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Reprodução bovinos leiteiros (1)

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1
Reprodução de Bovinos Leiteiros
Reprodução é a multiplicação da espécie pelo acasalamento ou pela inseminação
artificial. Uma boa eficiência reprodutiva permite maior vida útil dos animais e mais
nascimentos de bezerros.
As novilhas estarão aptas para a reprodução ao atingirem determinado peso vivo
conforme mostrado na Tabela 1. A idade para se atingir o peso ideal vai depender do
nível de manejo, alimentação e cuidados sanitários.
Tabela 1. Peso vivo de novilhas aptas para reprodução.
Liberar para reprodução 1o Parto
Peso(Kg) Idade(meses) Peso(Kg) Idade(meses)
Holandesa 330-340 kg 15-18 meses 500-550 kg 24-27 meses
Mestiça HZ 320 kg 20-24 meses 450-500 kg 31-33 meses
Jersey 230-240 kg 15 meses 360 kg 24 meses
Mestiça JZ 270-280 kg 20-22 meses 420 kg 29-31 meses
Os reprodutores quando bem alimentados, ao atingirem 16 meses de idade,
estarão aptos para efetuar duas coberturas por semana.
As vacas leiteiras devem ser cobertas ou inseminadas, no primeiro cio, a partir de
45 dias após a parição.
1. Processos de Reprodução
Para a reprodução dos bovinos adota-se um dos seguintes processos:
• monta natural;
• monta controlada;
• inseminação artificial.
1.1. Monta Natural
É quando o macho e a fêmea realizam a cópula em liberdade, sem a interferência
do homem.
a) Vantagens da monta natural:
• economiza mão-de-obra;
• possibilita melhor aproveitamento de cios.
b) Desvantagens da monta natural:
• dificulta a anotação do dia de cobertura;
• diminui a vida útil do touro pelo excesso de montas;
• aumenta a possibilidade de acidente com o touro;
• favorece a transmissão de doenças da reprodução, como: viroses, triconomose
e campilobacteriose;
• utiliza baixo número de fêmeas por reprodutor, que serve aproximadamente 30
vacas por ano.
2
1.2. Monta natural controlada
A monta controlada é quando há interferência do homem, que leva a fêmea em cio
ao macho para acasalamento programado. O macho permanece separado do rebanho.
a) Vantagens da monta natural controlada:
• facilita a anotação do dia de cobertura;
• aumenta a vida útil do touro;
• diminui a possibilidade de acidente com o touro;
• possibilita o controle de reprodução, com a programação das coberturas e
parições, e maior identificação de problemas reprodutivos;
• possibilita melhor aproveitamento do touro que serve aproximadamente 100
vacas por ano.
b) Desvantagens da monta natural controlada:
• aumenta gastos com mão-de-obra;
• acarreta maior perda de cios;
• requer maiores gastos com instalações.
1.3. Inseminação Artificial
É um processo de reprodução em que o sêmen é colocado no útero da vaca em cio
pelo homem, usando equipamentos especiais, visando a sua fecundação.
As vacas para serem inseminadas devem estar bem nutridas, saudáveis e sem
problemas de reprodução. O sucesso da inseminação artificial depende também do
máximo cuidado de higiene.
Quando a vaca aparece em cio pela manhã, deve ser inseminada à tarde, e
quando aparece em cio à tarde, deve ser inseminada na manhã do dia seguinte. O melhor
momento para se fazer a inseminação é quando a fêmea não monta mais nas
companheiras do rebanho, e não se deixa montar nem mesmo pelo rufião.
A vaca não deve ser inseminada até uma hora após a ordenha, e a inseminação
artificial deve ser feita em brete coberto.
a) Vantagens da inseminação artificial:
• possibilita o uso de sêmen de touros provados;
• economiza na manutenção do rebanho pela ausência do reprodutor na
propriedade;
• possibilita baixo investimento em relação à aquisição de um bom reprodutor;
• evita a transmissão de doenças pelo touro;
• valoriza o rebanho pela qualidade dos animais;
• permite o cruzamento alternado de raças diferentes;
• possibilita a melhoria de certos caracteres desejáveis;
• facilita anotações e registros;
• estimula o produtor a aprimorar o manejo do rebanho.
a) Limitações da inseminação artificial:
• necessita de pessoal habilitado;
• necessita de assistência técnica periódica por técnico especializado;
• acarreta maior perda de cios;
• aumenta gastos com mão-de-obra e equipamentos (botijão, pipeta, luvas etc.;
• acarreta gastos com reabastecimento periódico de nitrogênio.
3
a) Procedimentos para a Inseminação Artificial
• Selecionar as fêmeas para inseminação artificial. Todas as fêmeas do rebanho
em idade de reprodução devem ser submetidas a exame ginecológico, para selecionar os
animais aptos para o programa;
• Identificar a vaca em cio. Consulte a ficha da vaca e verifique
⇒ se está parida há mais de 45 dias;
⇒ se os cios têm intervalos normais (18 a 24 dias);
⇒ se não foi inseminada mais de três vezes.
Caso essas condições estejam atendidas, insemine; caso contrário, comunicar ao
Médico - Veterinário.
• Conduzir a vaca em cio para o local da inseminação artificial;
• Higienizar a vulva da vaca. A vulva deve ser limpa com papel-toalha ou
higiênico. Estando muito suja, lavar com água e enxugar com papel toalha ou higiênico;
• Examinar o aspecto do muco uterino. O muco normal é límpido e cristalino,
semelhante à clara de ovo. Havendo presença de pus, não insemine. A vaca estando em
condições, insemine.
c.1) Separar o material a ser utilizado:
⇒ botijão de nitrogênio com sêmen;
⇒ bainha plástica;
⇒ aplicador universal;
⇒ luvas plásticas;
⇒ papel higiênico ou toalha;
⇒ tesoura e pinça hemostática;
⇒ recipiente para água, termômetro e aquecedor.
⇒ Abrir a tampa do botijão e localizar o sêmen a ser usado;
⇒ Levantar o caneco (canister) até o nível do gargalo. O caneco pode ser
mantido nesta posição no máximo até dez segundos;
⇒ Suspender o copinho, pinçando a palheta, que contém o sêmen escolhido;
⇒ Fechar o botijão de nitrogênio;
⇒ Descongelar o sêmen. A palheta que contém o sêmen é descongelada em
água a 35oC por 15 a 20 segundos;
⇒ Enxaguar a palheta com papel toalha ou higiênico e confirmar se a palheta é
do touro desejado;
⇒ Montar o aplicador de sêmen;
⇒ Cortar a ponta da palheta em ângulo reto, com uma tesoura;
⇒ Montar a palheta na bainha plástica;
⇒ Encaixar o aplicador universal na bainha.
