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atendimento ao politraumatizado

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP BACHARELADO EM ENFERMAGEM
SUPORTE BASICO A VIDA (S4-B0423)
ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO
Manaus- AM
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ALUNOS:
ADRIA LETÍCIA; AYRA DOS SANTOS; BARBARA KETHLEN; CASSANDRA VASCONCELOS; JORGE OBLITAS; KASSIO LIMA; LIRIEL SALDANHA; MILENA DA SILVA; THAYLA MARTINS; THAYNARA BAIMA
SUPORTE BASICO A VIDA (S4-B0423)
ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO
Trabalho apresentado para obtenção de nota semestral do curso de bacharelado de enfermagem da Universidade Paulista, no Estado do Amazonas, solicitado pelo Professor: Felipe Éden Souza de Oliveira
Manaus- AM
2022
SUPORTE BASICO A VIDA (S4-B0423)
ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO
PALAVRAS-CHAVE: Politraumatismo, pré-hospitalar, atendimenento hospitalar inicial ao politraumatizado
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	5
2.	POLITRAUMATISMO	6
3.	DESSENVOLVIMENTO	6
4.	FASE PRÉ-HOSPITALAR	6
4.1.	Resgate	7
4.2.	Triagem	7
4.2.1	Variáveis fisiológicas	8
4.2.2	Variáveis anatômicas	8
4.3.	Estabilização	9
4.4.	Transporte	9
5.	ATENDIMENTO HOSPITALAR INICIAL AO POLITRAUMATIZADO	11
5.1.	Exame Primário e Ressuscitação	12
5.1.1	A - Vias aéreas e Controle da Coluna Cervical	12
5.1.2	B - Respiração	12
5.1.3	C - Circulação e Controle da Hemorragia	13
6.	EXAME SECUNDÁRIO	17
6.1.	História	17
6.2.	Exame Físico	17
7.	TRATAMENTO DEFINITICO	19
8.	REAVALIAÇÃO	19
9.	CONCLUSSÃO	19
10. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS	20
INTRODUÇÃO
O politraumatismo é considerado a terceira maior causa de morte em alguns locais específicos do Brasil, destacando o estado do Espírito Santo que lidera o ranking das causas de morte das populações de 01 a 49 anos e sendo ainda mais agravante, o público jovem na faixa etária de 20 a 29 anos (Brasil, 2016). O politraumatismo é uma reunião das contusões, lesões ou ferimentos, que distribuídos em várias partes do corpo resultam de alguma ação extremamente violenta, provavelmente ocasionada por um acidente ou por outro agente externo. Sendo que nas últimas décadas alguns estudos comprovam que o trauma evidencia a progressão de uma alta taxa de invalidez, morbidade e mortalidade, o qual vem sendo um problema social de alta complexidade. Assim, acaba afetando a questão econômica, prejudicando a capacidade da vítima de trabalhar, mesmo na fase de reabilitação. Além disso, o trauma acarreta prejuízos que comprometem com a qualidade de vida dos pacientes e até mesmo de seus familiares ocasionando, contudo, déficits físicos, mentais e cognitivos. O número de resultados funcionais e de sobreviventes pelo trauma leva a uma enorme preocupação com a qualidade de vida dos indivíduos politraumatizados (Paiva, 2010). Os sobreviventes de graves casos desses traumas podem apresentar significativas deficiências associadas a diversas complicações como perda de massa muscular e déficits cognitivos, características comuns de vítimas admitidas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) (Paiva, 2012). Os resultados de qualidade de vida são interligados com os procedimentos realizados e a algumas características como a aumento de idade, traumatismo craniano, tempo de permanência na UTI, doenças preexistentes, necessidade de procedimentos cirúrgicos e fratura de membros inferiores, sendo ele os piores resultados. O trauma leva a numerosas sequelas de forma substancial, pelos danos em todas as partes do corpo, surgindo alterações importantes da qualidade de vida em todas as dimensões física e emocional (Marysia,2007).
