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ENDODONTIA IV

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Endodontia IV 
 
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1 
O curso preparatório que mais aprova na área da saúde. Acesse nosso site: www.aprimore.com 
EMERGENCIAS E URGENCIAS EM ENDODONTIA: 
 
A dor de origem pulpar corresponde a 90% dos casos de emergência em consultórios dentários, 
onde a endodontia na maioria das vezes é imprescindível para alivio imediato dos sintomas. 
As emergências endodônticas estão relacionadas com casos de dor e/ou tumefação que requerem 
diagnósticos e tratamento imediato. 
 
Urgência: não representa uma condição séria, que necessite de intervenção imediata. 
Emergência: requer tratamento imediato para restabelecer conforto do paciente. 
 
Walton e Torabinejad: propuseram questionamentos para serem dirigidos aos pacientes visando 
reconhecer uma emergência verdadeira. São esses: 
 Emergência verdadeira rompe o equilíbrio do paciente e o impede de executar atividades rotineiras 
(sono, alimentação, trabalho, concentração e outras atividades diárias). 
 Raramente dura mais do que 2 a 3 dias, que é o curso normal de uma resposta inflamatória aguda. 
 Dificilmente é aliviada a dor por uso de analgésicos. 
 
Diagnóstico: 
Subjetivo: história médica e dental 
Objetivo: exame clinico-visual, testes de vitalidade pulpar, testes perirradiculares, sondagem 
periodontal. 
Exame radiográfico 
 
Tratamento: 
A dor de origem pulpar pode ser resultado da estimulação de dois tipos de fibras nervosas 
sensoriais, oriundas do gânglio trigeminal: 
 Fibras A-delta: não necessita de intervenção endodôntica 
 Fibras C: necessita de intervenção endodôntica 
 
Na pulpite reversível na maioria das vezes a remoção do agente infeccioso (cárie) é o suficiente para 
alivio da dor. Já na pulpite irreversível, além de remover o agente infeccioso, há a necessidade de 
procedimento invasivo na polpa (pulpotomia/pulpectomia) que dependerá do nível de degeneração 
tecidual. 
 
Condições que não requerem terapia endodôntica: 
Hipersensibilidade dentinária – dor fugaz, aguda, localizada e provocada após estímulos mecânicos, 
osmóticos, térmicos e bacterianos. Muitas vezes associada à recessão gengival. 
TTO: usar substâncias que promovem a oclusão dos túbulos dentinários expostos e/ou reduzem a 
atividade nervosa sensorial. Pode ser feito com oxalato de potássio (3 minutos sobre dentina exposta, 
se utiliza quando tem pouco tempo de consulta, sob isolamento relativo, bom resultado imediato, mas 
pode recidivar em curto período); adesivos dentinários que agem por hibridização na dentina e cimentos 
de ionômero de vidro fotopolimerizáveis (bom resultado imediato, sendo mais duradouro do que o 
oxalato e também alguns adesivos). Em casos de abrasão ou atrição deve-se usar resina composta ou 
CIV. 
 
Pulpite reversível – dor semelhante à hipersensibilidade, presença de cárie profunda e/ou recidivante, 
restaurações extensas, recentes ou fraturadas. 
TTO: remover cárie ou restauração defeituosa e colocar curativo com cimento à base de oxido de Zn e 
eugenol. Se for feita restauração em resina deve fazer forro com hidróxido de Ca e selar a cavidade 
com CIV. Após 1-2 semanas, se o dente estiver assintomático, restaura definitivamente. 
 
Condições que requerem terapia endodôntica: 
Pulpite irreversível sintomática: dor não é regra. Terá exposição pulpar por carie ou pode ocorrer dor 
aguda, continua, excruciante, fastidiosa, espontânea e difusa algumas vezes. Uso de analgésicos pode 
ou não ser eficaz (depende do estágio). Raros casos dor a percussão. 
 
TTO: 2 opções 
 Tempo disponível: preparo inicial- anestesia, isolamento absoluto, descontaminação do campo 
operatório com hipoclorito de sódio a 2,5% ou álcool iodado a 2%, acesso. A seguir exploração do 
canal e obter CT, seguido da pulpectomia. Seguir com PQM, e obturação, pois a inflamação estará 
retida a polpa. Caso ocorra dor a percussão (atingiu LP) ou qualquer limitação (tempo, habilidade, 
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anatomia, dor a percussão) e necessitar de outra consulta deve-se fazer medicação intracanal com 
hidróxido de Ca associada a veiculo inerte (glicerina, soro fisiológico, água destilada ou anestésica). 
E então selamento coronário. 
 Limitação de tempo, habilidade ou problemas anatômicos: Em unirradiculares- pulpectomia e 
medicação com corticosteroides (Decadron colírio ou Otosporin). Em multirradiculares- pulpectomia 
do canal mais amplo ou pulpotomia e medicação com corticosteroides. Selamento coronário e 
prescrição de analgésico/anti-inflamatório (Ibuprofeno 400/600mg de 6-6hs, de 1 a 2 dias), pacientes 
com intolerância a AINES usa acetaminofeno (paracetamol) 650mg a 1000mg. 
 
Tratamento conservador da polpa: 
Quatro tipos principais: proteção de dentina, capeamento indireto, capeamento direto e pulpotomia. 
 
PULPOTOMIA 
Definição: remoção da polpa coronária viva, não infectada, com o propósito de preservar a vitalidade e 
a função da porção radicular restante. 
Removera tecido pulpar que apresenta alterações inflamatórias ou degenerativas, deixando intacto o 
tecido vivo restante. Então será recoberto por um agente de capeamento pulpar, promovendo a 
cicatrização no local da amputação. 
Indicações: em alguns casos de exposição da polpa em decíduos e em dentes permanentes 
incompletamente formados, como procedimento de emergência antes do tratamento endodôntico, em 
dentes parcialmente desenvolvidos em que o tamanho e forma do espaço pulpar são desfavoráveis ao 
tratamento endodôntico convencional, após trauma com fratura e exposição da polpa em dentes 
anteriores. 
Índice de sucesso: 66 a 95% 
 
Siqueira: Técnica de pulpotomia: anestesia, isolamento absoluto e antissepsia do campo operatório; 
acesso e remoção completa do teto; remoção da polpa coronária com curetas de intermediário longo e 
bem afiadas; irrigação-aspiração abundante com solução fisiológica; descompressão pulpar por 5 
minutos; irrigação-aspiração com solução fisiológica, secar com bolinhas de papel absorvente 
esterilizadas e exame da superfície do remanescente pulpar; aplicação do corticosteroide-antibiótico 
(Otosporin), mantendo bolinha de papel absorvente embebida no medicamento; selamento duplo com 
guta e cimento; depois de 2-7 dias remove o selamento e curativo, irriga-se abundantemente com 
solução fisiológica e retira-se qualquer coagulo presente; coloca-se com suave pressão a pasta de 
hidróxido de cálcio pró-análise com solução fisiológica em fina camada, adaptado por bolinha de papel 
absorvente esterilizada, remove-se excessos da pasta e sobre ela coloca-se uma fina camada de 
cimento de hidróxido de cálcio para protegê-lo; coloca CIV ou OZE como base para restauração ou 
pode restaurar definitivamente e verifica-se a oclusão. 
A pratica rotineira de reabrir o dente para remover a polpa e obturar o canal radicular após o 
desenvolvimento completo da raiz é contraindicada, ao menos que seja necessária por questões 
restauradoras. Todavia a calcificação do canal, a reabsorção interna e a necrose são sequelas 
potenciais do capeamento e da pulpotomia. 
 