c.2) Inseminar a vaca
⇒ Levar o aplicador de sêmen na boca, até o local de inseminação, mantendo
as mãos livres. O aplicador não deve tocar no tronco, na vaca ou em outro objeto. O
inseminador deve estar com as mãos livres para abrir a porta do tronco, calçar as luvas e
outras operações necessárias;
⇒ Colocar a luva plástica para inseminar;
⇒ Introduzir a mão e braço com luva no reto da vaca. Caso as fezes existentes
no reto estejam atrapalhando a manipulação da cérvix, devem ser retiradas;
⇒ Limpar bem a vulva com papel toalha ou higiênico. Caso esteja muito suja,
lavar com água e, depois, enxugar com papel -toalha ou higiênico;
⇒ Abrir os lábios da vulva, de preferência com a ajuda de um auxiliar;
4
⇒ Introduzir suavemente o aplicador na vagina da vaca até próximo ao fundo
do saco vaginal. Quando da introdução, a ponta do aplicador não deve ser direcionada
para baixo, pelo risco de atingir o meato urinário;
⇒ Localizar e fixar a cérvix com a mão introduzida no reto;
⇒ Trazer a ponta do aplicador para o orifício de entrada da cérvix, usando o
dedo polegar como orientador;
⇒ Introduzir a pipeta através da cérvix. Com a mão que fixa a cérvix avançar a
pipeta promovendo delicados movimentos. A pipeta deve ser pressionada levemente
apenas para não retroceder. A operação termina quando todos os anéis da cérvix são
ultrapassados, o que é conferido pelo toque do dedo indicador.
⇒ Observação: A passagem da pipeta não deve ser forçada.
⇒ Pressionar o êmbolo do aplicador para depositar lentamente o sêmen após o
último anel;
⇒ Retirar lentamente o aplicador e o braço do reto.
⇒ Observação: Não deve permanecer sêmen na palheta. A bainha plástica
utilizada deve ser envolvida com a luva plástica e jogada na lata de lixo.
⇒ Fazer uma leve massagem no clitóris durante 10 segundos;
⇒ Soltar a vaca evitando possíveis estresses (longa caminhada, corrida,
pancada, sol etc.)
Depois da inseminação, lavar, desinfetar e guardar o material em local apropriado e
anotar na ficha de controlereprodutivo: a data da inseminação, nome e número do
reprodutor, inseminador e quaisquer anormalidades.
Observação: O nível de nitrogênio no botijão de sêmen deve ser verificado
periodicamente.
2. Manejo Reprodutivo de Rebanhos Leiteiros
Um bom manejo reprodutivo é indispensável para se obter o intervalo de partos
próximo ao desejado de 12 meses, com o qual se maximiza a produção de leite e de
bezerros no rebanho. Serão feitas algumas considerações com relação ao manejo
reprodutivo de rebanhos leiteiros.
2.1. Escrituração Zootécnica – Metas para alguns Índices Reprodutivos
Ao se implantar a assistência técnica na fazenda leiteira, algumas metas ou
pretensões devem ser inicialmente determinadas, de acordo com os objetivos principais
definidos pelo produtor ou proprietário, com base nas quais se deverá indicar ou priorizar
as atividades a serem desenvolvidas dentro de um planejamento proposto.
Uma vez discutidas e estabelecidas as metas gerais, ou seja, o que (leite), com
que (tipo de gado), como (manejo a ser utilizado) e quanto (litros/dia) se deseja produzir
em um período fixado, caberá se definir o número de animais no rebanho, o que
dependerá diretamente do potencial de produção de alimentos e das condições de
manejo possíveis de serem oferecidas.
Para se conhecer a situação reprodutiva inicial do rebanho, todos os animais aptos
para a reprodução (vacas e novilhas acima de 340 kg de peso vivo) devem ser
submetidos a exame ginecológico. Com base nesses resultados, os animais podem ser
separados em grupos, de acordo com a condição reprodutiva e produtiva de cada um
(Tabela 2).
5
Tabela 2. Grupos de animais em função da condição produtiva e reprodutiva do rebanho
leiteiro.
Condição produtiva Condição reprodutiva Grupos Desejado (%)
Não-gestantes (Vazias) 1 25%Vacas em lactação Gestantes 2 58%
Gestantes 3 17%Vacas Secas Não-gestantes (Vazias) 4 Zero
Embora todos os animais do rebanho devam ser adequadamente alimentados e
manejados, verifica-se na Tabela 2 que a prioridade em termos de uma melhor nutrição
quanti-qualitativa seria para o grupo um, visando atender à produção de leite (em
lactação) e à reprodução (não-gestante). Em rebanhos bem manejados o grupo quatro
(secas e não-gestantes) não deveria existir, mas quando do levantamento ginecológico
inicial de qualquer rebanho quase sempre são encontrados animais nessa condição.
Em seguida, as informações obtidas são colocadas em fichas ou programas de
computador apropriados para o controle reprodutivo, o qual deverá estar associado aos
controles leiteiro e econômico. Em função da situação atual do rebanho, deverão ser
elaborados os índices possíveis de serem obtidos a curto, médio ou longo prazo: intervalo
de partos, taxas (%) de prenhez, de vacas em lactação e de natalidade… A constatação
da situação inicial é importante também para comparações futuras, visando analisar a
eficácia do atendimento técnico posto em prática.
Ao se estabelecer as metas a serem alcançadas em um determinado período,
deve-se levar em consideração os seguintes aspectos:
• situação atual da propriedade;
• situação produtiva, reprodutiva e sanitária do rebanho;
• interesse e participação efetiva do proprietário;
• eficiência e colaboração da mão-de-obra envolvida;
• necessidade e capacidade de investimento.
É importante não se estabelecer metas muito audaciosas no início dos trabalhos.
Isso porque as metas não são estáticas. Deve-se ao final de um certo período fazer-se
nova avaliação, e estabelecer novas metas de acordo com os resultados obtidos,
melhoria já alcançada e nova situação da propriedade. Sabe-se que os ganhos iniciais em
performance são sempre maiores, ou seja, é mais fácil a redução de um intervalo de
partos médio de 17 meses de um determinado rebanho, do que de 13 meses em outro
rebanho.
Na Tabela 3 são mostrados alguns índices de desempenho produtivo e reprodutivo
considerados Ideal, Bom ou Regular, bem como a média desses índices verificados nos
rebanhos bovinos leiteiros do Brasil. Com base nessas informações, pode-se definir
algumas possíveis metas.
6
Tabela 3. Principais índices produtivos e reprodutivos para rebanhos bovinos leiteiros.
Índices Ideal Bom Regular Médiabrasileira
Intervalo de partos(dias) Até 380 381– 425 426 - 471
(Meses) (12,5) (12,5- 14) (14 -15,5) > 19
Período de serviço(dias) Até 100 101 - 145 146 - 190 > 285
Intervalo parto e 1o Cio(dias) 20 - 30 31 - 50 51 - 70 > 100
Prenhez ao 1o Serviço (%) 65 - 75 58 - 64 50 - 57 < 50
N.º Serviços por concepção Até 1,5 1,6 - 1,7 1,8 - 1,9 > 2,0
Escore corporal ao parto 4 4 (-) 3,5 < 3,0
Idade ao 1o Parto (meses)
 Hpb 24 - 26 27 - 30 31 - 33 > 36
Mestiças hz 29 - 31 32 - 34 35 - 36 > 42
Idade cobrição novilhas(meses)
HPB 15 - 17 18 - 21 22 - 24 > 27
Mestiças Hz 21 - 22 23 - 25 26 - 27 > 33
Pv mestiças: 6 meses (120 kg)
12 (200 kg)-18 (280 kg)-24 (320 kg) - - - -
Problemas reprodutivos (%) < 10 11 - 13 14 -16 > 40
Período lactação (meses) 10 -12 9 - 10 8 - 9 < 8
Vacas em lactação (%) 80 - 83 70 -79 60 - 69 ≤ 50
Descarte vacas/ano (%) 20 - 25 15 - 20 10 -15 ?