POLITRAUMATISMO
Politraumatismo é um termo utilizado quando ocorre mais de uma lesão corporal, seja de maneira provocada ou acidental. A qualidade do atendimento prestado na sala de emergência é determinante para uma rápida recuperação do paciente. A equipe de enfermagem ocupa lugar de suma importância na equipe de emergência e cabe ao profissional enfermeiro coordenar e direcionar as ações de enfermagem. O atendimento mediante utilização de protocolos direciona melhor a equipe e a torna mais ágil nos cuidados que devem ser prestados. A presente pesquisa objetivou conhecer a atuação da equipe de enfermagem no atendimento ao politraumatizado em sala de emergência, frente à ausência de protocolo de atendimento.
1.2. Principais causas
Apesar de poder acontecer nas mais diversas situações, o politraumatismo está estatisticamente ligado a acidentes de veículos motorizados e explosões. A energia desprendida no momento da colisão e a velocidade dos deslocamentos dos corpos durante um acidente estão diretamente relacionados à gravidade das lesões, por isso episódios de quedas de aviões costumam ser fatais. A causa mais comum de politraumatismo são os acidentes de trânsito.
DESSENVOLVIMENTO
A qualidade de vida de pacientes politraumatizados pode ser afetada pelos danos decorrente dos traumas, como muitas vezes por astrogenia de atendimentos. Contudo, a equipe multiprofissional e principalmente de enfermagem pode ser um marco no desfecho positivo em relação aos resultados do paciente politraumatizados. Assim, faz-se necessária as intervenções precoces e monitorizações das complicações podem ser atribuídas a melhores resultados
FASE PRÉ-HOSPITALAR
A correta identificação da magnitude e o mecanismo do trauma e seu efeito anatomofuncional permitem a estratificação das vítimas de um acidente. Estabelecer a gravidade individual e relativa possibilita selecionar a prioridade de transporte. Mediante a estabilização e imobilização inicial, limita-se o agravamento da lesão. De acordo com a distância e os recursos do centro assistencial, indica-se a que tipo de ambiente assistencial e através de que caminho devem ser encaminhados os pacientes. Na fase pré-hospitalar, devem ser considerados quatro aspectos: resgate, triagem, estabilização e transporte.
1. Resgate 
A equipe de resgate deve compor um veículo adequado em relação à localização, distância e circunstâncias do acidente, e o equipamento necessário. O pessoal deve estar treinado para reconhecer as situações a ser enfrentadas na área do acidente e estabelecer rapidamente suas características: • número de pessoas afetadas, • gravidade, • risco eventual de complicações, • quantidade de mortes. Cada vez que há algum óbito, deve presumir-se que o acidente representou um evento de grande vulto e deve ser considerado que pode haver outros feridos graves. Esses fatos devem ser comunicados imediatamente ao hospital ou ao centro regulador de onde serão distribuídos os recursos necessários e adicionais, caso sejam solicitados (equipes de resgates básicas e avançadas, medicamentos, etc.)
Se houver feridos dentro de um veículo ou esmagados por avalanches ou escombros, serão tomadas as providências para resgatá-los de maneira rápida, mas eficiente. Nessa fase, deve-se prestar atendimento às emergências vitais para controlar a dor e a hemorragia: 
· manter uma via aérea desobstruída; 
· cobrir com curativos ou compressas as feridas torácicas penetrantes; 
· impedir, mediante compressão manual e com curativo compressivo, as hemorragias externas extensas; 
· alinhar e imobilizar de forma provisória fraturas ou fraturaluxação instáveis. Cada localidade deve utilizar um sistema de resgate, coordenação e transporte de acordo com a sua realidade local
1.4. Triagem 
A categorização sugerida pelo Comitê de Trauma do American College of Surgeons (CT-ACS) contempla o uso de parâmetros fisiológicos e anatômicos, assinalando os pacientes que requerem atendimento prioritário. Se o acidente for individual, uma vez cumpridas as medidas consideradas previamente, o traumatizado estará em condições de ser transportado ao hospital que dará atendimento completo e definitivo. Se o acidente envolver um número maior de pessoas, deve ser efetuada a triagem (palavra de origem francesa, popularizada em trauma, que significa selecionar por categoria ou características das lesões aos pacientes)
