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Cirurgia I Materiais utilizados em cirurgia Afastadores Os afastadores permitem a exposição do campo cirúrgico. Os mais comuns são: • Minesota • Minesota com sugador Extratores Permitem a remoção de dentes e de raízes residuais. Promovem a luxação dental, permitindo a extração. Todos os extratores apresentam as pontas anguladas, retas e anguladas. • Tipo seldin: pontas ativas triangulares voltadas para direita, esquerda e reta. Não devem existir laterais cortantes no cabo. • Tipo apical: pontas ativas goiva para direita, esquerda e reta. Também serve para ambos os lados. • Tipo Heinderbrink. • Tipo apexo. Alicate Goldman Fox Permite remoção delicada de tecido gengival. Alveolótomo Também são chamados de osteótomo ou pinça goiva. Permite remoção de espículas ósseas. Atua na correção de osso e rebordo alveolar realizando uma ostectomia ou osteoplastia bem mais grosseira que a lima Empunhadura palmar. Pode ser: • Micro • Biarticulado Agulhas Podem ser: • Curtas • Longas • Extra curtas • Extra longas São classificadas em: • Reta • Curva • Atraumáticas ou sértix: já vem com o fio montado • Traumática: possuem um olho para a passagem do fio • De olho simples e fechado • De olho duplo e fechado • De olho duplo e aberto Devem ser descartáveis estéreis, trocadas após 3 ou 4 inserções no mesmo paciente. Não devem ser introduzidas até o canhão. Não troque a direção da agulha no tecido. Nunca force contra alguma resistência. Brocas cirúrgicas Permitem corte de osso e de dentes. Devem ter hastes longas para alta rotação ou micromotor. Tem como função realizar: • ostectomia: tecido duro é cortado e removido • osteotomia: tecido duro é apenas cortado • seccionamento dental (odonto secção): tecido dentário é cortado. As brocas utilizadas em cirurgia devem ser carbide e ter haste longa para alta rotação (aço inox, carbeto de tungstenio). Ex.: n° 700, 701, XXL 9 (tronco cônica) São utilizadas brocas laminadas como as do tipo no 557 ou no 703, ou esféricas no 8. Quando é necessária a remoção de grande quantidade de osso, como na remoção de toro, é utilizada uma broca óssea maior semelhante a uma broca de acrílico. Bisturis Permitem o corte delicado de papilas e gengivas. Podem ser: • de Orban • de Kirkland Cabos de bisturi Permitem, com a lâmina adequada, a incisão de tecidos moles. O cabo de bisturi n°3 permite a DIÉRESE (ato cirúrgico de dividir e separar os tecidos, permitindo a realização da cirurgia. Pode ser de tecidos moles ou de tecidos duros como por exemplo dentes não irrompidos.) dos tecidos moles. Este cabo permite adaptação das lâminas 11, 12 e 15. Gaze Permitem hemostasia por compreensão. Polegar e gaze sobre a ferida cirúrgica. Compressão com gaze sobre a ferida de modo que a pressão da oclusão seja colocada na gaze e transmitida ao alvéolo e não no plano oclusal. Alta Rotação As brocas mais utilizadas em alta rotação são: Caixas Devemos ter a caixa metálica perfurada e a caixa de aço inox com as seguintes medidas: • 30x15x07 • 18x08x03 Cinzéis Os cinzéis atuam na diérese de tecidos duros. Fazem osteotomia (cortar osso) e ostectomia (remoção de osso). O conjunto de cinzéis é composto por: • 1 cinzel biangulado (osteotomia e osteosecção) • 1 cinzel monoangulado • 1 cinzel goivo Todos os cinzéis são instrumentos de corte e devem ter suas pontas ativas afiadas. Ficam entre a lima para osso e o alveolótomo. Empunhadura: Digito palmar igual nos extratores e afastadores. Podem ser: • Cinzel Ochsenbein – 1, 2, 3 • Cinzel Micro Ochsenbein – 1, 2, 3, 4 Cuba de aço e pote dappen Permitem a colocação de soro fisiológico e de materiais. Curetas tipo Lucas Permitem curetagem e inspeção da loja cirúrgica. Removem tecidos patológicos, corpos estranhos e outros materiais. Devem ter ponta ativa de tamanho diferente e ser cortante para que entrem em contato com o osso e removam o tecido de interesse. • 85 • 86 • 87 Descoladores ou sindesmótomos Permitem separar tecidos moles de tecidos duros. • Molt 2/4 • Elevadores de periósteo • Dissector • 9 reforçado • Free O instrumento utilizado com maior frequência em cirurgia oral é o descolador de periósteo tipo Molt no 9. Este instrumento tem uma ponta afiada e pontiaguda e uma outra mais larga e arredondada. A parte pontiaguda é utilizada para iniciar o descolamento e para descolar a papila gengival entre os dentes, e a parte mais larga e arredondada é utilizada para continuar o descolamento do periósteo do osso. O descolador de periósteo Molt no 9 pode ser usado para descolar o tecido por três métodos. Primeiro, a parte pontiaguda pode ser usada com movimentos de alavanca para elevar o tecido mole. Isto é mais comumente