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Relatório Análise Microbiológica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
DEPARTAMENTO DO CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: ANÁLISES BROMATOLÓGICAS 
PROFESSORA: WALESKA FERREIRA DE ALBUQUERQUE
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA E POLPA DE FRUTA
				JOÃO VITOR MARTINS VIANA
LUIZ FERNANDO CASTRO SILVA
MARTA HILARY MARREIROS DA SILVA
TERESINA - PI
JULHO, 2021
1. INTRODUÇÃO 
Segundo a Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 539, de 22 de outubro de 2010, atribui-se ao profissional farmacêutico, no exercício de sua função junto aos Órgãos de Vigilância Sanitária, e controle de qualidade e o tratamento das águas de consumo humano, bem como de alimentos, insumos, embalagens e quaisquer produtos que envolvam possibilidade de risco à saúde (BRASIL, 2010). A saúde e bem-estar da população está condicionada ao consumo de água dentro dos padrões de qualidade. Inúmeros agentes infecciosos causadores de enterites e diarréias são veiculados por meio de água contaminada e são apontados como os principais fatores do elevado índice de mortalidade infantil no país (FUNASA, 2013).
A potabilidade da água é determinada por meio de exames microbiológicos que corroboram a ausência de risco de ingestão de microrganismos causadores de doenças, geralmente provenientes de contaminação pelas fezes humanas e outros animais de sangue quente. Deve-se distinguir os microrganismos que já são presentes na água natural dos patogênicos, pois estes em sua maioria são inofensivos à saúde. Entretanto, na contaminação por esgoto sanitário estão presentes microrganismos que poderão ser prejudiciais à saúde humana (FUNASA, 2013). A água potável não deve conter microrganismos patogênicos e deve estar livre de bactérias indicadoras de contaminação fecal. Como indicadores de contaminação fecal, são eleitas como bactérias de referência as do grupo coliforme. O principal representante desse grupo são as E. coli. A escolha desse grupo de bactérias dentre vários fatores se dá por serem facilmente detectáveis e quantificáveis por técnicas simples e economicamente viáveis, em qualquer tipo de água e sua concentração na água contaminada possui uma relação direta com o grau de contaminação fecal desta (FUNASA, 2013).
As doenças causadas por alimentos contaminados, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), provocam em média a cada ano a morte de 420 mil pessoas além de afetar cerca de 600 milhões de pessoas. Os agentes etiológicos mais identificados nos surtos são Escherichia coli, Salmonella e Stafilococcus aureus, de maneira que a Salmonella é o agente que mais causa morte seguida de Escherichia coli (ANVISA, 2016). 
Relaciona-se, a viabilidade de alimentos para consumo humano, da mesma forma que a viabilidade da água, com a presença e quantidade de microrganismos, de modo a haver a necessidade de análises qualitativas e quantitativas (CHAN et al.,1996). Deve-se salientar, portanto, a utilidade de emprego de técnicas de contagem padrão em placa, de maneira que este é realizado por meio de duas técnicas distintas, a Pour-Plate ou técnica de disseminação (em profundidade), que possui o objetivo de analisar microrganismos anaeróbios, e Spread-Plate ou técnica de distensão, para contagem bacteriana ou obtenção de crescimento confluente (CERQUEIRA & SANT’ANNA, 2007). 
O presente trabalho teve como objetivo a avaliação microbiológica de amostra de água proveniente da residência de um discente da turma e amostra de polpa de fruta.
2. METODOLOGIA
2.1 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA 
2.1.1 Amostragem
Foi realizada a coleta de água distribuída na residência de um dos discentes da turma, onde coletou-se a água fornecida diretamente pela prefeitura, e a água que fica armazenada na caixa d’água. Anteriormente à coleta fez-se a assepsia das torneira com uma pisseta contendo álcool a 70%, seguida de 2 minutos de evasão de água. Logo após uma quantidade de água foi coletada em um saco plástico estéril de 100 mL próprio para coleta e num frasco de vidro, no caso da água da caixa. Depois de coletada, as amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Microbiologia de Alimentos do curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí, para serem analisadas.
2.1.2 Teste presuntivo
Foi inoculado 1 ml da água coletada da prefeitura, para ser analisada em uma sequência de 10 tubos identificados contendo o caldo Lauril Sulfato Triptose (LST), com tubos de Durhan (todo o procedimento foi realizado próximo à chama). Em seguida, os tubos foram armazenados em estufa à 35/37ºC por 48 horas. Após esse período observou-se a presença ou ausência de turvação e formação ou não de gás nos tubos de Durhan. Para a água da caixa, inicialmente flambou-se a boca do recipiente contendo a amostra, depois adicionou-se o flaconete.Então a amostra foi incubada a 35 ° C por 48 horas, depois a mesma foi levada para a luz ultravioleta para que sua coloração fosse observada.
