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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. RESUMO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO UNIDADE I: ESTRATÉGIA – ORIGEM DO CONCEITO Sun Tzu (filósofo chinês) escreveu o livro “A ARTE DA GUERRA”, importante para a ADMINISTRAÇÃO pois ensina através do ponto de vista do general (principal responsável pelas batalhas) como enfrentar o inimigo. ✓ ESTRATÉGIA deriva do grego “strategos” significa general no comando de suas tropas, de acordo com Oliveira o sentido literal seria “A ARTE DO GENERAL”. algumas definições de estratégia que podem ser aplicáveis ao mundo organizacional, que carregam vários aprendizados das guerras militares, para os autores: RIBEIRO: Estratégia é a arte de planejar e colocar o plano em ação, com o objetivo de alcançar ou manter posições relativas e potenciais favoráveis a futuras ações táticas sobre um objetivo e procurar condições favoráveis para alcançar objetivos específicos, ou seja, é o programa geral para a consecução dos objetivos de uma organização e, portanto, para o desempenho de sua missão Mintzberg e Quinn: Estratégia - Padrão ou plano que integra as principais metas, políticas e sequência de ações em uma organização em um todo coerente. Uma estratégia bem formulada ajuda a ordenar e a alocar os recursos de uma organização para uma postura singular e viável, com base em suas competências e deficiências internas relativas, mudanças no ambiente antecipadas e providências contingentes realizadas por oponentes inteligentes. Estratégia empresarial - O padrão de decisões em uma empresa que determina e revela seus objetivos, propósitos ou metas, produz as principais políticas e planos para a obtenção dessas metas e define a escala de negócios em que a empresa deve se desenvolver, o tipo de organização econômica e humana que pretende ser e a natureza da contribuição econômica e não econômica que pretende proporcionar a seus acionistas, funcionários e comunidades. OLIVEIRA: Numa empresa, a estratégia está correlacionada à arte de utilizar, adequadamente, os recursos físicos, tecnológicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização dos problemas internos e a maximização das oportunidades que estão no ambiente empresarial, o qual não é controlável. Hill e Jones: estratégia é um conjunto de ações que os gestores adotam para melhorar o desempenho de uma empresa em relação a suas concorrentes” PESQUISADORES E INTITUIÇÕES QUE CONTRIBUIRAM COM FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS: → MICHAEL PORTER: trabalho sobre o Modelo de 5 forças. → CONSULTORIA BOSTON CONSULTING GROUP (BCG) – com a matriz Growthshare, conhecida como matriz BCG. → Estratégica Management Society (SMS) – organização sem fins lucrativos, fundada em 1981, busca reunir acadêmicos, profissionais de empresa e consultores, com o objetivo de promover a pesquisa na área de gestão estratégica, reunindo mais de 1200 instituições em cerca de 80 países. PERSPECTIVAS DA ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL PERSPECTIVA ABORDAGEM REPRESENTANTES Do Conteúdo Compreender o que é necessário saber para traçar a estratégia correta de determinada organização, feito pela criação de tipologias analíticas. Ansoff (1965); Rumelt (1974); Porter (1980). Visão Baseada em Recursos Discute fatores internos e externos da organização, bem como a posse de recursos por parte da organização, recursos construídos ao longo dos anos e que se tornam a vantagem competitiva dessa organização. Birger Wernerfelt (1984); Jay Barney (1986); Andrews (1971); Edith Penrose (1959); Philip Selznick (1966) Abordagem Processual Foca a análise do cotidiano da formação estratégica. Busca compreender como a estratégia é criada e realizada na organização. Johnson (1987); Pettigrew (1985); PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. Mintzberg e Waters (1985); Mintzberg e McHugh (1985); Mintzberg (1994) Estratégia como Prática Busca compreender a estratégia como algo definido pela interação das práticas de estratégia com profissionais envolvidos em execução dos planos no cotidiano. Propicia a observação da relação entre a perspectiva micro do cotidiano do estrategista e a perspectiva macro das práticas definidas para elaboração da estratégia, o que possibilita explorar como essa relação opera. Richard Whittington (1996); Weick (1979); Jarzabkowski, Balogun, & Seidl (2007); Whittington (1996); Jarzabkowski (2008). ESTRATÉGIA SEGUNDO UMA VISÃO NÃO CONVENCIONAL O conceito de estratégia não é unânime e também não é universal, assim autores divergem e se complementam sobre a sua definição. Para Mintzberg a estratégia pode ser vista de duas formas: → Como um PLANO ou uma direção a ser seguida para uma ação futura. → Como um PADRÃO entendida como um comportamento padrão ao longo do tempo. RESUMIDAMENTE: TIPOS DE ESTRATÉGIA → ESTRATÉGIA PRETENDIDA: é uma estratégia deliberada, ou seja, foi PREVIAMENTE CONCEBIDA para ser efetivada, tornando-se uma estratégia realizada. → ESTRATÉGIA EMERGENTE: nem toda estratégia pretendida se torna realmente uma estratégia realizada, é aí que surge a estratégia emergente, de modo que ela acontece ou se torna uma estratégia realizada, mesmo não tendo sido previamente pretendida. Mintzberg foi um dos primeiros autores a considerar a existência de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. estratégias emergentes. Este tipo de estratégia não surge necessariamente da alta cúpula da organização, muitas vezes uma medida adotada por um funcionário, pode tornar-se ima estratégia padrão. UM BREVE HISTÓRICO SOBRE ESTRATÉGIA NAS ORGANIZAÇÕES ✓ INÍCIO DO SÉCULO XX (PRODUÇÃO): INTENSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO EM MASSA, onde métodos da produção mecanizada foi possibilitado pela revolução industrial proporcionando assim o incremento da capacidade produtiva superior a qualquer época anterior devido os trabalhos de Taylor (tempos e movimentos) e Ford (linha de montagem. ✓ CRISE DE 1929 (VENDAS):Com a quebra da bolsa de valores de Nova York, empresas tiveram que “forçar” a aquisição dos seus produtos, adotando estratégias de vendas, esse período vai de 1920 à 1950. ✓ FALTA DE ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS (MARKETING): Nos anos de 1950 a 1990 as empresas desenvolvem o desejo de consumo em seus clientes, pois eles tinham produtos, força de vendas mas não possuíam estratégias mercadológicas bem estruturadas, é aqui que dá início nas ações de marketing. ✓ EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA (ERA DA INFORMAÇÃO): A partir da década de 90, o mundo mergulhou na internacionalização dos negócios através das TICs. Essa época possibilitou aos gestores a administração de seus negócios com ênfase no perfil personalizado de cada cliente. ✓ SÉCULO XXI (GESTÃO DO CONHECIMENTO): devido a evolução tecnológica acabou gerando uma avalanche de dados e informação trafegando na rede mundial, portanto se fez necessário que ocorresse um gerenciamento de todas essas informações. EVOLUÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA Com o acirramento da competição entre as organizações, as empresas passaram a não pensar somente a longo prazo, mas sim na CRIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS. Portanto, no final do século XX tornou-se importante a necessidade de uma gestão estratégica que convergisse com o planejamento direcionado por objetivos e metas em um processo integrado, envolvendo recursos, pessoas e os próprios processos. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. O desafio das organizações a partir do século XXI, é justamente possuir em seus quadros as pessoas certas para realizar e fazer atingir os objetivos das organizações. Alguns FATORES QUE INTERFERIRAM NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DAS ORGANIZAÇÕES: → A evolução da tecnologia das comunicações → A intensificação da competição → O encurtamento do ciclo de vida dos produtos → Preocupação acentuada com questões relacionadas com o meio ambiente, ética e justiça. → Alianças estratégicas, fusões e aquisições → A globalização A estratégia global não deve ser equiparada aum único elemento - produtos padronizados, ou cobertura mundial de marketing, ou rede global de fabricação. A estratégia global, ao contrário, deve ser uma combinação flexível de muitos elementos. A FORMULAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA COMPETITIVA GLOBAL ESTÁ CENTRADA EM: → desenvolver a estratégia essencial do negócio também chamada de core strategy; → internacionalizar a estratégia essencial; → globalizar a estratégia internacional. UNIDADE II: IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE AS ESTRATÉGIAS ORGANIZACIONAIS O PLANEJAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES PLANEJAR significa a formulação sistemática de objetivos e ações alternativas, que ao final, a escolha se dará sobre a melhor ação. Também DIZ RESPEITO A IMPLICAÇÕES FUTURAS DE DECISÕES PRESENTES, pois é um processo de decisões recíprocas e independentes que visam alcançar objetivos anteriormente estabelecidos. CINCO DIMENSÕES DO PLANEJAMENTO (Conceitos de STEINER) DIMENSÃO EXPLANAÇÃO ASSUNTO ABORDADO É relacionada às funções desempenhadas pela empresa e que tem a ver com produção, pesquisa, novos produtos, finanças, marketing, instalações, recursos humanos etc. ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO São os propósitos, objetivos, estratégias, políticas, programas, orçamentos, normas e procedimentos, entre outros TEMPO DO PLANEJAMENTO Definir se o planejamento é para o curto, médio ou longo prazo. UNIDADES ORGANIZACIONAIS Relacionada à definição de onde o planejamento é elaborado, se é um planejamento corporativo, de unidades de negócio, de subsidiárias, de grupos funcionais, de divisões, de departamentos, de produtos etc. CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO Definição do planejamento por suas características, como complexidade ou simplicidade, qualidade ou quantidade, planejamento estratégico ou tático, confidencial ou público, formal ou informal, econômico ou caro etc TERMOS USADO EM ADMINISTRAÇÃO QUE SÃO DIFERENTE DE PLANEJAMENTO: ✓ PREVISÃO: esforço para verificar quais serão os eventos que poderão ocorrer, com base no registro de uma série de probabilidades. ✓ PROJEÇÃO: situação em que o futuro tende a ser diferente do passado, em sua estrutura básica. ✓ PREDIÇÃO: situação em que o futuro tende a ser diferente do passado, mas a empresa não tem nenhum controle sobre seu processo e desenvolvimento. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. ✓ RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: aspectos imediatos que procuram tão somente a correção de certas descontinuidades e desajustes entre a empresa e as forças externas que lhe sejam potencialmente exclusivos. ✓ PLANO: documento formal que se constitui na consolidação das informações e atividades desenvolvidas no processo de planejamento; é o limite da formalização do planejamento, uma visão estática do planejamento, uma decisão em que a relação custos versus benefícios deve ser observada. Para Mintzberg a definição de planejamento se aproxima a algo mais formal e concreto: → “PLANEJAMENTO É UM PROCEDIMENTO FORMAL PARA PRODUZIR UM RESULTADO ARTICULADO NA FORMA DE UM SISTEMA INTEGRADO DE DECISÕES”. Para Mintzberg é importante manter o conceito de planejamento sob aspectos formais. Esse esforço que faz Mintzberg colocar o conceito de planejamento por seus aspectos formais é importante, pois, caso isso não seja feito, pode-se perder a força, a intensidade da ideia, por deixar o termo amplo demais, caindo em um limbo, sem objetividade. Por conta disso, Mintzberg fala de TRÊS ELEMENTOS ESSENCIAIS NO QUE DIZ RESPEITO AO PLANEJAMENTO: ✓ RACIONALIZAÇÃO: o planejamento deve ser estruturado, objetivo, racionalizando-se, dessa forma, os processos nos quais as decisões são tomadas e posteriormente integradas na organização. ✓ DECOMPOSIÇÃO: é produzida uma análise dos processos, decompõe-se o processo em partes para que possa ser compreendido em uma série de passos que serão, posteriormente, articulados. ✓ ARTICULAÇÃO: prevê-se que os processos, uma vez tendo sido decompostos em estratégias, subestratégias, programas, orçamentos e objetivos, devem ser, rotulados de forma clara e explícita por palavras e até mesmo em números em uma folha de papel. Na década de 1960 houve uma crescente ideia de existir formalismo no PLANEJAMENTO, existindo assim alguns modelos de formação de estratégia: ESCOLA DO DESIGN classificada por Mintzberg, possui algumas PREMISSAS BÁSICAS: → A organização deve se adaptar a fatores internos e externos. a estratégia irá nascer de uma avaliação das ameaças e oportunidades externas, e de uma análise criteriosa das forças e fraquezas internas. “As oportunidades externas são exploradas pelas forças internas, ao passo que as ameaças são evitadas e as fraquezas, controladas”. RESUMINDO ESSAS PREMISSAS, TEMOS: A. A formação de estratégia deve ser um processo de pensamento controlado e consciente. B. A responsabilidade pelo processo deve ser do executivo principal: essa pessoa é o estrategista. C. O modelo de formação de estratégia deve ser simples e informal. D. As estratégias devem ser únicas: as melhores resultam de um processo de design criativo. E. As estratégias devem resultar do processo de design plenamente desenvolvido. F. As estratégias devem ser explícitas e, se possível, articuladas, o que significa que precisam ser simples. G. Finalmente, depois de essas estratégias únicas, desenvolvidas, explícitas e simples terem sido totalmente formuladas, devem então ser implementadas. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. MODELO BÁSICO DE FORMAÇÃO DE ESTRATÉGIA DA ESCOLA DO DESIGN OS PRINCÍPIOS DE PLANEJAMENTO DE ANSOFF Henry Igor Ansoff é o pai da Gestão Estratégica, pois construiu maior parte da sua carreira militando no tema da administração estratégica. O trabalho de Ansoff é diferenciado dos trabalhos da Escola do Design em alguns pontos: ESCOLA DO DESIGN: → O planejamento é uma estrutura conceitual mais solta, em que os elementos do planejamento estão no papel, mas são separados somente na fase de implementação. PLANEJAMENTO DE ANSOFF: → O planejamento passa a ser um procedimento altamente formalizado, com uma decomposição muito bem elaborada em etapas, sempre apoiada por técnicas e executadas quase mecanicamente. A escola do planejamento que tem no TRABALHO DE ANSOFF POSSUI ALGUMAS PREMISSAS: A. A formação de estratégia deve ser um processo controlado e consciente, bem como formalizado e elaborado, decomposto em etapas distintas, cada uma delineada por checklists e apoiada por técnicas. B. A responsabilidade por todo o processo compete, em princípio, ao executivo principal; na prática, a responsabilidade pela execução é da equipe de planejadores. C. As estratégias provêm desse processo prontas, geralmente como posições genéricas, devendo ser explicitadas para que possam então ser implementadas pela atenção detalhada e objetivos, orçamentos, programas e planos operacionais. O foco do trabalho de Ansoff no livro de 1965, não era o planejamento estratégico em geral e sim uma questão de expansão e diversificação das empresas, em um contexto chamado de produto-mercado. Conceitos esses que foram transformados na MATRIZ DE PLANEJAMENTO DE ANSOFF (MATRIZ ANSOFF). PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. MATRIZ DE PLANEJAMENTO ANSOFF A dimensão MERCADO contempla mercados NOVOS e EXISTENTES; e a dimensão PRODUTOS, contempla produtos EXISTENTES e NOVOS. Na intersecção dessas dimensões, existem QUATRO ESTRATÉGIAS POSSÍVEIS: ✓ PENETRAÇÃO DE MERCADO: a empresa investe na captação e fidelização dos clientes. ✓ DESENVOLVIMENTO DE MERCADO: a empresa tenta introduzir e fortalecer seus produtos existentes em novos mercados. ✓ DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS: a empresa investe em pesquisa e desenvolvimento e aposta na inovação para competir em mercados existentes. ✓ DIVERSIFICAÇÃO: essa é a estratégia de maior risco, considerando as incertezas dos novos produtos em novos mercados, mas com certeza pode ser a que venha trazermelhores resultados. Mintzberg ressalta que as PROPOSIÇÕES DE ANSOFF DESTACAM DOIS CONCEITOS IMPORTANTES: → DISPARIDADE: é a diferença entre os objetivos e a posição atual da organização → SINERGIA: é uma ação coordenada, cooperativa e combinada Ansoff explicava o conceito como efeito de “2+2 = 5”, ou seja, a postura de produto-mercado terá um desempenho combinado maior que a soma de suas partes, ou “efeito que possa produzir um retorno combinado dos recursos da empresa maior que a soma de suas partes”. A QUESTÃO AMBIENTAL NO PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuando uma função. ELEMENTOS QUE COMPÕE UM SISTEMA COMPONENTE EXPLANAÇÃO OBJETIVOS Referem-se aos objetivos dos usuários do sistema e do próprio sistema ENTRADAS DO SISTEMA Forças que fornecem ao sistema os materiais, as informações e as energias para a operação ou processo, o qual gera determinadas saídas do sistema, que devem estar em sintonia com os objetivos. PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO Função que possibilita a transformação de um insumo (entrada) em produto, serviço ou resultado (saída). SAÍDAS DO SISTEMA São os resultados do processo de transformação. São as finalidades para as quais se uniram objetivos, atributos e relações do sistema. Devem ser coerentes com os PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. objetivos do sistema e devem ser quantificáveis, de acordo com critérios e parâmetros previamente fixados CONTROLES E AVALIAÇÕES São os resultados do processo de transformação. São as finalidades para as quais se uniram objetivos, atributos e relações do sistema. Devem ser coerentes com os objetivos do sistema e devem ser quantificáveis, de acordo com critérios e parâmetros previamente fixados RETROALIMENTAÇÃO (REALIMENTAÇÃO OU