Produção vaca/ano (1.000 kg)
HPB 6 - 7 5 - 6 4 - 5 ?
Mestiças Hz 3,5 - 4 2,5 - 3,5 1,5 - 2,5 < 1,5
Produção por dia de IP (kg)
HPB 15 - 16 14 - 15 13 - 14 ?
Mestiças Hz 10 - 11 9 - 10 8 - 9 ≤ 3
Persistência produção (%) 89 - 90 70 - 80 60 – 70 < 60
4o Mês pp=50-60 % produção
Secagem=45-55% produção ao pico
2.1.1. Controle Reprodutivo
São poucas as propriedades leiteiras em que se efetua a identificação dos animais
e uma adequada escrituração zootécnica. Apenas cerca de 5% dos produtores que
utilizam a inseminação artificial (IA) fazem controle leiteiro (Ferreira, 2001). Por ser a IA
uma excelente ferramenta de melhoramento genético e o controle leiteiro o principal
parâmetro para avaliação e seleção genética dos animais, é injustificável um índice tão
baixo. A data de parto é anotada por menos de 3% dos produtores. Com isso, há
impossibilidade de se calcular o intervalo de partos, bem como a produção de leite por dia
de intervalo de partos.
Com relação às anotações de campo, existe um mínimo necessário de informações
a se coletar, independentemente do sistema de controle (fichas individuais e/ou coletivas
ou sistemas informatizados). As anotações mais importantes encontram-se na Tabela 4.
Marcelo Rosa
Comentário do texto
Holandês Preto e Branco
Marcelo Rosa
Comentário do texto
Mestiças holandês x raças zebuínas
Marcelo Rosa
Comentário do texto
Peso Vivo
Marcelo Rosa
Comentário do texto
pp = pós-parto
7
Tabela 4. Anotações mínimas necessárias para um programa de controle reprodutivo.
Ocorrência O que anotar
parto Nome e número da vaca, data, condição do parto, sexo da cria.
estro (cio) Data, nome e número da vaca.
cobrição ou ia Nome e número da vaca, data, nome e número do touro ouidentificação do sêmen.
abortos Data, nome e número da vaca.
outras ocorrências Infecções uterinas, cistos, retenção de placenta…
tratamentos Nome e número da vaca, data e tratamentos efetuados.
O controle reprodutivo é indispensável para a implantação de um manejo racional
do rebanho leiteiro e avaliação de sua eficiência.
Existem modelos de fichas individuais ou coletivas para se fazer esse controle. O
uso de fichas coletivas permite melhor e mais rápida visão do que vem ocorrendo no
rebanho.
Sugerem-se dois modelos de fichas coletivas para controle reprodutivo, que
poderão ser utilizadas de acordo com o grau de entendimento e assimilação do produtor:
a ficha mais simples é indicada para produtores que queiram anotar apenas a data de
parição (modelo 1).
Modelo 1-Ficha de controle reprodutivo simples
Controle Reprodutivo
Fazenda: Município:
Animal Data de Partos
Essa anotação é importante, porque permite o cálculo do intervalo de partos,
essencial para se avaliar a eficiência reprodutiva. A ficha mais completa (modelo 2) é
indicada para produtores que queiram maiores informações sobre o rebanho, e com isso
um melhor acompanhamento e uma mais rápida identificaçãodos problemas existentes.
8
Modelo 2- Ficha de controle reprodutivo completa
Controle Reprodutivo
Vaca Nº Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar.
Bela 12
10
/
F
10
○
30
+
Rei
30
+
Rei
 ●-
Rei
Benta 18
5
/
M
16
●-
Rei
Carina 23
17
/
M
Cocada 29 18
●
20
+
Jota
10
 ●
Jota
●
Dama 34
10
/
F
20
+
Jota
Espada 41
5
/
M
2
+
Rei
20
+
Rei
10
+
Rei
1
+
Rei
20
●
Rei
Flecha 43
8
/
M
16
+
Legenda: ○ (Vazio); + (Diagnóstico de gestação positiva); ● (Gestante); / (Parto);
 ● (Aborto); M (macho); F (Fêmea).
Maior êxito na atividade leiteira pode ser obtido por meio de uma assistência
técnica especializada, pelo maior proveito das anotações zootécnicas.
Anotar o nome e/ou número das fêmeas é importante para se saber a qual animal
corresponde determinada ocorrência anotada:
Anotar a data do cio, mesmo que o animal não seja acasalado ou inseminado, é
importante para se observar a ocorrência, a freqüência e o intervalo entre os mesmos.
Anotar a data da monta ou da inseminação artificial é importante para identificação
das vacas com problemas de repetição de serviços, e daquelas supostamente gestantes
que não retornarem ao cio até 24 dias após a última monta ou inseminação artificial.
Anotar o nome e/ou número do reprodutor utilizado é importante para se avaliar a
fertilidade do touro ou do sêmen.
Conferir a prenhez é importante para se anotar a data do parto previsto,
indispensável para se programar a secagem do animal para 60 dias antes do parto
previsto. A duração da gestação em bovinos é estimada em 280 dias (nove meses e 10
dias). O método mais prático e econômico para diagnóstico de prenhez é pelo exame
ginecológico, por palpação retal a ser efetuado por um Médico Veterinário, 60 dias após a
monta ou inseminação artificial.
Anotar a data de parição é importante para se calcular o intervalo de partos. O
sexo do bezerro (M-F) e as condições do parto também devem ser anotados.
Outras ocorrências, como retenção de placenta, aborto, infecções uterinas
prolaspo uterino, tratamentos efetuados, devem ser anotados.
A eficiência reprodutiva do rebanho pode ser avaliada com base em alguns índices:
⇒ Intervalo de partos;
⇒ Intervalo de parto ao primeiro cio;
⇒ Intervalo de parto à concepção (período serviço);
9
⇒Taxa de natalidade;
⇒Taxa de prenhez
⇒ Número de serviços por concepção.
2.1.2. Importância Econômica do Intervalo de Partos
O intervalo de partos (IP) é constituído dos períodos de serviço e de gestação.
Como esse último é mais ou menos constante, ou seja, em torno de 280 dias para
bovinos, conclui-se que, para o rebanho bovino livre de doenças e possíveis causa de
aborto, o IP passa a depender diretamente do período de serviço.