utilizado quando se descola uma papila gengival da região interdental ou da mucosa aderida ao redor de um dente a ser extraído. O segundo método é o movimento de empurrar, no qual a parte pontiaguda ou a parte mais larga é forçada para baixo do periósteo, separando-o do osso subjacente. Este é o movimento mais eficiente e resulta no descolamento mais preciso do periósteo. O terceiro método é um movimento de puxar. Este método eventualmente é útil, mas tende a rasgar ou dilacerar o periósteo, a não ser que seja cuidadosamente executado. Fórceps Permitem preensão e remoção de dentes. Os cabos do fórceps são seguros de maneiras diferentes, dependendo da posição do dente a ser removido. Os fórceps maxilares são seguros com a palma da mão sob o fórceps de maneira que a ponta ativa seja direcionada para cima. Os fórceps utilizados para a remoção de dentes mandibulares são seguros com a palma da mão sobre o fórceps de maneira que a ponta seja direcionada para baixo, na direção dos dentes. Os cabos dos fórceps geralmente são retos, mas podem ser curvos. Isto propicia ao operador uma sensação de “melhor pega”. As pontas ativas do fórceps para exodontia são a fonte da maior variação entre os fórceps. A ponta ativa é desenhada para se adaptar à raiz dental próxima à junção da coroa com a raiz. Deve-se lembrar que as pontas ativas dos fórceps são projetadas para se adaptar à estrutura radicular do dente, e não à sua coroa. Neste sentido, pontas ativas diferentes são desenhadas para dentes uni, bi e trirradiculares. A variação no desenho é tal que a extremidade da ponta ativa adaptar-se-á firmemente às várias formas de raízes, melhorando o controle do cirurgião sobre as forças aplicadas à raiz e diminuindo a chance de fratura radicular. Quanto mais estreita for a adaptação da ponta ativa do fórceps às raízes dentais, mais efieciente será a extração e menor será a chance de ocorrência de resultados indesejáveis Dentes superiores: • fórceps 150: luxação extração de incisivos centrais, laterais, caninos, pré-molares superiores • fórceps 18R: molares direitos a ponta ativa se adapta as furcas dos dentes • fórceps 18L: molares esquerdos • fórceps 69: raízes e dentes pequenos tanto para superior, tanto para inferior Dentes inferiores: • fórceps 151: incisivos centrais laterais caninos pré-molares inferiores • fórceps 17: molares direito e esquerda, apresentam garfos que se adaptam as furcas dos dentes. Não pode ser usado em molares que apresentem raízes fusionadas e cônicas. Nestes casos é usado o fórceps no 151. • fórceps 69: raízes e microdentes Garrote extensor para o sugador. É uma mangueira de silicone. Lima para osso Realiza plástica em uma irregularidade óssea através de osteoplastia. As limas para o osso devem ter suas ranhuras cortantes paraterem maior capacidade de osteoplastia. Existe um processo de afiação especializada. O alisamento final do osso antes da sutura do retalho mucoperiósteo em posição é preferencialmente obtido com uma pequena lima para osso. Esta lima geralmente é um instrumento de duas pontas, uma pequena e outra maior. A lima para osso não pode ser utilizada eficientemente na remoção de grande quantidade de osso; consequentemente, é utilizada apenas para o alisamento final. Os dentes de várias limas para osso são dispostos de maneira que elas apenas removam o osso através de um movimento de puxar. Empurrar este tipo de lima contra o osso causa apenas o seu esmagamento e brunidura, o que deve ser evitado. Empunhadura Digito palmar ou tipo de caneta, depende da região da boca que vai trabalhar. Periótomo Usados para realizar rompimento das fibras do ligamento periodontal para facilitar a luxação e extração dentária. Sua ponta ativa insere no espaço do ligamento periodontal. Pinças Permitem preensão de tecidos delicados ou soltos. • Pinça Adson: com ou sem pequenos dentes nas pontas, que pode ser usada para aprisionar delicadamente o decido e, consequentemente, estabilizá-lo. Quando este instrumento é utilizado, deve-se tomar cuidado de não apreendê-lo com muita força, o que esmagará o tecido. Pinças com dentes permitem que o tecido seja apreendido de maneira mais delicada do que pinças sem dentes. Quando se está trabalhando na parte posterior da cavidade oral, a pinça de Adson pode ser muito curta • Pinça de Allis: seu cabo trava e permite que a pinça seja colocada na posição correta e, então, seja mantida por um auxiliar, promovendo a tensão necessária para a correta dissecção do tecido. A pinça de Allis nunca deve ser utilizada em tecidos que serão deixados na boca, pois ela causa uma quantidade relativamente grande de dano tecidual por esmagamento. Entretanto, esta pinça pode ser usada