2.2 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DO ALIMENTO
2.1.1 Preparação da amostra
A amostra utilizada foi a de polpa de fruta. A princípio, para a realização da análise microbiológica do alimento, homogeneizou-se a amostra no próprio saco estéril de coleta, manualmente. Tarou-
se a balança semi-analítica e em seguida adicionou-se e pesou-se 25g da amostra no erlenmeyer contendo 225 ml de água peptonada a 1%. Em seguida, a solução foi homogeneizada por meio de movimentos circulares, correspondendo à diluição 10-1. Para preparo das demais diluições, foram utilizados dois tubos contendo 9 mL de água peptonada a 1% cada um. No tubo para diluição 10-2 foi transferido 1 mL do frasco de diluição 10-1. Para diluição 10-3, foi utilizado 1 mL da solução contida no tubo correspondente à diluição 10-2. Todos os tubos foram previamente identificados e agitados de forma manual. Todo o procedimento foi realizado próximo à chama de uma lamparina a qual utilizava álcool P.A. como combustível.
2.1.2 Teste presuntivo - Coliformes totais
Para análise presuntiva de presença de coliformes, foram utilizados 9 tubos contendo Caldo Lauril Sulfato Triptose, com tubos de Durhan invertidos, que foram divididos de 3 em 3 para cada diluição (10-1 ,10-2 e 10-3). Em seguida, adicionou-se 1 ml de cada diluição em seus tubos correspondentes, ou seja, foram retirados 3 ml de solução com diluição 10-1, distribuídos igualmente em três tubos contendo Lauril Sulfato Triptose. O procedimento foi repetido para as demais diluições. Todo o procedimento foi realizado próximo à chama. Todos os tubos foram incubados a 35/37ºC por 48 horas. Após este período, se houvesse a presença de coliformes os tubos apresentariam turvação e formação de gás e, posteriormente, seria realizado o teste Confirmação dos Coliformes totais, termotolerantes e Escherichia coli. No entanto, como o teste deu negativo para coliformes totais, foi realizado apenas o teste para Análise de Salmonella sp.
2.1.3 Contagem padrão em placa
Para o método de contagem padrão em placa (CCP) foi utilizada a técnica de inoculação em placas de petri, o Plaqueamento em Superfície (“Spread Plate”). A CCP é estimada pelo número de bactérias heterotróficas viáveis, expressas em Unidades Formadoras de Colônia em função do volume da amostra (UFC/mL). Utilizando-se uma pipeta e ponteira estéril, inoculou-se 0,1 ml de cada diluição no centro da superfície da placa de Petri estéril contendo meio Ágar Padrão de Contagem (PCA). Posteriormente, o inoculo foi espalhado com o auxílio de uma alça de Drigalski de forma homogênea até o seu total esgotamento. Todo o procedimento foi realizado atrás da chama. Em seguida, as placas foram incubadas em posição invertida, e já devidamente identificadas, em estufa, com temperatura de 35º-37ºC por 48 horas para contagem total de microrganismos aeróbios mesófilos.
2.1.4 Contagem de bolores e leveduras
Foi utilizada a mesma técnica usada na contagem padrão, onde pega-se 0,1 ml de cada diluição e põe nas placas de Dicloran Rosa Bengala Cloranfenicol. Porém só deu para fazer duas placas, já que o meio rosa estava em falta, então fez-se para as diluições 10-2 e 10-3.Depois o meio foi embalado e deixado à temperatura ambiente por 7 dias.
2.1.5 Análise de Salmonella sp
A análise de Salmonella ocorreu em quatro etapas:
1. Pré-enriquecimento em caldo não seletivo: Incubou-se o erlenmeyer contendo a diluição da amostra (10-1) em água peptonada 1%, por 24h a 36 °C;
2. Enriquecimento em caldo seletivo: Foi retirado 0,1 mL da amostra pré-enriquecida e adicionou-se em um tubo contendo 9,9 mL de caldo Rappaport, incubando-se por mais 24h, à temperatura de 42°C, em banho-maria;
3. Plaqueamento seletivo e diferencial: Com o auxílio de uma alça de níquel-cromo foram retiradas alíquotas de cada meio e estriadas em forma de “Z” nas placas de Petri contendo os meios de cultura ágar Salmonella/Shigella (SS), previamente preparadas. As placas foram, então, identificadas e incubadas por 24 horas a 35/37°C.
4. Confirmação (prova bioquímica): Retirou-se uma colônia isolada do Ágar SS e inoculou-se em um tubo de ensaio contendo meio com rampa Ágar TSI e LIA e estriou de baixo para cima até a rampa e encubou-se a 35° por 24h. Após esse período verificou-se os tubos e constatou-se ausência de Salmonella sp. (Todo o procedimento foi realizado próximo à chama).
3. RESULTADOS 
3.1. Água:
Tabela 01: Registro da presença de coliformes em amostra de água (Municipal) em caldo Lauril Sulfato Triptose (LST). Teresina-PI, 2021.
	MEIO DE CULTURA 
	DILUIÇÃO 
	TUBOS 
	TURVAÇÃO E PRESENÇA DE GÁS 
	
