxano e do 
colágeno: 
A membrana da plaqueta contém também 
receptores que podem fixar trombina,tromboxanos e colágeno exposto. No vaso 
intacto os níveis de trombina e tromboxano 
circulantes são baixos, o endotélio intacto 
cobre o colágeno nas camadas 
subendoteliais, e os receptores das plaquetas 
estão desocupados. Contudo, quando 
ocupados, cada um desses tipos de 
receptores inicia uma série de reações que 
leva à liberação de grânulos intracelulares 
pelas plaquetas na circulação. Por fim, isso 
estimula a aglutinação das plaquetas. 
FORMAÇÃO DO TAMPÃO PLAQUETÁRIO 
REGULADOR DE SÍNTESE PLAQUETÁRIA: 
TROMBOPOETINA (TPO) 
• Produzida em maior quantidade no fígado 
e é liberada conforme a necessidade 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
(diminuição ou aumento de plaquetas) 
• Aumentada em casos de trombocitopenia 
➜ redução das plaquetas 
• Reduzidas em trombocitose ➜ aumento da 
concentração plaquetária 
FUNÇÃO PLAQUETÁRIA: 
Sua função está relacionada a formação de 
um tampão mecânico. 
As plaquetas passam por diversas etapas 
para que ocorra a formação do tampão, tais 
como: adesão, ativação plaquetária, 
agregação, liberação, amplificação e 
formação do coágulo. 
 
 
ADESÃO: 
Quando o endotélio está lesado, as 
plaquetas aderem e praticamente cobrem o 
colágeno exposto do subendotélio 
Interações plaqueta-plaqueta e plaqueta-
parede celular, ambas são mediadas pelo 
fator de von Willebrand (FvW) 
FvW: permite a adesão do endotélio com a 
plaqueta (adesão) e interação plaqueta-
plaqueta (agregação) 
ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA 
Os receptores na superfície das plaquetas 
aderentes são ativados pelo colágeno do 
tecido conectivo subjacente. Isso causa 
alterações morfológicas nas plaquetas e a 
liberação de grânulos de plaquetas 
contendo mediadores químicos, como 
difosfato de adenosina (ADP), tromboxano 
A2, serotonina, fator de ativação plaquetária 
e trombina. As plaquetas previamente 
dormentes se tornam ativadas e iniciam a 
aglutinação. 
AGREGAÇÃO: 
Caracteriza-se pelas ligações cruzadas que 
ocorrem entre as plaquetas por meio das 
pontes de fibrinogênio e receptores GP 
IIb/IIIa. Alguns fatores como tromboxano A2 e 
ADP aumentam a agregação. Promovem 
sustentação e contração do musculo 
vascular liso diminuindo o fluxo de sangue do 
vaso lesado. 
Caracteriza o aumento da atividade 
plaquetária. 
LIBERAÇÃO: 
Liberação de proteínas dos grânulos 
plaquetários como ADP e serotonina que 
estimulam e recrutam plaquetas adicionais. 
AMPLIFICAÇÃO: 
Intensificação da geração de trombina. Na 
fase de amplificação, a adesão plaquetária 
é coordenada pelo receptor de colágeno 
plaquetário-específico (glicoproteína lb/IIa) e 
o fator de von Willebrand; a pequena 
quantidade de trombina formada na fase de 
iniciação amplifica o processo, promovendo 
mais adesão plaquetária e ativação dos 
fatores V, VIII e XI. 
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
FORMAÇÃO DO COÁGULO 
A estimulação local da cascata de 
coagulação pelos fatores teciduais liberados 
dos tecidos lesados e pelos mediadores da 
superfície das plaquetas resulta na formação 
de trombina (fator IIA). A trombina, por sua 
vez, catalisa a hidrólise do fibrinogênio em 
fibrina, que é incorporada no coágulo. 
Ligações cruzadas subsequentes das tiras de 
fibrina estabilizam o coágulo e formam um 
tampão fibrina-plaquetas hemostático. 
HEMOSTASIA PRIMÁRIA: 
Quando o endotélio é lesado ocorre adesão 
ao colágeno exposto, inicia uma serie de 
reações químicas que resultam em ativação 
plaquetária. 
Essa ativação plaquetária resulta numa 
liberação de mediadores químicos como as 
moléculas sinalizadoras (ADP, TX, A2, 
serotonina, fator de ativação plaquetária e 
trombina). 
Essas substâncias ativam inúmeros receptores, 
que faz com que mais plaquetas sejam 
ativadas. 
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA: 
Processo no qual o tampão plaquetário 
inicialmente gerado na hemostasia primária é 
reforçado, através da conversão do 
fibrinogênio para fibrina 
 