FEEDBACK) Reintrodução de uma saída sob a forma de informação, energia, produto, serviço, ou, ainda, tecnologia. É considerada positiva quando a entrada faz aumentar o desempenho de saída. Caso contrário, será negativa. Um sistema não está isolado, está sempre em contato com o ambiente, alteração no sistema pode mudar ou alterar os fatores externos ou não controláveis. FATORES EXTERNOS QUE AFETAM A EMPRESA: Ambiente externo à organização, formado por componentes que normalmente têm amplo escopo e sobre o qual a organização não tem nenhum controle. Assim, COMPONDO ESSE AMBIENTE GERAL, TERÍAMOS: COMPONENTE ECONÔMICO indica como os recursos são distribuídos e usados no ambiente. Fazem parte desse componente econômico: produto interno bruto (PIB), lucros do setor econômico, taxas de inflação, produtividade setorial, taxas de emprego, balanço de pagamentos, taxas de juros, tributos e receitas de consumidores, despesas e débitos públicos. COMPONENTE SOCIAL descreve as características da sociedade na qual se situa a organização, tais como: níveis educacionais, costumes, crenças, estilo de vida, idade, distribuição geográfica e mobilidade de uma população fazem parte do componente social. COMPONENTE POLÍTICO compreende os elementos relacionados a decisões governamentais. Exemplos: estilo de governo, sua atitude diante de várias indústrias, esforços para tentar obter aprovação de projetos por grupos interessados, progressos na aprovação de leis, plataformas de partidos políticos. COMPONENTE LEGAL consiste na legislação aprovada, regras ou leis que todos os membros da sociedade devem seguir. No caso do Brasil, temos a Lei de Proteção do Consumidor, a Lei de Defesa da Concorrência, Lei do Meio Ambiente. COMPONENTE TECNOLÓGICO inclui novas abordagens para a produção de mercadorias e serviços, como procedimentos e equipamentos novos. Um exemplo é a tendência contemporânea de utilizar robôs na tentativa de melhorar a produtividade. No que diz respeito a essa relação empresa/ambiente, se fizer uso do que acontece nos sistemas naturais, explicado existe algumas situações possíveis: → EQUIFINALIDADE: um mesmo estado final pode ser alcançado, partindo de diferentes condições iniciais e por maneiras diferentes → ENTROPIA NEGATIVA: empenho dos sistemas em se organizarem para a sobrevivência, por meio de maior ordenação. É uma função que representa o grau de ordem existente em um sistema. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. Empresas que não se atentam às demandas externas, onde o ambiente é extremamente mutável e instável, e não buscam se adaptar acabam sofrendo sérias consequências. Exemplos de algumas marcas/produtos que deixaram de existir: → Kodak; → Máquina de datilografia (Olivetti, Remington, Facit e uma “nave espacial”, que era a IBM elétrica com sua esfera de caracteres, que substituíam as barras das máquinas convencionais. OS DIVERSOS NÍVEIS DO PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL As organizações se dividem em níveis hierárquicos que se sobrepõem formando uma pirâmide: Esses níveis organizacionais também têm uma relação direta no planejamento que é efetuado pelos gestores. Acompanhando os níveis de responsabilidade, temos a seguinte representação: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. Os executivos e gestores de uma organização operam em suas respectivas áreas de responsabilidade de forma integrada, SEGUINDO UM CICLO DE PLANEJAMENTO: TIPO DE PLANEJAMENTO DETALHAMENTO ESTRATÉGICO Abrange a organização como um todo, envolve objetivos e estratégias de longo prazo e constitui o ponto de partida para os planejamentos táticos e operacionais. Ao executar esse planejamento é preciso avaliar o ambiente externo à organização, focando no cenário econômico, social e político, assim como os comportamentos e preferências do cliente e as ações e posicionamento da concorrência. Os objetivos traçados nesse nível de planejamento são gerais, não ficando restritos a questões específicas de alguma área da organização. O planejamento estratégico costuma ser executado pela alta administração. TÁTICO Leva os objetivos gerais para o domínio de uma área específica da organização, como marketing, produção, finanças ou gestão de pessoas. E, ao realizar um plano tático para o alcance de um objetivo para uma área específica da empresa, é natural que esse plano seja feito com o horizonte temporal de um ano. Geralmente, os gerentes são responsáveis por executar e coordenar esse tipo de planejamento OPERACIONAL O plano operacional se refere a procedimentos e ações específicas requeridos nos níveis de execução operacional da organização. Sua execução é um desdobramento do plano tático e colocá-lo em prática é essencial para apoiar as atividades dos planos tático e estratégico. São orientados para o curto prazo (dias, semanas ou meses) e são bastante adaptáveis às circunstâncias que se apresentam no dia a dia. Sua gestão geralmente é realizada por supervisores de primeira linha. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos - não controláveis - e atuando de forma inovadora e diferenciada. ÁREAS ESSENCIAIS NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: → ÁREA DE MARKETING: é o processo de atração e retenção de clientes e oferece suporte para a administração estratégica, principalmente em termos do mapeamento das preferências do consumidor, análises de produtos dos concorrentes e definições de preço. → ÁREA DE PRODUÇÃO (OPERAÇÕES): colabora no sentido de analisar criticamente o projeto de oferecimento de produtos ou serviços, com o objetivo de oferecê-los a um menor custo e prazo e com uma maior qualidade para o cliente. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. → ÁREA DE FINANCEIRA: possui uma contribuição vital para a administração estratégica ao fornecer medidas históricas e de tendência a respeito do desempenho econômicoda organização e ao traçar análises financeiras que possibilitam uma melhor tomada de decisão. → ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS: pode contribuir ao viabilizar processos de mudança cultural em processos de readequação estratégica, ao realizar gestão do conhecimento organizacional e ao atuar como parceiro estratégico da organização na relação com os empregados. PLANEJAMENTO TÁTICO: Leva os objetivos gerais para o domínio de uma área específica da organização, como marketing, finanças, produção e gestão de pessoas. O horizonte temporal deste planejamento é de um ano. Geralmente os gerentes são responsáveis por executar e coordenar esse tipo de planejamento. PLANEJAMENTO OPERACIONAL: Após terem sido desdobrados no nível tático, passa-se para a fase de formalização, no planejamento operacional. Essa formalização acontece por meio de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa. É encontrado no planejamento operacional os planos de ação, em que são definidos os recursos que serão demandados para o desenvolvimento e execução desses planos, quais serão os procedimentos que serão adotados, os resultados finais esperados, o cronograma de execução, os responsáveis pela condução desses planos. RESUMIDAMENTE TEMOS: Para lidar com as incertezas e mudanças que ocorrem sem aviso prévio, é necessário realizar o PLANEJAMENTO DE CENÁRIOS, TIPOS DE CENÁRIOS: → PESSIMISTA: simulação considerando o pior cenário possível para a empresa. → OTIMISTA: simulação considerando o melhor cenário possível, tanto comercial, quanto financeiro. → PROVÁVEL: é o cenário que está mais próximo da realidade da organização. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. UNIDADE III: ESTRATÉGIA ORGANIZACIONA - DIAGNÓSTICO E PROPOSIÇÕES OS PÚBLICOS INTERESSADOS NAS ORGANIZAÇÕES Quando uma empresa surge, o objetivo inicial é atender as necessidades dos públicos interessados, que vai além de compradores e usuários de serviço. Normalmente existem os stakeholders (partes interessadas) internos e externos à organização: → STAKEHOLDERS INTERNOS: • Funcionários • Gestores • Executivos • Membros do conselhos de administração • Conselhos fiscais → STAKEHOLDERS EXTERNOS: • Bancos • Credores • Fornecedores • Governo • Sindicatos • Comunidades PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. Todos os stakeholders têm algum tipo de relação de troca com a organização. Cada grupo de stakeholders fornece importantes recursos (ou contribuições) para a empresa e, em troca, cada um espera que seus interesses sejam satisfeitos (por meio de recompensas). GRUPO TIPO DE INTERESSE ACIONISTAS Por ter colocado o capital no investimento, esperam retornos financeiros. CREDORES Quitação de empréstimos com o recebimento dos juros e prazos combinados. FUNCIONÁRIOS Ser remunerado de forma justa, e com estabilidade em seus empregos, com um bom ambiente de trabalho. FORNECEDORES Receber pagamento pelo fornecimento de matéria prima e a fidelização de compras. GOVERNOS Esperam receber os tributos e que as regras estabelecidas sejam cumpridas. CONSUMIDORES/CLIENTES Receber produtos e serviços com