Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 0 4 - 0 2 - 2 0 2 2 Leucoencefalomalacia em equinos: Intoxicação por milho mofado. Micotoxina: fumonisina B1 (Fusarium verticillioides). Afeta equinos (mais comum em épocas quentes e úmidas – favorece o crescimento do fungo). Ingerem o milho por um mês ou mais. Sinais clínicos: Sonolência. Alterações na visão. Paralisia parcial ou completa da faringe. Andar em círculos. Leuco = substância branca do encéfalo. Malacia = necrose do encéfalo. Lesão macro e micro: necrose da substância branca dos hemisférios cerebrais do encéfalo. Protrusão ou extrusão do disco intervertebral (doença do disco intervertebral – DDIV). Hemorragias e fraturas (traumas). Compressão do encéfalo: Exemplos: Neoplasmas originários da caixa craniana ou invasão de neoplasmas externos à caixa craniana. Neoplasmas originários das meninges. Inflamações nas meninges. Hemorragias e fraturas (traumatismos). Doenças tóxicas e metabólicas do encéfalo: Encefalopatia hepática em animais domésticos: Causa: hiperamonemia. Doenças associadas: Cirrose associada a shunts portossistêmicos adquiridos. Shunts portossistêmicos congênitos (raros). Lesões histológicas: Vacuolização observada na região de transição entre substância branca e substância cinzenta. Bovinos: alcalóides pirrolizidinicos (principal fonte Senecio sp.). Sinais clínicos: Dependem da espécie, pois as lesões variam entre elas. Bovinos – agressividade. Ovinos – apatia, cegueira, tremores. Cães e gatos – vômitos e inapetência, mudanças bruscas de comportamento. Gatos – salivação. Substância branca que sofre a necrose. Polioencefalomalacia em ruminantes: Polio = substância cinzenta. Malacia = necrose do encéfalo. Polioencefalomalacia = necrose da substância cinzenta dos hemisférios cerebrais encéfalo. Termo usado para designar um grupo de doenças específico de ruminantes e que causa necrose da substância cinzenta. Causas diversas. 195 Patologia EspecialPatologia Especial D A T A 0 4 - 0 2 - 2 0 2 2 Macroscopia: Lesões inespecíficas: Hiperemia das leptomeninges. Tumefação do encéfalo. Herniação do cerebelo – na foto pelo forame magno – cérebro muito tumefeito acaba empurrando a parte caudal para fora da caixa craniana. Causas já descritas: Deficiência de tiamina: Mudanças bruscas na alimentação de pasto ruim para pasto excelente. Plantas ricas em tiaminases (M. drummondii – Austrália). Intoxicação por sal associada a privação de água. Intoxicação por enxofre (sulfato, sulfito ou sulfeto nos alimentos e água). Intoxicação por chumbo. Ingestão de cadáveres. Ingestão de melaço (talvez associada à alta quantidade de enxofre). Infecção por BHV-5. Todas essas condições causam uma lesão em comum: necrose da substância cinzenta do encéfalo. Não se sabe a patogênese para causa descrita. São doenças diferentes que causam a mesma lesão encefálica. Patogênese da deficiência de tiamina: Interfere no metabolismo da glicose no SNC. Ruminantes adultos sintetizam a tiamina no rúmen. Deficiência primária = ruminantes jovens que não sintetizam o suficiente e não ingerem o suficiente. Deficiência secundária = ingestão de substâncias que inativam a tiamina ou cometem com ela no rúmen e intestino. Sinais mais comuns: Incoordenação. Cegueira. Opistótono. Movimentos de pedalagem. Andar em círculos. Ataxia. Quedas. Nistagmo. Microscopia: Necrose neuronal laminar (neurônios vermelhos) na substância cinzenta. Neurônios vermelhos – necróticos. Doenças inflamatórias idiopáticas: Encefalites idiopáticas de cães: Esporádicas. Até hoje, não associadas a nenhum agente etiológico. Sugere-se etiologia autoimune. Muitos respondem a terapias imunossupressoras. Se não tratadas, levam a sinais neurológicos severos e morte. 196
Compartilhar