A redução do intervalo de partos garante o aumento na produção de leite e no
número de bezerros nascidos no rebanho. O longo IP acarreta sérios prejuízos por
diminuir:
a) a produção da vaca por dia de IP; b) o no de vacas em lactação no rebanho; c) o
n.º de animais para venda ou reposição; d) a produção de leite total do rebanho.
Como se verifica na Fig. 1, a vaca com IP de 18 meses e potencial para 3.000 kg
de leite/lactação, produzirá dois bezerros e duas lactações (total de 6.000 kg de leite em 3
anos = 2.000 kg de leite/ano) num período de 36 meses (3 anos). No mesmo período,
uma vaca de igual potencial de produção e com IP de 12 meses, produzirá três bezerros e
três lactações (total de 9.000 kg de leite em três anos = 3.000 kg de leite/ano). A diferença
de 1.000 kg de leite/ano/vaca obtida com a redução do IP de 18 para 12 meses
representa um aumento de 50% no volume de leite produzido. Considerando-se um
rebanho de 50 vacas as perdas seriam de 50.000 kg de leite e 17 bezerros por ano.
A redução do IP para 12 meses propicia um acréscimo de 8,33% na produção de
leite para cada mês a menos no IP. Ferreira e Teixeira (2000) obtiveram uma fórmula
capaz de estimar a perda ou ganho (%) na produção de leite da vaca ou rebanho em
função da variação do IP:
x100
IPd
IPdIPaVPL −=
onde:
VPL = Variação na produção de leite (%)
IPa = Intervalo de Partos atual
IPd = Intervalo de Partos desejado
Exemplo: um rebanho produz 500 litros de leite/dia com IP de 20 meses. Qual seria
o aumento estimado (%) na produção de leite desse rebanho, caso o IP fosse reduzido
para 13 meses?
53,8%x100
13
7x100
13
1320VPL ==−=
R: A produção de leite desse rebanho aumentaria em torno de 53,8% (269 litros),
passando para cerca de 769 litros/dia.
A idade avançada ao 1o parto, acima de 40 meses (ideal para fêmeas mestiças é
de 30 – 32 meses), e o longo IP que ultrapassa 18 meses (Carneiro, 1992; Ferreira et al.,
1997), quando o ideal é próximo de 12 meses, são responsáveis pela baixa eficiência
reprodutiva dos rebanhos leiteiros nacionais. Estima-se que o Brasil esteja deixando de
produzir cerca de 10 bilhões de litros de leite/ano, com o rebanho existente, devido ao
longo IP, estimado acima de 18 meses.
F
u
m
n
g
b
(e
p
e
o
e
in
c
c
lo
c
s
0 12
ig. 1. Influência do Intervalo d
2.1.3. Avaliação da Con
A avaliação da condição
sada na avaliação preliminar
étodo prático e eficiente, em
ão estão apresentando cio (a
A avaliação da condiçã
ordura sobre as costelas, do
em iluminado, fazendo a ava
scores da condição corpor
reconizado por Ferreira (1991
a) Escore 1 (Muito Mag
Os bovinos com escore
xcessivamente magros, cara
ssos da anca e das vértebras
ntre os ossos das vérte
dividualizadas; ausência tota
ostelas e espinha dorsal.
b) Escore 2 (Magra).
Os bovinos com es
aracterizados por atrofia mu
mbares ainda profusos e pro
om a pele firmemente aderid
obre os ossos da anca, coste
c) Escore 3 (Regular).
3000
3000 30
PARTO
PARTO PARTO
BEZERROS:
BEZERROS:
1
 18
24
e partos na produção de leite e
dição Corporal
 corporal indica bem o estado 
 da função ovariana de vacas
bora subjetivo, para identifica
nestro) e que necessitam de ma
o corporal é feita por observa
rsolombar e garupa. Deve-se 
liação individual e atribuindo 
al = ECC). Recomenda-se o
):
ra)
 1 apresentam-se debilitados,
cterizados por pronunciada atr
 lombares muito profusos e pro
bras transversas lombares; 
l de gordura palpável ou visív
core 2 apresentam-se com
scular pouco pronunciada; oss
eminentes; costelas continuam
a ao tecido de baixo; pouca ou
las e espinha dorsal.
3000
00 3000
PARTO
PARTO
2
1
PARTO
2
0
 36
10
36
 de bezerros.
nutricional do animal, sendo
 e novilhas. Trata-se de um
r individualmente vacas que
nejo alimentar especial.
ção visual da presença de
colocar os animais em local
valores numéricos de 1 a 5
 uso do sistema de ECC
 raquíticos, enfraquecidos e
ofia muscular; olhos fundos;
eminentes; pele penetrando
costelas bem visíveis e
el sobre os ossos da anca,
 aspecto de subnutridos,
os da anca e das vértebras
 visíveis e individualizadas,
 nenhuma gordura palpável
PARTO
3
11
Os bovinos com escore 3 apresentam-se moderadamente nutridos (condição
corporal de transição), caracterizados por ausência de atrofia muscular; ossos da anca
com pouca ou nenhuma proeminência; costelas quase não são individualizadas, e a pele
sobre elas pode ser facilmente elevada; presença de um mínimo de gordura palpável e/ou
visível sobre os ossos da anca, costelas e inserção de cauda.
d) Escore 4 (Boa)
Os bovinos com escore 4 apresentam-se com boa aparência geral, caracterizados
por estruturas ósseas ainda visíveis, mas não proeminentes; considerável cobertura de
gordura sobre as costelas, ossos da anca e espinha dorsal.
e) Escore 5 (Gorda)
Os bovinos com escore 5 apresentam estruturas ósseas não-visíveis; grande
depósito de gordura sobre as costelas, espinha dorsal, ossos da anca e ao redor da
inserção de cauda.
A condição corporal de fêmeas bovinas pode ser relacionada com seu estádio
reprodutivo: magras (escores 1 e 2) quase sempre apresentam ausência de cio (anestro);
com regular ou boa condição corporal (escores 3 e 4), quase sempre estão prenhes ou
ciclando (apresentam cio); gordas (escore > 4) quase sempre estão prenhesou ciclando,
mas às vezes necessitam maior número de serviços/concepção.
2.2. Manejo Reprodutivo da Vaca Leiteira
2.2.1. Período Seco da Vaca
O período seco da vaca compreende os dois últimos meses de gestação,
importante para se adotar práticas especiais, a fim de proporcionar boas condições de
parição e proteger a saúde da futura cria. No período em que está seca, a vaca tem que
realizar grandes tarefas, como o desenvolvimento de 2/3 do feto e a recuperação de
reservas corporais para o próximo parto e a nova lactação.
A secagem da vaca deve ocorrer 60 dias antes do parto, independentemente da
produção, de maneira a promover o descanso do úbere, necessário para intensificar a
regeneração e formação de alvéolos (unidades secretoras do leite), preparando-o para a
nova lactação.
 A vaca deve ser bem manejada durante todo o período de lactação, para que no
momento de secagem apresente boas condições de saúde e boa condição nutricional.
Aquelas com condição corporal inferior devem ser suplementadas.