Os politraumatizados graves com lesões recuperáveis têm prioridade; logo, aqueles com trauma moderadoa severo, e, continuando, aqueles com trauma leve. Em último lugar ficam traumatizados em estado agônico e os mortes. Nessa hierarquização são consideradas as variáveis fisiológicas, anatômicas e um algoritmo para realizar a estratificação
4.2.1 Variáveis fisiológicas
Estas variáveis mostram a gravidade global do paciente e estão relacionadas com a mortalidade:
Escala de Glasgow < 13; Pressão sistólica < 90; Frequência respiratória < 10 o > 29
4.2.2 Variáveis anatômicas 
A presença de uma ou mais dessas lesões mostram uma elevada taxa de mortalidade: 
· lesão penetrante nas seguintes áreas: – tórax, – cabeça, – axilas, – abdômen, – pescoço, – virilhas; 
· duas ou mais fraturas próximas de ossos de extremidades grandes; 
· fratura de pelve (instável); 
· traumatismo de tórax (tórax instável); 
· traumatismo crânio-encefálico (TCE) com comprometimento de consciência e/ou sinais de lateralização; 
· fratura exposta ou com afundamento craniano; 
· amputações traumáticas na mão e/ou tornozelo; 
· deformação, dilaceramento ou grave lesão das extremidades; 
· combinações de queimaduras em 15% da superfície corporal e aquelas associadas a lesões na face e via aérea; 
· evidência de grave impacto em acidente de trânsito ou queda de altura maior a três metros; 
· acidente com lançamento do ocupante para fora do veículo; 
· atropelamento de pedestre a velocidade maior que 32 km/h; 
· acidente em motocicleta a velocidade maior que 30 km/h. 
essas variáveis se adicionam idades extremas e fatores de mortalidade concomitantes (enfermidades cardiovasculares ou respiratórias conhecidas)
1.5. Estabilização 
Em função da distância e tempo necessários para chegar ao hospital em que será feito o atendimento definitivo, os pacientes deverão ser oxigenados e os acessos venosos devem ser estabelecidos para ajudar na estabilização. Além disso, devem ser asseguradas as seguintes medidas: 
· obtenção de via aérea permeável; 
· imobilização da coluna cervical; 
· fechamento de feridas torácicas (com gaze); 
· controle de hemorragias externas (com gaze em compressão); 
· imobilizações (talas).
Obs. Se o acidente houver ocorrido em local próximo, não se deve perder tempo nessas manobras, exceto com a administração de oxigênio.
Todos os antecedentes sobre o acidente, fornecidos muitas vezes por familiares e testemunhas, o tratamento administrado e as mudanças que ocorreram na evolução do traumatizado devem ficar registrados numa folha de registro clara, em ordem, legível, e ser entregue ao médico na chegada ao hospital.
1.6. Transporte 
Uma frequente comunicação pelo rádio da equipe de resgate com o hospital base e o pessoal médico de plantão permitirá a informação de indicações de atendimento que possam beneficiar ao paciente durante o transporte, ao mesmo tempo em que a equipe designada para a reanimação já estiver esperando ao lesionado. Se forem seguidos os protocolos de resgate, o transporte a um determinado centro mais simples pode ser evitado, levando o acidentado a um centro especializado de maior complexidade. A forma de transporte mais efetiva pode incluir até o resgate aéreo. Nos últimos anos, o transporte aéreo tem se demonstrado um meio de transporte rápido, seguro e efetivo na diminuição da mortalidade do trauma ao reduzir significativamente o tempo que possa transcorrer entre o acidente e o tratamento definitivo.
4.4.1 Condições do transporte: 
O transporte deve ser feito de maneira ágil e profissional. O acidentado deve estar permanentemente atendido e vigiado e nunca deve ficar sozinho.
A contaminação grosseira de algumas feridas pode ser eliminada, cobrindo-as com curativos estéreis ou outros curativos limpos. Se, durante a viagem, o paciente apresentar deterioração hemodinâmica significativa e a distância ou tempo de transporte forem muito prolongados, deve ser considerada a conveniência de inserir um ou dois acessos venosos com um cateter calibre 14 ou 16 e iniciar o soro. 
