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Artigo Educação e diversidades

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A discriminação com relação a criança negra na escola da colonização aos dias atuais: direitos negados	Comment by josefasilva@aluno.uespi.br: Coloque o título em caixa Alta e permanece em negrito	Comment by josefasilva@aluno.uespi.br: Acho que poderia ser: " Discriminação com relação a criança negra na Educação Infantil: como a Educação em Direitos Humanos pode contribuir"E o objetivo seria: aportar aos professores estratégias que possam contribuir para o respeito e a valorização da identidade de crianças negras.Isso é apenas uma forma que eu visualizo que é possível você fazer um artigo menor.Pois ao olhar pra o que você fez, eu vejo um artigo grande, e 7 laudas não permitem isso.
Ilana Soares dos Santos
Priscila do Nascimento Oliveira
1. INTRODUÇÃO
O preconceito em relação à criança negra sempre esteve presente na sociedade brasileira, principalmente no campo educacional, é um fato que possui raízes históricas que vem desde os primórdios da escravização de povos africanos no Brasil, apresentando até hoje consequências nada positivas para os infantes. No período que rege e ultrapassa a escrita de documentos importantes da sociedade brasileira, muitos destes negam ou não dão possibilidades para que alguns direitos fundamentais das crianças negras sejam executados. Isso acarreta ainda mais na legitimação dos preconceitos e das discriminações sofridas.
 	Para o combate a essas discriminações, a escola tem um papel fundamental, é ela que detém o espaço, os mecanismos e as pessoas mais eficazes para ajudar nessa luta com o intuito de desconstruir crenças do branco e a de valorizar as crianças negras, assim afirma Santos e Pereira (2018), muitas crianças negras passam por situações preconceituosas no ambiente escolar, um espaço que não traz nenhuma valorização do negro, principalmente os livros que são usados, pois estes enaltecem os europeus e diminuem ou apagam os africanos. 
Com o intuito de direcionar a discussão nesse ensaio de artigo que tem como tema "A discriminação da criança negra na escola", ele apresenta os seguintes objetivos: analisar dados desde a colonização aos dias atuais sobre a deslegitimação dos direitos das crianças negras em idade escolar nas escolas; e apontar á professores (as) da educação infantil estratégias possíveis que respeitem e valorizem a identidade das crianças negras. 	Comment by josefasilva@aluno.uespi.br: Não é um ensaio, é só um artigo mesmo	Comment by josefasilva@aluno.uespi.br: Na minha opinião eu acho que isso é um período longo, e infelizmente o artigo só é de 7 laudas
O presente ensaio está dentro do Eixo 1: Direitos humanos, diversidade e educação (gênero, sexualidade, classe social, religiosidade e diversidade étnico-racial) tendo em seu escopo, um referencial teórico em que abordará os seguintes subtópicos: Traço histórico dos Direitos fundamentais negados em relação a educação das crianças negras; e Combate a práticas e teorias preconceituosas em relação à criança negra na escola. Após a discussão será apontado as considerações finais e por último apresentado as referências bibliográficas utilizadas.	Comment by josefasilva@aluno.uespi.br: O eixo não precisa estar explícito no artigo dessa forma.	Comment by josefasilva@aluno.uespi.br: Está faltando a metodologia, se é pesquisa de campo ou revisão bibliográfica.É só colocar pelo menos 3 autores que vão fazer parte do seu aporte teórico
2.1 Traço histórico dos Direitos fundamentais negados em relação a educação das crianças negras
	De início é importante ressaltar a significância dos direitos dos seres humanos, que compreendem as áreas da saúde, da liberdade, da segurança, do trabalho, e em especial nesse texto o da educação. De acordo com Santiago e Carvalho (2013, pg 24), 
Os direitos humanos, por se pretenderem universais, devem ser aplicados isonomicamente a todo ser humano, a sujeitos igualmente portadores de direitos. Tais direitos são inalienáveis, porque não podem ser hierarquizados ou sobrepostos entre si; e são indivisíveis, porque os direitos políticos, econômicos, sociais e culturais estão inter-relacionados, são inseparáveis, ou seja, eles não podem ser praticados isoladamente. Se aplicados a todos os sujeitos, os direitos humanos deveriam ultrapassar as diferenças regionais, sociais, políticas e culturais entre os cidadãos [...].
A discussão deste tópico irá centrar-se sobre os direitos fundamentais negados ou pouco eficazes na sua plena execução em relação à criança negra na escola. Nesse sentido, cabe ressaltar que a educação foi e é uma pauta das pessoas negras do Brasil, por dentre vários motivos os de significar uma ruptura com um passado de direitos negados e de exclusão, conforme Santiago e Carvalho (2013, pg 17),	Comment by josefasilva@aluno.uespi.br: O correto é ( 2013, p. 17)
A educação sempre foi pensada pela população negra brasileira como um meio de resistência e ascensão social; através dela os/as negros/as poderiam ‘melhorar de vida’. Organizações negras surgem para defender e exigir uma educação para esta população. Vale ressaltar que a população negra escravizada foi impedida por lei de estudar, podendo, posteriormente, frequentar apenas escolas noturnas.
	