A falta de cuidados quando seca ocasiona queda na produção de leite na lactação
seguinte, redução na vida reprodutiva da vaca, alongamento do intervalo de partos,
nascimento de bezerros fracos e aumento de problemas sanitários.
Após a secagem, as vacas devem ser conduzidas para um pasto de boa qualidade
com disponibilidade de forragem, onde possam caminhar e exercitar-se. Os animais não
devem movimentar-se em demasia, principalmente no terço final de gestação. Deve-se
também evitar contenção, pancadas, correria, longa caminhada, fatores capazes de
provocar aborto traumático.
Os animais devem ser conduzidos para o piquete-maternidade, no mínimo 15 dias
antes do parto previsto, onde irão receber alimentos semelhantes àqueles a serem
fornecidos no início da lactação, para adaptação da flora ruminal. O animal na
maternidade facilita uma possível intervenção no parto e cuidados com o recém-nascido.
Este pasto deve ser limpo, drenado, de fácil acesso e observação, próximo ao estábulo,
com disponibilidade de água e sal mineral.
Observações: Ocorrendo corrimento vaginal com muco, sangue ou pus, chame o
Médico-Veterinário; a vaca deve apresentar condição corporal boa por ocasião do parto
(escore 3,5 a 4).
12
2.2.2 Parto
O parto é um evento de suma importância em rebanhos bovinos leiteiros,
considerando que representa o início de uma nova lactação e o nascimento de mais uma
cria.
O parto é dividido em três fases distintas:
I) Preparatória
Compreende as três últimas semanas antes do parto e termina com o início das
contrações uterinas. Mostra o seguinte quadro: hiperemia e edema da vulva e úbere;
afrouxamento de articulação (sacroilíaca) e de ligamentos (sacroisquiáticos). Na véspera
do parto o animal se isola, o tampão mucoso se desprende e aumentam a pulsação e a
freqüência respiratória.
II) Dilatação
Dura três a oito horas e vai do início das contrações uterinas, que se sucedem a
cada 15 minutos, até o rompimento das bolsas alantoideana e aminiótica.
III) Expulsão do feto
Dura de uma a três horas e vai do início do rompimento da bolsa até a saída
completa do feto. Nas primíparas pode durar de quatro a seis horas. As contrações
uterinas ocorrem a cada dois a cinco minutos e no auge a cada 1,5 a dois minutos. A
expulsão da placenta ocorre até 12 horas após o parto.
O parto deve ser registrado em fichas ou livros adequados, indicando a data, sexo
e peso do bezerro, nome do pai e da mãe, condição corporal da vaca (escore) logo após
o parto.
Observação: Partos difíceis: chamar o Médico-Veterinário. A vaca com parto
distócico ou traumático que aparente rompimento dos lábios vulvares deve ser tratada
imediatamente após o parto, com a finalidade de se evitar a proliferação de germes e
conseqüentemente a infecção.
2.2.3. Pós- parto
Os cuidados do pós parto da vaca leiteira são indispensáveis para que fique prenhe
o mais rápido possível, e com isso tenha um melhor aproveitamento de sua vida
reprodutiva.
O período de serviço (PS), que compreende o intervalo do parto à concepção,
depende essencialmente de três fatores, ou mesmo quatro fatores nos casos de fazendas
que utilizam a inseminação artificial (IA) ou monta natural controlada (MNC):
a) Restabelecimento do cio pós parto (retorno do ciclo estral e cio);
a) Identificação de cios nas fazendas que utilizam IA ou MNC (reprodutor
separado das vacas);
a) involução uterina
a) taxa de concepção
2.2.3.1. Restabelecimento do cio pós-parto
É ideal que os animais sejam corretamente alimentados em todas as fases da vida,
do nascimento ao primeiro parto, e no período entre partos. O manejo nutricional a ser
utilizado no rebanho depende da quantidade de alimento disponível e do número de
animais. Entretanto, esforços devem ser envidados para a da vaca apresentar “boa
condição corporal ao parto”, e manter ou perder pouco peso até dois meses pós-parto.
Essas são as principais condições para a vaca reiniciar a atividade cíclica ovariana pouco
tempo depois do parto (Ferreira, 1991; Osoro e Wright, 1992). A vaca magra ao parto
13
atrasa o estro e prolonga o período de serviço, causando grandes prejuízos. Para que o
cio apareça antes de 90 dias pós-parto é então necessário que a vaca apresente:
O melhor momento de engordar uma vaca, para ela parir com bom estado corporal,
é alimentá-la bem nos dois a três últimos meses antes dela secar ou final de lactação
(Moe et al., 1971). O período seco, dois meses antes do parto, embora menos eficiente
também é bom para engordar o animal. Atendidas as necessidades de mantença e
produção, o alimento ingerido em excesso antes do parto, desde que de boa qualidade e
em quantidade, principalmente forragens (volumosos), vai ser transformado em gordura e
armazenado no corpo do animal, constituindo uma reserva de que os animais poderão
dispor para a lactação, quando essa se iniciar.
É importante que o animal mantenha ou não perca muito peso nos dois primeiros
meses depois do parto, o que se consegue com uma alimentação adequada às
exigências do animal (mantença e produção) nesse período. Parte da gordura estocada
no corpo do animal pode ser mobilizada e utilizada para produção de leite, com o animal
perdendo um pouco de peso, desde que essa perda não seja suficiente para atrasar o
aparecimento do estro.
Embora a má nutrição (quali-quantitativa) possa influenciar por muitos caminhos,
na performance reprodutiva dos animais, um sintoma típico da deficiência produzida por
nutrientes simples é difícil de ser visto sob condições práticas. Vez por outra depara-se
com uma informação na literatura, de que determinado nutriente é indispensável para a
reprodução animal. Mas como esse nutriente em geral está também associado com a
saúde normal do animal, e a boa eficiência reprodutiva depende dessa, a informação
apresenta algum grau de insegurança (Moreira, 1974). As deficiências que ocorrem em
condições práticas são, em geral, de natureza múltipla, como por exemplo a deficiência
protéica, que está quase sempre associada à de fósforo, quando os animais estão em
pastagens de gramíneas, e quando os níveis de proteínas são baixos, os de energia
também o são, já que, carência protéica gera inapetência.
A condição corporal embora subjetiva representa um meio auxiliar prático e
eficiente para se avaliar a aptidão reprodutiva da vaca, independente de seu tamanho.
Isso porque as vacas magras quase sempre apresentam anestro ou falta de cio (ovários
inativos), ao passo que aquelas com condição corporal boa, geralmente estão gestantes
ou apresentando cio regularmente. A vaca magra ao parto, atrasa o cio e com isso
demora mais a ser inseminada ou servida pelo touro, atrasando a gestação e com isso
alongando o intervalo de partos. Além disso apresenta mais retenção de placenta e
dificuldade no parto.
