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Avaliação Tórax e Aparelho Respiratório - Enfermagem

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Avaliação Física - Tórax e Aparelho Respiratório
	Entrevista
	A coleta de dados da anamnese deve anteceder o exame físico, pois ajuda a identificar a queixa principal durante o processo de entrevista.
O entrevistador deve concentrar-se nas manifestações clínicas da queixa, na história patológica pregressa, na história familiar e em outros dados psicossociais, como por exemplo:
- Dados Demográficos
- Queixa Principal
- História da Doença Atual
- História Pregressa de Saúde
- História Familiar de Saúde
- Uso de Medicamentos
- Padrões Funcionais de Saúde: controle da saúde, sono e repouso, nutricional-metabólico, eliminação, atividade-exercício, papel e relacionamentos, tolerância ao estresse, sexual e reprodutivo, outros.
A história respiratória deve ser detalhada e fornecer pistas valiosas quanto aos sintomas do paciente e ao grau de disfunção respiratória, bem como quanto à compreensão do paciente e da família sobre a situação e seu controle e à capacidade de lidar com os sintomas e o tratamento. Algumas questões são fundamentais para avaliar os sintomas respiratórios. Dentre elas, pode-se citar: quando e em que situações os sintomas ocorrem com maior frequência? O aparecimento é gradual ou súbito? Há quanto tempo ocorrem? O que os alivia?
Deve contemplar, por exemplo:
- Tabagismo
- Ocupação
- Condições ambientais em que se vive
- Presença de fadiga e/dor torácica
- Dispnéia (fatores que desencadeiam)
- Cianose
- Tosse e expectoração
É preciso perguntar ao paciente apresenta dispnéia e, caso sim, se surge quando ele se movimenta, está em repouso ou realiza atividade física (leve/moderada), se ocorre quando se deita (ortopneia), se é constante, se o acorda à noite (dispneia paroxística noturna – DPN) e se existem outros sinais e/ou sintomas que ocorrem com a dispneia (dor, tontura, tosse, aperto no peito, sudorese). Deve ser descrita toda a evolução da dispneia, incluindo fatores de exacerbação, duração dos episódios e medidas de alívio tentadas até o momento.
	Inspeção
	Visão / Olfato 
Na inspeção estática, o examinador deve observar as condições da pele (coloração, hidratação, cicatrizes, lesões), os pelos e sua distribuição, a presença de circulação colateral, abaulamentos e retrações.
Pele, membranas mucosas, conjuntivas, palato mole, lábios e língua devem ser inspecionados
para detectar essa condição. Os dedos e as unhas também devem ser inspecionados para detectar baqueteamento e manchas de fumo. É preciso inspecionar o tórax do cliente em busca de abaulamentos – é o aumento do volume, podendo localizar-se em qualquer região do tórax, além de retrações, que dizem respeito à restrição do hemitórax, que também pode localizar-se em qualquer região do tórax. A inspeção estática prossegue com a observação da caixa torácica. A forma do tórax apresenta variações em relação à idade, ao sexo e ao biotipo.
Na inspeção dinâmica, o examinador deve observar a dinâmica respiratória. A movimentação da caixa torácica é observada durante a respiração. A movimentação respiratória é observada quanto à sua amplitude ou profundidade de expansão e ritmo, podendo alterar-se, o que torna a respiração superficial ou profunda.
Alterações que podem ser observadas na respiração são:
Platipneia: dificuldade de respirar na posição ereta, com melhora do ritmo respiratório na posição deitada. Comum na pneumectomia.
Ortopnéia: dificuldade de respirar na posição deitada.
Trepopneia: situação em que o paciente se sente mais confortável para respirar em decúbito lateral.
	Ausculta
	Audição
A ausculta é a técnica de exame mais importante para avaliar o fluxo aéreo pela árvore traqueobrônquica. Consiste em ouvir os ruídos torácicos com o diafragma do estetoscópio durante todo o ciclo respiratório (inspiração e expiração). A ausculta pulmonar deve ser realizada preferencialmente com o paciente sentado, com o tórax parcial ou totalmente descoberto, enquanto ele respira com a boca entreaberta e um pouco mais profundamente, seguindo a mesma localização já referida na percussão. Na impossibilidade de o paciente sentar, a ausculta é realizada em decúbito dorsal ou lateral. É preciso estar atento para um possível desconforto respiratório em virtude da hiperventilação e deixar o paciente descansar, conforme necessário.