qualidade. MISSÃO, VISÃO E VALORES MISSÃO: descreve o que a empresa faz, é a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de “quem a empresa atende” com seus produtos e serviços. Portanto, a missão representa a razão de existir da organização. Uma missão bem difundida desenvolve nos funcionários um senso comum de oportunidade, direção, significância e realização. Para auxiliar na elaboração da definição da missão, pode-se fazer uso da FERRAMENTA 5W2H(serve para traçar os planos de ação, faz parte das chamadas ferramentas da qualidade). A empresa deve definir o negócio nessas três dimensões: • quem está sendo satisfeito (que grupos de consumidores); • o que está sendo satisfeito (que necessidades dos consumidores); • como os consumidores estão sendo satisfeitos (por meio de que habilidades, conhecimentos ou competências). PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. VISÃO: A visão declara para onde a organização pretende ir, para qual o rumo ela direcionará a empresa. Representa o que a empresa quer ser no futuro próximo ou distante, de acordo com o horizonte de tempo que os executivos da empresa conseguem visualizar, com adequada competência estratégica. A definição de visão é importante conter uma determinação de prazo, normalmente de longo prazo, estabelecer um marco do tempo no futuro, mesmo que seja um horizonte de tempo de muitos anos, pode ter um efeito positivo sobre as pessoas na organização. VALORES: No contexto organizacional, os valores empresariais devem se sobrepor aos valores individuais. De modo que a organização irá estabelecer um conjunto de valores, onde espera que os funcionários os cumpram. Os valores representam o conjunto dos princípios, crenças e questões éticas e fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação para todas as suas principais decisões. Declaram como seus funcionários e gestores devem se comportar, como devem fazer negócios e, ainda, que tipo de organização deve construir para ajudá-la a cumprir sua missão. O conjunto de valores da organização devem estar orientados para o cumprimento da missão da empresa. Os valores representam a base para a cultura organizacional, que é representada por: • Conjunto de valores • Normas de conduta • Padrões PROPONDO OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS O que é um objetivo? Um objetivo é um estado futuro preciso e mensurável que uma empresa tenta atingir. Neste contexto, o propósito de um objetivo é especificar com precisão o que deve ser feito, caso a empresa queira cumprir sua missão e sua visão. Os objetivos também se denominam de meta, É POSSÍVEL ENTENDER META DE DUAS FORMAS: → Meta é a quantificação do objetivo. → Meta é a etapa ou passo intermediário para se alcançar determinado objetivo. → Meta intermediária serve como “degrau” rumo à meta maior da visão organizacional. META OU OBJETIVO É UM PONTO NUMÉRICO NO TEMPO QUE A ORGANIZAÇÃO PRETENDE ALCANÇAR. Objetivos bem formulados possuem quatro características: A. QUANDO SÃO PRECISOS E MENSURÁVEIS: dão aos gestores uma régua ou um padrão para medir e avaliar o desempenho. B. QUANDO DIZ RESPEITO A QUESTÕES CRUCIAIS: para manter o foco, os gestores devem escolher um número limitado de objetivos principais para avaliar o desempenho da empresa. Os objetivos selecionados devem ser cruciais ou importantes. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. C. QUANDO SÃO DESAFIADORES, MAS REALISTAS: dão aos funcionários um incentivo para buscar maneiras de melhorar as operações de uma organização. Se um OBJETIVO NÃO FOR REALISTA nos desafios que propõe, os funcionários podem desistir; em contrapartida, um OBJETIVO MUITO FÁCIL DE SER ATINGIDO PODE FALHAR na motivação dos gestores e de outros funcionários. D. QUANDO CONVENIENTE, ESPECIFICAR UM PERÍODO DE TEMPO PARA SER ATINGIDO: a restrição de tempo diz aos funcionários que o sucesso exige que um objetivo seja atingido dentro de certo prazo, não depois dele. Prazos podem dar um sentido de urgência para que um objetivo seja atingido e podem funcionar como um elemento motivador. Os objetivos são essenciais, pois servem aos seguintes propósitos: • Fornecer às pessoas um sentimento específico e adequado de seu papel na empresa; • Dar consistência à tomada de decisão entre grande número de diferentes executivos; • Estimular empenho profissional e a realização baseada em resultados esperados; • Fornece a base para o controle e as ações corretivas e de aprimoramento. No entanto, como se estabelecem os objetivos na prática? Pode-se dividir por fases, inicialmente sem muita preocupação com mensuração, mas sim com um direcionamento: Hierarquia dos objetivose desafios da empresa. OBJETIVOS DA EMPRESA: estão a identificação e qualificação das expectativas dos setores de atuação que são estabelecidas no nível anterior, em que estão os propósitos e a postura estratégica. Aqui ainda não há uma preocupação demasiada com quantificação dos resultados esperados OBJETIVOS FUNCIONAIS: as áreas já serão comprometidas com a implementação e execução, pois aqui estão os planejamentos tático e operacional da organização. No nível “desafios”: ocorre o detalhamento quanto aos prazos, responsáveis, recursos, enfim, os planos estão formalizados e representam um esforço extra para o atingimento das metas. CRITÉRIOS E ANÁLISES QUE LEVAM Á CONSTRUÇÃO DOS OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS: FORMA OU CRITÉRIO DE ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS DETALHAMENTO CRUZAMENTO DE FATORES EXTERNOS E INTERNOS Considerado a forma ideal. Para isso, o diagnóstico estratégico da empresa deve ser muito bem realizado. INTERAÇÃO COM OS CENÁRIOS Serve mais como um fator de ajuste para mais ou para menos de variáveis, como tempo e quantificação do objetivo INTUIÇÃO Forma mais utilizada. Não é exatamente um problema o uso da intuição. O problema é quando esse método é usado em demasia DETERMINÍSTICO O objetivo é identificado em uma situação precisa. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. Exemplo: “aumentar as vendas em 10% até o final do próximo ano”. PROBABILÍSTICO O objetivo é apresentado como uma situação provável de acontecer. Exemplo: “Não ter mais de 2% dos produtos em devolução por defeito”. QUALITATIVO Exemplo: “melhorar a imagem da organização perante a comunidade”. LOGÍSTICO Exemplo: “adquirir o controle acionário do principal concorrente”. Nesse critério logístico, considera-se a interação da organização com outros fatores ambientais ou externos, sendo, no exemplo citado, adquirir o controle acionário do principal concorrente. OBTENÇÃO Quando a empresa deseja obter algo que ainda não possui. Por exemplo, ingressar no segmento de smartphones, no caso de uma indústria de eletroeletrônicos MANUTENÇÃO Quando a empresa deseja manter uma situação ou algo que já possui. Por exemplo, manter os atuais 20% de participação de mercado no segmento de lavadoras domésticas. Inicialmente podemos imaginar que os objetivos da empresa são sempre determinados pela alta administração, mas, a colaboração entre os níveis contribui: UNIDADE IV: PLANEJANDO AS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS NATUREZA DA VANTAGEM COMPETITIVA Diante da grande quantidade de empresas brigando, muitas vezes pelos mesmos consumidores, o que faz com algumas se destacam diante as outras? Certamente algum tipo de vantagem competitiva deve se estabelecer. A competição se estabelece por setores. Então o que é um setor? SETOR É UM GRUPO DE EMPRESAS QUE OFERECE PRODUTOS OU SERVIÇOS QUE SÃO SUBSTITUTOS PRÓXIMOS UNS DOS OUTROS, ou seja, produtos ou serviços que satisfazem as mesmas necessidades básicas do consumidor. Portanto a empresa compete em um setor que atende a certas necessidades dos consumidores. Sabendo em qual setor a empresa atua, o próximo passo é avaliar como desenvolver vantagem competitiva. Uma das ferramentas mais eficazes para entender como se expressa a competição no mercado e como a vantagem competitiva se estabelece, criada por Michael Porter(respeitado teórico da área de negócio da atualidade) chamada de MODELO DAS 5 FORÇAS DE PORTER, que no inicio foi desenvolvido para avaliar a competição da indústria, mas pode ser aplicada à segmentos econômicos. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. LÓGICA DO MODELO DA 5 FORÇAS DE PORTER: → Quanto maiores as forças, maior as dificuldades da empresa em atuar livremente no estabelecimento de seus preços. → Quanto menores as forças, maior a liberdade da empresa podendo obter maiores lucros. A. RISCO DE ENTRADA DE POTENCIAIS CONCORRENTES: potenciais concorrentes são as empresas que iniciaram operações recentemente em um setor ou que ameaçam começar operações em breve. Para evitar os novos concorrentes as empresas estabelecidas no setor podem adotar medidas de proteção do mercado chamada de BARREIRAS DE ENTRADA que são mecanismos que as empresas já estabelecidas fazem para inviabilizar a entrada de uma nova empresa no setor. TIPOS DE BARREIRAS DE ENTRADA DETALHAMENTO FORMAS DE OBTENÇÃO ECONOMIAS DE ESCALA Acontecem quando o custo unitário cai, à medida que a empresa aumenta sua produção. 