LAURIL 
SULFATO 
	
10-1
	(1)
(2)
(3)
	-
-
-
	DE TRIPTOSE 
(LST)
	
10-2
	(1)
(2)
(3)
	-
-
-
	
	
10-3
	(1)
(2)
(3)
	-
-
-
FONTE: Laboratório de Análises Bromatológicas da UFPI, do curso de Farmácia 2020.2.
LEGENDA: (-) Negativo e (+) Positivo.
Tabela 02: Análise de crescimento de coliformes totais e E. coli de amostra de água (Caixa d’água) em luz ultravioleta. Teresina-PI, 2021.
	TÉCNICA 	Microrganismos
	
	Coliformes
	E. coli
	Luz Ultravioleta
	+
	-
	
	
	
FONTE: Laboratório de Análises Bromatológicas da UFPI, do curso de Farmácia 2020.2.
LEGENDA: (-) Negativo e (+) Positivo.
3.2. Polpa de Fruta
Tabela 03: Registro da presença de coliformes totais em amostra de polpa de fruta em caldo Lauril Sulfato Triptose (LST). Teresina-PI, 2021.
	MEIO DE CULTURA 
	DILUIÇÃO 
	TUBOS 
	TURVAÇÃO E PRESENÇA DE GÁS 
	
LAURIL 
SULFATO 
	
10-1
	(1)
(2)
(3)
	-
-
-
	DE TRIPTOSE 
(LST)
	
10-2
	(1)
(2)
(3)
	-
-
-
	
	
10-3
	(1)
(2)
(3)
	-
-
-
Fonte: Laboratório de Análises Bromatológicas da UFPI, do curso de Farmácia 2020.2.
Legenda: (-) Negativo e (+) Positivo.
Tabela 04: Análise microbiológica de presença de salmonella spp em Caldo Rappaport. Teresina –PI, 2021.
	Meio de cultura 
	RESULTADO
	Caldo Rappaport 
	-
Fonte: Laboratório de Análises Bromatológicas da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Curso de Farmácia, 2020.2.
Legenda: (-) Negativo e (+) Positivo.
Tabela 05: Análise microbiológica de presença de salmonella spp em meio de cultura ágar Salmonella/Shigela(SS). Teresina –PI, 2021.
	Meio de cultura 
	Características da colônia 
	Ágar Salmonella/Shigela(SS) 
	Não houve crescimento 
	