Dor de origem perirradicular: quando há agressão microbiana aos tecidos perirradiculares pode 
ocorrer à indução de liberação de mediadores químicos envolvidos no desenvolvimento de uma 
resposta inflamatória aguda. Estes agem sobre a microcirculação promovendo vasodilatação (PG, 
histamina, neuropeptídios, etc.) e aumentando a permeabilidade vascular (bradicinina, histamina, C3, 
PAF, etc.). Este fenômeno gera saída de fluidos dos vasos e formação de edema, que eleva a pressão 
hidrostática e causa compressão das fibras sensoriais, sendo critica ao LP, pois tem espaço limitado 
para expandir. Esse é o principal mecanismo para dor de origem perirradicular. 
A produção de gases por bactérias tem sido sugerida como responsávelda dor por comprimir fibras 
nervosas, mas não se tem evidencias cientificas. Sendo sabido que produtos bacterianos (enzimas, 
componentes estruturais das células) são fatores de virulência mais envolvidos na dor de forma indireta, 
pois estimulam a indução de resposta inflamatória aguda. 
TTo: eliminação ou redução da população microbiana de dentro do CR. Para isto, deve-se 
instrumentar todo o CR e, principalmente, não deixar de mexer no 1/3 apical (a menos que se tenha 
limitação de tempo). Quando se limpa os 2/3 coronários pode gerar alivio dos sintomas devido à 
diferença de pressão, que induz drenagem, reduzindo compressão do LP apical. 
No entanto é indicado limpar os três terços uma vez que a instrumentação apical com a limpeza do 
forame com lima de patência promove eliminação da causa principal da agressão, bactérias no 1/3 
apical em contato com LP. Alguns autores temem por essa conduta na consulta de emergência 
alegando que pode levar a extrusão de detritos contaminados para LP e exacerbação da resposta 
inflamatória. Siqueira relata que não fara diferença se ocorrer essa extrusão na consulta de emergência 
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ou na próxima, indicando fazer na consulta de emergência a sua manipulação, pois os tecidos 
perirradiculares já estão inflamados preparados para agressão. A sintomatologia pós-operatória pode 
ser controlada com uso de anestésico de longa duração (bupivacaina) e prescrição de analgésicos/anti-
inflamatórios (Ibuprofeno 400-600mg, de 6-6 hs). Outros medicamentos como diclofenaco, naproxeno, 
cetoprofeno e piroxicam, também são eficazes no controle da dor de origem endodôntica. 
 
Necrose pulpar com periodontite apical aguda: 
Tem como etiologia fatores físicos (traumáticos), químicos e infecciosos. 
Caracteriza-se por dor contínua, pulsátil, mobilidade, sensação de dente crescido. Percussão positiva 
sempre e palpação ás vezes e pode ter ou não espessamento do ELP ou rarefação apical 
TTO: limpeza completa do CR em toda extensão. Só não será completa por falta de tempo, 
habilidade e interferências anatômicas. 
-preparo inicial- anestesia, inundação da câmara com hipoclorito a 2,5 %, desinfecção progressiva 
(lima de pequeno calibre -8,10 ou 15 até terços médio e apical). Ampliar 2 terços coronários, limpeza 
apical e obter CT com limas de pequeno calibre e irrigações abundantes com NaOCl 2,5%, PQM, 
medicação intracanal com pasta de hidróxido de CA- HPG, selamento coronário e prescrição de 
analgésico/ anti-inflamatório. Alivio da oclusão. 
-limitações da técnica, tempo e anatomia: preparo inicial, instrumentação dos terços médios e 
cervical (3-4mm apicais preservados) e irriga-se com NaOCl 2,5%. Aspira mas não seca o CR, coloca 
mecha de algodão embebida com NaOCl na câmara, selamento coronários e prescrição de 
analgésico/anti-inflamatório. Alivio da oclusão. Não se usa pasta de hidróxido de Ca porque CR não foi 
todo instrumentado, e deve-se fazer a completa instrumentação em no máximo 7 dias. 
 
Abscesso perirradicular agudo: dor espontânea, pulsátil e a mastigação. Percussão e palpação 
positivos. Pode ter mobilidade dental ou envolvimento sistêmico (febre). 
TTO de acordo com estágio de evolução do abscesso. 
 Estagio inicial- não há tumefação, dor é excruciante, pode ser confundido com periodontite apical 
aguda, mas tem pus drenando pelo canal após abertura coronária. TTO: preparo inicial, drenagem de 
pus pelo canal devendo esperar de 15-30 minutos até que todo exsudato se esvazie, medicação 
intracanal com pasta HPG, selamento coronário, prescrição de analgésico/anti-inflamatório. 
Semelhante ao da periodontite apical aguda. 
 Estagio em evolução- tumefação consistente, não flutuante. Dor quando abscesso se localiza no 
espaço subperiosteal devido à rica inervação local (periósteo). 
TTO: mesmo da fase inicial. 
Se tumefação for intraoral- faz incisão da mucosa mesmo com ausência de flutuação. A maioria só 
drenará sangue, que favorecerá a redução da pressão intratecidual e drenagem de mediadores 
químicos e produtos tóxicos. Incisão precede o acesso, porque reduz pressão e dor. 
Tumefação extraoral- não faz incisão, prescreve aplicação de calor intraoral (bochechos com solução 
aquecida) e frio extraoral. Visa estimular a exteriorização intraoral, que facilita incisão e drenagem em 
consulta posterior (12-36 hs). 
Prescrever bochechos com solução aquecida e analgésicos/anti-inflamatórios. Avaliar a necessidade de 
antibiótico. 
Se não houver drenagem via canal, mesmo que tenha sido ampliado até lima #25, deve fazer 
medicação com pasta HPG e selar coronariamente. 
 Estagio evoluído- tumefação flutuante. 
TTO: anestesia, incisão da área flutuante (intra ou extraoral – deve colocar dreno), isolamento absoluto, 
acesso e drenagem de pus via canal, instrumentação de todo CR por técnica progressiva, medicação 
intracanal com HPG, selamento coronário. Prescrever bochecho com soluções aquecidas, 
analgésico/anti-inflamatório. Avaliar a necessidade de antibiótico. 
Dente não deve ficar sem selamento para drenar, pois causa aumento da população microbiana, 
introdução de novos moo no CR e substratos para proliferação microbiana, permite contaminação e 
obstrução por restos alimentares levando a necessidade de consultas adicionais por exacerbações 
frequentes. Só se deixa quando a drenagem não cessa no tempo esperado, mas isso é raro, ou não há 
tempo. 
Antibióticos devem ser usados em: edema generalizado, difuso (celulite); envolvimento sistêmico 
(febre, mal-estar, linfadenite regional); e pacientes debilitados e/ou risco de endocardite bacteriana. 
Penicilinas de primeira escolha (amoxicilina). Pacientes alérgicos usar clindamicina. 
 
Flare-up: Emergência aguda que surge entre as sessões de tratamento dos canais radiculares. Pode 
ter dor e/ou tumefação. Paciente retorna em poucas horas ou dia seguinte. Ocorre uma resposta 
inflamatória aguda nos tecidos perirradiculares, causado por moo e seus produtos ou iatrogenia 
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(sobreinstrumentação, instrumentação incompleta, extravasamento de solução irrigadora, perfurações, 
etc.), caracterizada por periodontite apical aguda ou abscesso perirradicular agudo. 
Incidência de 2,5-16%. 
Condições em que bactérias estão envolvidas na indução de um flare-up: 
 Extrusão apical de detritos contaminados: leva a um rompimento no equilíbrio do hospedeiro. 
Irritantes presentes no CR em dentes com lesão são jogados dentro da lesão. 
 Aumento do potencial de oxirredução: proliferação de moo facultativos (estreptococos) por abertura 
coronária. Não é comum. 
 Desequilíbrio da microbiota endodôntica: espécies antes da instrumentação incompleta inibidas 
podem proliferar e causar agudização (Enterococcus faecalis). 
 Introdução de novas bactérias no canal: microbiota não originária da infecção endodôntica, podem 
ser carreadas para o CR (Pseudomonas aeruginosa e alguns estafilococos), exemplo- quebra de 
selamento. 
 
TTO: - periodontite apical aguda secundaria: remoção de curativo, irrigação abundante com NaOCl, 
revisão da instrumentação e verificação da patência, medicação intracanal com pasta HPG, selamento 
coronário e prescrição de analgésico/anti-inflamatório. 
-abscesso perirradicular agudo secundário: tratar como abscesso. Prescrever analgésicos/anti-
inflamatório. 
 
Dor pós-obturação ligeiro desconforto é previsível, devendo alertar o paciente e prescrever analgésico. 
Tende a resolver espontaneamente nos primeiros dias. 
Estudo de Harrison et al: dor em 48% dos casos, que aparecem nas primeiras 24hs e após 7 dias 92% 
dos casos ficaram assintomáticos. 
TTO: 
 Se dorfor aguda e persistente, vai depender da situação: 
o Obturação adequada- analgésico/anti-inflamatório 
o Obturação inadequada- retratamento 
o Sobreobturação- prescrição de anti-inflamatório. 
 Se não resolver: remoção da obturação, drenagem e retratamento. Se mesmo assim não resolver 
fazer cirurgia perirradicular para curetagem do material extravasado. 
 Se obturação incorrigível: cirurgia perirradicular. 
 