A vaca gorda ao parto também não é desejável porque apresenta: maior risco no
aparecimento de cetose em vacas de alta produção; menor ingestão de matéria seca e
BOA CONDIÇÃO CORPORAL
AO PARTO
(NEM GORDA – NEM MAGRA)
MANTENHA OU PERCA POUCO
PESO ATÉDOIS MESES PÓS-PARTO
14
menor produção de leite; maior chance de ter a síndrome do fígado gorduroso; maior
incidência de mastite, retenção de placenta, e ovários císticos.
2.2.3.1.1. Anestro Pós-parto
O longo período de anestro pós-parto representa o principal problema reprodutivo
na pecuária nacional (Ferreira, 2001), sendo conseqüência do déficit energético nos
períodos pré e pós-parto (Randel et al., 1990; Richards et al., 1991; Harris, 1993; Taufa et
al., 1997; Vries e Veerkamp, 2000). Além da má alimentação, a falta de cio (anestro) pode
ser produzida por qualquer problema que comprometa a saúde do animal, provocando
seu emagrecimento (vermes, diarréia, pneumonia, doenças febris e do casco, artrites…).
Ferreira (1985) em um revisão cita outras causas de anestro.
Levantamento ginecológico efetuado em 50 rebanhos leiteiros da Zona da Mata de
Minas Gerais, estado maior produtor de leite (30%) do País, mostrou taxas de 73,1% e
54,5% de vacas com anestro, respectivamente, até e acima de 90 dias pós-parto, a
maioria das quais associadas à condição corporal inferior. Novas fazendas são
selecionadas a cada cinco a sete anos para se monitorar a prevalência de animais com
anestro, verificando-se que o mesmo, embora de fácil diagnóstico e de causa conhecida
(subnutrição), persiste em grande escala. Isso ocorre, provavelmente, em razão do
desconhecimento pela maioria dos produtores, dos efeitos da alimentação sobre o
desempenho reprodutivo, e as conseqüências desse na produtividade e economicidade
da atividade leiteira, atentando tão somente para o efeito da nutrição sobre a produção de
leite. Tais fatos sugerem a necessidade de se intensificar a transferência dessas
informações aos produtores, bem como de maiores pesquisas sobre o anestro
envolvendo o aspecto econômico.
A quantidade de peso corporal que a vaca Girolando apresentando cios
regularmente (ciclando) necessita perder para adquirir a condição de anestro, pode ser
estimada pelas equações obtidas por Ferreira e Torres (1993):
Y = 0,6847 X ⇒ para vacas de condição corporal boa.
Y = 0,6847 + X – 43,11 ⇒ para vacas gordas.
Onde:
Y = peso vivo em que cessará a atividade ovariana (anestro);
X = peso da vaca apresentando atividade ovariana (ciclando).
Exemplo: Uma vaca girolando apresenta-se com condição corporal boa, 500 kg de
peso vivo e ciclando. Quando submetida à restrição alimentar, com que peso vivo essa
vaca deverá parar de apresentar cio (adquirir a condição de anestro)?
Y = 0,6847 X
Y = 0,6847 (500)
Y = 342 kg (peso da vaca ao parar de apresentar cio).
Para se saber com que peso vivo a vaca girolando com anestro voltará a ciclar,
pode-se usar a equação obtida por Ferreira et al. (1999a):
Y = 0,9414 X + 96,118 Em que:
Y= peso vivo final para voltar a ciclar;
X= peso vivo da vaca magra em anestro.
15
Exemplo: Uma vaca girolando magra, com anestro e pesando 300 kg. Com que
peso vivo essa vaca voltará a ciclar?
 Y = 0,9414 X + 96,118
 Y = 0,9414 (300) + 96,118
 Y = 282,42 + 96,
 Y = 378,5 kg (peso com que a vaca deve recuperar a AOLC).
 Para voltar a ciclar a vaca magra com anestro exigiu um consumo de 402,4 kg de
NDT e 50,4 kg de Proteína Bruta (Ferreira et al., 1999b), o que certamente onera o custo
de produção de leite, considerando a alta prevalência de anestro nos rebanhos leiteiros
brasileiros.
2.2.3.2. Identificação de Cios
Em algumas fazendas que utilizam a inseminação artificial ou monta natural
controlada (vaca vista em cio levada ao reprodutor que permanece preso), não basta a
vaca apresentar cio rapidamente depois do parto, sendo necessário que esse cio seja
identificado para que possa ser aproveitado. Nesses casos é indispensável que se
implante um eficiente sistema de identificação de cios (uso de rufião com buçal marcador,
grupo de vacas vazias, Kamar, pedômetros...), já que pela simples observação visual
duas vezes ao dia, cerca de 45 a 55% dos cios podem não ser identificados.
No Brasil, em sistema confinado, um rebanho HPB apresentou 36% de cios não-
identificados (Vetromila et al., 1993). Em fazenda de criação extensiva com rebanho
mestiço a perda de cios não identificados foi de 47,8% (Ferreira, 2001).
O cio ou estro ocorre na fêmea bovina em intervalos de 18 a 24 dias, e dura em
média de seis a 20 horas.
Os principais sinais de cio são os seguintes:
• inquietação, perda de apetite;
• isolamento das companheiras;
• micção constante;
• vulva inchada e brilhante;
• atitude de montar em outras vacas;
• aceitação da monta.
Pelo método de observação visual os sinais de cio devem ser monitorados pelo
menos duas vezes ao dia, manhã e tarde, com duração mínima de 30 minutos em cada
período.
Utilizando-se apenas a observação visual, é grande a ocorrência de cios não-
identificados. Para reduzir essas perdas existem métodos auxiliares, entre os quais o
rufião com buçal marcador, o mais indicado para nossas condições.
2.2.3.3. Involução Uterina
Quanto mais precoce for o cio depois do parto, mais rápida será a involução
uterina. Isso porque os hormônios (estrógenos) produzidos nos ovários da vaca em cio
reforçam as defesas imunológicas do útero (maior irrigação com maior chegada de
células de defesa do organismo), além de promoverem a produção de muco e abertura do
cérvix, ajudando na limpeza do órgão.
A nutrição deve também desempenhar um papel vital no condicionamento do útero
para a implantação do embrião. Várias mudanças no endométrio têm sido associadas à
subnutrição, como mudanças químicas na superfície endometrial em novilhas submetidas
a um pequeno período de subnutrição (Hill et al., 1970).
16
Considerando-se a anatomia do órgão, a involução uterina completa-se aos 30 dias
(simetria dos cornos), enquanto a recuperação histológica do epitélio endometrial seria
completada entre 40 e 45 dias pós-parto. Esse o motivo de não se indicar período
voluntário de espera – PVE (Período do parto até liberação das vacas para reprodução)
inferior a 45 dias.
