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PA R T E I I Princípios da Exodontia ESBOÇO Introdução Capítulo 6: Instrumentação para Cirurgia Oral Básica Capítulo 7: Princípios da Exodontia de Rotina Capítulo 8: Princípios da Exodontia Complexa Capítulo 9: Princípios de Tratamento de Dentes Impactados Capítulo 10: Controle Pós-operatório do Paciente Capítulo 11: Prevenção e Tratamento das Complicações de Extrações Introdução Para a maioria dos leigos, o termo cirurgia bucal normalmente traz à mente a remoção de um dente. A extração atraumática de um dente é um procedimento que requer delicadeza, conhecimento e habilidade por parte do cirurgião-dentista. O propósito desta seção é apresentar os princípios da exodontia, assim como a instrumentação, as técnicas e a condução de pacientes que estão passando por cirurgia de extração. O Capítulo 6 apresenta o arsenal comumente usado na exodontia. A instrumentação básica e as aplicações fundamentais dos instrumentos para os propósitos cirúrgicos são discutidos. O Capítulo 7 apresenta os aspectos básicos de como remover um dente irrompido atraumaticamente. A avaliação pré-operatória e a preparação do paciente são brevemente discutidas. A posição do paciente na cadeira e a posição do cirurgião-dentista e de suas mãos para a remoção do dente em várias partes da boca são discutidas. O arsenal e os movimentos necessários para extrair cada tipo de dente são discutidos detalhadamente. O Capítulo 8 apresenta os aspectos básicos de como lidar com extrações complicadas (normalmente chamadas de extrações cirúrgicas). As extrações cirúrgicas primeiramente se referem ao resgate das raízes do dente e dos dentes que são propensos a fraturar, já foram fraturados ou, por alguma outra razão, possuem um obstáculo para a extração. Nessas situações, a remoção cirúrgica do osso ou a secção cirúrgica do dente é comumente requerida. O Capítulo 9 apresenta os aspectos fundamentais da condução dos dentes impactados. A razão oportuna para a remoção dos dentes impactados é apresentada no início do capítulo. A seguir, a classificação e a determinação do grau de dificuldade do impacto são discutidas. Finalmente, uma breve descrição das técnicas cirúrgicas básicas requeridas para remover terceiros molares impactados é fornecida. O Capítulo 10 apresenta as técnicas para a condução do paciente durante o período pós- operatório. Este capítulo discute instruções pós-operatórias que devem ser dadas ao paciente, assim como medicações típicas no pós-operatório. O Capítulo 11 apresenta as sequelas cirúrgicas comuns e as complicações que são encontradas na remoção de dentes. É dada ênfase às sequelas esperadas, às complicações e às medidas tomadas para preveni-las ou minimizá-las. C A P Í T U L O 6 Instrumentação para Cirurgia Oral Básica James R. Hupp SUMÁRIO DO CAPÍTULO INCISANDO O TECIDO ELEVANDO O MUCOPERIÓSTEO AFASTANDO O TECIDO MOLE APREENDENDO O TECIDO MOLE CONTROLANDO HEMORRAGIAS REMOVENDO O OSSO Pinças-goivas Broca e Peça de Mão Martelo e Cinzel Lima para Osso REMOVENDO TECIDO MOLE DE CAVIDADES ÓSSEAS SUTURANDO O TECIDO MOLE Porta-agulha Agulha de Sutura Material para Sutura Tesouras MANTENDO A BOCA ABERTA ASPIRANDO MANTENDO CAMPOS CIRÚRGICOS EM POSIÇÃO IRRIGANDO EXTRAINDO DENTES Alavancas Dentárias Tipos de Alavancas Periótomos Fórceps de Extração Componentes do fórceps Fórceps maxilares Fórceps mandibulares SISTEMA DE BANDEJA DE INSTRUMENTOS O objetivo deste capítulo é apresentar os instrumentos comumente necessários para realizar extrações dentárias de rotina e outras intervenções cirúrgicas orais básicas. Utilizam- se esses instrumentos para uma grande variedade de finalidades, incluindo os procedimentos de tecidos moles e duros. Este capítulo fornece essencialmente uma descrição de instrumentos. Incisando o tecido Muitos procedimentos cirúrgicos começam com uma incisão. O instrumento básico para fazer incisões é o bisturi, composto por um cabo reutilizável e por uma lâmina afiada, esterilizada e descartável. Os bisturis também