Se o paciente apresentar vômitos, deve ser girado em bloco, com ou sem as tábuas de imobilização vertebral, para evitar a aspiração deste material para a via aérea superior. As condições de imobilização das extremidades devem ser observadas de forma contínua. 
As seguintes modificações devem ser observadas e corrigidas de maneira permanente: 
• posição, 
• tração, 
• batimentos dos pulsos.
Se forem usadas talas infláveis de imobilização, a pressão do inflado deve ser acompanhada constantemente, lembrando que esta varia ao passar de um ambiente quente para um frio ou na altura de montanhas ou do helicóptero em relação ao nível do mar.
4.4.2 Atenção para a estabilização intermediária
Se o paciente sofrer um agravamento, ou a distância e tempo necessários para o transporte ao hospital definitivo forem muito longos, então pode ser necessária uma escala num hospital periférico.
Esta escala deve ter como únicos objetivos os seguintes: 
• assegurar a manutenção de uma via aérea permeável e sua oxigenação; • colocar ou ajustar o colar cervical; 
• inserir dois acessos venosos periféricos e iniciar o soro; 
• alinhar, movimentar, imobilizar provisoriamente lesões ósteoarticulares severamente deformantes das extremidades; 
• efetuar algum procedimento que supere as capacidades do pessoal que está efetuando o resgate (drenagem pleural, por exemplo). 
Um hospital definitivo que atende trauma deve contar com recursos físicos e humanos adequados que funcionem com a mesma eficiência 24 horas por dia: 
• laboratório, 
• banco de sangue, 
• diagnóstico por imagens, • centro cirúrgico, 
• unidade de terapia intensiva, 
• grupo de pessoal de saúde treinado. 
Neste último item, destacam-se equipes médicas multidisciplinares integradas que participam de maneira simultânea ou sucessiva para resolver essa grave problemática.
ATENDIMENTO HOSPITALAR INICIAL AO POLITRAUMATIZADO
O tratamento oferecido no atendimento hospitalar inicial, certamente interfere no desfecho final da segunda e terceira fases, de forma que o médico responsável pelo atendimento hospitalar inicial do politraumatizado pode influenciar toda a sua evolução, estando em suas mãos e sob a sua responsabilidade grande parte do sucesso do tratamento definitivo a ser oferecido. Os cuidados hospitalares iniciais incluem uma sala de reanimação cardiorrespiratória adequadamente organizada, com equipe médica e paramédica com treinamento específico para politraumatizados. Os equipamentos, incluindo os mais simples como ressuscitador manual e tubos endotraqueais, devem ter sido previamente testados e organizados de forma que o acesso a eles seja rápido e fácil; as soluções cristaloides devem estar colocadas em locais que facilitem o pronto uso; o pessoal de laboratório, Raio-X e banco de sangue, devem oferecer respostas rápidas. É importante, também, o atendimento às “Precauções Universais”, isto é, uso de máscara, luvas, óculos, avental impermeável e botas para todos que têm contato com o paciente traumatizado; entre as doenças transmissíveis por sangue e secreções estão, em especial, a hepatite e a síndrome da imunodeficiência adquirida. O atendimento ao paciente politraumatizado pode ser resumido em quatro fases: exame primário e ressuscitação, exame secundário, reavaliação e tratamento definitivo.
1. Exame Primário e Ressuscitação 
No paciente gravemente lesado as prioridades sequenciais devem ser estabelecidas após avaliação global, devendo-se avaliar as funções vitais de forma rápida e eficiente. As prioridades devem ser estabelecidas baseadas nos tipos de lesões, estabilidade dos sinais vitais e o mecanismo causador das lesões. Este processo se constitui no ABC do trauma e identifica as condições que ameaçam a vida. O ABC deve ser iniciado simultaneamente. 
A - Airway (vias aéreas permeáveis com controle da coluna cervical); 
B - Breathing (respiração e ventilação); 
C - Circulation (circulação com controle das hemorragias); 
D - Disability (incapacidade neurológica); 
E - Exposure/Enviromental Control (despir o paciente, mas protegendo-o da hipotermia). 