O examinador é capaz de avaliar três elementos: características dos ruídos respiratórios, presença de ruídos adventícios e característica da voz falada e sussurrada. Os achados devem ser descritos quanto ao tipo de ruído, à localização, à quantidade (esparsos, difusos) e à fase (inspiratórios, expiratórios ou ambos).
	Palpação
	Tato
A técnica de palpação é empregada para avaliar os seguintes parâmetros: traquéia, estrutura da parede torácica, expansibilidade e frêmito.
Na avaliação da expansibilidade das bases, o examinador coloca as mãos espalmadas
na face posterior do tórax. Os polegares encontram-se na linha média, na altura das apófises espinhosas da nona ou décima vértebra torácica, enquanto os dedos ficam estendidos e justapostos, procurando envolver o máximo da área correspondente às bases pulmonares. Ao posicionar as mãos, deve-se deslizá-las um pouco para dentro, a fim de fazer uma prega cutânea entre os polegares e a coluna. À medida que o paciente inspira, as mãos do examinador deslocam-se para fora e para cima, simetricamente. Qualquer assimetria pode ser indicativa de um processo patológico na região.
Palpação da traqueia: o examinador posiciona suavemente o dedo da mão em um dos lados da traqueia e observa o espaço entre ele e o esternocleidomastóideo. Os espaços devem ser simétricos em ambos os lados. A traqueia é suavemente deslocada de um lado para outro, ao longo de toda a sua extensão, enquanto o examinador, por meio da palpação, pesquisa massas, crepitações ou desvio da linha média.
Estrutura da parede torácica: a parede torácica inclui a pele, o tecido subcutâneo, as cartilagens e os ossos. Sua palpação é realizada com a base palmar ou com a face ulnar da mão, que é posicionada contra o tórax do paciente. As anormalidades observadas na inspeção são investigadas mais detalhadamente durante a palpação. A combinação dos dois processos de análise é especialmente eficaz na avaliação da simetria e da amplitude dos movimentos respiratórios. Durante a palpação, o examinador avalia a presença de crepitações, dor na parede torácica (áreas hipersensíveis), tônus muscular, presença de massas, edema e frêmito palpável.
Expansibilidade torácica: para avaliar a expansibilidade dos ápices, o examinador se coloca atrás do paciente, posicionando as mãos espalmadas nas regiões dos ápices pulmonares, de tal modo que os polegares se toquem em ângulo quase reto no nível da vértebra proeminente. Os demais dedos permanecem justapostos e semifletidos. Solicita-se que o paciente respire fundo e, enquanto isso, o examinador observa a movimentação simétrica ou não de suas mãos.
	Percussão
	Tato /Audição
Esse procedimento ajuda a determinar se os tecidos estão cheios de ar, líquido ou se são sólidos. Realiza-se a percussão dígito-digital do tórax em localizações simétricas, dos ápices em direção às bases; primeiro, em um dos lados do tórax e, em seguida, no outro, no mesmo nível.
Os sons encontrados podem ser claro pulmonar, hipersonoro, timpânico, maciço e submaciço. A força do golpe aplicada na percussão varia de acordo com o tórax do paciente, isto é, magro, musculoso ou obeso. O tecido pulmonar normal apresenta som ressonante ou claro pulmonar, com timbre grave e oco. Os sons hiper sonoros indicam aumento do ar nos pulmões ou no espaço pleural, sendo mais intensos e de timbre mais grave do que o claro pulmonar. São encontrados principalmente no pneumotórax e no enfisema pulmonar.
A percussão também é utilizada para avaliar a excursão diafragmática. Solicita-se ao paciente que inspire profundamente e mantenha-se assim enquanto o examinador percute todo o campo pulmonar posterior e observa a modificação do som obtido, do claro pulmonar até a macicez, marcando essa região.

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