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29/04/2016 1 Insuficiência Coronariana Profa Me Adriana Lopes Definição É qualquer situação onde haja desproporção entre consumo e oferta de oxigênio na musculatura cardíaca Déficit de irrigação miocárdica com comprometimento na oxigenação tecidual cardíaca Dividida em aguda e crônica. Epidemiologia 750.000 internações ao ano nos EUA por angina instável e 350.000 por IAM Taxa de mortalidade 5-30% 25% destas nas primeiras 24h da chegada ao hospital Coronariopata: Não obstrutivo - cateterismo normal 95% coronariopatia obstrutiva 99% por doença ateromatosa Quadro Clínico Insuficiência Coronariana Aguda Precordialgia de média a forte intensidade com irradiação localizada cervical, epigástrica e braço. Associado ou não a quadro hipertensivo. Início súbito ou progressivo intermitente. 29/04/2016 2 Quadro Clínico Angina estável Precordialgia aos esforços que melhora com o repouso, com história de mais de 3 meses Assintomático em repouso Angina instável Dor desencadeada por esforço menor ou em repouso, com história menor que 3 meses Fatores de Risco Tabagismo Alcoolismo Sedentarismo Dislipidemia HAS Diabetes Obesidade História de IAM prévio História familiar de IAM Fatores de Risco Situações com consumo de O2 aumentado Qualquer obstrução de via de saída de ventrículo esquerdo Insuficiência cardíaca por sobrecarga pressórica HAS (angina sem obstrução) Estenose aórtica Insuficiência mitral Insuficiência Aórtica Miocardiopatia dilatada Crise tireotóxica 29/04/2016 3 Situações com oferta de O2 diminuída Anemia Situação com consumo aumentado e oferta diminuída Exercício extenuante Fatores de Risco Exames Complementares Insuficiência Coronariana Aguda ECG 3/3h Cateterismo Cardíaco na urgência Angina instável e estável Acompanhamento ambulatorial ECG ECO Teste Ergométrico Exames para perfil lipídico, glicemia e controle de outros fatores de risco IAM "As cardiovasculopatias estão entre as 3 principais causas de morte no Brasil e o Infarto Agudo do Miocárdio ocupa um lugar de destaque entre estes distúrbios". Doenças do coração, neoplasias e doenças cardiovasculares) Antigamente denominado angina do peito Definição limitação do fluxo coronário levando a necrose do músculo cardíaco. A limitação do fluxo se dá devido a aterogênese na artéria coronária (que irriga parte do coração) – formação de trombose Fatores de risco: Genética Sexo masculino >45 anos para homem e >55 anos para as mulheres Diabetes Dislipidemias Obesidade Tabagismo Estresse IAM 29/04/2016 4 Alterações físicas: Dor intensa, opressão e queimação por mais de 30 minutos – acompanhada de sudorese, palidez e taquicardia. Segundo a OMS o IAM deve ser diagnosticado na presença de pelo menos 2 dos critérios seguintes Dor torácica do tipo isquêmica, de mais de 20 minutos de duração; Evolução típica das variações eletrocardiográficas sugestivas de IAM; ou das enzimas cardíacas séricas, indicativos de necrose miocárdica: IAM CKMB Creatino Kinase tipo MB Trata-se de uma isoenzima MB da Creatino-quinase (CK) (cataliza a fosforilação reversível da creatinina para formação de ATP). Ainda é o marcador enzimático mais utilizado no diagnóstico do IAM. Eleva-se a partir de 4 a 8 horas do início dos sintomas e atinge os valores de pico nas primeiras 24 horas, retornando então aos valores normais em 48 a 72 horas. IAM Troponina É um composto protéico de regulação do complexo (fino filamento) de contração dos músculos cardíacos e esqueléticos. Eleva-se cerca de 3 a 12 horas após o IAM (mesmo na ausência da necrose) e retorna aos seus valores normais apenas 5 a 14 dias após o IAM. Não é encontrada IAM MIOGLOBINA: É uma proteína do grupo Heme encontrada fundamentalmente nas células dos músculos estriados (esquelético e cardíaco) cuja função principal é o transporte e armazenamento de oxigênio nas células. Quando estes músculos são lesados, a mioglobina é liberada para a corrente sanguínea e posteriormente excretada pela urina. É um marcador precoce, sendo detectada no sangue entre 1 a 3 horas após o início da dor torácica. [ ] não