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Córnea m.clara abreu 1) Úlceras de córnea Lesão do epitélio corneano com exposição do estroma As úlceras são as perdas das camadas da córnea. Uma úlcera superficial pode evoluir rapidamente para uma úlcera profunda se não tratada. As úlceras são classificadas de acordo com a profundidade. A fluoresceína tem afinidade pelas fibras colágenas do estroma. a) Superficial: Só o epitélio é perdido deixando o estroma a amostra, corande de verde forte b) Profunda: Até o estroma é perdido, corando-se de verde amarelado c) Descemetocele: Quando a úlcera é tão profunda que a camada de descemet se desloca até a superfície da úlcera para tentar tapá-la Neste estágio o olho já está prestes a ser perfurado e perder a visão d) Perfuração corneal Rompe a descemet e ocorre prolapso de íris para tentar tapar a lesão e) Úlcera indolente Hereditário. O Animal tem deficiência na camada basal de células do epitélio corneal. O EPITÉLIO CORNEAL NÃO CONSEGUE ADERIR AO ESTROMA, OCORRENDO DESPRENDIMENTO DO EPITÉLIO CORNEAL. f) Úlcera de córnea por liquefação corneal Bactérias patogênicas atacam a córnea e suas enzimas degradam-a, deixando a córnea liquefeita (derretida) Causas: Traumas físicos Agentes químicos irritantes; fungos; bactérias Distrofias úlcera indolente Anormalidades palpebrais entrópio; neoplasias; inflamações Anormalidades de cílios e pêlos cílio ectópico; distiquíase e triquíase Anormalidades no filme lacrimal CCS Sinais clínicos Dor; blefaroespasmos; conjutiva congesta; epífora; animal mexendo com a pata; enoftalmia; miose; uveíte reflexa; fotofobia por dor Quanto mais superficial a úlcera mais dolorida; Quanto mais profunda mais grave e menos dolorida Úlcera de córnea simples com 5 a 7 dias está cicatrizada – Passando disso é úlcera indolente. Úlcera Indolente 1.0) Ceratite Ulcerativa É hereditária. Úlcera superficial que depois de 5 dias de tratamento ainda não melhorou pode ser úlcera indolente. Quando se trata de mais de 10 dias e tem desprendimento do epitélio o tratamento muda. O animal tem uma deficiência na camada basal de células do epitélio corneal que não consegue se aderir ao estroma, ocorrendo o desprendimento do epitélio e exposição do estroma O corante se espalha por além das margens da úlcera (por baixo do epitélio) Predisposição: Boxer Diagnóstico: A severidade da dor está intimamente relacionada com o grau da lesão à córnea. As superficiais doem mais do que as profundas 1) Inspeção 2) Teste de fluoresceína, em bastão ou colírio 3) Com o auxílio de uma lupa e lanterna OBS: Se a fluoresceína sair pelo ducto nasolacrimal é teste de Jones positivo Causas a) Primária – Hereditária b) Secundária – Ceratoconjutivite Seca Ceratite Ulcerativa Tratamento Para tratar tem que descobrir a causa da úlcera. Caso o tutor não relate trauma por briga ou outra coisa, buscar patologias oftálmicas que podem estar causando o quadro, como: cílios ectópicos, triquíase, distiquías, CCS (diagnóstico com teste de Schimer/ quebra do filme lacrimal ou da cristalização). Tratamento de úlceras superficiais 1) Sempre usar colar elizabethano 2) Colírio antibiótico de amplo espectro 4-5X ao dia por 5-7 dias: ciprofloxacino (ciprovet), tobramicina, clorafenicol, neomicina (POMADA MELHOR PARA DORMIR) 3) Atropina: midríatico e cicloplégico (paralisa o corpo ciliar que deixa de contrair em reflexo da dor na córnea, a dor também passa; 4) Tropicamida também é cicloplégico e midriático, mas é melhor atropina (usar 1x do dia por 3 a 5 dias) 5) Anti inflamatório só sistêmico porque retarda a cicatrização Não utilizar corticóide em úlceras!!! Não usar antiinflamatório tópico!!! 6) Soro sanguíneo: 20 Ml de sangue de cavalo e separa em soro. O soro possui fibronectina que combate a ação das enzimas bacterianas (metaloproteínas), possui fatores de crescimento que duram de 5-7 dias. Instila o soro alternando com antibiótico 4-5x por dia, mas pode ser usado sozinho também. Descemetocele É quando a membrana de descemet ultrapassa a camada córnea. A descemetocele é o estágio mais avançado da úlcera (emergência oftálmica cirúrgica). Não cora com fluoresceína, só com lissamina verde. Se você ta vendo a úlcera e essa úlcera não cora com fluoresceína Descemetocele Braquicefálicos tem tendência! Não produzem fração aquosa, globo ocular maior que a pálpebra Ressecamento central na córnea úlceras graves As úlceras profundas são tratadas da mesma forma em conjunto com procedimentos cirúrgicos Tratamento de úlceras profundas e descementocele (bolha): Tratamento de úlceras mais profundas e Tratamento de úlceras indolentes 1) Recobrimento de terceira pálpebra – Faz a nível de clínica para proteger a córnea. Faz debridamento da lesão, retira o epitélio excedente aumentando a úlcera e depois recobre com a terceira pálpebra 2) Flap de conjutiva e flap 360° (cirúrgico); colar elizabethano em todos os procedimentos oftálmicos As pomadas podem ser úteis por permitir menos aplicações durante o dia, principalmente antes de dormir. Apenas as úlceras superficiais recebem tratamento clínico, as demais o tratamento é cirúrgico 2.0) Sequestro Corneano Etiologia: Úlcera crônica e ceratite ulcerativa por herpesvírus ou triquíase As úlceras graves tendem a avançar rapidamente em gatos que gera uma área de necrose que leva ao sequestro corneano Sinais Clínicos: Mancha amarronzada, dourada, enegrecida Tratamento: Cirúrgico com a retirada da área de necrose e após precisa recobrir porque causa uma úlcera quando retira o sequestro, que precisa ser tratada posteriormente porque geralmente é uma úlcera complicada. A professora Renata utilizou como tratamento o procedimento de recobrimento do olho com a terceira pálpebra e houve reabsorção do sequestro após um tempo e melhora do quadro.
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