	
Fonte: Laboratório de Análises Bromatológicas da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Curso de Farmácia, 2020.2.
Tabela 06: Análise microbiológica de presença de salmonella spp em meio de cultura ágar TSI E LIA. Teresina –PI, 2021.
	Meio de cultura 
	Características da colônia 
	TSI
	Sem mudança de coloração 
	LIA
	Sem mudança de coloração 
Fonte: Laboratório de Análises Bromatológicas da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Curso de Farmácia, 2020.2.
Tabela 07: Análise microbiológica de amostra de polpa de fruta por meio da pesquisa de bolores e leveduras através do meio ágar DRBC nas diluições 10-1, 10 -2 e 10 -3. Teresina –PI, 2021.
	Meio
	DILUIÇÃO
	RESULTADO
	
	 10-2
	-
	Ágar DRBC
	10-3
	-
	
	
	
Fonte: Laboratório de Análises Bromatológicas da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Curso de Farmácia, 2020.2.
Legenda: (-) Negativo e (+) Positivo.
4. DISCUSSÃO
4.1. Análise microbiológica da água
Diante dos resultados obtidos, para a amostra de água municipal, como exposto na Tabela 01, os tubos de todas as diluições não apresentaram turvação e/ou formação de gases, indicando a ausência de coliformes totais, termotolerantes e Escherichia coli, uma vez que, em testes presuntivos, o meio Lauril Sulfato Triptose é utilizado para a detecção de bactérias coliformes em água, pois permite a fermentação da lactose, a formação de ácido e gás na presença de coliformes (ROCHA, 2010). As bactérias do grupo coliforme são utilizadas para avaliar as condições sanitárias de uma amostra de água, uma vez que atuam como indicadores de poluição fecal por estarem sempre presentes no trato intestinal humano e de outros animais de sangue quente, sendo eliminadas pelas fezes. Logo, sua presença na água indica um risco potencial da presença de organismos patogênicos, e sua ausência é evidência de uma água bacteriologicamente potável (CETESB, 2018). 
	Para a amostra de água domiciliar (da caixa d’água), foi realizada pesquisa de coliformes e Escherichia coli em luz ultravioleta. O método de Substrato Cromogênico-Fluorogênico Definido é comumente adotado pela facilidade de manuseio, bem como por ter relativo custo/benefício já comprovado. Tal procedimento se baseia nas atividades enzimáticas específicas dos coliformes (ß galactosidade) e E. coli (ß glucoronidase). Os meios de cultura contêm nutrientes indicadores (substrato cromogênico) que, hidrolisados pelas enzimas específicas dos coliformes e/ou E. coli, provocam uma mudança de cor no meio. Se ao final do período de incubação a coloração observada for amarela, coliformes totais estão presentes. Se for observada fluorescência azul, sob luz ultravioleta (UV) 365 nm, E. coli está presente. Uma das principais vantagens deste método, além da sua boa precisão, é a rapidez dos resultados, uma vez que é feita a determinação simultânea de coliformes (totais) e E. coli após incubação das amostras a 35ºC por 24 horas, não havendo necessidade de ensaios confirmativos (CETESB, 2018).
Como visto na Tabela 02, o resultado foi positivo para coliformes, uma vez que foi observada coloração amarelada, no entanto foi negativo para E. coli, pois não houve o aparecimento de fluorescência azul sob a luz ultravioleta, o que indica que a água está adequada para o consumo humano, tendo em vista que E. coli é o único componente do grupo coliforme que possui origem exclusivamente fecal, sendo um dos principais indicadores de qualidade da água para consumo humano (CETESB, 2018).
4.2. Análise microbiológica de polpa de fruta
4.2.1. Coliformes
Na análise da amostra de poupa de fruta utilizou-se o caldo Lauril Sulfato Triptose, e observou-se a ausência de turvação do meio ou formação de gás nos tubos analisados de todas as diluições, de acordo com a Tabela 03, indicando ausência de coliformes na amostra, não havendo a necessidade da realização de testes confirmatórios. Tal resultado evidencia a qualidade da água em questão, uma vez que a ausência de coliformes e, principalmente de Escherichia coli é determinante para atestar a potabilidade da água para consumo humano, de acordo com a Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde.
4.2.2. Salmonella spp
A Salmonella spp. pode causar sérios problemas à saúde principalmente de crianças, idosos e imunossuprimidos, sendo a mesma encontrada em alimentos de origem animal, com destaque para os ovos e carnes de aves, além de seus derivados, no entanto, pode alcançar outros produtos por contaminação cruzada. (SHINOHARA et.al., 2008; MESQUITA et.al., 2006). Na análise microbiológica realizada com Caldo Rappaport Vassiliadis, que consiste num meio seletivo para Salmonella spp., obteve-se resultado negativo, como mostra a Tabela 04, o que está em conformidade com os parâmetros estabelecidos pela Instrução Normativa nº 60 de 2019, que preconiza a ausência de Salmonella como critério de classificação do alimento como de qualidade aceitável. Ademais, também foram realizadas análises para verificar a presença de Salmonella spp naamostra, em meio de cultura ágar Salmonella/Shigela(SS), sendo também obtido, conforme mostrado na Tabela 05, resultado negativo.