QUESTÕES: 
 
1-(PM Goiás – 2013) Chega ao consultório um moço de 20 anos, relatando febre, mal-estar e com dor 
excruciante no elemento 46. Clinicamente não há tumefação e os testes de percussão e palpação 
deram positivos. Radiograficamente não há aumento do espaço periodontal. O provável diagnóstico é 
de: 
a) Periodontite apical crônica. 
b) Hipersensibilidade dentinária. 
c) Pulpite irreversível. 
d) Abscesso perirradicular agudo em estágio inicial. 
 
2- (PM Goiás – 2013) O que é flare-up? 
a) Um tipo de traumatismo dentário no qual ocorre fratura radicular. 
b) A cobertura profilática com antibióticos para o tratamento endodôntico. 
c) O desenvolvimento da dor e de edema no decorrer do tratamento. 
d) Uma nova técnica para a obturação de canais radiculares. 
 
3- (PM Goiás – 2013) A sensibilidade dentinária está relacionada com a 
a) Movimentação do fluido nos túbulos dentinários. 
b) Técnica de instrumentação. 
c) Proteção pulpar utilizada no preparo. 
d) Substância irrigadora utilizada. 
 
 
 
 
 
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4-(CADAR 2015) Segundo Lopes e Siqueira Jr. (2010), o tratamento emergencial para necrose pulpar 
com periodontite apical aguda deve consistir da abertura coronária, completo preparo químico 
mecânico, medicação com pasta HPG, selamento provisório e medicação sistêmica com 
analgésico/anti-inflamatório. Entretanto, em alguns casos, não é possível a realização de todos esses 
procedimentos na consulta de emergência, devido ao tempo e/ou habilidade do profissional. Nesses 
casos, o procedimento de emergência sugerido pelos autores é: 
a) Acesso, drenagem, irrigação com NaOCl, deixar o canal aberto para drenagem contínua e medicação 
com antibiótico. 
b) Acesso, preparo químico mecânico dos terços cervical e médio, irrigação com NaOCl, medicação 
intracanal com tricresol, selamento coronário provisório e prescrição de analgésico/anti-inflamatório. 
c) Acesso, preparo químico mecânico dos terços cervical e médio, irrigação com NaOCl, medicação 
intracanal com Ca (OH)2, selamento coronário provisório e prescrição de analgésico/anti-inflamatório. 
d) Acesso, preparo químico mecânico dos terços cervical e médio, irrigação com NaOCl, colocação de 
bolinha de algodão embebida em NaOCl na câmara pulpar, selamento provisório e prescrição de 
analgésico/anti-inflamatório. 
 
5- (CADAR 2014) De acordo com Lopes e Siqueira (2010), um ligeiro desconforto pode ocorrer apos a 
obturação endodôntica, levando o paciente a dor. Em alguns casos, mesmo com obturação endodôntica 
adequada, ha dor aguda e persistente. Qual a conduta para este caso? 
a) Retratamento endodôntico. 
b) Prescrição de analgésico e antibiótico. 
c) Prescrição de analgésico e anti-inflamatório.·. 
d) Repouso para o paciente e prescrição de anti-inflamatório. 
 
FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICA DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO I: 
 
Na prática clínica há três condições endodônticas que requerem tratamento: 
 Polpas vitais (biopulpectomias) 
 Polpas necrosadas (necropulpectomias) 
 Retratamento 
O sucesso do tratamento vai depender do reconhecimento das peculiaridades de cada uma dessas 
situações devendo considerar as medidas terapêuticas diferenciadas. Polpas necrosadas e 
retratamento são caracterizadas pela presença de infecção, enquanto que polpas vitais são livres de 
infecção. 
 
Tratamento de dentes polpados – Biopulpectomia: 
Remoção total da polpa normal ou inflamada, porém com vitalidade. 
Indicação: pulpite irreversível sintomática ou assintomática, quando há fracasso do tratamento 
conservador e em casos de biopulpectomia eletiva. 
Biopulpectomia eletiva – situações clínicas onde a polpa apresenta-se clinicamente normal, mas precisa 
ser removida. Ocorre em dentes que serão submetidos a procedimentos periodontais (em dentes 
portadores de defeitos ósseos angulares profundos onde será realizado RTG ou casos onde ocorrerá a 
remoção de raiz em dentes multirradiculares), protéticos (retentores protéticos e obtenção do 
paralelismo que levará a grande perda dentinária, podendo ocorrer exposição pulpar), e cirúrgicos 
(intervenções que envolvem ápice radicular ou suas proximidades em dentes vitais). 
 
Micro-organismos e seus produtos: principal fator causador de agressão ao tecido pulpar, com 
difusão dos produtos bacterianos pelos túbulos dentinários. Isso leva a um processo inflamatório pulpar 
antes mesmo da sua exposição, no entanto, enquanto permanecer vital a polpa se defende pela 
inflamação. 
Em relação à filosofia de tratamento, a biopulpectomia tem caráter profilático. Polpa irreversível 
deve prevenir uma necrose e infecções subsequentes. 
 
Exposição por cárie contraindica capeamento direto, pelo menos uma parte da polpa exposta deve ser 
excisada, quanto maior, maior será a chance de sucesso. 
 
ÍNDICE DE SUCESSO 
Curetagem das proximidades da polpa exposta < pulpotomia < biopulpectomia. 
Quanto maior parte de tecido pulpar removido, maior margem de segurança de remover a porção 
afetada devido à agressão microbiana direta da exposição por cárie. 
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Sucesso da biopulpecatomia depende de dois fatores: não introdução de bactérias no SCR (assepsia) e 
não utilização de substâncias com alto poder citotóxico (substancias químicas, medicação e material 
obturador). Isso levará a uma boa reparação tecidual. 
 
Assepsia: bactérias orais podem agir como patógenos oportunistas quando há condições 
predisponentes. No tratamento o profissional deve ter cuidado para não levar os moo para o SCR, e 
deve eliminar os expostos na porção superficial da polpa. Deve esterilizar todo material e evitar contato 
pelo toque intencional ou acidental com os dedos dos instrumentos que entrarão em contato com o 
canal – infecção secundária. 
Primeiro deve preparar o dente para evitar contaminação do campo operatório (remoção de cárie, 
placa, cálculo, hiperplasias gengivais invaginadas nas destruições coronárias). Após deve-se fazer 
antissepsia da cavidade bucal com bochecho de solução antisséptica (clorexidina 0,12% por 1 minuto). 
Na sequência faz isolamento absoluto. Descontaminação do campo operatório com gaze ou algodão 
embebido em peroxido de hidrogênio a 3% (dente, grampo, lençol), seguido de álcool iodado a 5%, 
clorexidina a 2% ou hipoclorito de sódio a 2,5%. 
A seguir, realiza-se o acesso, remoção da polpa coronária, irrigação da câmara pulpar (NaOCl 2,5%) 
com intuito de remoção de restos pulpares e coágulos sanguíneos (limpeza e prevenção de 
escurecimento da coroa) e desinfecção (combater infecção da superfície do tecido pulpar). 
Preservando os tecidos perirradiculares: a gravidade do processo inflamatório é proporcional ao 
trauma causado aos tecidos, quanto maior a intensidade da injúria, mais grave é a resposta 
inflamatória. Os procedimentos devem ser feitos com objetivo de minimizar essa inflamação e manter 
normalidades dos tecidos vivos remanescentes. 
 
Escolha do instrumento para o corte do tecido: muitos foram desenvolvidos no intuito de melhorar 
suas propriedades mecânicas para cortar e modelar, no entanto, não dispõe de instrumento eficiente e 
atraumático que propicie corte e remoção da polpa de forma controlada. 
Corte bem feito e remoção total é possível em canaisamplos, em atrésicos, será fragmentada, em 
pedaços. 
Em biopulpectomias, o PQM deve ser feito de preferência na mesma sessão, para evitar infecção 
secundária e dor pós-operatória. 
 
Solução irrigadora: NaOCl é a de escolha em biopulpectomias, por ser solvente de matéria orgânica 
(auxilia na limpeza do SCR) e pela atividade antimicrobiana (mantém o canal em condições assépticas). 
 
SUBSTANCIAS QUIMICAS: 
 
Auxiliares da instrumentação no preparo dos canais e como soluções irrigadoras. 
Capazes de alcançar regiões onde o preparo mecânico, através dos instrumentos, não alcança. 
A escolha depende das suas propriedades físicas e químicas. 
Usadas durante preparo dos canais e após para remoção da smear layer. 
Na endodontia, a irrigação é realizada concomitantemente à aspiração, com objetivo de tornar a limpeza 
do canal mais efetiva. 
 