2.2.3.4 Taxa de Concepção
Uma vez o útero involuído e garantido o cio antes de 90 dias pós-parto, e esse
sendo devidamente identificado, a meta passa a ser a obtenção de uma boa taxa de
concepção, o que vai depender de:
a) Inseminação Artificial – correta aplicação da técnica (horário da IA em função
do início do cio, sêmen de boa qualidade, perícia do inseminador). É importante que o
inseminador tenha remuneração pelo serviço extra de inseminar, como forma de
incentivo, pagando-se uma quantia a ser combinada para cada vaca gestante de
inseminação e não por cada vaca inseminada;
a) Reprodutor – uso de touro fértil e com boa saúde, livre de doenças infecto-
contagiosas. Evitar excesso de fêmeas para um mesmo reprodutor;
a) Fêmea – sem doenças, apresentando cios com intervalos normais (18-22 dias)
e com muco limpo e abundante, alimentação adequada (sem excessiva perda ou ganho
de peso no dia da IA ou cobrição) e manejo apropriado;
a) Nutrição – embora o suplemento energético seja a causa nutricional mais
conhecida de efeitos adversos na reprodução, a deficiência ou excesso de outros
nutrientes específicos, particularmente as vitaminas (Vit. A, Vit. E) e minerais (selênio,
fósforo, manganês, cobalto, ferro, cobre, flúor e iodo), têm sido mostrados por afetar a
fertilidade (Dayrell, 1991).
Chama-se atenção para o fato de que uma alimentação preparatória intensa no
pré-parto, acompanhada da insuficiente ingestão de alimentos pós- parto, para vacas de
alto potencial genético para produção de leite, pode aumentar a taxa de transtornos
metabólicos no início da lactação, e com isto redução dos parâmetros de fertilidade.
Quando o período de balanço energético negativo prolonga-se no início da lactação,
aumenta a propensão a transtornos metabólicos (Harris, 1991).
O crescimento folicular ocorrendo em vacas com balanço energético negativo
(BEN) pode afetar a qualidade do ovócito e com isso reduzir a taxa de concepção (Britt,
1994), o que é confirmado por Wiltbank (1995), que cita uma redução de 20% na taxa de
concepção de vacas inseminadas quandoperdendo peso, em relação às que ganhavam.
a) Manejo – vários fatores de manejo podem afetar a fertilidade:
• Clima: altas temperaturas afetam a capacidade reprodutiva do bovino de
maneira direta, pelo desequilíbrio endócrino, alterações nervosas, menor consumo de
alimento; o que se agrava quando associada à alta umidade relativa do ar.
O aumento de 1°C na temperatura retal provoca redução de 16% na taxa de
mortalidade embrionária. Dias quentes durante a IA, ou imediatamente antes ou após,
também reduzem a taxa de concepção.
Os efeitos do estresse calórico em bovinos de leite foram revisados por Pires et al.
(1998).
• Quanto tempo depois do parto uma vaca pode ser coberta ou inseminada?
Essa é uma das perguntas mais freqüentes efetuadas por técnicos e produtores. Pode-se
resumir a resposta afirmando que, tendo como base 80 a 90 dias pós-parto, quanto mais
próximo do parto for o cio, menor será a chance de concepção. (Fig. 2).
Embora não exista uma norma definida, recomenda-se que as vacas sejam
liberadas para inseminação artificial (IA) ou montas do reprodutor a partir de 45 dias pós-
parto (rebanhos mestiços) e 50 a 60 dias (rebanhos puros da raça Holandesa, de
produção mais elevada). Maior número de cios antes da vaca ser inseminada ou coberta
pelo touro aumenta a taxa de concepção. Exemplo: duas vacas foram inseminadas aos
60 dias pós-parto, entretanto, a primeira correspondia ao primeiro cio depois do parto,
enquanto a segunda havia apresentado dois cios anteriores (aos 20 e 40 dias pós-parto).
Provavelmente a taxa de concepção da segunda será melhor.
Co s conhecimentos pode-se sugerir o uso de sêmen de menor custo para
ser usado s muito próximos do final do PVE.
Fig. 2 – T
Vá
revisão e
alimentaç
de leite, 
reproduto
2.3
Um
sempre é 
- 
- 
reproduçã
- 
de assistê
- 
da ativida
O l
no rebanh
presença 
a) 
a) 
m esse
 nos cio
empo (dias) de aparecimento do cio pós- parto e taxa d cepção.
 30 60 80 90 
rias outras causas de repetição de serviços em fêmeas
fetuada por Ferreira (1985): estresse, doenças feb
ão, infecção nos órgãos genitais, idade, estabulação, e
transporte ou mudança de habitat, anotações defic
r etc.)
. A saúde reprodutiva do rebanho
 programa de prevenção da saúde reprodutiva é de sum
possível devido a:
número insuficiente de Médicos -Veterinários;
ausência de Médicos-Veterinários em determinadas 
o;
desconhecimento ou insensibilidade do criador às va
ncia técnica preventiva;
impossibilidade de pagamento da assistência técnica
de.
evantamento ginecológico inicial de todas as fêmeas 
o permite a separação dos seguintes lotes de anim
ou não de problemas reprodutivos (PR):
Lactantes
Secas
PARTO MENOR TAXA DE CONCEPÇÃO
20 40 60
Gestantes
Não- gestantes
(Vazias)
Sem PR
Com PR
Não- gestantes
Gestantes
 Sem PR
 Com PR
- Recuper
- Irrecupe
- Recuper
e con
17
 DIAS
 bovinas são citadas em
ris, mudança brusca de
stação do ano, produção
ientes, animais gordos,
a importância, mas nem
regiões, especialistas em
ntagens de um programa
 pela baixa rentabilidade
aptas para a reprodução
ais, tendo como base a
CIO
+
FÉRTIL
áveis
ráveis
ação demorada
18
O descarte dos animais pode ter início imediato com base em possíveis
informações sobre produções anteriores, fenótipo e condição reprodutiva (vacas não-
gestantes com PR irrecuperáveis ou de recuperação demorada).
Os animais devem ser submetidos periodicamente a exame ginecológico,
principalmente aqueles com:
- parto distócico;
- placenta retida;
- descarga fétida ou purulenta pela vulva no pós-parto (infecção uterina);
- sem cios observados até 50 a 60 dias depois do parto (avaliar condição
corporal);
- retorno ao cio após três ou mais serviços;
- aborto em qualquer momento da gestação;
- intervalo anormal entre dois cios (normal: 17 – 24 dias);
- descarga ou muco anormal pela vulva (pus, sangue);
- diagnóstico de gestação: palpação retal aos 50 a 60 dias após cobrição ou IA
ou 28 a 30 dias com ultra-som (em caso de diagnóstico positivo há o risco de morte
embrionária posterior).
Com os cuidados citados é possível se evitar a ocorrência de casos comumente
encontrados do criador ficar à espera de uma vaca supostamente gestante encher o
úbere (mojar), e a mesma não estar gestante, ou de supor que a vaca não venha
apresentando cio, e a mesma estar gestante.
As vacas devem ter sua condição corporal avaliada ao parto, a cada 15 dias pós
parto até três meses de lactação e depois mensalmente. As novilhas devem ser avaliadas
mensalmente quanto à condição corporal, de preferência coincidindo com outras
atividades de manejo rotineiras. Quando possível, as vacas e novilhas devem ser
pesadas quando da avaliação de condição corporal.
2.3.1. Retenção de Placenta
Retenção de placenta é a permanência total ou parcial da placenta no útero por um
período acima de 12 horas após o parto.