Para análise da presença de Salmonella spp, foram realizados ainda testes bioquímicos presuntivos em meios de triagem, o ágar TSI e LIA. De acordo com a ANVISA, o meio TSI contém três açúcares: 0,1% glicose, 1,0% lactose, 1,0% sacarose, vermelho de fenol para detecção da fermentação de carboidratos e sulfato de ferro para detecção da produção de sulfato de hidrogênio (indicado pela cor preta na base do tubo), e tal detecção é indicada pela mudança da coloração do indicador de pH de vermelho para amarelo. Para a amostra de polpa de fruta obteve-se resultado negativo para tais testes, visto que não foi observada mudança de coloração, como mostra a Tabela 06, o que reforça o resultado dos testes anteriores que indicam a ausência deste microorganismo na amostra, atendendo aos critérios da legislação vigente. 
4.2.3. Bolores e Leveduras
A Tabela 07 traz o resultado da análise da presença de bolores e leveduras na amostra de polpa de frutas e, como pode ser observado, o resultado foi negativo para todas as diluições, ou seja, não ocorreu formação de unidades formadoras de colônia (UFC), o que está de acordo com os critérios para polpa de fruta, estabelecidos pela Instrução Normativa nº 60 de 2019, os quais determinam que para que a amostra tenha qualidade aceitável a mesma pode conter, no máximo, 103 UFC de bolores e/ou leveduras por grama do alimento.
5. CONCLUSÃO
Dado o exposto, concluiu-se que a amostra de polpa de fruta se apresentou apta para o consumo humano de acordo com os parâmetros analisados visando o que está disposto na instrução normativa vigente, ou seja, não apresentou os microrganismos analisados que foram coliformes, salmonela, bolores e leveduras, e, além disso, a contagem padrão em placa que vai além do exigido pela legislação. Ademais, tanto a água municipal como a água da caixa d’água analisadas também estão de acordo com a respectiva legislação. Por fim, este estudo corroborará com a confecção de novos estudos relacionados.
REFERÊNCIAS
ANVISA. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 60, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2019. 2019. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-60-de-23-de-dezembro-de-2019-235332356. Acesso em: 22 de junho de 2021.
ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos no Brasil. Brasília, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/maio/29/Apresentacao-Surtos DTA-2017.pdf>. 
BRASIL. Resolução n. 539 de 22 de outubro de 2010. Dispõe sobre o exercício profissional e as atribuições privativas e afins do farmacêutico nos Órgãos de Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Órgão emissor: CFF – Conselho Federal de Farmácia. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/539.pdf> Acesso em 18 jul. 2021.
CERQUEIRA, A. M. F.; SANT’ANNA, R. S. Apostila de aulas práticas de bacteriologia. Universidade Federal Fluminense. 2007.
CETESB. Coliformes totais, coliformes termotolerantes e Escherichia coli - Determinação pela técnica de tubos múltiplos. 5 ed, 2018. Disponível em: < https://cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/01/Para-enviar-ao-PCSM_-NTC-L5.202_5%C2%AAed-_dez.-2018.pdf>. Acesso em: jul. 2021.
CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R. PELCZÁR JÚNIOR, M. J. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. 2 ed. São Paulo: Makron books, 1996.
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual prático de análise de água. 4. ed. Brasília: Funasa, 2013.
MESQUITA, M.O. et.al. Qualidade microbiológica no processamento do frango assado em unidade de alimentação e nutrição. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 26, n. 1, p. 198-203, Mar. 2006. 
ROCHA, E. S. et al. Análise microbiológica da água de cozinhas e/ou cantinas das instituições de ensino do município de Teixeira de Freitas (BA). Revista Baiana de Saúde Pública, v. 34, n. 3, p. 694-705, 2010.
SHINOHARA, N.K.S. et.al. Salmonella spp., importante agente patogênico veiculado em alimentos. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 5, p. 1675-1683, Oct. 2008. 
ANEXO 1 – LAUDO FÍSICO-QUÍMICO
LABORATÓRIO PESQUISAR
Av. Nossa Senhora de Fátima Nº2300 - Teresina - PI
Telefone: (86) 9 9574-9801 CNPJ: 09876543/000-21 Nº 48/2021
	Dados da Amostra
	