provocadas por infarto, podem ser encontradas depois de traumatismos musculares, miopatias e menor eliminação no caso de insuficiência renal. IAM 29/04/2016 5 Complicações do IAM Precoces: Falência de bomba Reinfarto Arritmias Taquicardia ventricular Assistolia Extra-sístoles ventriculares Taquicardia sinusal Embolização por colesterol Tratamento Clínico Visa melhorar oferta de oxigênio Trombolítico Analgesia Dolantina Vasodilatadores MONA Morfina – Oxigênio – Nitrato – AAS Tratamento da dor Analgesia com sulfato de morfina, Nitratos , Ácido acetilsalicílico (aspirina) Betabloqueadores e Heparinas Tratamento Percutâneo Stents método percutâneo de escolha Maior segurança do procedimento das taxas de re-estenose em relação aos demais dispositivos Apesar dos avanços tecnológicos observados com o uso de stents, outros dispositivos e a nova farmacoterapia antiplaquetária, a realização de casos eletivos em centros hospitalares sem um serviço de cirurgia cardíaca atuante não é recomendada. A exceção está relacionada ao procedimento percutâneo primário, isto é, àquele utilizado como método de reperfusão coronariana mecânica nas primeiras horas do início do infarto do miocárdio. Esse é um posicionamento mais recente, em vista da possibilidade de ampliar o número de pacientes tratados. TERAPIA NUTRICIONAL Objetivo principal reduzir a sobrecarga cardíaca. Necessidades energéticas: HB + FI (=fator de lesão e estresse) + FA 20-30 Kcal / Kg/dia Jejum: 4-12 horas após diagnóstico 29/04/2016 6 Hospitalar: Fracionamento: 4-6/dia – evitar sobrecarga do trabalho cardíaco Consistência: liquido – pastosa Evitar extremos de temperatura Incluir fibras – 20-30g/dia – suplementar Se a dieta não alcançar o VET determinado, pode-se usar suplementos calóricos Distribuição dos Macronutrientes: de acordo com a doença que o paciente apresentar Micronutrientes: DRI Líquidos: em média 30ml/Kg/dia – médico avaliará a necessidade de restrição hídrica. Alta: acompanhamento ambulatorial de acordo com as doenças de base apresentadas: obesidade, diabetes, hipertensão, dislipidemias, etc. TERAPIA NUTRICIONAL INSUFICIÊNCIA CARDÍACA “O coração não consegue bombear sangue em quantidade suficiente para manter as necessidades metabólicas dos tecidos ou o faz sob altas pressões de enchimento” Síndrome onde ocorre a incapacidade do coração em manter o débito cardíaco necessário ao metabolismo. É acompanhada de sintomas como cansaço aos esforços, retenção hídrica e da expectativa de vida. É vista como doença de progressão lenta, permanecendo compensada por muitos anos, tendo como principal causa a miocardiopatia isquêmica, seguida pelas miocardiopatias idiopática e hipertensiva No Brasil, a miocardiopatia chagásica ainda é prevalente. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AHA. Heart Disease and Stroke Statistics — 2003 Update. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AHA. Heart Disease and Stroke Statistics — 2003 Update. 29/04/2016 7 FISIOPATOLOGIA IC Mecanismos Adaptativos para manutenção do Débito Cardíaco e Perfusão Tecidual Ativação Neurohumoral Baixo débito cardíaco é responsável pela má perfusão tecidual, incluindo cérebro, músculos e rins. Baixo débito renal leva a retenção de sódio e água. Sintomas: dispnéia, edema periférico e fadiga, ás vezes acompanhada de tosse. Noradrenalina Contratilidade, Taquicardia, Vasoconstrição, PA, Retorno Venoso Ativação RAA Vasoconstrição e Retenção de Na Volume Plasmático Vasopressina Vasoconstrição e Retenção de Na Endotelina (ET-1) Vasoconstrição, Contratilidade, Hipertrofia Miocárdica ICC grave Peptídeos Atrial e Cerebral Natriurético (Contraregulação) Natriurese, Vasodilatação e Antagonismo da Aldosterona Fator de Necrose Tumoral Contratilidade, Caquexia FISIOPATOLOGIA Síndrome Clínica Pressões de Enchimento Perfusão Tissular Dispnéia Edema Hepatomegalia Jugular Ascite Fadiga Cianose Extremidades friasNível de consciência Azotemia CaquexiaCardíaca HISTÓRIA CLÍNICA Dispnéia Hemoptise (escarro ferrugem, raias de sangue) Fadiga, Fraqueza. Edema MMII, Sacro Sintomas congestivos Dor no HCD