5.1.1 A - Vias aéreas e Controleda Coluna Cervical 
Devemos procurar por sinais de obstrução das vias respiratórias, causadas por corpo estranho, fraturas faciais, mandibular ou traqueal e laríngea. Ao mesmo tempo que estabelecemos as medidas para manter as vias aéreas permeáveis, devemos proteger a coluna cervical, evitando-se movimentos excessivos do pescoço. A cabeça nunca deve ser hiperestendida, hiperfletida ou rodada, pois um exame neurológico normal não exclui lesão a esse nível. Baseados no relato do incidente traumático devemos suspeitar de lesão de coluna cervical e instalar um colete para a imobilização da cabeça e pescoço. Se por alguma razão o colete tiver que ser removido temporariamente, a cabeça e o pescoço do paciente devem ser estabilizados por um membro da equipe. O colete só pode ser removido depois que a lesão da coluna cervical tenha sido excluída. O controle definitivo das vias aéreas do paciente que apresenta fatores obstrutivos mecânicos, problemas ventilatórios ou está inconsciente, consegue-se através de intubação endotraqueal (via nasal ou oral). Se a intubação está contraindicada, procede-se a cricotorotomia de urgência. 
5.1.2 B - Respiração 
A ventilação envolve uma função adequada dos pulmões, parede torácica e diafragma. Cada um desses componentes deve ser examinado e avaliado rapidamente, através de ausculta, percussão, palpação e inspeção visual. As lesões que podem agudamente impedir a ventilação são: pneumotórax hipertensivo, contusão pulmonar maciça e pneumotórax aberto. O hemotórax, pneumotórax simples, fratura de arcos costais e contusão pulmonar comprometem a ventilação em menor grau. 
5.1.3 C - Circulação e Controle da Hemorragia
 Volume Circulante e Débito Cardíaco - toda hipotensão em paciente politraumatizado deve ser considerada como hipovolêmica em origem, até que se prove o contrário. Os três parâmetros que em segundos nos fornecem informações essenciais são: 
• nível de consciência - que diminui quando cai a perfusão cerebral consequente à queda do volume circulante, embora devamos lembrar que mesmo um paciente consciente pode ter perdido quantidade significativa de sangue; 
• coloração da pele - especialmente avaliada na face e extremidades; um paciente com face e extremidades de cor rósea, dificilmente está criticamente hipovolêmico; 
• pulso - um pulso cheio e regular geralmente é sinal de paciente relativamente euvolêmico, ao passo que um pulso fino e rápido é sinal precoce de hipovolemia; um pulso irregular pode significar disfunção cardíaca. 
• Sangramento - o sangramento externo rápido e volumoso pode ser controlado primariamente por pressão manual ou digital; nunca usar torniquete, que pode lesar os tecidos e causar isquemia distal. A hemorragia oculta se dá para dentro de cavidade torácica ou abdominal, para os músculos que circundam uma fratura ou como resultado de injúrias penetrantes com envolvimento de artérias ou veias calibrosas. 
Em todo paciente seriamente traumatizado deve-se providenciar dois cateteres intravenosos calibrosos, preferencialmente nas extremidades superiores. A linha venosa central pode ser usada de acordo com a habilidade do médico que presta o atendimento. No momento da punção venosa, deve-se colher material para a tipagem sanguínea e estudos hematológicos, incluindo teste de gravidez em toda paciente feminina em idade fértil. Inicia-se, então, reposição intravenosa vigorosa, em bolo, com solução salina isotônica, que pode chegar a dois ou três litros em alguns pacientes, até que se obtenha uma resposta hemodinâmica satisfatória. Se o paciente não respondeu à reposição com cristaloides, muito provavelmente necessita de reposição com sangue. No choque hipovolêmico está contraindicada a administração de vasopressores, esteroides ou bicarbonato de sódio. 
5.2 D - Incapacidade Neurológica - Uma avaliação neurológica rápida é realizada ao final do exame primário, estabelecendo o nível de consciência, tamanho e reação pupilar. O nível de consciência pode ser descrito pelo método AVPU 
A - Alert (alerta); 
V - Vocal (responde a estímulo vocal); 
P - Pain (responde a estímulo doloroso); 
U - Unresponsive (não responde a nenhum estímulo). 