estão disponíveis em bisturis de uso único com um cabo de plástico e lâmina fixa. O cabo mais comumente usado para a cirurgia oral é o de nº 3 (Fig. 6- 1). A ponta de um cabo de bisturi está preparada para receber uma variedade de lâminas de diferentes formatos para ser inserido na abertura do cabo. FIGURA 6-1 Bisturis são compostos por um cabo e uma lâmina afiada descartável. O bisturi com cabo nº 3 e lâmina nº 15 é o mais utilizado. A lâmina de bisturi mais comumente usada para a cirurgia intraoral é a de nº 15 (Fig. 6-2). A lâmina é pequena e usada para fazer incisões em torno dos dentes e nos tecidos moles. A lâmina é semelhante em forma com a maior lâmina de nº 10 usada para grandes incisões na pele em outras partes do corpo. Outras lâminas utilizadas para a cirurgia intraoral incluem as de nº 11 e de nº 12. A lâmina nº 11 é uma lâmina pontiaguda usada principalmente para fazer pequenas incisões e também para incisar um abscesso. A lâmina em forma de gancho nº 12 é útil para procedimentos nas áreas mucogengivais em que as incisões são feitas sobre as faces posteriores dos dentes ou na área da tuberosidade maxilar. FIGURA 6-2 Lâminas de bisturi utilizadas na cirurgia oral incluem nº 10, nº 11, nº 12 e nº 15, da esquerda para a direita. A lâmina de bisturi é cuidadosamente colocada no cabo que prende a lâmina com um porta-agulha. Isso diminui a chance de lesionar os dedos. Segura-se a lâmina pela extremidade sem corte, a qual é reforçada com um pequeno encaixe, e o cabo é segurado de modo que a parte macho do encaixe esteja apontada para cima (Fig. 6-3, A). Depois desliza-se lentamente a lâmina de bisturi para o cabo pelos sulcos da porção macho até que se encaixe na posição (Fig. 6-3, B). O bisturi é descarregado de forma semelhante. O porta- agulha agarra a extremidade oposta da lâmina (Fig. 6-3, C) e levanta-a para soltá-la do encaixe macho. Desliza-se então a lâmina de bisturi para fora do cabo, sempre longe do corpo (Fig. 6-3, D). A lâmina usada é imediatamente descartada em um recipiente rígido para objetos afiados, especificamente projetado (Fig. 5-6 C. na p. 63). FIGURA 6-3 A, Ao colocar a lâmina de bisturi, o cirurgião-dentista prende a lâmina no porta-agulha e cabo, com a parte macho do encaixe que aponta para cima. B, O cirurgião-dentista, em seguida, desliza a lâmina para o cabo até que se encaixe no lugar. C, Para remover a lâmina, o cirurgião-dentista utiliza o porta-agulha para agarrar a extremidade da lâmina ao lado do cabo e levanta-o para desengatar do encaixe. D, O cirurgião-dentista então desliza suavemente a lâmina para fora do cabo. Quando se utiliza o bisturi para fazer uma incisão, o cirurgião-dentista segura-o normalmente como se fosse uma caneta (Fig. 6-4), para permitir o controle máximo da lâmina durante a incisão. O tecido móvel deve ser mantido firmemente no lugar sob alguma tensão para que, enquanto a incisão é feita, a lâmina incise e não apenas afaste a mucosa. Quando realiza-se a incisão do tecido mole retrátil, um instrumento tipo afastador deve ser utilizado para segurar o tecido distendido durante a incisão. Quando uma incisão mucoperióstica é feita, a lâmina deve ser pressionada para baixo, firmemente, de modo que a incisão penetre a mucosa e o periósteo, com o mesmo movimento. FIGURA 6-4 O bisturi é segurado como se fosse uma caneta para permitir o controle máximo. Lâminas de bisturi e conjuntos de lâminas-cabo são projetadas para uso em um único paciente. Lâminas perdem o corte facilmente quando entram em contato com tecidos duros, como ossos ou dentes e mesmo depois de repetidos movimentos através de tecido queratinizado. Se forem necessárias várias incisões do mucoperiósteo ao osso, pode ser necessário o uso de uma segunda lâmina, durante uma única operação. Lâminas cegas não fazem incisões limpas, nítidas em tecidos moles e, portanto, devem ser substituídas antes que se tornem excessivamente imprecisas. Elevando o mucoperiósteo Quando é feita uma incisão através do periósteo, de preferência, este deve