COAGULAÇÃO 
Esta etapa reforça e estabiliza o tampão 
plaquetário para produzir um coágulo de 
sangue que sela eficazmente as lesões em 
grandes vasos. O coágulo sanguíneo é 
formado numa série de etapas que envolvem 
fatores de coagulação, ou procoagulantes. 
O sangue contém fatores que promovem ou 
inibem a coagulação do sangue (trombose). 
Isto permite que o sangue coagule 
rapidamente quando necessário, e também 
evita a formação de coágulos espontâneos. 
No final desta lição, você poderá descrever 
os diferentes processos que permitem ao seu 
sangue controlar finamente a coagulação 
do sangue (hemostasia). 
 
 
 
 
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
As principais características da hemostasia: 
Lesão vascular -> Espasmo vascular -> 
Plaquetas aderem às células endoteliais -> 
Ativação das plaquetas -> Agregação de 
plaquetas com formação de um tampão 
plaquetário instável -> Início da coagulação 
-> Conversão da protrombina em trombina 
-> Conversão de fibrinogênio solúvel em 
fibrinogênio insolúvel -> Coágulo sanguíneo 
estável. 
FIBRINÓLISE 
 
Como são quebrados os coágulos de sangue 
após a lesão ter cicatrizado? 
Nos dias seguintes à formação de um 
coágulo sanguíneo, o vaso começa a sarar e 
o coágulo sanguíneo começa a desintegrar-
se. Este processo complicado é chamado 
fibrinólise. Exige a ação integrada de vários 
fatores de coagulação. 
O coágulo de fibrina é digerido, ou lisado, por 
uma enzima chamada plasmina. O seu 
precursor, o plasminogênio, fica retido no 
coágulo quando este se forma. O 
plasminogênio é convertido em plasmina por 
diferentes fatores: 
• Ativador do plasminogênio tecidual 
(tPA) 
• Uroquinase 
• Fator XII ativado e trombina 
O plasma decompõe a fibrina e limita a 
formação de fibrina. 
 
 
 
LIMITAR E INIBIR A TROMBOSE 
Há dois mecanismos que impedem que os 
coágulos se tornem muito grandes: 
• Eliminação dos fatores de 
coagulação 
• Inibição de fatores de coagulação 
ativados. 
Estes mecanismos anticoagulantes também 
previnem a formação de coágulos de 
sangue espontâneos. 
ANTIPLAQUETÁRIOS 
• São os inibidores plaquetários. 
• Diminuem a formação de um coágulo rico 
em plaquetas ou diminuem a ação dos sinais 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
químicos que promovem agregação 
plaquetária. 
• Bloqueiam os receptores GP llb/lla ou ADP 
interferindo na agregação plaquetária. 
CLASSES DOS FÁRMACOS: 
Anticoagulantes: inibem a coagulação 
(varfarina, heparina) 
Antiplaquetários: inibem agregação 
plaquetária (ASS, Clopidogrel) 
Trombolíticos: dissolução de coágulos 
(alteplase, estreptoquinase) 
Anti-hemorrágicos: controle de 
sangramentos (sulfato de protamina, 
vitamina K) 
ÀCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS): 
A estimulação das plaquetas por trombina, 
colágeno e ADP resulta na ativação das 
fosfolipases de membrana das plaquetas que 
liberam ácido araquidônico dos fosfolipídios 
da membrana. O ácido araquidônico é 
convertido inicialmente em prostaglandina 
H2 pela COX-1. A prostaglandina H2 é 
metabolizada a tromboxano A2, que é 
liberado no plasma. O tromboxano A2 
promove o processo de aglutinação, que é 
essencial para a rápida formação do tampão 
hemostático. O ácido acetilsalicílico (AAS) 
inibe a síntese do tromboxano A2 no centro 
ativo da COX-1, inativando irreversivelmente 
a enzima. Isso desloca o equilíbrio dos 
mediadores químicos em favor dos efeitos 
antiaglutinantes da prostaciclina, prevenindo 
a aglutinação plaquetária.O efeito inibitório 
é rápido, e a supressão da tromboxano A2 e 
a consequente supressão da aglutinação das 
plaquetas induzida pelo AAS persistem por 
toda a vida da plaqueta, que é 7 a 10 dias 
aproximadamente. A administração repetida 
do AAS tem efeito acumulativo na função 
das plaquetas. O AAS é o único fármaco 
antiplaquetário que inibe irreversivelmente a 
função das plaquetas. 
 