1- Redução de custos por meio da produção em massa de produtos padronizados; 2- Descontos em grandes compras de matérias-primas e componentes; 3- Diluição de custos fixos de produção por grande volume de produtos fabricados; 4) redução de gastos com marketing na diluição com um grande volume de produtos. FIDELIDADE À MARCA Estabelece-se quando os consumidores têm preferência pelos produtos de empresas estabelecidas. Publicidade contínua de produtos com a marca e nome da empresa; patentes de produtos; inovação em produtos com auxílio de Pesquisa e Desenvolvimento: ênfase na alta qualidade dos produtos; bom atendimento pós-venda. VANTAGENS ABSOLUTAS EM CUSTOS Estrutura de custos das empresas estabelecidas muito superior a de potenciais entrantes 1-Processos e operações de produção superiores, devido a experiência, patentes ou processos; 2-Controle de insumos necessários à produção, como mão de obra, materiais, equipamentos ou habilidades de gestão, que existam em quantidade limitada; 3-Acesso a financiamento mais barato devido a oferecer risco menor aos agentes financeiros. Acontece quando o consumidor precisa gastar tempo, energia e dinheiro para mudar os Quando os custos mudança são tão altos, os consumidores podem ficar presos aos produtos oferecidos pelas empresas estabelecidas. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. CUSTOS DE MUDANÇA PARA O CONSUMIDOR produtos oferecidos por uma empresa estabelecida para outros produtos oferecidos por uma nova empresa Exemplo: sistemas para computadores. REGULAMENTAÇÃO GOVERNAMENTAL Regulamentações governamentais protegem setores já estabelecidos. Acontece normalmente onde há monopólio estabelecido pelo governo. No Brasil diversos setores já tiveram e ainda têm altas barreiras de entradas: → Telefonia; → Internet; → Aviação; → Petróleo → Gás natural. B. RIVALIDADE ENTRE EMPRESAS JÁ ESTABELECIDAS: quando a empresa já atua há algum tempo no setor e enfrenta a concorrência de outras organizações que também estão consolidadas. Não se trata de ameaça de novos entrantes, mas sim do equilíbrio de forças entre os players que já estão estabelecidos. RIVALIDADE é a disputa competitiva entre empresas de um setor, que buscam tirar participação de mercado umas das outras. Essa rivalidade entre as empresas pode reduzir os seguintes lucros econômicos: • Altos níveis de rivalidade em um setor são indicados por ações como cortes constantes de preços (por exemplo, descontos nos bilhetes aéreos), • Lançamento frequente de novos produtos (por exemplo, introdução contínua de produtos eletrônicos de consumo), • Campanhas de publicidade acirradas (por exemplo, Pepsi versus Coca) ações e reações competitivas rápidas (empresas aéreas acompanhando rapidamente os descontos das concorrentes). Uma rivalidade mais intensa implica preços mais baixos ou maiores gastos com armas de competição não relativas ao preço ou ambas as coisas. Essa competição pode rebaixar os lucros de todo o setor com o rebaixamento dos preços e aumento dos custos. O caminho contrário também é verdade, ou seja, com a rivalidade pouco intensa, os preços tendem a subir, os custos a se reduzir e os lucros se tornam maiores. Lista que demonstra os motivos para a intensa rivalidade entre empresas estabelecidas: MOTIVOS EXEMPLOS Grande número de empresas concorrentes que são praticamente do mesmo tamanho. Grandes empresas fabricantes decomputadores pessoais e laptops. Crescimento lento do setor. Redes de fast foods. Falta de diferenciação do produto. Transporte aéreo de passageiros. Adição de capacidade em grandes incrementos. Aumento de um parque produtivo de uma indústria. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. A INTENSIDADE DA RIVALIDADE ENTRE AS EMPRESAS ESTÁ LIGADA A QUATRO FATORES: FATOR DETALHAMENTO ESTRTURA COMPETITIVA DO SETOR Refere-se ao número e a distribuição do tamanho das empresas que fazem parte da estrutura competitiva do setor. Pode-se apresentar um setor fragmentado, constituído por grande número de pequenas e médias empresas, sem que nenhuma seja capaz de terminar os preços do setor ou setor consolidado, dominado por um oligopólio ou por monopólio, no qual as empresas conseguem determinar os preços do setor. CONDIÇÕES DE DEMANDA O crescimento da demanda pela chegada de novos consumidores ou pelo aumento das compras dos consumidores já presentes no mercado tende a moderar a competição. O resultado é um setor com lucros altos. Demanda em queda provoca mais rivalidade, pois as empresas brigam para manter sua participação no mercado e sua receita. CONDIÇÕES DE CUSTO Em setores nos quais os custos fixos são altos, a lucratividade tende a ser bastante nivelada pelo volume de vendas e o desejo de aumentar esse volume pode desencadear uma intensa rivalidade ALTURA DAS BARREIRAS DE SAÍDA DO SETOR São fatores econômicos, estratégicos e emocionais que impedem que empresas deixem um setor. Uma dos fatores que podem intensificar a competição entre os concorrentes estabelecidos é altura das barreiras de saída do player. As BARREIRAS DE SAÍDAS são fatores econômicos e estratégicos que dificultam uma empresa deixar o setor. São exemplos destas barreiras: → INVESTIMENTOS EM BENS, como máquinas, equipamentos e unidades operacionais. específicos que são de pequeno ou de nenhum valor para usos alternativos ou que não podem ser vendidos. Se uma empresa quiser sair do setor, ela precisa amortizar de seu patrimônio os valores de seus bens. → ALTOS CUSTOS DE SAÍDA, como indenizações, benefícios de saúde e pensões, que terão de ser pagos a empregados cujo trabalho se torna desnecessário quando uma empresa deixa de operar. → LIGAÇÃO EMOCIONAL a um setor, como no caso em que os proprietários ou os funcionários não querem sair do setor por razões afetivas ou por orgulho. → DEPENDÊNCIA ECONÔMICA de um setor porque a empresa baseia todos os seus lucros e receitas em um único setor. → Necessidade de MANTER UM CONJUNTO CARO DE BENS em um nível mínimo ou acima dele para poder participar de um setor. → REGRAS DE FALÊNCIAS. C. PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES: é a habilidade dos fornecedores de aumentar o preço dos insumos ou de aumentar os custos de um setor de outras maneiras. Consequentemente, fornecedores que DETENHAM MUITO PODER são uma ameaça para um setor. O contrário também é verdadeiro: se os FORNECEDORES FOREM FRACOS, as empresas que compõem o setor podem forçar os preços para baixo e exigir maior qualidade nos produtos. O processo produtivo de uma organização é normalmente dependente de diversas empresas fornecedoras. Assim os fornecedores podem interferir em uma empresa aumentando o preço ou reduzindo a qualidade de seus suprimentos. Uma AMEAÇA DE FORNECEDORES pode ocorrer quando acontecem uma ou mais condições das listadas a seguir: → Setor de fornecedores dominado por um número pequeno de empresas. → Fornecedores vendem produtos exclusivos ou altamente diferenciados. → Fornecedores não são ameaçados por substitutos. → Fornecedores ameaçam a integração vertical para a frente. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. → As empresas não são clientes importantes para os fornecedores. Existem alguns fatores que tornam mais evidente a FORÇA DOS FORNECEDORES: → O produto que vendem tem poucos substitutos e é vital para as empresas de um setor. → Sua lucratividade não é significativamente afetada pelas compras das empresas de um setor específico; em outras palavras, quando esse setor não é um consumidor importante dos fornecedores. → Empresas em um setor teriam custos de mudança significativos se decidissem mudar para o produto de um fornecedor diferente, em razão de os produtos de um fornecedor específico serem únicos ou diferentes. Em casos assim, a empresa depende de um fornecedor específico e não pode jogar os fornecedores uns contra os outros para reduzir preços. → Os fornecedores podem ameaçar entrar no setor de seus consumidores e usar seus insumos para fabricar produtos que competiriam diretamente com os das empresas que já estão no mercado. → Empresas de um setor não podem ameaçar entrar no setor de seus fornecedores e fabricar os próprios insumos como uma tática para reduzir os preços desses insumos. D. PODER DE BARGANHA DOS COMPRADORES: é a habilidade dos compradores de baixar, por meio de barganha, os preços cobrados por empresas de um setor e de aumentar os custos dessas empresas pela exigência de maior qualidade de seus produtos e serviços. Os compradores tendem a forçar os preços para baixo, reduzindo as margens dos vendedores. Existe uma TENDÊNCIA DE AMEAÇA DOS COMPRADORES quando: • Há um número pequeno de compradores. • Os produtos vendidos são indiferenciados e padronizados. • Os produtos vendidos são uma porcentagem significativa dos custos finais de um comprador. • Os compradores não estão obtendo lucros econômicos significativos. • Os compradores