Soluções irrigadoras - Ideal: baixa viscosidade, solvente de tecido, biocompatibilidade, baixa 
toxicidade, baixa tensão superficial, lubrificante, desinfetante, remover smear layer, fácil utilização, baixo 
custo, fácil conservação. 
Solução de escolha: hipoclorito de sódio (NaOCl) 
 
Hipoclorito de sódio: soluções: 
Liquido de Dakin- 0,5%, neutralizada por acido bórico. 
Liquido de Dausfrene- 0,5%, neutralizada por bicarbonato de sódio. 
Solução de Milton- 1%, estabilizada por cloreto de sódio. 
Licor de Labarraque- 2,5% 
Soda clorada- 4-6% 
Agua sanitária- 2-2,5% 
Água sanitária nos EUA- 5,25% 
 
Hipoclorito de sódio 2,5% (Siqueira). 
Para Siqueira em canais amplos com polpa vital deve-se usar o hipoclorito diluído a 1% (adiciona duas 
partes do produto a três partes de água destilada). 
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O pH alcalino (acima de 10) mantem a estabilidade das soluções de NaOCl. Por isso o pH das soluções 
cloradas deve chegar às condições de acidez no momento do uso. A própria acidez tecidual é suficiente 
para atingir essas condições. 
 
Quadro Vantagens e desvantagens SIQUEIRA 
Vantages Desvantagens 
Barato instavel no armazenamento 
rápida atuação inativado por materia orgânica 
Desodorizante Corrosivo 
Lubrificante Irritante para pele e mucosas 
Desinfetante forte odor 
ação solvente descora tecidos 
Clareador remove carbono da borracha 
 
Propriedades: atividade antimicrobiana, solvente de matéria orgânica, desodorizante, clareadora, 
lubrificante, detergente, baixa tensão superficial, bactericida, neutraliza produtos bacterianos e pH 
alcalino. 
 
NaOCl + H2O ↔ NaOH + HOCl 
 ↓ ↓ ↓ 
Hipoclorito hidróxido ácido 
de sódio de sódio hipocloroso 
 
Hidróxido de sódio (base forte): estando praticamente 100% dissociada -Efeito solvente. 
Ácido hipocloroso (acido fraco): pode estar ionizado (meio alcalino pH>9) ou não ionizado (meio acido 
pH <= 5,5)-Efeito antimicrobiano. 
 
Atividade antimicrobiana: deve-se à liberação de cloro pelo ácido hipocloroso e íon hipoclorito. 
Segundo Siqueira cloro faz inibição enzimática e forma cloraminas, após reação com componentes do 
citoplasma microbiano. 
 
Atividade solvente: dissolver tecido orgânico. Ação combinada do hidróxido de sódio (age nos ácidos 
graxos e aminoácidos) com ácido hipocloroso (reage com os aminoácidos). 
 
 pH da solução: atividade antimicrobiana em meio ácido. Quanto < o pH maior o efeito desinfetante. 
 Quanto >temperatura, > efeito solvente e antimicrobiano. 
 Maior concentração mais rápida dissolução de tecido (antibacteriana e solvente, esta ultima mais 
afetada) 
 Quanto maior a concentração e a temperatura, maior a velocidade de dissolução tecidual. 
 
Endodontia IV 
 
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Atividade desodorizante: Perdem eficiência com elevação de temperatura, exposição à luz e ao ar, e 
armazenadas por longos períodos, por serem instáveis. 
 
CLOREXIDINA: é um sal de digluconato de clorexidina em solução aquosa - bisbiguanida catiônica. É o 
mais usado em odontologia. 
São incolores e inodoras. 
Agente antimicrobiano de amplo espectro, sendo muito usada em perio. 
Alta Substantividade 
Em baixas concentrações é bacteriostático e em altas é bactericida 
Menos eficaz que o hipoclorito, na ação antimicrobiana. 
Relativa ausência de toxicidade 
Não possui capacidade solvente e nem clareadora. 
Biocompatibilidade 
Atinge sua maior eficácia entre pH 5,5 e 7 
Indicações: paciente alérgico ao NaOCl e dentes necrosados com ápice aberto. 
Contraindicação: pigmentação. 
Segundo estudo de Siqueira comparando irrigação com NaOCL a 2,5%, NaOCL a 2,5% e acido cítrico a 
10%, NaOCL a 2,5% com clorexidina a 2% e solução salina, não houve diferenças significantes entre os 
grupos experimentais com exceção da solução salina que teve ação inferior. Além disso, pode haver 
desenvolvimento de forte pigmentação acastanhada quando da associação da clorexidina com o 
hipoclorito, por isso ele não recomenda. 
 
Substancias quelantes: remoção de íons cálcio da dentina, deixando-a amolecida. . Recomendado 
para remoção da smear layer antes da obturação final do canal, ou antes, da colocação do curativo de 
demora. 
Substancias: EDTA 17% (acido etilenodiamino tetracético dissódico) e acido cítrico a 10%. 
 
EDTA 17%: Compatibilidade biológica. Pode ser liquido gel ou creme. 
É autolimitante, não tem ação imediata quando em contato com a dentina, necessita esperar de 10-15 
minutos, para obtenção de efeito quelante. 
Possui atividade antibacteriana contra bacilos anaeróbicos estritos produtores de pigmentos negros. 
Neutralizado por NaOCL e água oxigenada 
EDTA 17%: EDTA (17g) + água destilada (100ml) + hidróxido de sódio (9,8ml) 
 
Acido cítrico: remoção da smear layer após o preparo químico-mecânico. 
Concentração não há um consenso, indicam de 1 a 50%. 
O efeito antibacteriano do acido cítrico esta relacionado ao seu baixo pH (1.5) que promove 
desnaturação de proteínas, porem nos tecidos perirradiculares este pH pode ter efeito tóxico. 
 
Protocolos de remoção do Smear: 
Protocolo Lopes: Após o preparo químico mecânico o canal é preenchido por EDTA a 17%, este deve 
permanecer no canal por 5 minutos, sendo que nos dois primeiros minutos ele é agitado por uma 
Lentullo, a seguir irriga-se com 5ml de hipoclorito a 2.5%. 
A remoção da smear layer hoje é indicada pelos autores mais reconhecidos seja em bio ou em 
necropulpectomia. Possui porção inorgânica e orgânica. 
Plano frontal – 1 a 5 micrometros Plano lateral- até 40 
 
Substancias lubrificantes: Indicados em canais atresiados e curvos para explorar e preparar o leito do 
canal nas etapas iniciais do preparo químico-mecânico dos canais radiculares. EXEMPLOS: RC-prep; 
Glyde; EDTA gel (24%); Glicerina 
 
RC-prep: creme (EDTA 15%, peroxido de ureia 10%, Carbowax 75%). 
Colocado no interior do canal, e a seguir adiciona o NAOCL a 2,5% e procede à instrumentação, a 
reação química dos dois produz efervescência com liberação de oxigênio nascente, que maximizará a 
limpeza do canal. 
Carbowax é um potietilenoglicol, solúvel em agua e álcool e funciona como lubrificante e base estável 
para o peróxido de ureia. 
Difícil completa remoção por ser pastoso, devido à consistência pastosa do veiculo (Carbowax). 
Altamente citotóxico, por isso a adição de Carbowax, consistência pastosa. 
Endodontia IV 
 
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Pode ser substituído por Endo-PTC (peróxido de ureia, Tween 80 e carbowax). 
 
Glyde: gel- EDTA, peróxido de carbamida em uma base hidrossolúvel.Também usado em associação 
ao hipoclorito assim como o RCprep apenas no inicio da instrumentação 
 
EDTA gel (24%): Atua como lubrificante e quelante. 
 
Glicerina: o propanitriol é um liquido incolor, inodoro, viscoso, transparente, estéril, não toxico e 
miscível em agua. Funciona muito bem como lubrificante, uma vez completada a sua finalidade, por ser 
miscível em agua, é facilmente removida do canal, por irrigação com solução aquosa, como soluções de 
hipoclorito. 
 
Substancias auxiliares: 
MTAD: mistura de isômero da tetraciclina (doxiciclina), acido cítrico e um detergente (Tween 80). Tem 
pH baixo (2,15), devido à presença de acido cítrico, sendo recomendada para irrigação final do canal. 
Siqueira relata que uma das vantagens da doxiciclina seria a substantividade que pode resultar em 
atividade bacteriana prolongada. Além disso, seu uso para remover smear layer causaria menos 
alteração nas propriedades físicas da dentina. 
Há riscos de pigmentação avermelhada quando canais são irrigados com NaOCl e MTAD, para evitar 
essa ocorrência irrigar antes com acido ascórbico, um agente redutor. 
 