A escala de coma de Glasgow é uma avaliação neurológica mais detalhada, com valor prognóstico e de seguimento nas reavaliações, podendo ser feita tanto no exame primário, quanto no secundário. A diminuição do nível de consciência tanto pode ser provocada pela diminuição da oxigenação e/ou perfusão cerebral, como pode ser consequência de lesão cerebral traumática. Só depois de excluirmos hipóxia e hipovolemia é que podemos atribuir a mudança no nível de consciência ao trauma cranioencefálico. Lembrar que o álcool e outras drogas também podem ser os responsáveis pela alteração do nível de consciência. As pupilas medem de 3 a 4 mm e reagem à luz direta ou indiretamente. Devemos observar o aumento unilateral da pupila (anisocoria) e perda do reflexo à luz, que significam compressão do nervo oculomotor ou de mesencéfalo. Com essa avaliação rápida e objetiva, podemos identificar quatro graus de gravidade num TCE, cada um deles com planos diagnósticos e terapêuticos específicos.
Grupo I - Disfunção do Tronco Cerebral Uma massa expansiva intracraniana (geralmente hematoma epidural ou subdural) pode desviar o cérebro e, à medida que isso ocorre, a face medial do lobo temporal (uncus) se desloca medialmente e comprime a parte superior do tronco cerebral na fosseta tentorial. Esta sequência constitui o que chamamos de Herniação Transtentorial ou Uncal e se caracteriza pela tríade: reflexo pupilar anormal à luz, depressão da consciência e sinais motores assimétricos. A alteração pupilar é o “sine-qua-non” da herniação, sendo um fiel localizador em 95% dos casos - a dilatação pupilar ocorre ipsilateral à lesão expansiva. As disfunções motoras (fraqueza do braço e perna) são contralaterais à lesão expansiva e não são sinais localizadores tão precisos.
somente 80 a 85% dos pacientes apresentarão fraqueza ou posturas anormais nos membros contralaterais à lesão e uma hemiparesia falso-localizadora ipsilateral à lesão expansiva nos casos restantes. Estes pacientes devem ser submetidos à tomografia axial computadorizada de urgência, enquanto solicitamos a presença do neurocirurgião. 
Grupo II - Déficits Focais Os pacientes com déficits neurológicos focais (motores, visuais ou de fala), sem sinais de compressão do tronco cerebral (principalmente a dilatação pupilar), também devem ser avaliados com Tomografia Axial Computorizada (TAC). 
Grupo III - Déficits Não Focais Os pacientes que não apresentam nenhum déficit neurológico focal, mas que apresentam nível de consciência diminuído, devem ser mantidos em observação neurológica cuidadosa para que se observe a evolução. Caso não apresentem melhora no decorrer de várias horas ou se apresentem deterioração clínica, devem ser submetidos à TAC. 
Grupo IV - Exame Neurológico Normal Toda vítima de TCE com exame neurológico normal deve ser orientada quanto aos sinais e sintomas de lesão encefálica que podem surgir algumas horas depois de sua liberação do hospital. De maneira geral, quando há fratura de crânio e/ou perda de consciência por mais de 2 a 3 minutos mantemos o paciente hospitalizado e em observação por 24 a 48 horas. Devemos ter sempre em mente que o TCE, por si só, não provoca choque, exceto nas fases tardias e terminais de morte cerebral, quando a falência medular leva à paralisação da respiração e à hipotensão agônica. Em toda vítima de TCE que apresente hipotensão devemos considerar a possibilidade de hipovolemia e procurar por hemorragias ocultas.
5.3 E - Exposição do Paciente 
O paciente deve ser completamente despido, geralmente cortando-se as suas vestes, para facilitar o exame, tendo-se o cuidado de protege-lo da hipotermia. Perdas significantes de calor podem ocorrer com temperaturas moderadas (15 a 20 graus centígrados) se as vestes estão molhadas ou se está presente a vasodilatação provocada por álcool ou outras drogas que comprometem a habilidade do paciente em preservarcalor. À medida que realizamos o Exame Primário e as Manobras de Ressuscitação, devemos fazer algumas ponderações sobre a monitorização do paciente e sua transferência a outro hospital. 