ameaçam a integração vertical para trás. Os COMPRADORES TENDEM A SER MAIS PODEROSOS nas circunstâncias a seguir: ✓ O setor que ESTÁ FORNECENDO um produto ou serviço específico é composto de muitas pequenas empresas e, ao mesmo tempo, tem compradores grandes e em número pequeno. Essas circunstâncias permitem a esses compradores dominar as empresas fornecedoras. ✓ Os compradores COMPRAM EM GRANDE QUANTIDADE. Nessas circunstâncias, eles podem usar seu poder de compra como influência para barganhar preços menores. ✓ O SETOR QUE FORNECE DEPENDE DOS COMPRADORES para uma importante parcela de suas vendas. ✓ Os CUSTOS DE MUDANÇA DE FORNECEDOR são baixos, o que permite que os compradores joguem as empresas fornecedoras umas contra as outras para forçá-las a baixar os preços. ✓ É economicamente VIÁVEL PARA OS COMPRADORES ADQUIRIR UM MESMO MATERIAL DE VÁRIAS EMPRESAS fornecedoras de uma vez só, de maneira que eles possam jogar as empresas de um setor umas contra as outras. ✓ Os COMPRADORES PODEM AMEAÇAR ENTRAR NO SETOR e, assim, passar a produzir para atender as próprias necessidades, o que também é uma tática para forçar uma baixa dos preços. E. AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS: são os produtos de diferentes empresas ou setores que podem satisfazer necessidades semelhantes dos consumidores, ou seja, os substitutos “impõem um teto aos preços que as empresas de um setor podem cobrar e aos lucros que podem auferir. Em última análise, os substitutos tomam o lugar de produtos e serviços de um setor. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. CONSTRUINDO A VANTAGEM COMPETITIVA NAS ORGANIZAÇÕES Uma empresa tem uma vantagem competitiva quando sua LUCRATIVIDADE É MAIOR DO QUE A MÉDIA DA LUCRATIVIDADE DO SETOR, e tem uma vantagem competitiva sustentada QUANDO É CAPAZ DE MANTER ESSA LUCRATIVIDADE SUPERIOR POR VÁRIOS ANOS. Para uma empresa se manter em vantagem competitiva ela deve criar valor aos seus consumidores. Noção de como se forma o valor, preço e custo de um produto para o consumidor: 1. EXCEDENTE DO CONSUMIDOR: é a diferença entre o preço médio praticado no mercado pelo produto ou serviço e aquilo que o consumidor avalia como sendo o valor real que o produto deveria valer. 2. MARGEM DE LUCRO: basta deduzir o custo de produção do preço cobrado. Toda vez que a empresa consegue ter um Preço (P) maior que o custo (C), ela terá lucro, que serátanto maior quanto menor for o custo (C). 3. VALOR DE UM PRODUTO: Uma empresa cria valor convertendo insumos que custam(C) em um produto ao qual os consumidores atribuem um valor V. Uma empresa pode criar mais valor para seus consumidores baixando C ou fazendo o produto mais atraente por meio de design, funcionalidade, qualidade ou outros atributos em nível superior, a fim de que os consumidores atribuam um valor maior a ele (V aumenta) e, consequentemente, se disponham a pagar um preço maior (P sobe). Para que a empresa crie e mantenha uma vantagem competitiva junto aos concorrentes, basta criar valor nos produtos e serviços. Quanto Maior o valor que os clientes percebem naquilo que estão adquirindo, Mais distancia a empresa cria em relação às ofertas de valor dos seus concorrentes. Para isso existe três estratégias para lidar com as forças competitivas, são chamadas de ESTRATÉGIAS GENERICAS COMPETITIVAS. ESTRATÉGIA DETALHAMENTO LIDERANÇA EM CUSTO A empresa visa oferecer o produto ou o serviço a um custo mais baixo e tem escopo amplo, devendo atender a vários segmentos empresariais. Ainda comanda os preços do setor, mas precisa de paridade ou proximidade com a diferenciação relativa aos seus concorrentes. DIFERENCIAÇÃO E ENFOQUE A empresa objetiva ser a única em seu setor e em algumas dimensões amplamente valorizadas pelos compradores, devendo escolher atributos que sejam realmente diferentes. No entanto, precisa de paridade ou proximidade de custos em relação aos seus concorrentes. Servindo a um mercado limitado, a empresa que se utiliza da estratégia do enfoque pode buscar liderança em custos ou em diferenciação nesse segmento, com as mesmas vantagens e desvantagens dos líderes de custo e dos diferenciadores. NICHO DE MERCADO É a busca de um segmento específico do mercado total, que pode ser definido pela singularidade geográfica, por exigências especiais no uso do produto ou por atributos particulares do produto com força de apelo para um determinado e restrito público. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. Diante de cada uma das estratégias escolhidas, decisões sobre produtos, mercados e competências devem ser tomadas. Isso pode ser resumido em: LIDERANÇA EM CUSTO: a empresa terá como objetivo, a obtenção de melhor desempenho que os concorrentes, considerando todas as ações para produzir produtos e serviços a custos mais baixos que os da concorrência. Com essa estratégia em andamento, todas as ações da empresa se voltarão para uma gestão eficiente e eficaz dos seus custos podendo envolver combate ao desperdício, eficiência operacional e economia de escala. As economias de escala obtidas permitem produzir mais a custos cada vez menores. Portanto existe a quantificação da experiência medida pela chamada CURVA DE EXPERIÊNCIA que indica a duplicação do volume acumulado de produção e a redução a uma porcentagem constante e previsível do custo de fabricação. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. VANTAGENS da estratégia de Liderança em Custos: → Como a empresa tem custos baixos, pode ser mais lucrativa que seus concorrentes mais próximos. → Se a rivalidade no setor for grande e as empresas passarem a competir pelo preço, a empresa líder em custos terá maiores vantagens competitivas. RISCOS da estratégia de Liderança em Custos: → Quando os concorrentes conseguem desenvolver novas estratégias que reduzam sua estrutura de custos e com isso ganham da líder em custos no próprio terreno. Exemplo: se uma mudança tecnológica torna as economias da curva de experiência obsoletas, novas empresas podem aplicar tecnologias mais econômicas, que lhes deem uma vantagem de custo sobre a líder em custos. Portanto, revisões constantes na estrutura de custos da empresa, bem como estar atentos a novas tecnologias que possam substituir as tecnologias atuais que proporcionam a vantagem competitiva em custos, torna-se fundamental para os gestores. ESTRATÉGIA DA DIFERENCIAÇÃO: é aquela que tenta obter uma vantagem competitiva ao criar um produto que seja percebido pelos consumidores como único em algum aspecto importante. Tipos de Diferenciações: ✓ DIFERENCIAÇÃO DE PREÇO: trata-se da maneira mais básica de diferenciação de um produto: a cobrança de preço baixo. ✓ DIFERENCIAÇÃO NA IMAGEM: refere-se à criação, por meio de marketing, de uma imagem para o produto, uma diferenciação que de outra forma não existiria. ✓ DIFERENCIAÇÃO DE SUPORTE: consiste em uma opção mais visível, apesar de não ter efeito direto no produto. Acompanhando o produto, a empresa oferece base de suporte em caso de reparos, manutenção ou troca de produto. ✓ DIFERENCIAÇÃO NA QUALIDADE: define a fabricação de um produto melhor; não diferente, mas superior. ✓ Diferenciação de projeto: busca a oferta de algo verdadeiramente diferente, que rompe com o projeto tradicional, se existir um. ✓ NÃO DIFERENCIAÇÃO: é a não existência de base de diferenciação como estratégia. A DIFERENCIAÇÃO PODE OCORRER EM TRÊS SEGMENTOS DIFERENTES: 1. QUALIDADE: Atributos de qualidade do produto avaliados como superiores pelos consumidores, como um produto de beleza de apelo naturalista ou de pureza. Também pode envolver atendimento de alta qualidade oferecido pela equipe de vendas de uma organização. 2. INOVAÇÃO: Muito importante para produtos de alta tecnologia, nos quais as novas características são a fonte de diferenciação, e muitas pessoas pagam um preço diferenciado por produtos novos e inovadores, como um smartphone de última geração, um console de videogame ou um carro, com alta tecnologia embarcada. 3. RESPOSTA AO CONSUMIDOR: Rápido, eficiente e eficaz serviço de pós-venda ou assistência técnica ao consumidor. Em empresas de serviços, atributos ligados à qualidade do serviço também são importantes, incluindo conhecimento, profissionalismo e reputação. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. ESTRTATÉGIA DE NICHO: chamada de estratégia de foco, pois é aquela que atende as necessidades de um ou de poucos grupos ou segmentos de consumidores. Para ganhar vantagem sobre os concorrentes, esta estratégia é normalmente vinculada às estratégias de: • Diferenciação. • Liderança em custo. RESUMIDAMENTE TEMOS OS TIPOS DE ESTRATÉGIAS EM CADA NÍVEL DE NEGÓCIO: DESVANTAGEM DA ESTRATÉGIA DE NICHO: pelo fato de produzir em volume menor do que um grande fornecedor, os custos de produção dessa empresa focada tendem a ser maiores e que, por sua vez, podem impactar na lucratividade, especialmente se a empresa tiver que constantemente investir em pesquisa e desenvolvimento e em equipamentos e máquinas para manter-se diferenciada perante possíveis concorrentes. A SEGUIR É EXPOSTO UMA TABELA ONDE DEMONSTRA OS RISCOS ASSOCIADOS AS ESTRATÉGIAS GENÉRICAS: LIDERANÇA DE CUSTOS DIFERENCIAÇÃO ENFOQUE Liderança baseada em custo não se sustenta. Os concorrentes imitam; A tecnologia muda; Outras bases para a liderança nos custos são destruídas. A diferenciação não é sustentada. Os concorrentes imitam; Bases da diferenciação tornam-se menos importantes para os compradores. A estratégia de enfoque é imitada. O segmento-alvo torna - se estruturalmente não atraente Erosão da estrutura; A demanda desaparece Perda da proximidade na diferenciação. Perda da proximidade de custos. Concorrentes amplamente visados dominam o segmento. As diferenças do segmento em relação a outros se estreitam. As vantagens de uma linha ampla aumentam. Os que enfocam nos custos conseguem custos ainda mais baixos em segmentos de indústria. Os que enfocam na diferenciação conseguem diferenciação ainda maior em segmentos. Novos concorrentes que enfocam subsegmentos da indústria. ESTRATÉGIAS DE UNIDADES DE NEGÓCIO Após o planejamento estratégico ter sido desenvolvido ele se desdobrará em planejamento tático e operacional. As organizações podem ter diversas unidades de negócios dependendodo seu campo de atuação. As estratégias para PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. unidades de negócio dependerão da fase em que o setor se encontra. Dentre as possibilidades de desenvolvimento do setores temos: A. SETOR EMERGENTE OU EMBRIONÁRIO: podem ser resultado de uma nova tecnologia causar reforma em setores antigos. Exemplo: setor de energia, no qual se deriva as energias limpas, eólica e solar. B. SETOR EM CRESCIMENTO E FRAGMENTADO: são setores compostos por um grande número de pequenas e médias empresas. C. SETOR MADURO: empresas já estabelecidas que levam a concorrência acirrada. D. SETOR EM DECLÍNIO: setores que estão deixando de ser atrativos. PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS PARA CADA TIPO DE SETOR: SITUAÇÃO OU FASE DO SETOR ESTRATÉGIA SETOR EMERGENTE Como as tecnologias ainda não estão maduras, os concorrentes tentarão melhorar designs e processos já existentes ou combiná-los com a próxima geração de tecnologia. Ser pioneiro, ou seja, lançar o produto ou serviço antes dos concorrentes pode formar uma vantagem pelo ineditismo. Os pioneiros podem conseguir lançar os padrões dos produtos subsequentes. É preciso aproveitar as janelas de oportunidade. SETOR FRAGMENTADO OU EM CRESCIMENTO Montar cadeias, franquias, fusão horizontal, utilização da internet. SETOR MADURO A estratégia gira em torno da compreensão de como as grandes empresas tentar reduzir coletivamente a grandeza das 5 forças da competição no setor para preservar tanto a lucratividade do setor quanto da empresa. SETOR EM DECLÍNIO Pode ser montada uma estratégia em 4 frentes: 1 - Estratégia de liderança, em que a empresa busca ser a líder no setor em declínio; 2 - Estratégia de nicho, concentrada em bolsões de demanda que estão em declínio mais lento que o restante do setor; 3 - Estratégia de aproveitamento imediato dos resultados, também chamada de colheita, que otimiza o fluxo de caixa; 4 - Estratégia de desinvestimento, em que a empresa vende o negócio para terceiros. UNIDADE V: FERRAMENTAS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO FERRAMENTAS UTILIZADAS PARA ANALISAR O AMBIENTE É importante analisar o ambiente na qual a empresa está inserida, para a partir disso pode implantar as estratégias competitivas e de sobrevivência da organização. Para isso deve-se analisar os 3 tipos de cenários possíveis: → CENÁRIO OTIMISTA: em que se imagina a melhor situação possível para o negócio. → CENÁRIO REALISTA: quando se detalha a real situação do negócio, sem interferências externas otimistas ou pessimistas. → CENÁRIO PESSIMISTA: em que se prevê a pior situação possível para o negócio. Ao proceder com essa análise ambiental, é necessário colher dados e transformá-los em informações para a tomada de decisão estratégica. Esses dados poderão ser obtidos de diversas fontes: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. Além de conhecer o ambiente externo e interno, é preciso conhecer o produto, a estrutura do negócio e o posicionamento da organização junto ao público. Portanto pode-se fazer uso da ferramenta para analisar O CICLO DE VIDA DO PRODUTO, utilizada para traçar estratégias de participação no mercado. IMPORTANTE: O produto passa por fases especificas desde a concepção até que seja retirado do mercado por deixar de ser atrativo para os clientes. FASES DO CICLO DE VIDA FASES EXPLICAÇÃO INTRODUÇÃO É caracterizada por elevados investimentos, sendo o planejamento um fator crítico de sucesso. Nessa fase, a empresa precisa fazer com que seus produtos e serviços se tornem mais rentáveis. Dessa forma, os investimentos ainda devem continuar elevados. É uma fase que pode tornar o mercado atrativo para potenciais concorrentes. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. MATURIDADE O mercado se aproxima de sua capacidade máxima, crescendo agora em um ritmo lento. Nesse estágio do ciclo de vida, o número de concorrentes é elevado e o marketing dever ser colocado como atividade central para conquistar novas parcelas de mercado REJUVENESCIMENTO Significa inovar e reposicionar o produto, retornando à fase inicial do ciclo: a introdução. Essa estratégia é muito utilizada pelas montadoras de veículos, quando essas mudam algumas pequenas características do carro (modelo dos faróis, cor dos estofamentos, leves modificações no design do carro etc.), ou seja, atualizam o modelo para colocá-lo em uma fase primária do desenvolvimento do ciclo de vida. DECLINIO Nessa fase, o mercado começa a diminuir consideravelmente. A empresa, levando em consideração as barreiras de saída, apenas escolhe o melhor momento para abandonar esse mercado MATRIZ OU ANÁLISE SWOT (IMPORTANTE CONTEÚDO DE PROVA) Ferramenta desenvolvida pelo engenheiro químico e consultor empresarial Albert Humphrey, é utilizada para analisar o ambiente, sendo empregada tanto no ambiente externo quanto no interno. É conhecida também como matriz FOFA, a sigla SWOT deriva de quatro palavras em inglês (Strenghts Força, Weaknesses Fraqueza, Opportunities Oportunidade, Threats Ameaça). AMBIENTE INTERNO → FORÇAS: Está relacionado as vantagens internas que a empresa possui em relação aos concorrentes. → FRAQUEZAS: As fraquezas são as aptidões que interferem ou prejudicam de algum modo o andamento do negócio no mercado competitivo. AMBIENTE EXTERNO → OPORTUNIDADES: Referem-se aos aspectos positivos do ambiente que envolvem a empresa e que possuem potencial para lhe trazer vantagem competitiva. → AMEAÇAS: Referem-se aos aspectos negativos do ambiente que envolvem a empresa e que possuem potencial para comprometer a vantagem competitiva que ela possui. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. A Matriz SWOT apresenta um desdobramento bastante importante para análise de cenários: Na figura acima é para identificar o posicionamento dos produtos e da empresa no sentido de CAPITALIZAR, MELHORAR e ELIMINAR os aspectos considerados em relação aos pontos fortes e fracos, bem como em relação às ameaças e oportunidades. Quadrante A PONTOS FORTES + OPORTUNIDADES Aproveita as oportunidades com base em seus pontos fortes. Quadrante B PONTOS FRACOS + OPORTUNIDADES Não é possível aproveitar as oportunidades em curto prazo. Quadrante C PONTOS FORTES + AMEAÇAS As forças dão base para superar as ameaças. Quadrante D PONTOS FRACOS + AMEAÇAS Área frágil da empresa MATRIZ BCG O termo BCG refere-se à uma empresa de consultoria fundada por Bruce Henderson na década de 1960 (Boston Consulting Group). É uma ferramenta utilizada para analisar a participação e o posicionamento de um produto no mercado. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. MATRIZ BCG COM RELAÇÃO AO CICLO DE VIDA DO PRODUTO: ESTRELA: São referências no mercado, possuem alta participação em um mercado promissor e crescente. São lucrativos, embora exijam grandes investimentos e com taxas de crescimento potencialmente elevadas. QUESTIONAMENTO: Conhecido como “ponto de interrogação” ou “criança- problemática”, tem uma situação delicada quanto ao retorno sobre o investimento. VACA LEITEIRA: São os produtos mais lucrativos da empresa. Com o baixo crescimento do mercado, esses produtos não exigem grandes investimentos e já detêm uma alta taxa de participação no mercado. ABACAXI: Também conhecido como “cão”, “vira-lata” ou “animal de estimação”, deve ser evitado e minimizado nas empresas. São produtos que não são lucrativos, pois têm baixa participação no mercado, e não possuem expectativa de crescimento. A empresa para ter sucesso, precisa ter produtos com diferentes taxas de crescimento e também diferentes participações no mercado, de modo que: → As margens e o caixa gerado são funções da participação de mercado. Altas margens e alta participação de mercado vão lado a lado. → O crescimento requer recursos para financiar os ativos adicionais. Esses recursos são uma função das taxas de crescimento.