	Amostra: Barra de Cereal
Solicitante: Dra. Waleska Ferreira
Analista: Dr. Vitor Fernando Marreiros da Silva
	Data da coleta: 29/06/2021
Data de entrega 29/06/2021
Data da análise: 29/06/2021
	Parâmetro
	Umidade
	Cinzas
	Padrão
	≤ 15%
	≤ 3%
	Resultado
	5,38%
(Aprovado)
	2,52%
(Aprovado)
Conclusão:
De acordo com os resultados expostos acima, o produto analisado apresenta-se dentro do que é estabelecido pela legislação vigente e, portanto, ideal para comercialização e consumo.
Teresina - PI, 02 de Julho de 2021
______________________________
Dr. Vitor Fernando Marreiros da Silva – Farmacêutico
ANEXO 2 – LAUDOS MICROBIOLÓGICOS
LABORATÓRIO PESQUISAR
Av. Nossa Senhora de Fátima Nº2300 - Teresina - PI
Telefone: (86) 9 9574-9801 CNPJ: 09876543/000-21 Nº 49/2021
	Dados da Amostra
	
	Amostra: Água da cidade de Teresina-PI
Solicitante: Dra. Waleska Ferreira
Analista: Dr. Vitor Fernando Marreiros da Silva
	Data da coleta: 29/06/2021
Data de entrega 29/06/2021
Data da análise: 29/06/2021
	Parâmetro
	Coliformes
	E. coli
	Padrão
	Ausente
	Ausente/100 ml
	Água Municipal
	Presente 
(Reprovado)
	Ausente
(Aprovado)
	Água Domiciliar
(Caixa d’água)
	Ausente
(Aprovado)
	Ausente
(Aprovado)
Conclusão:
De acordo com os resultados expostos acima, as amostras analisadas encontram-se próprias para o consumo por apresentar níveis microbiológicos dentro do estabelecido pela instrução normativa vigente.
Teresina - PI, 02 de Julho de 2021
______________________________
Dr. Vitor Fernando Marreiros da Silva – Farmacêutico
---------------------------------------------------------------
LABORATÓRIO PESQUISAR
Av. Nossa Senhora de Fátima Nº 2300 - Teresina - PI
Telefone: (86) 9 9574-9801 CNPJ: 09876543/000-21
 Nº 50/2021
	Dados da Amostra
	
	Amostra: Polpa de Fruta
Solicitante: Dr(a). Waleska Ferreira
Analista: Dr. Vitor Fernando Marreiros da Silva
	Data da coleta: 29/06/2021
Data de entrega 29/06/2021
Data da análise: 29/06/2021
	Parâmetro
	Coliformes
	E. coli
	Bolores e Leveduras
	Salmonella
	Padrão
	Ausente
	Ausente/100 ml
	1 x 10 UFC/g
	Ausente
	Resultado
	Ausente 
(Aprovado)
	Ausente
(Aprovado)
	Ausente
(Aprovado)
	Ausente
(Aprovado)
Conclusão:
De acordo com os resultados expostos acima, a amostra analisada encontra-se própria para o consumo por apresentar níveis microbiológicos dentro do estabelecido pela instrução normativa vigente.
Teresina - PI, 02 de Julho de 2021
______________________________
Dr. Vitor Fernando Marreiros da Silva – Farmacêutico

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