Monitorização Eletrocardiográfica - deve ser realizada em todo paciente politraumatizado. Arritmias, incluindo a taquicardia sinusal inexplicável, fibrilação atrial, extra-sístoles e mudanças no segmento ST podem ser sinais de contusão cardíaca. Dissociação eletromecânica pode indicar tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e/ou hipovolemia grave. Bradicardia, condução aberrante e extra-sístoles devem levar à suspeita de hipóxia e hipoperfusão. 
Cateter Urinário e Sonda Nasogástrica - o cateter urinário serve para coletar urina para exame, observar a presença de hematúria macroscópica e monitorizar o débito urinário horário, importante na avaliação do estado volêmico de certos pacientes. O cateter urinário está contraindicado se houver suspeita de transecção uretral. A sonda nasogástrica tem como finalidade reduzir a distensão gástrica e evitar a aspiração, especialmente em pacientes com distúrbios de consciência. 
Parâmetros Fisiológicos - a ressuscitação adequada é monitorizada pela melhora quantitativa dos parâmetros fisiológicos, isto é, frequência ventilatória, pulso, pressão arterial, pressão do pulso, gasometria arterial, temperatura corporal e débito urinário. Transferência a outro Hospital durante o exame primário e a ressuscitação, o médico adquire as informações necessárias que podem indicar a necessidade de transferência do paciente a outro hospital.
É fundamental que o médico conheça a sua própria capacidade e limitação, bem como o de sua instituição, sabendo distinguir entre o paciente que pode ser tratado no seu hospital daquele que deve ser transferido. No entanto, as lesões que causam risco de vida imediato e que podem ser estabilizadas, com ou sem cirurgia, obrigatoriamente devem ser tratadas antes do transporte a um centro de referência. No momento em que se decide pela transferência, o pessoal administrativo deve ser acionado, enquanto o médico continua a prestar o atendimento. Contudo, é importante que seja estabelecido o contato telefônico de médico para médico, antes da transferência, pois somente a comunicação direta entre estes dois pode delinear com detalhes e clareza o estado do paciente em questão.
EXAME SECUNDÁRIO
 O exame secundário só deve ser iniciado após o exame primário ter sido completado e a ressuscitação iniciada. Consiste na avaliação completa do paciente, avaliando-se cuidadosamente cada região do corpo e incluindo um exame neurológico completo. Os procedimentos especiais também são obtidos nesta fase, como lavado peritoneal (nos hospitais que não dispõem de aparelho de ultra-som na sala de reanimação ou próximo a esta) e exames radiológicos. 
1. História 
o paciente ou um familiar podem prestar informações úteis sobre alergias, medicações em uso, doenças pregressas, horário da última refeição e as condições em que ocorreu o acidente. A gravidade e o tipo de lesão são fortemente influenciados pelo mecanismo produtor da injúria, e essa informação deve ser fornecida por aqueles que recolheram o paciente do local da ocorrência. As lesões são classificadas em duas categorias: fechadas e penetrantes.
Trauma Fechado - em nosso meio a grande causa é o acidente automobilístico e algumas informações são fundamentais, como: uso ou não de cinto de segurança, deformidades no volante, direção do impacto, danos produzidos no carro com intrusão no compartimento dos passageiros e projeção do passageiro para fora do veículo - esta última com implicações de gravidade bem maiores. 
Trauma Penetrante - os fatores que determinam o tipo, a extensão da lesão e o seu manuseio subsequente, incluem a região do corpo acometida, os órgãos próximos ao trajeto penetrado e a velocidade do objeto causador da lesão. 
1. Exame Físico 
Cabeça - examinamos todo o couro cabeludo e crânio, em busca de laceração, contusão ou evidência de fraturas; observamos os olhos, testamos a acuidade visual, tamanho pupilar, hemorragias conjuntivais, presença de lentes de contato e lesões penetrantes. 
Maxilo-Facial - se as lesões maxilo-faciais não estão associadas à obstrução das vias aéreas ou sangramentos volumosos, devem ser tratadas só depois que o paciente estiver completamente estabilizado; de uma forma geral, são tratadas num segundo tempo do atendimento. 