 
Mecanismo de ação: Inibe a síntese do 
tromboxano A2, por meio da inibição da 
COX-1, deste modo, inativando 
irreversivelmente a enzima. Isso impede a 
aglutinação/agregação plaquetária. 
OBSERVAÇÃO: 
• A supressão da aglutinação persiste por 
toda vida da plaqueta que é de 7 a 10 dias 
aproximadamente. A administração repetida 
do AAS tem efeito acumulativo na função 
plaquetária. 
• O AAS é o único fármaco que inibe 
irreversivelmente a função das plaquetas. 
 
Uso terapêutico: utilizado no tratamento de 
isquemia cerebral transitória, reduz incidência 
de IAM. A dose recomendada vai de 50 a 
325mg/dia. 
Farmacocinética: administrado via oral e 
hidrolisado e biotranformado no fígado. 
Efeitos adversos: Dosagens mais altas de AAS 
aumentam sua toxicidade, bem como a 
probabilidade de inibir também a produção 
de prostaciclina. O tempo de sangramento é 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
alongado com o tratamento com AAS, 
causando complicações que incluem 
aumento da incidência de acidente cerebral 
hemorrágico e sangramento gastrintestinal 
(GI), especialmente com dosagens mais 
elevadas 
 
TICLOPIDINA, CLOPIDOGREL, PRASUGREL E 
TICAGRELOR 
Mecanismo de ação: Inibem a ligação do 
ADP aos seus receptores nas plaquetas e 
assim, inibem a ativação dos receptores GP 
llb/lla necessários para que as plaquetas se 
liguem ao fibrinogênio e umas às outras 
(agregação/aglutinação) 
 
Uso terapêutico: aprovado para a prevenção 
de eventos ateroscleróticos em pacientes 
com IAM ou acidente vascular encefálico 
(AVE) 
Farmacocinética: sofrem biotransformação 
hepática. A eliminação dos fármacos e seus 
metabólitos ocorrem por via renal e fecal. 
Alimentos interferem com a absorção da 
ticlopidina, mas não com os demais. 
Efeitos adversos: podem prolongar o tempo 
de sangramento 
ABCIXIMABE, EPTIFIBATIDA E TIROFIBANA 
Mecanismo de ação: inibe o complexo 
receptor de GP llb/lla. Quando se liga ao GP 
llb/lla, bloqueia a ligação do fibrinogênio 
com o FvW e não ocorre 
aglutinação/agregação plaquetária 
 
 
Uso terapêutico: prevenção de 
complicações cardíacas isquêmicas. Esses 
fármacos são administrados por via IV, junto 
com heparina e AAS. 
Farmacocinética: A eptifibatida e seus 
metabólitos são excretados pelos rins. A 
tirofibana é excretada, principalmente 
inalterada, pelos rins e nas fezes. O 
abciximabe é administrado em bólus 
intravenoso (IV), seguido de infusão IV, 
alcançando o pico de inibição das plaquetas 
em 30 minutos. 
Efeitos adversos: podem prolongar o tempo 
de sangramento.
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
COAGULAÇÃO DO SANGUE 
 
O processo de coagulação que gera 
trombina consiste em duas vias inter-
relacionadas: os sistemas extrínseco e 
intrínseco. O sistema extrínseco inicia com 
ativação do fator de coagulação VII pelo 
fator tecidual (tromboplastina). O fator 
tecidual é uma proteína de membrana que 
normalmente é separada do sangue pelas 
células endoteliais que revestem os vasos. 
Contudo, em resposta a uma lesão no vaso, o 
fator tecidual fica exposto ao sangue. Ali, ele 
pode se ligar e ativar o fator VII, iniciando a 
via extrínseca. O sistema intrínseco é iniciado 
pela ativação do fator de coagulação XII, e 
isso acontece quando o sangue entra em 
contato com o colágeno na parede lesada 
de um vaso sanguíneo. 
FORMAÇÃO DA FIBRINA 
O sistema extrínseco e o intrínseco envolvem 
uma cascata de reações enzimáticas que 
transformam sequencialmente vários fatores 
plasmáticos (pró-enzimas) em suas formas 
ativas (enzimas). Ao final, é produzido o fator 
Xa, o qual converte protrombina (fator II) em 
trombina (fator IIa). A trombina tem função 
central na coagulação porque é responsável 
pela produção de fibrina que forma a malha 
matriz do coágulo. Se não se forma trombina 
ou se sua função é impedida (p. ex., pela 
antitrombina III), a coagulação é inibida. 
 