Agua de cal: solução saturada de hidróxido de cálcio puro, pró analise, em agua recentemente fervida 
e resfriada. É límpida e apresenta pH aproximado de 11. 
Apresenta alta tensão superficial, ausência de atividade solvente e antimicrobiana extremamente baixa, 
por isso não é indicada como substancia química auxiliar da instrumentação. 
Indicada em controle de hemorragia em tratamento conservador da polpa, irrigar dentes com vitalidade 
pulpar e rizogênese incompleta. 
 
Agua oxigenada: 10 volumes (peroxido de hidrogênio a 3%) apresenta pH 3,5 e libera O que em 
contato com calor, luz e hipoclorito de sódio. 
O uso alternado do hipoclorito com o peroxido, conhecido como método de Grossman tem sido 
proposto devido à efervescência gerada dessa combinação oriunda da liberação de oxigênio nascente. 
Porem a reação química entre os dois leva a anulação dos efeitos letais do cloro. 
 
Outras soluções: agua destilada, soluções anestésicas, álcool isopropilico ou soro fisiológico. Não tem 
atividade antimicrobiana e solvente, sendo indicadas na irrigação final. 
 
Medicação intracanal: após PQM tem duas opções: obturação na mesma sessão ou medicação 
intracanal para concluir na próxima sessão. 
Sessão única vantagens: diminui risco de infecções secundárias entre sessões, economia de tempo 
e de material descartável, maior produtividade e inicio imediato de procedimentos restauradores. 
Indicado em biopulpectomia com polpa inflamada e não infectada. 
Se caso for de pulpite aguda e sintomatologia perirradicular, em canais atrésicos e/ou calcificados ou 
em raízes com curvaturas abruptas pode ser feito em duas sessões, devido às dificuldades que 
acarretariam um aumento no processo inflamatório perirradicular (nos casos de pulpite aguda e 
sintomatologia perirradicular) ou um tempo muito longo para sua realização (nos casos de dificuldades 
anatômicas). 
Quando não finalizado em sessão única, a ausência de medicação pode acarretar retardo do 
processo de reparo devido à persistência de um processo inflamatório na região perirradicular. A 
substância deve ser biocompatível, controlar a intensidade da infecção e prevenir a infecção do canal 
entre consultas. 
Corticosteroide-antibiótico quando canal não foi totalmente instrumentado e pasta de hidróxido de 
cálcio com veículos inertes (agua destilada, soro fisiológico, solução anestésica, glicerina) quando 
instrumentados totalmente. 
Quando há quebra da cadeia asséptica deve usar pasta de hidróxido de cálcio com veiculo 
biologicamente ativo (PMCC – HPG, clorexidina). 
 
 
 
Endodontia IV 
 
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INSTRUMENTOS ENDODONTICOS: 
Fabricados de ligas de aço inoxidável ou níquel-titânio (NiTi). 
Classificação: 
 Quanto ao acionamento ao motor (manuais e mecanizados) 
 Quanto ao desenho da parte de trabalho (farpados, tipo K, H, especiais). 
 Quanto à natureza da liga (aço inoxidável ou NiTi) 
 Quanto ao processo de fabricação (torcidos e usinagem). 
 
FABRICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS ENDODONTICOS: 
Torção: a haste é imobilizada em uma das extremidades e submetida à deformação plástica por 
torção à esquerda (LK convencional, LK flexofile). 
Usinagem: trabalho de corte da haste realizado por máquinas. Apresenta maior numero de defeitos 
de acabamento superficial (ranhuras, rebarbas, microcavidades), que altera o comportamento 
mecânico, principalmente em relação à capacidade de corte e à resistência à fratura por fadiga. 
 
LIGAS METALICAS: 
Aço inoxidável: liga de ferro que contém teores de cromo acima de 12% conferindo resistência a 
oxidação. 
As principais famílias de aços inoxidáveis, classificados segundo a sua microestrutura, são: ferríticos, 
austeníticos, martensíticos. Instrumentos endodônticos são ligas inoxidáveis austeniticas o que lhes 
confere boa resistência a corrosão, à fratura, grande tenacidade e dureza. 
 
 Liga níquel-titânio 
Liga com memoria de forma, tendo efeito de memoria de forma e superelasticidade. 
Conceitos básicos de efeito memoria de forma: quando a liga após uma deformação é capaz de 
recuperar completamente sua forma original por aquecimento acima de uma determinada temperatura, 
que varia de acordo com composição química da liga. 
Conceitos básicos de superelasticidade ou pseudoelasticidade: capacidade de recuperar a forma 
original após serem deformados muito além do limite elástico convencional, quando a tensão é 
removida. É o grande diferencial dessas ligas. 
 
PARTES DOS INSTRUMENTOS: 
Cabo ou haste: empunha ou maneja. Plástico ou silicone (mais ergonômico, tendo mais sensibilidade 
tátil e conforto) colorido conforme numeração padronizada. Podem ser acionados a motor ou 
dispositivos mecânicos especiais. 
Haste de fixação e acionamento: fixação na cabeça de um contra-ângulo e seu acionamento por 
dispositivos mecânicos (gates, largo). Podem ter anéis coloridos e/ou ranhuras correlacionadas à 
conicidade e ao diâmetro Do. 
Intermediário: entre o cabo/haste de fixação e a parte de trabalho. Seu tamanho varia de acordo com 
corpo e parte de trabalho. Comprimentos menores são indicados em dentes posteriores e em pacientes 
com dificuldade de abertura de boca. 
Lâmina ou parte de ativa: porção para executar o corte e/ou raspagem das paredes dentinárias de 
um CR. Formada pela ponta e haste de corte. 
 Haste de corte: segmento da parte de trabalho com forma sulcada na face externa e se estende da 
base da ponta ate o intermediário. Possui arestas laterais ou fios de corte e canais ou sulcos. 
 Ponta: porção terminal, também conhecida como guia de penetração. Perfil da ponta é cônico. Pode 
ser cônica circular (cilíndrica) ou poligonal (triangular ou quadrangular). Ponta poligonal/piramidal tem 
capacidade de corte, já a circular não é cortante. Passagem da ponta para haste de corte da parte de 
trabalho pode ocorrer em ângulo obtuso (135° a 150°), chamado de ângulo de transição, ou de forma 
elipsoide, chamado de curva de transição. 
Ângulo da ponta pode variar de 60-90º. Quanto maior o ângulo, maior será a resistência no avanço 
no CR, e quanto menor, menor será a resistência. Ângulo de transição confere capacidade de corte à 
base da ponta, e em canal curvo provocar transporte apical, também favorece a imobilização da ponta, 
induzindo fratura por torção. 
Ponta de Roane ou R: ponta constituída de 2 ângulos, um maior de 70° na extremidade da ponta e 
outro 35° junto à base da ponta. O ângulo menor tem objetivo de eliminar ângulo de transição, 
conferindo à base da ponta desses instrumentos a forma de uma curva de transição. 
 
Endodontia IV 
 
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DIMENSÕES DOS INSTRUMENTOS: 
Comprimento dos instrumentos = comprimento do corpo (intermediário e parte de trabalho). Pode ter 21, 
25, 28 e 31mm. 
Parte de trabalho mede 16mm, o que varia é o intermediário. 
Alguns instrumentos especiais têm comprimentos diferentes da padronização (18,19,23 e 27mm). 
Para Gates e Largo o comprimento é a soma da haste de fixação e do corpo. 
Quanto maior o comprimento, maior será a flexibilidade (manter a forma original de um canal curvo após 
a instrumentação), maior será o ângulo de rotação antes da fratura por torção (maior numero de voltas 
que o instrumento suportara antes da fratura com sua ponta imobilizada), e menor será a resistência à 
flambagem o que resulta na dificuldade de avançar no sentido apical em canal atrésico. 
 
Diâmetro dos instrumentos: 
Do- diâmetro da ponta da parte de trabalho. Expressos em centésimos de mm, correspondem aos 
números dos instrumentos padronizados pela ISO e variam entre 6 e 140: serie especial (6-10), primeira 
serie (15-40), segunda serie (45-80), terceira serie (90-140). 
D16- diâmetro junto ao intermediário seguido do valor correspondente ao comprimento da parte de 
trabalho em mm, exemplo 16mm. 
 