	A primeira lei no Brasil que propõs como uma alternativa para a emancipação da criança negra em que a viu não mais em exclusivo como produto de venda foi a Lei do Ventre Livre promulgada na época da primeira república, representando a primeira lei que deu margem a propostas escritas para a criação de centro educacionais para crianças negras (OLIVEIRA;ABRAMOWICZ, 2017). No entanto, eram propostas que não tinham a intenção de ser executadas pela elite política branca, racista em sua maioria, da época que pretendia ver crianças a trabalhar ao invés de estar na escola.
	Um segundo momento de menção em relação a escolarização dá-se por meio da constituição de 1891 que apenas deixa explícito no documento a notícia de ruptura com o catolicismo, no entanto nada se menciona sobre a educação de crianças negras, o que depreende-se do documento quanto a essa área seria que crianças ricas e brancas teriam uma educação bancada por suas famílias e quanto as crianças negras recém saídas de um contexto de escravização forçada de seus familiares ficariam sem escolarização. De acordo com Lima e Guebert (2019, p 7),
Destaca-se que a constituição de 1891 carrega fator histórico de relevância quanto à educação, pois foi o momento em que se deu o rompimento com a igreja católica, que não mais influência no sistema de ensino, no período de transição do império para a república.
	
	Apesar de durante uma Assembleia Nacional realizada em 1891 onde declarava o direito das crianças irem à escola e terem um ensino gratuito, o que se percebeu foi que muitas crianças pobres e negras não tiveram acesso a esse direito, pois muitas foram trabalhar nas indústrias que regulamentavam o trabalho infantil (OLIVEIRA;ABRAMOWICZ,2017). Nessa perspectiva, essas crianças negras e pobres foram excluídas e tiveram seus direitos negados uma vez que sua condição social, econômica e de moradia foi desconsiderada, sua situação econômica foi desconsiderada pois muitas crianças tinham que ir trabalhar para ajudar seus pais no sustento de casa, e na circunstância de moradia, pois muitas das escolas encontravam-se em bairros nobres e longínquos o que dificultava o deslocamento da criança que morava nas periferias e cortiços de bairros pobres.
	A segunda constituição brasileira traz em seu escrito maiores avanços do que sua constituição anterior quanto ao acesso à educação, conforme explica Bronzeri (2019, p. 4),
Dado início a Era Vargas, em 1934 surgiu uma nova Constituição com características mais incisivas ao direito à educação. Segundo Souza e Santana (2010) “A educação foi definida como direito de todos, correspondendo ao dever da família e dos poderes públicos”. Uma Constituição mais voltada para valores e ordem econômica. Verificou-se que a constituição incorporou os direitos sociais aos direitos dos cidadãos, bem como apresentou vários dispositivos queorganizava o sistema educacional brasileiro e seu plano nacional.
	Uma constituição que propunha melhorias, no entanto, nada trouxe sobre a entrada e permanência de crianças negras na escola, pelo contrário, foi realçado em um artigo desse documento o racismo e a discriminação em relação a crianças que não fossem brancas, ao propor uma educação valorizada e escritas por defensores do eugemismo, contendo a ideia que as pessoasoas tinham que criar uma consciencia baseada na eugenia, onde os mais novos não se casassem e se reproduzissem com raças e posição social diferenciadas (ROCHA;2018). Tal ideias escritas sugeriam uma cor de pele superior a outra em todos os níveis, corroborando para a negação das outras cores de peles existentes no país multicultural e rico em diversidade como o Brasil do início do século XX.
	Na década seguinte a constituição de 1934,, precisamente em em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) cria a Declaração Universal dos direitos humanos, anos mais tarde, junta-se a Convenção dos Direitos da Criança e dos Adolescentes, apresentando pela primeira vez um documento que tange especificamente sobre direitos a uma educação de qualidade, acesso a um sistema de saúde e a segurança (LIMA;GUEBERT, 2019). É um documento em que não há especificação de raça, etnia e classe social, mas sim um documento que traz os direitos das crianças em si, apesar de não ter valor de lei, representa um documento que não há traços racistas e discriminatórios em relação às crianças negras, representando um avanço considerável sobre os ideais nos documentos escritos.
	Apesar do lançamento de uma declaração Universal dos Direitos Humanos, a prática da discriminação ainda era fortemente presente na sociedade brasileira, carecendo de leis de valor punitivo para tais práticas, então em 1951, foi sancionada a Lei 1.390/51, criada com o intuito de multar um pessoa caso ela demonstere preconceito em relação à raça (SANTOS;PEREIRA, 2018). Com vista a ser uma melhoria, ao dar-se valor condenatório às práticas preconceituosas, isto não representou um aparato de ações com o intuito de inserir e garantir a permanência de crianças negras na escola.
	A nossa última constituição, a de 1988, trouxe muitos pontos relevantes quanto a diversidade e acesso à educação, no entanto, poucas medidas para a ação efetiva destas nos anos seguintes foram concretizadas pelo governo. Assim afirma Gomes e Teodoro (2021, pg 17),
A década de 1980 foi um marco na história do Brasil, sobretudo devido à promulgação da Constituição Federal de 1988, denominada como “constituição cidadã” foi resultado de um longo e complexo processo envolvendo diferentes atores sociais. Responsável pelo reestabelecimento da ordem democrática, ela conferiu direitos a segmentos sociais negligenciados até então, como as mulheres, os/as negros/as, os/as indígenas, os/as portadores/as de necessidades especiais os/as idosos/as, as crianças e os/as adolescentes, que passaram a receber atenção especial. Após décadas de debates e disputadas entre diferentes linhas de força, foi a partir do exposto na Carta Federal de 1988 que emergiu a concepção de criança e adolescente como sujeitos de direitos e deveres, credores de “proteção integral” e “prioridade absoluta”, independente de classe social, credo, etnia e gênero.
	