 
 
 
 
 
INIBIDORES DA COAGULAÇÃO 
É importante que a coagulação fique restrita 
ao local da lesão vascular. Endogenamente, 
existem vários inibidores dos fatores de 
coagulação, incluindo proteína C, proteína S, 
antitrombina III e inibidor da via do fator 
tissular. O mecanismo de ação dos vários 
anticoagulantes, incluindo heparina e 
fármacos relacionados à heparina, envolve a 
ativação desses inibidores endógenos 
(primariamente antitrombina III). 
 
 
 
 
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
ANTICOAGULANTES: 
 
• Inibem a ação dos fatores de coagulação 
(heparina) ou interferem na síntese de 
coagulação (antagonistas da vitamina K 
como a varfarina) 
 
HEPATINA E HEPARINA DE BAIXO PESO 
MOLECULAR 
• É um anticoagulante injetável de ação 
rápida, usado com frequência para atuar na 
formação de trombos. 
Mecanismo de ação: ambas as heparinas se 
ligam à antitrombina mudando o formato do 
seu sítio de ligação. Desta forma, a heparina: 
na atua aumentando a interação entre o 
fator Xa e a trombina, catalisando a inibição 
da trombina cerca de mil vezes e permitindo 
a ligação da trombina com antitrombina e da 
antitrombina com o fator Xa. 
Já a heparina de baixo peso molecular é 
curta demais para ligar a antitrombina com a 
trombina; mas ela possui maior capacidade 
de potencializar a inibição do fator Xa 
OBSERVAÇÃO: 
• Ambas as heparinas se ligam à antitrombina 
e ambas alteram o formato do sítio de ligação 
 
Farmacocinética: pode ser administrada por 
via subcutânea pois não atravessa as 
membranas com facilidade. É excretada 
pela urina. 
Efeitos adversos: o principal é o sangramento, 
mas também ocorre hipersensibilidade e 
trombocitopenia 
ETEXILATO DE DABIGATRANA: 
• É um pró fármaco, inibidor direto de 
trombina, e de uso oral 
Mecanismo de ação: inibe diretamente a 
trombina, impedindo a conversão do 
fibrinogênio em fibrina e impedindo a 
coagulação. 
Uso terapêutico: prevenção de AVE e 
embolismo sistêmico em pacientes que 
possuem fibrilação atrial não valvar. 
Farmacocinética: é administrado por via oral. 
Eliminada via renal. 
Efeitos adversos: o principal efeito adverso é 
a hemorragia, como com outros 
anticoagulantes. 
 
 
FARMACOLOGIA FCM-PB P3 
 
RIVAROXABANA E APIXABANA 
Mecanismo de ação: inibidor do fator Xa, 
impedindo-o de converter protrombina em 
trombina. 
Uso terapêutico: prevenção e tratamento da 
trombose venosa profunda (TVP) do 
embolismo pulmonar e acidente vascular em 
fibrilação atrial não valvar. 
Farmacocinética: são absorvidos por via oral. 
Cerca de 1/3 do fármaco é excretado na 
urina e nas fezes. 
Efeitos adversos: O sangramento é o efeito 
adverso mais grave dos inibidores do fator Xa. 
Não há antídoto disponível para reverter a 
hemorragia causada por rivaroxabana ou 
apixabana. 
VARFARINA: 
Relacionada aos fatores II, VII, IX e X 
Ocorre carboxilação ➜ CO, O2 e VIT. K 
reduzida, a qual é consumida e se transforma 
em VIT. K oxidada. A VKOR transforma VIT. K 
oxidada em reduzida. 
Mecanismo de ação: inibe a VKOR 
impedindo a transformaçãode VIT. K oxidada 
em reduzida. Impedindo assim a interação 
entre os fatores de coagulação e a 
membrana das plaquetas. 
OBSERVAÇÃO SOBRE ANTICOAGULANTES: 
• VARFARINA: inibe VKOR 
• HEPARINA: inibe indiretamente a trombina 
• ETEXALATO DE DABIEGRATANA: inibe 
diretamente trombina 
Uso terapêutico: prevenção e tratamento de 
TVP e EP, além de prevenir AVE na condição 
de fibrilação ventricular ou valvas cardíacas 
prostéticas. 
Farmacocinética: a varfarina é rapidamente 
absorvida, administrada por via oral. É ligada 
a albumina, o que evita sua difusão para o 
líquido cerebrospinal, urina e leite materno. 
Porém atravessa facilmente a placenta. 
Metabolitos são excretados na urina e nas 
fezes. 
Efeitos Adversos: o principal é a hemorragia, 
por isso é necessário sempre ajustar a 
dosagem do fármaco

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