Aumento nominal: 06-10 = 0,02mm; 10-60 = 0,05mm; 60 – 140 = 0,1mm 
As maiores variações percentuais se da em instrumentos mais delgados do que nos de mais calibre. 
Sendo necessária maior força para corte e avanço do instrumento, tendo dificuldade para passagem do 
instrumento subsequente, e podem induzir deformação plástica e/ou fratura, assim como desvios e 
perfurações. Da lima 10 para a 15 tem uma diferença dramática de 50%, enquanto da lima 50 para 55 
de 10%. 
 
Para melhor distribuir esses percentuais foram criados os instrumentos tipo K Golden Mediums: 
aumento de 0,05mm entre os instrumentos (12,17,22,27,32,37), que tem o Do respectivamente aos 
valores nominais de 0,12; 0,17;0,22;0,27;0,32 e 0,37. Atinge o comprimento de trabalho com mais 
facilidade, mas houve aumento do numero de instrumentos de 21 para 27, o que dificulta manuseio e 
aumentou o custo. Usados em canais curvos, retos e atrésicos, sendo intercalados com instrumentos 
tipo K-Flexofile (10,12,15,17...). 
 
Schilder diante dessa dificuldade criou a Serie 29: com 13 instrumentos (00 a 11), com aumentos 
constantes dos percentuais em Do de 29,17%. Pode ser de aço inoxidável ou NiTi, e de 21, 25 e 30mm. 
Vantagem: melhor sensibilidade tátil e alcançar a região apical com mais facilidade em canais atrésicos 
e facilita a progressão dos primeiros instrumentos da serie sem aumentar o numero de limas. 
Conicidade dos instrumentos manuais (ISO): 0,02mm/mm. 
Instrumentos: esp.+1ª serie- 8; 2ªserie- 3, e 3ª serie- 2. (maior quantidade na fase inicial poie é maior a 
dificuldade). 
 
Conicidade dos instrumentos: instrumentos convencionais é de 0,02mm/mm, ou seja, aumento de 
2% a cada 1mm da parte de trabalho, sendo então um aumento de Do para D16 de 0,32mm. 
 
Brocas de Gates-Glidden: 
Aço inox fabricada por usinagem. Comprimento 28 e 32mm. Parte ativa em forma de chama (pêra). 
Utilizada para alargar o furo (alargamento). Tem raio de concordância. Haste de fixação tem estrias que 
indicam o n° do instrumento. 
Nº 1 = diâmetro 0,50 (lima 50) Nº 2 = diâmetro 0,70 (lima 70) Nº 3 = diâmetro 0,90 (lima 90) Nº 4 = 
diâmetro 1,10 (lima 110) Nº 5 = diâmetro 1,30 (lima 130) Nº 6 = diâmetro 1,50 (lima 150) 
Ponta cônica circular, não cortante. Seção reta transversal forma de tríplice U, com 3 arestas e 3 canais, 
tem guia radial. Passo incompleto. 
Devem ser introduzidos girando no interior do CR. Não devem ser pressionados lateralmente, porque 
pode levar a fratura. Podem provocar desvios laterais que levam a perfurações ou rasgos. Passo 
incompleto. 
 
 
 
 
Endodontia IV 
 
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Brocas de Largo: 
Fabricados em aço inoxidável por usinagem. Comprimento de 28 e 32mm. Raio de concordância. Haste 
tem estrias que indicam o numero do instrumento. Ponta cônica circular, não cortante. Seção reta 
transversal forma de tríplice U, e arestas e 3 canais, tem guia radial. Parte ativa é cilíndrica. 
Lopes ET AL- indicam para alargamento ou retificação do segmento cervical achatado de canais 
radiculares. Tem maior resistência à fratura (maior intermediário e parte de trabalho), maior superfície 
de corte e menor capacidade de deslocamento do corpo sob flexão do que Gates, podendo ser mais 
pressionadas contra as paredes do segmento cervical achatado do CR, tem que ter diâmetro menor que 
esse segmento. Por isso, são usados no desgaste anticurvatura. 
N°1 = diâmetro 0,70; n°2 = 0,90; n°3 = 1,10; n°4 = 1,30; n°5 = 1,50; n°6 = 1,70 
Pode aquecer a superfície externa do dente e levar dano ao periodonto. 
56°C temperatura critica para provocar necrose térmica do tecido ósseo. 
Diâmetros menores tem menor aquecimento, temperatura na superfície externa varia de acordo com 
diâmetro e forma geométrica do instrumento. Largo induz maior aquecimento do que a Gates- Lopes ET 
AL. 
 
EXTIRPA-POLPA: 
Aço inoxidável. Parte de trabalho com farpas levantadas da própria haste e dispostas circularmente, 
formando ângulo interno agudo com eixo do instrumento. Baixa resistência à fratura. Movimento de 
remoção. 
Indicação: remoção de polpa dental (principal) e remoção de detritos livres no interior do CR (bolinhas 
de algodão, cones de papel e de guta). 
Não devem ser usados para remover polpa em dentes com rizogênese incompleta, pois podem 
provocar ruptura do tecido pulpar próximo tecidos perirradiculares, dificultando a reparação. Também 
não devem ser usados em canais atrésicos (nunca deve penetrar justo no CR, pois suas farpas ficam 
encravadas na dentina, levando a fratura, durante a remoção). 
 
LIMAS TIPO K: 
Podem atuar como lima (movimento de limagem) e alargador (movimento de alargamento parcial à 
direita ou parcial alternado), serem acionados manualmente ou por dispositivos mecanizados, podendo 
ser de aço inoxidável ou NiTi. Fabricados por torção ou usinagem. São os mais usados na endodontia. 
São divididos em 4 series: especial (6-10), primeira serie (15-40), segunda serie (45-80) e terceira serie 
(90-140). Cabo de plástico ou silicone colorido conforme a numeração da ISO. 
6-rosa, 8-cinza, 10- roxa. 1ª, 2ª e 3ª serie: branca, amarela, vermelha, azul, verde e preta. 
Lopes et al: fabricados por usinagem, toleram um menor ângulo de rotação à direita antes da fratura. 
Esse ângulo é maior em instrumentos de menor diâmetro e maior comprimento. 
Seção reta transversal triangular ou quadrangular. 
O volume de material excisado e removido pelo triangular é maior e o numero de arestas de corte é 
menor. O diâmetro do núcleo de instrumento de seção quadrangular é maior do que o triangular, que 
apresentam um ângulo de rotação máximo ate a fratura por torção. 
 
K-Flexofile: fabricados por torção. Comprimentos 18,21,25 e 31mm, somente primeira série (15-40). 
Secção reta triangular, ponta cônica circular com extremidade truncada e sem ângulo de transição. 
Maior flexibilidade que a K convencional (menor massa). 
 
LIMAS TIPO HEDSTROEM: fabricados por usinagem de aço inoxidável ou NiTi. Comprimentos: 
21,25,28 e 31mm nos números 8/140. Pequenos cones sobrepostos e com base voltada para o cabo do 
instrumento. Ponta cone circular, com extremidade aguda. Conicidade de 0,02mm/mm. Seção reta 
transversal em forma de vírgula, devido à única aresta lateral de corte. Acentuada capacidade de corte. 
São manuais. Movimento de limagem. Quanto maior rigidez maior eficiência da raspagem, por isso, as 
de NiTi não são o ideal. Objetivo é preparo dos segmentos achatados, desgaste anticurvatura e 
alisamento final das paredes dentinárias. 
 
INSTRUMENTOS ENDODONTICOS ESPECIAIS DE NiTi MECANIZADOS: 
Giro do motor continuo à direita e alguns comgiro parcial alternado (oscilatórios). Dispositivos 
mecânicos que permitem velocidade de giro e torque baixos. Empregados com motores elétricos ou 
micromotores a ar (pneumáticos) que permitem velocidade de giro (250-350rpm) e torque baixos (0,1 
e5Ncm). 
Fabricados por usinagem de NiTi. Tem alargadores cervicais e apicais e limas. 
Endodontia IV 
 
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Comprimentos do corpo e lamina ativa (18,21,25 e 31mm), diâmetro em Do (15-90), conicidades (0,02-
0,04 e 0,06mm/mm) variam conforme marca comercial. Conicidades maiores podem provocar corte 
excessivo da parede do canal na região apical e em canais curvos. 
Ponta cônica circular com extremidade pontiaguda, arredondada ou truncada e curva de transição, com 
forma elipsoide que reduz a possibilidade de travamento no interior do CR, também minimiza transporte 
apical em canal curvo e diminui carregamento no sentido apical. 
Exemplos: Sistema ProFile, Sistema K3, Sistema Hero, Sistema FKG Race, Sistema Protaper, Mtwo. 
 