→ Uma alta participação de mercado precisa ser conquistada ou comprada. A compra de participação de mercado requer investimento adicional. → Nenhum produto e/ou mercado pode crescer indefinidamente. O retorno do crescimento deve vir quando o crescimento fica mais lento, ou não virá. O retorno é um dinheiro que não pode ser reinvestido naquele produto. MATRIZ DE MCKINSEY OU MATRIZ GE Avalia a participação de produtos no mercado. É também chamada de matriz de nove células da GE, matriz de carteira de negócios das nove células da GE e matriz de pontos de negócios e atividades de mercado. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. Na aplicação desse modelo deve ocorrer a intersecção entre o eixo horizontal de atração do setor com o eixo vertical de participação no mercado que se traça a estratégia a ser adotada. Basicamente, seria assim: → Ao relacionarmos cada eixo da matriz, horizontal e vertical, temos o posicionamento do produto. Se estivermos em um mercado pouco atrativo, que não cresce e que possui escassa participação, devemos deixar de investir no negócio. → No outro extremo da matriz, aparecem as situações de sucesso estratégico: os mercados com altas oportunidades. Nessa situação, a estratégia ideal é defendermos essa posição privilegiada em relação aos concorrentes; → Na zona intermediária, a empresa não tem uma posição privilegiada em mercados atrativos. Assim sendo, devemos adotar uma ação estratégica que melhore nossa participação e, consequentemente, aumente nossos rendimentos. IMPORTANTE: em cada decisão, há resultados financeiros envolvidos, seja de deixar de investir, seja de investir para manter, defender ou avançar na posição. CADEIA DE VALOR No mercado temos à nossa disposição milhares de produtos, que para estarem ali dependeram de uma centena de empresas. Por exemplo: Para que o iogurte estivesse disponível, diversos setores participaram: • Pecuarista • A transportadora • O laticínio • O distribuidor • Supermercado Essa sequência de participação e intervenção de diversas organizações no fluxo de um produto ou serviço até seu ponto de consumo é chamada de CADEIA DE VALOR. Para Porter, uma empresa cria valor a partir de nove áreas ou elos desempenhadas por ela: • 5 ATIVIDADES PRINCIPAIS: logística interna, logística externa, operações, marketing e serviço. • 4 ATIVIDADES SECUNDÁRIAS: infraestrutura da empresa, gerência de recursos humanos, desenvolvimento da tecnologia, aquisição. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. ATIVIDADES PRIMÁRIAS E DE APOIO DA CADEIA DE VALOR SÃO: ATIVIDADES PRIMÁRIAS LOGISTICA DE ENTRADA Atividades associadas às operações de recebimento, armazenamento, controle e distribuição interna dos insumos. MANUFATURA Refere-se às ações de transformação dos insumos em produto acabado para os clientes. LOGISTICA EXTERNA Operações associadas à manipulação dos produtos finais destinados aos clientes, como os registros de pedidos, embalagens, armazenamento, montagem e desmontagem, manutenção e transporte até a entrega aos consumidores. MARKETING E VENDAS São as ações de promoção dos produtos e serviços aos clientes. SERVIÇOS DE PÓS-VENDAS Consistem nas ações relacionadas às atividades de pós-venda de produtos. ATIVIDADES DE APOIO (OU SUPORTE) INFRAESTRUTURA DA EMPRESA Atividades referentes à elaboração de planos de controle contábil, financeiro, legal e de gestão em geral. RECURSOS HUMANOS Atividades relacionadas ao recrutamento e seleção de pessoas, à contratação, ao treinamento, à capacitação e ao desenvolvimento dos colaboradores. PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO Atividades de desenvolvimento de novos produtos, melhoria dos existentes e incremento dos processos internos da empresa. COMPRAS INSTITUCIONAIS Ações relacionadas às operações de compra de insumos, máquinas e equipamentos utilizados na fabricação e no suporte das operações fabris. Com a visão da cadeia de valor, os gestores podem tomar decisões importantes, como focar nas atividades primárias e terceirizar atividades de apoio. Esta estratégia não se aplica a todo tipo de empresa, mas é uma alternativa para redução de custos. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. VISÃO BASEADA EM RECURSOS (VBR) Trata-se da empresa obter vantagem competitiva a partir dos recursos que possui. De acordo com a perspectiva VBR, esses RECURSOS são todos os ativos tangíveis e intangíveis que a empresa controla e que podem ser usados para criar e implementar estratégias. Exemplo: fábrica (tangível), produtos (tangível), reputação (intangível). Os recursos podem ter as seguintes origens: ✓ RECURSOS FINANCEIROS: dinheiro de qualquer fonte, incluindo lucros retidos, que a empresa pode utilizar para formular e sustentar suas estratégias. Entre essas fontes estão os proprietários (ou acionistas), bancos, credores, entre outros. ✓ RECURSOS FÍSICOS: trata-se da tecnologia utilizada pela empresa, incluindo planta ou parque de produção, localização geográfica, acesso a matérias-primas, hardware e software. ✓ RECURSOS HUMANOS: envolve treinamento, experiência, inteligência, relacionamentos, dos gerentes e colaboradores de uma organização. ✓ RECURSOS ORGANIZACIONAIS: referem-se a atributos de grupos de pessoas, incluindo a estrutura hierárquica da empresa, sistemas formais e informais de planejamento, coordenação e controle, cultura organizacional e sua imagem e as relações informações entre grupos internos e externos à empresa. Mesmo os recursos sendo comuns às organizações, não necessariamente elas possuem as mesmas proporções de recursos, essa diferença de recursos é chamada de HETEROGENEIDADE DE RECURSOS. Umas das formas de classificar os recursos é utilizando o MODELO VRIO (VALOR, RARIDADE, IMITABILIDADE e ORGANIZAÇÃO), sendo eles: ✓ RECURSOS VALIOSOS: atendem à necessidade de a empresa ter uma estratégia de criação de valor, ou seja, um recurso deve possibilitar essa valoração do produto ou da empresa por meio da superação de seus concorrentes ou reduzindo suas próprias fraquezas. IMPORTANTE: os custos para obter esse recurso não podem ser superiores aos benefícios futuros que serão trazidos por ele. ✓ RECURSOS RAROS: para possuir valor, um recurso deve ser, por definição, raro. ✓ RECURSOS NÃO IMITÁVEIS: recurso controlado por apenas uma empresa, ele pode ser uma fonte de vantagem competitiva. ✓ RECURSOS NÃO SUBSTITUÍVEIS: mesmo que seja um recurso raro, potencialmente gerador de valor e não imitável, um aspecto igualmente importante é que ele não seja substituível. BALANCED SCORECARD (BSC) Essa ferramenta foi desenvolvida por dois professores da Harvard Business School, os doutores Robert Kaplan e David Norton. Antigamente empresas baseavam estratégias através de indicadores financeiros e contábeis, indicadores esse que não atendia as informações que eram necessárias em um ambiente competitivo. Portanto em 1992 surgiu o BSC. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO | Adriana. O OBJETIVO PRINCIPAL DO BSC é traduzir a missão e a estratégia da empresa na forma de objetivos e indicadores e resume-se a um único documento, dividido em quatro diferentes perspectivas: financeira, clientes, processos internos e aprendizagem e crescimento, sendo elas: PERSPECTIVA FINANCEIRA: com o BSC as medidas financeiras deixam de ser o foco principal, mas são preservadas devido à importância que têm no que se refere às consequências econômicas imediatas de ações consumadas; PERSPECTIVA DO CLIENTE: envolve a identificação de segmentos de clientes e mercados nos quais a organização competirá e as medidas de desempenho nesses segmentos-alvo; PERSPECTIVA DOS PROCESSOS INTERNOS: envolve a identificação dos processos críticos nos quais a empresa deve alcançar a excelência, oferecendo propostas de valor que atraiam e retenham clientes em segmentos- alvo de mercado e satisfaçam às expectativas financeiras dos acionistas; PERSPECTIVADO APRENDIZADO E CRESCIMENTO: envolve a identificação da infraestrutura que a empresa deve construir para gerar crescimento e melhoria no longo prazo, que têm como fontes as pessoas, os sistemas e os procedimentos. O alinhamento do BSC às estratégias organizacionais deve ser realizado observando TRÊS PRINCÍPIOS: A. CAUSA E EFEITO: deve traduzir a estratégia através de uma sequência de relações de causa e efeito. B. OS VETORES DE DESEMPENHO: deve ser uma combinação de medidas de resultados e vetores de desempenho. C. RELAÇÃO COM OS FATORES FINANCEIROS: todas as medidas incorporadas ao scorecard devem estar vinculadas a objetivos financeiros. Relação de causa e efeito no BSC. → Na figura acima toda estratégia converte para o lucro, que é, em última análise, um dos principais objetivos de uma organização empresarial. No entanto, só será atingido de forma sustentável na integração de todas as perspectivas do BSC.
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