Pescoço e Coluna Cervical - todo paciente com trauma maxilo-facial ou craniano deve ser considerado como portador de lesão cervical (fratura ou lesão de ligamentos), até que se prove o contrário; a ausência de déficit neurológico não exclui a lesão de coluna cervical, sendo imperativa a imobilização do pescoço com um colete cervical. Nos pacientes que estavam em uso de capacete durante o acidente, deve-se ter todo o cuidado no momento da remoção deste. 
Tórax - deve-se palpar toda a caixa torácica, sentindo-se cada costela e a clavícula; a palpação sobre o esterno pode ser dolorosa quando existe fratura a este nível ou separação condro-costal. A contusão e os hematomas da parede devem nos alertar para a possibilidade de lesões ocultas e a avaliação das estruturas internas do tórax é feita com estetoscópio, de forma que, modificações no murmúrio vesicular podem indicar pneumo ou hemotórax e a hipofonese de bulhas pode significar tamponamento cardíaco. O tamponamento cardíaco e o pneumotórax hipertensivo também podem ser sugeridos pela presença de turgência jugular, embora a hipovolemia associada possa mascarar o aparecimento deste sinal. 
Abdome - o trauma abdominal deve ser identificado e tratado de forma agressiva, sendo que o diagnóstico específico não é importante, mas sim o fato de que se a lesão existe, a intervenção cirúrgica se faz necessária. É importante lembrar que um exame inicial normal não exclui lesão grave intra-abdominal, por isso o reexame frequente, de preferência pelo mesmo médico, é fundamental na avaliação do trauma abdominal fechado. 
Períneo-Reto-Vagina - o períneo deve ser examinado em busca de contusão, hematomas, laceração e sangramento uretral. O exame retal pode evidenciar sangue dentro do lúmem intestinal ou lesões na parede do reto; o exame vaginal pode revelar sangue dentro da cavidade vaginal ou laceração em suas paredes. 
Lesão Músculo-Esquelética e Vascular - as extremidades devem ser examinadas em busca de deformidades e contusões; palpa-se cada osso, observando o surgimento de dor, crepitação e movimentos anormais, em busca de fraturas ocultas. Pressiona-se as espinhas ilíacas anteriores e a sínfise pubiana, no sentido antero-posterior, em busca de fraturas pélvicas. As fraturas de coluna torácica e lombar devem ser suspeitadas de acordo com a informação sobre o mecanismo causador da lesão e nos achados de exame físico e radiológicos. Os pulsos periféricos devem ser palpados para identificar lesões vasculares. 
Neurológico - o exame neurológico, nesta fase do atendimento, inclui a avaliação motora e sensória das extremidades, bem como a reavaliação do nível de consciência e tamanho pupilar. A Escala de Coma de Glasgow facilita a detecção precoce das alterações neurológicas. Qualquer evidência de paralisia ou paresia sugere lesão importante em coluna espinhal ou lesão nervosa periférica. Estes pacientes devem ser mantidos imobilizados (todo imobilizado) até que se exclua lesão espinhal.
2. TRATAMENTO DEFINITICO
Uma vez completada a avaliação clínica, para obtenção de diagnósticos seguros são necessários os estudos das imagens
3. REAVALIAÇÃO
O paciente Politraumatizado deve ser reavaliado constantemente em busca de novos achados ou deterioração dos sinais e sintomas já detectados. A monitorização contínua dos sinais vitais e do débito urinário (em torno de 50 ml/hora) são essenciais. A analgesia efetiva deve ser oferecida a todo paciente, evitando-se drogas que possam mascarar os sintomas neurológicos. 
4. CONCLUSSÃO
A maioria dos pacientes politraumatizados graves são indivíduos jovens, do sexo masculino, vítimasde acidentes de trânsito. Traumatismo cranioencefálico é o tipo de lesão mais comum, seguido pelo trauma torácico. Permanecem cerca de 30 dias internados no hospital, sendo 19 em unidade de terapia intensiva.
 há uma necessidade de urgência na realização de novas pesquisas ao que diz respeito à assistência da enfermagem ao politraumatizado, levando em consideração que é a enfermagem uma das principais responsáveis no atendimento a esses pacientes e precisa de ferramenta que melhore esse cuidado.
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