QUESTÕES 
 
6- (MARINHA 2015) Segundo Lopes e Siqueira (2010), qual é a propriedade da Clorexidina que permite 
que ela tenha um tempo de atuação prolongado, após sua ligação com a hidroxiapatita do esmalte ou 
da dentina e com os grupos aniônicos ácidos de glicoproteínas, fazendo com que a clorexidina seja 
lentamente liberada à medida que sua concentração no meio decresce? 
a) Atividade bactericida 
b) Substantividade 
c) Atividade bacteriostática 
d) Efeito clareador 
e) Insolubilidade 
 
7- (MARINHA 2006) Segundo Lopes, o hipoclorito de sódio pode ser encontrado em vários produtos, 
em diversas concentrações e contendo determinados aditivos. De acordo com o referido autor, assinale 
a opção que corresponde a uma solução de hipoclorito de sódio a 0,5%, neutralizada por bicarbonato 
de sódio. 
a) Água de Javelle 
b) Líquido de Dausfrene 
c) Líquido de Dakin 
d) Licor de Labarraque 
e) Solução de Cloramina T 
 
8- (MARINHA 2010) De acordo com Lopes e Siqueira Jr. e Elias, em Lopes e Siqueira Jr. (2010), a 
substancia química que possui atividade antibacteriana de amplo espectro, se liga à hidroxiapatita do 
esmalte ou dentina e a grupos aniônicos ácidos de glicoproteínas, sendo liberada lentamente à medida 
que a sua concentração decresce, permitindo, assim um tempo de atuação prolongado, é denominada: 
a) NaOCl a 5,25% 
b) MTAD 
c) Péroxido de hidrogênio a 3% 
d) Glyde 
e) Clorexidina 
 
9- (CADAR 2015) Em relação ao hipoclorito de sódio, informe se as afirmativas abaixo são verdadeiras 
(V) ou falsas (F) e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
( ) O NaOCl é eficaz contra micro-organismos de difícil erradicação dos canais radiculares como os 
Enterococcus Faecalis. 
( ) Concentrações mais baixas de NaOCl dissolvem tecidos necróticos e vitais, já em altas 
concentrações, dissolvem principalmente tecidos necrosados. 
( ) O NaOCl remove pouco o Smear Layer, por isso alguns autores recomendam o uso de agentes 
desmineralizantes após a instrumentação para a remoção do Smear Layer e para melhorar a limpeza 
do sistema de canais radiculares. 
( ) O uso do NaOCl pode alterar, de maneira indesejável, a resistência flexoral da dentina. 
a) V – F – V – V 
b) V – V – V – V 
c) F – V – F – F 
d) V – V – V – F 
 
 
 
 
 
 
Endodontia IV 
 
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10- (CADAR 2011) Analise as afirmações abaixo, marque V para verdadeiro e F para falso e, em 
seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
( ) As substâncias químicas auxiliares da instrumentação devem ter uma alta tensão superficial para 
obter uma maior capacidade de umectação e penetração, aumentando a efetividade da limpeza dos 
canais radiculares. 
( ) Os quelantes usados em Endodontia são substâncias orgânicas que removem íons fósforo da 
dentina, fixando-os quimicamente. 
( ) A atividade antimicrobiana da solução de hipoclorito de sódio está relacionada ao teor de cloro que 
libera. 
( ) As soluções de hipoclorito de sódio apresentam um pH de aproximadamente 11-12, e por essa 
razão, quando entram em contato com os tecidos vivos apicais e periapicais, promovem uma injúria 
pela oxidação das proteínas dos mesmos. 
a) V/ V/ V/ F 
b) V/ F/ V/ F 
c) F/ F/ F/ V 
d) F/ F/ V/ V 
 
11- (MARINHA 2015) Segundo Lopes e Siqueira (2010), com relação aos instrumentos endodônticos 
manuais K-FLEXO FILE GOLDEN MEDIUMS, é correto afirmar que: 
a) São fabricados em seis números: 10-15-20-25-30-35 
b) São fabricados apenas nos comprimentos de 21 e 25mm 
c) Apresentam, na extremidade Do, diâmetros intermediários aos apresentados pelo sistema ISO 
d) Os cabos são de plástico e em cores diferentes das apresentadas pelo sistema ISSO 
e) São fabricados apenas no comprimento de 25 mm R: C 
 
12- (ESSEX 2015) Segundo Lopes, os extirpa-polpas correspondem a pequenas hastes metálicas 
suavemente cônicas, de aço inoxidável, providas de um cabo plástico colorido ou metálico com uma 
faixa colorida. Sobre os extirpa-polpas, é correto afirmar que são características do instrumento de 
número 2: 
a) Diâmetro nominal 20 e cor branca 
b) Diâmetro nominal 25 e cor verde 
c) Diâmetro nominal 30 e cor amarela 
d) Diâmetro nominal 50 e cor vermelha 
 
13- (ESSEX 2015) Segundo Hélio Pereira Lopes, com relação à nomenclatura dos Instrumentos 
Endodônticos, marque a alternativa que descreve o Passo da Hélice: 
a) Distância entre vértices consecutivos de uma mesma aresta lateral de corte ao longo da direção axial 
do instrumento. 
b) Ângulo agudo formado pela hélice e o plano contendo o eixo do instrumento. 
c) Linha lateral na direção axial do instrumento. 
d) Superfície cônica em forma helicoidal ou paralela em relação ao eixo do instrumento imediatamente 
posterior à aresta ou fio de corte. 
 
14- (Prefeitura São João da Barra/RJ – 2015) Sobre o extirpa-nervos é correto afirmar que: 
a) Podem ser usados em canais atresiados; 
b) São indicados para uso em canais curvos; 
c) Apresentam uma haste fina e longa, terminando em forma de chama; 
d) São indicados em casos de rizogênese incompleta; 
e) Podem ser usados para remover cones de guta-percha ou detritos soltos no interior de canais 
radiculares. 
 
15- (Prefeitura São João da Barra/RJ – 2015) A parte ativa de uma lima K-File mede 16mm. Uma lima 
#30 apresenta em D0 0,30mm que corresponde ao seu diâmetro, então, quanto apresentará em D16? 
a) 0,46mm 
b) 0,30mm 
c) 0,62mm 
d) 0,32mm 
e) 0,45mm 
 
 
 
Endodontia IV 
 
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16- (CADAR 2014) Sobre as limas endodônticas manuais, informe se e verdadeiro (V) ou falso (F) o que 
se afirma abaixo. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequencia correta. 
( ) Limas tipo K são fabricadas por torção de uma haste metálica com seção reta quadrangular ou 
circular. 
( ) As limas tem padronização ISO, com conicidade de 0,02 mm de aumento de diâmetro por milímetro 
de comprimento. 
( ) Todas as limas, independente do seu comprimento, apresentam 18 mm de espirais cortantes. 
( ) Uma lima da 1a serie no 25 tem 0,57 mm de diâmetro em D16. 
( ) As limas tipo Hedstroem não devem ser utilizadas com movimento de rotação, devido à possibilidade 
de fratura. 
a) V – F – F – V – V 
b) F – V – F – V – V 
c) F – V – V – F – F 
d) V – F – V – V – F 
 
QUESTÕES COMPLEMENTARES 
 
1-(Prefeitura de Paulistana/PI -2015) Paciente com 30 anos de idade, sexo feminino, queixa-se de dor 
espontânea e intensa no dente 36, aliviada ao ingerir agua gelada. Paciente relata que o dente possuía 
uma restauraçãode amalgama que havia sido substituída por resina recentemente. Radiograficamente 
temos um aumento do ligamento periodontal e responde com vitalidade pulpar ao teste térmico. Esse 
quadro é compatível com o diagnostico clinico de: 
a) Necrose pulpar; 
b) Pulpite aguda Reversível; 
c) Pulpite aguda Irreversível; 
d) Abscesso dentoalveolar; 
 
2- (PM Goiás – 2013) Paciente de 8 (oito) anos de idade cai ao andar de bicicleta e apresenta fratura 
complicada da coroa do incisivo central superior esquerdo, com grande exposição pulpar. O 
procedimento clínico, imediatamente após o traumatismo, é: 
a) Pulpotomia com colocação de hidróxido de cálcio. 
b) Pulpotomia e obturação do canal. 
c) Capeamento direto com hidróxido de cálcio. 
d) Capeamento direto com rifocorte. 
 