Plenitude, Náuseas 29/04/2016 8 EXAME FÍSICO Aparência normal até caquexia. Taquicardia, Palidez, Pele fria, Cianose. Hepatomegalia Congestiva. Edema de MMII, Sacral, Anasarca. Hidrotórax, Ascite. EXAMES COMPLEMENTARES RX Normal RX ICC Eletrólitos Uréia, Creatinina, Urina I Glicemia Hemograma Exames Adicionais conforme a necessidade Sorologia para Chagas Perfil Lipídico, TSH EXAMES COMPLEMENTARES - LABORATORIAIS Gravidade e Limitações Funcionais Teste da Caminhada de 6´ Ergometria Avaliação da Capacidade Funcional (VO2 máx). Gravidade da Insuficiência Coronária. Ergoespirometria Avaliação mais precisa da Capacidade Funcional (VO2 máx) e Limiar Anaeróbio. 29/04/2016 9 Tratamento da IC Identificar e Remover a causa Revascularização Angiopl/Stent, Cirurgia Valvulopatias, Congênitas Cirurgia Suspender álcool, antraciclinas, cocaína Corrigir Fatores Agravantes Infecções, Anemia, Arritmias, Atividade Reumática, Embolia Pulmonar, Ingestão Na Diuréticos Atuam na pré e na pós-carga a [ ] plasmática de sódio, a volemia e conseqüentemente o edema Diuréticos de alça furosemida, bumetamida, piretanida perda de potássio. Espironolactona poupadores de potássio. Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina Inibe a conversão da angiotensina I em II, a vasoconstrição e retenção de sódio. – vasodilatadores (Captopril) Tratamento da IC Beta-Bloqueadores a freqüência cardíaca e a secreção de renina atenolol, propanolol Digitálicos Inibe a sódio-potássio ATPase, a entrada de cálcio na célula, o que encurta a fibra muscular, a contratilidade miocárdica Digoxina Tratamento da IC Exercícios O descondicionamento físico é uma possível causa de alterações no metabolismo muscular, relacionado-se com sintomas devendo ser evitado. Atividade muscular leve tipo caminhada, deve ser encorajada, enquanto exercícios extenuantes devem ser evitados. Programas de treinamento devem ser adaptados ao grau de IC e sempre realizados sob supervisão médica. Repouso Não deve ser encorajado no paciente com doença estável, sendo recomendável nos quadros agudos ou nas exacerbações de quadros crônicos. Tratamento da IC 29/04/2016 10 DIETOTERAPIA Objetivo primário evitar sobrecarga cardíaca. a obesidade caso ela esteja presente. Freqüentemente pode haver a perda ponderal progressiva podendo chegar ao quadro de caquexia cardíaca em que o déficit de peso pode ser de até 20% Causas: Compressão gástrica / congestão hepática / edema de alças intestinais Tratamento da IC Energia: de acordo com o EN Usar HB ou regra prática 25-30 kcal/Kg/peso Carboidratos 50-60%. Se dispnéia, preferir 50%. Avaliar se há presença de diabetes ou hipertrigliceridemia. OXIDAÇÃO DA GLICOSE - QR = 6 CO2 / 6 O2 = 1 OXIDAÇÃO DA PROTEÍNA - QR = 87 CO2 / 105,30 O2 = 0,83 OXIDAÇÃO DO TRIACILGLICEROL - QR = 55CO2 / 77,5 O2 = 0,71 Tratamento da IC Lipídios 25-30% Preferir as gorduras insaturadas e ofertar menos que 300mg de colesterol/dia Avaliar se há dislipidemias. Proteínas normo a Hiperprotéica. Se dep 2g/Kg/dia Eutróficos 1g/kg/dia Problemas renais 0,8g/kg/dia. Tratamento da IC Micronutrientes: Sódio 102-180 mEq. Sal diet somente se não houver problemas renais. Potássio rica em potássio 4 a 6g de potássio se estiver em uso de diurético de alça. Cálcio e Magnésio Avaliar níveis plasmáticos Se , suplementar. Restrição hídrica IC leve sem restrição 800-1200 ml/dia em geral IC moderadas e graves. Avaliar balanço hidroeletrolítico bem como eletrólitos plasmáticos. Tratamento da IC 29/04/2016 11 Monitoramento de sintomas e do peso Ênfase deve ser dada ao monitoramento do peso corporal, através de mensurações regulares em condições padronizadas. Ganhos de peso repentinos de mais de 2 Kg em menos de 3 dias é sinal de alerta para o paciente procurar auxílio médico. Dieta deve ser fracionada, com densidade calórica, se houver dispnéia e fadiga, a dieta deve ser pastosa. Tratamento da IC Exames Eletrólitos no plasma – exame de sangue: Sódio: 135-145 mEq/l Potássio: 3,5 – 5,0 mEq/l Cálcio: 8,5 a 10,8 mg/dl Mg: 1,5 – 2,3 U/l Tratamento da IC
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