para apreender a língua de maneira similar à pinça de campo. • Pinça anatômica • Pinça clinica • Pinça Dietrich • Pinça collin: é usada para antsepsia do paciente. Tem argola e cremalheira. Serve para prender gazes para antissepsia intra ou extra oral. Nunca deve ser usada nos tecidos que vão permanecer na boca, porque ela causa uma quantidade de destruição tecidual relativamente grande devido a injuria por esmagamento. Após seu uso, ela não retorna a mesa clínica. • Pinças hemostáticas mosquito (curva e reta): o apresenta pontas longas e delicadas usadas para apreender o tecido e um cabo com travamento. O mecanismo de travamento permite ao cirurgião prender o hemostato a um vaso e depois largar o instrumento, que se manterá preso ao tecido. Isto é útil quando o cirurgião planeja ligar o vaso com uma sutura ou cauterizá-lo (usar o calor para selar o vaso). Além de seu uso como instrumento para controle de hemorragia, o hemostato é especialmente útil em cirurgia oral para remoção de tecido de granulação dos alvéolos dentários para apreensão de pequenas pontas de raiz, pedaços de cálculos, fragmentos de amálgama e qualquer outro pequeno fragmento que tenha caído no ferimento ou em áreas adjacentes. Porta agulha Permite síntese de tecidos: Consiste na manobra de união dos tecidos afastados na diérese, visando restabelecer a continuidade dos mesmos. São instrumentos mais robustos que as pinças hemostáticas. Observar as ranhuras não paralelas. Impede que a agulha deslize. O dedo polegar e o anelar são colocados nos anéis do cabo. O dedo indicador é mantido ao longo do comprimento do porta-agulhas para firmá-lo e direcioná-lo. O segundo dedo auxilia no controle do mecanismo de travamento. O dedo indicador não deve ser colocado no anel, pois levará a uma dramática redução de seu controle. • Mayo Hegar; tem argolas e cremalheiras e sua empunhadura tipo tesoura. Possibilita trabalhar com mais de um instrumento na mão e a argola permite que a cremalheira fique longe da mão. • Mathieu: empunhadura tipo palmar e é muito sensível • Olsen hegar: acumula função de porta agulhas e da tesoura de corte para fios de suturas • Gillier: possui argolas assimétricas. A mais longa para o dedo anelar e a mais curta para o polegar (maior ergonomia). Sem cremalaheira emprego para tecidos mais finos • Dietrich com vídea de 16 cm A Vídea do porta agulha é feita de carboneto de tungstênio. Tesouras Permitem corte de tecidos moles. São classificadas em pontas agudas ou pontas penetrantes e pontas rombas. E possuem funções de corte ou secção. Existem as retas que são usadas em região anterior da cavidade bucal e camadas superficiais do tecido e as curvas, que sobrepõem as funções das retas, e são usadas em região anterior e posterior da cavidade bucal bem como para camadas superficiais e profundas do tecido Tesoura de ponta aguda reta ou curva é utilizada para cortar fios de sutura, papilas gengivais e outros tecidos moles. • Tesoura Goldmam-Fox: ponta aguda e serrilhada na parte interna em uma das hastes. Característica especifica que impede o deslizamento do tecido interposto entre as hastes. Ex.: papila umedecida pela saliva. • Tesoura Spencer: remoção de suturas. • Tesoura Metzebaum: tesoura de ponta romba que tem hastes mais finas. Tem função secundária de divulsão de tecidos, pois permite ser introduzida entre duas camadas de tecido sem corta-los. Ex.: separar submucosa do periósteo. Ela tem ponta cega e serve tanto para separar quanto para cortar tecidos moles Mesa cirúrgica A montagem da mesa cirúrgica deve obedecer à ordem dos procedimentos, e deve se localizar atrás do paciente. A mesa divide-se em campo superior, meio e campo inferior: sinais de infecção é, provavelmente, sintoma de uma alveolite. Este problema é usualmente restrito aos alvéolos molares inferiores e não representa uma infecção. Este problema incômodo é simples de manejar, mas pode requerer diversos retornos do paciente ao consultório. O cirurgião-dentista deve anotar nos registros uma nota do que se passou em cada uma das visitas. Sempre que uma cirurgia for efetuada, algumas informações críticas devem entrar nas anotações: 1. Data 2. Nome e identificação do paciente 3. Diagnóstico do problema que será tratado cirurgicamente 4. Revisão do histórico médico, medicações e sinais vitais 5. Exame oral 6. Anestesia (quantidade utilizada) 7. Procedimento (incluindo a descrição da cirurgia e complicações) 8. Instruções no momento da liberação 9. Medicações prescritas e sua quantidade (ou anexar cópia da prescrição) 10. Necessidade de consulta de acompanhamento 11. Assinatura (legível ou nome impresso abaixo)
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