3- (PM Goiás – 2013) Paciente adulto chega a UBS (unidade básica de saúde) para atendimento 
odontológico de emergência apresentando dor no elemento 16. Na anamnese refere dor aguda e 
espontânea de forma intensa e pulsátil, que piora à noite; ao exame clínico, constatou-se no 16 
restauração com amálgama extensa, antiga, com fratura na porção distal, apresentando sinais de 
sensibilidade positiva ao teste frio; radiograficamente, aspecto normal com lâmina dura intacta. Com 
base nesses sinais e sintomas, o cirurgião dentista diagnostica: 
a) Pulpite crônica 
b) Periodontite apical traumática 
c) Pulpite aguda reversível 
d) Pulpite aguda irreversível 
 
4- (Prefeitura São Joao da Barra/RJ – 2015) Paciente apresenta-se para tratamento com queixa de dor 
aguda no elemento 16, quando provocada. Relata dor localizada e de curta duração. Após o exame, foi 
constatada a vitalidade pulpar. Temos como diagnóstico: 
a) Hiperemia pulpar; 
b) Pulpite aguda serosa; 
c) Pulpite aguda purulenta; 
d) Pulpite crônica; 
e) Necrose pulpar. 
 
5- (ESSEX – 2009) O uso de hipoclorito de sódio para a irrigação dos canais radiculares proporciona, 
exceto: 
a) Debridamento inicial. 
b) lubrificação. 
c) Eliminação de microrganismos. 
d) Remoção do smear layer. 
Endodontia IV 
 
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6- (Prefeitura de Paulista – 2013) A utilização de soluções irrigadoras durante o preparo biomecânico é 
importante para a limpeza e eliminação de micro-organismos presentes no interior do sistema de canais 
radiculares. São características de uma solução irrigadora ideal, EXCETO: 
a) Potente ação antimicrobiana 
b) Capacidade de dissolver material orgânico 
c) Ser lubrificante 
d) Apresentar alta tensão superficial 
e) Não apresentar efeitos citotóxicos 
 
7- (Prefeitura de Paulista – 2013) A respeito das soluções irrigadoras assinale a 
alternativa CORRETA: 
a) A solução de hipoclorito de sódio tem alta tensão superficial e apresenta propriedades de neutralizar 
produtos tóxicos. 
b) A clorexidina é usada sobre a forma de gluconato. 
c) O detergente sintético tem alta tensão superficial, devido à dissociação iônica molecular, grande 
poder de umectação e emulsificação. 
d) O EDTA é coadjuvante no preparo biomecânico. Por não ser específico para cálcio, sua ação 
quelante permite formular uma solução auxiliar para a instrumentação de canais radiculares atresiados. 
e) O peróxido de ureia é menos efetivo que o peróxido de hidrogênio. 
 
8- (Prefeitura de Paulistana/PI - 2015) Em relação à Clorexidina assinale a alternativa incorreta. 
a) Incapaz de inibir a produção de acido em algumas bactérias; 
b) Droga antimicrobiana de amplo espectro, ativa contra bactérias gram-positivas e gram-negativas; 
c) Dependendo da concentração pode ter efeito bacteriostático e bactericida; 
d) Possui substantividade; 
 
9- (PM Goiás – 2013) Para se obter paredes dentinárias mais limpas, que permitam melhor adaptação 
da obturação, é necessária a utilização de soluções quelantes. Qual das soluções abaixo é a mais 
eficiente? 
a) Ácido cítrico 
b) EDTA 17% 
c) Eucalipitol 
d) Hipoclorito de sódio 
 
10- (Prefeitura de Paulistana/PI – 2015) A estabilidade das soluções de hipoclorito de sódio é reduzida: 
a) Pelo aumento do Ph. 
b) Pela diminuição de sua concentração. 
c) Pela diminuição da temperatura. 
d) Pela exposição à luz. 
 
11- (CADAR 2015) O MTAD é um produto comercial usado no preparo químico mecânico dos canais 
radiculares. É recomendado seu uso na irrigação final do sistema de canais radiculares, após o uso do 
NaOCl. Este produto é composto por uma mistura de: 
a) EDTA, NaOCl e Ca(OH)2. 
b) Detergente, ácido cítrico e NaOCl. 
c) Tetraciclina, ácido cítrico e detergente. 
d) Peróxido de ureia, detergente e EDTA. 
 
12- (CADAR 2011) Leia a afirmação abaixo e assinale a alternativa que preenche as lacunas correta e 
respectivamente. 
As limas tipo K de aço inoxidável de secção _________ se deformam com ____________ de 
carregamento, induzindo um ________ deslocamento do preparo em relação à forma original do canal. 
a) Triangular/ níveis superiores/ maior 
b) Triangular/ níveis inferiores/ menor 
c) Quadrangular/ níveis inferiores/ maior 
d) Quadrangular/ níveis superiores/ menor 
 
 
 
 
 
Endodontia IV 
 
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13- (CADAR 2011) Analise as afirmações abaixo, marque V para verdadeiro e F para falso e, em 
seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
( ) As ligas de níquel-titânio apresentam comportamentos termomecânicos típicos: efeito memória de 
forma e superelasticidade. 
( ) Nas ligas de níquel-titânio, existem duas fases cristalinas presentes: austenita e martensita. A liga na 
fase austenita é facilmente deformável. 
( ) Os instrumetos de Ni-Ti são fabricados por usinagem ou torção. 
( ) Os instrumentos ProTaper (Maillefer Instrumentos, Suíça) apresentam conicidades variadas ao longo 
da haste helicoidal, permitindo que o instrumento trabalhe em uma área específica do canal durante o 
preparo. 
a) V/ V/ F/ F 
b) V/ F/ F/ V 
c) F/ V/ F/ V 
d) F/ F/ V/ F 
 
14- (ESSEX - 2015) Instrumentos endodônticos ditos especiais são aqueles com características 
geométricas específicas e indicados para a pré-instrumentação ou instrumentação dos canais 
radiculares. Dentre eles citamos os instrumentos de Niti os Rotatórios. Marque a alternativa correta: 
a) Os instrumentos especiais mecanizados Pro Taper para retratamento são oferecidos comercialmente 
em cinco números Pro Taper D1, D2, D3, D4 e foram projetados para serem acionados por dispositivos 
mecânicos com giro contínuo à direita. 
b) A versão manual do sistema Pro Taper possui cabo com dimensões menores, o que reduz a força 
necessária para girá-los ( movimento de alargamento). 
c) Os alargadores La Axxess são instrumentos acionados a motor, em níquel titânio, por usinagem, 
sendo formado por duas hastes metálicas de formas, diâmetros e ligas. 
metálicas diferentes. 
d) Os alargadores cervicais (Orifice Shapers) substituem com vantagens os alargadores Gates Glidden 
de aço inoxidável, os quais tornam o preparo cervical com a forma cilíndrica em comparação à forma 
cônica original do canal radicular. 
 
15- (Prefeitura de Paulista – 2013) Qual a cor das limas tipo K #25, #35 e #60, 
respectivamente? 
a) Vermelha, Verde e Azul 
b) Vermelha, Azul e Amarela 
c) Vermelha, Verde e Vermelha 
d) Verde, Verde e Vermelha 
e) Verde, Vermelha e Vermelha 
 
16- (PM Goiás – 2013) Com relação à morfologia dos instrumentos endodônticos, constata-se que: 
a) As limas K não possuem haste quadrangular. 
b) A lima flexofile possui haste quadrangular. 
c) As limas flexfile possuem menor flexibilidade. 
d) A lima flexofile é uma lima torcida, com uma ponta em forma de círculo. 
 
17- (ESSEX – 2015) Segundo Cohen, qual o diâmetro de uma lima tipo K #10 em D16? 
a) 0,50mm 
b) 0,38mm 
c) 0,42mm 
d) 0,46mm 
 
 
 
GABARITO DAS QUESTÕES DAAULA 
1- D 2-C 3-A 4-D 5-C 6-B 7-B 8-E 9-B 10-A 
11-E 12-C 13-A 14-E 15-C 16-B 
 
GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES 
1- C 2-A 3-D 4-A 5-D 6-D 7-B 8-A 9-B 10-D 
11-C 12-B 13-B 14-D 15-A 16-D 17-C

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