	Com a promulgação da constituição de 1988, que deu muito enfoque nos direitos humanos, surge-se o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nos anos de 1990, tendo o intuito de garantir os direitos das crianças e adolescentes, nos seus artigos são enfatizados o direito à educação, ao trabalho digno e a cidadania (VIANA; 2020). No entanto, apesar da lei, muitos desafios não foram superados quanto a relação dos direitos à educação das crianças negras. Segundo a Revista Exame, em 2019, 1.768 milhão de crianças estavam sendo mão de obra para o trabalho infantil, no montante de crianças a trabalhar foi de 66,8% de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, tendo a cor da pele preta ou parda. O que percebe-se é que os direitos plenos à educação das crianças de pele negra não estavam sendo respeitados, crianças que ao trabalharem, não tem a possibilidade e os meios para ir a escola, estudar e construírem seus conhecimentos com a ajuda dos educadores. Nesse aspecto, infere-se que apesar de mais de 30 anos de vigência do ECA, desafios como a citada acima se repetiam e se repetem desde sua criação.
No início do século XXI, em 2003, a lei 10.639 chega como uma fortificação para as leis de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), tornando obrigatório no currículo da educação básica, o ensino da História e Cultura Afro Brasileira e Africana (ARAÚJO;2021). Uma lei que tem como obejtivos enegrecer a historia que é vista apenas do ponto de vista da supremacia branca dominante. Ao permitir que se enxerguem todos os pontos de vista dos envolvidos na história do Brasil, contribuirá para que a criança negra na escola, tenha seus direitos à educação respeitados, assim como a liberdade de manifestação da sua cultura e o sentimento de pertencimento e identidade. No entanto, o que compreende-se é que, muitas das escolas, apesar da vasta literatura e livros infantis que abordam temas ligados às africanidades, muitos não são utilizados por professores, e as motivações vão desde a falta de formação, até o desconhecimento da própria lei. Uma lei que em sua plenitude não são ofertadas mecanismos para seu cumprimento, é uma lei que não garante direito algum.
No próximo tópico serão debatidos e mostrados algumas ações práticas em sala de aula da educação infantil com a objetivação de combater práticas e teorias preconceituosas em relação a cor da pele das crianças negras. 
 2.2 Combate a práticas e teorias preconceituosas em relação à criança negra na escola
Considerações Finais
Referências Bibliográficas

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