As causas determinantes de retenção de placenta ocorrem, em geral, dois a cinco
dias antes do parto. Por isso, quando é feito o diagnóstico da retenção, o processo já está
estabelecido, sendo recomendada a lavagem do posterior do animal com água e sabão, o
corte da parte pendurada da placenta retida e o uso de antibacterianos de largo aspecto
via parenteral, com a finalidade de se evitar a proliferação de germes; e/ou o uso de
hormônios para induzir ou intensificar as contrações uterinas. Com tal procedimento na
quase totalidade dos casos o problema é resolvido.
Observação: Após esses procedimentos, caso o processo se agrave, consulte o
Médico-Veterinário.
A retenção de placenta, quando não cuidada, quase sempre provoca infecção no
útero da vaca, que fica irritada, com os pêlos arrepiados e cheiro fétido na vagina,
culminando com a queda na produção de leite.
Para evitar a retenção de placenta, mantenha os animais livres de doenças infecto-
contagiosas e debilitantes, evitando o aborto, fornecer alimentação adequada, evitar
excessiva movimentação das vacas e secar a vaca dois meses antes do parto.
2.3.2. Infecção uterina
Infecção uterina é um processo inflamatório do útero que pode se instalar após o
parto (puerperal) ou após a cobrição ou inseminação artificial.
19
As infecções uterinas são de grande importância econômica, devido à sua alta
incidência no rebanho nacional, interferindo na fertilidade e, em conseqüência, alongando
o intervalo de partos.
O corrimento vaginal anormal quase sempre é indicativo de uma infecção uterina.
Nas vacas em anestro ou fora de cio, apenas alguns poucos animais apresentam esse
corrimento, tornando o diagnóstico mais difícil. Nas vacas em cio o diagnóstico fica mais
fácil pelo aspecto do muco.
As infecções uterinas podem ser de 1º Grau (turva ou catarral), 2º Grau
(mucopurulenta) ou 3º Grau (purulenta). Nos casos de infecção uterina de 2º e 3º Graus,
a providência inicial para o tratamento é a drenagem do conteúdo do útero. Para isso, é
necessário conhecer o estádio fisiológico do animal, se está ciclando ou em anestro, para
então se definir qual o medicamento a ser utilizado, o que exige a intervenção do Médico-
Veterinário. Em algumas situações é indispensável a associação do tratamento descrito
com antibioticoterapia via parenteral.
As dificuldades para o correto tratamento das infecções uterinas e os prejuízos que
provocam, estimulam a adoção de práticas capazes de evitar determinadas ocorrências,
como o aborto, retenção de placenta, vacas magras ao parto, excessiva perda de peso no
início da lactação, secagem da vaca na época incorreta, instalações contaminadas e
intervenções intra-uterinas, principalmente pós-parto, fatores que favorecem a instalação
dessa infecção.
Observação: Vacas com boa condição corporal ao parto e mantendo ou perdendo
pouco peso no início da lactação manifestam cio rapidamente e com isso há redução na
incidência de infecção uterina.
3.Abortamento
O abortamento em rebanhos leiteiros causa grandes prejuízos pelo fato de que o
produtor perde diretamente com a cria que deixa denascer, ou indiretamente, com a
queda ou ausência total de produção de leite na lactação seguinte. Além disso, existe o
risco de transmissão de certas doenças entre os animais, inclusive para o homem.
Retenção de placenta e infecção uterina são conseqüências comuns de
abortamento e contribuem para o alongamento do intervalo de partos, reduzindo a
produtividade do rebanho.
A maioria dos casos de abortamento tem como causa principal doenças infecto-
contagiosas embora qualquer doença que resulte em febre alta por mais de três dias
possa causar aborto, tais como: mastite, babesiose, anaplasmose, sarcosistose etc.
Causas não-infeciosas de abortamentos também podem ocorrer: manejo incorreto
(estresse, acidentes, vacinações, uso incorreto de carrapaticidas e hormônios etc.).
Quando lidar com fetos abortados, com placentas e com aparelho reprodutor da
fêmea bovina, deve-se usar luvas plásticas, e as luvas após utilizadas devem ser
queimadas.
As principais doenças infecto-contagiosas que provocam abortamento são:
brucelose, leptospirose, campilobacteriose, tricomonose, rinotraqueíte infecciosa dos
bovinos, diarréia bovina a vírus.
Uma das medidas mais importantes para se evitar a introdução dessas doenças no
rebanho, além de aquisição de animais de rebanhos livres das mesmas, é manter em
quarentena os animais comprados, antes de sua introdução no rebanho.
20
3.1. Brucelose
É uma doença transmissível que ataca os bovinos, outras espécies animais e o
homem. A bactéria (germe) localiza-se no útero, na placenta e/ou no úbere das fêmeas
doentes, e nos testículos de bovinos infectados.
3.1.1+ Maneiras de Transmissão da Brucelose
O principal meio de introdução da brucelose num rebanho sadio é pela aquisição
de bovinos infectados. A transmissão do germe se dá principalmente pela via oral, devido
a dois fatores:
a) o hábito de um bovino sadio lamber a genitália de uma fêmea doente;
b) a ingestão de alimentos contaminados por:
⇒ urina de bovinos doentes;
⇒ fezes de bezerros recém-nascidos de vacas doentes;
⇒ corrimento uterino;
⇒ restos da placenta;
⇒ líquidos fetais;
⇒ restos fetais.
Observação: As lesões da pele podem, também, ser via de penetração de germes.
A cobertura pelo touro infectado praticamente não tem importância na transmissão da
doença.
3.1.2 Principais sintomas da Brucelose
• abortamento, principalmente a partir do sexto mês de gestação. Após a
primeira infecção é grande a ocorrência de abortamento. Entretanto, nas gestações
seguintes dos animais infectados vão diminuindo as chances de abortamento, podendo
inclusive não mais ocorrer, embora o animal continue eliminando a bactéria e atuando
como fonte constante de contaminação através da vulva;
• nascimento de bezerros fracos;
• retenção de placenta;
• corrimento vaginal;
• inflamação das articulações;
• inflamação dos testículos.
3.1.3. Prejuízos causados pela brucelose
• desvalorização do animal por ser enviado para abate;
• redução na produção de leite;
• redução no nascimento de bezerros;
• nascimento de bezerros fracos.
3.1.4. Controle e Prevenção da brucelose
O sucesso na eliminação da doença por meio das medidas a seguir dependerá da
fase em que ela se encontra, da vigilância sanitária imposta e do tamanho do rebanho:
• vacinação das bezerras com três a oito meses de idade;
• exame de todo o rebanho, pelo menos uma vez por ano;
• repetição do exame dos bovinos suspeitos três meses após o primeiro exame;
• eliminação dos bovinos doentes, para o abate;
• isolamento das vacas que abortarem;
21
• recondução ao rebanho, somente das vacas com exame negativo para
brucelose;
• consulta ao técnico, para providenciar ou orientar no envio de materiais
específicos para exames laboratoriais;
• enterro do material resultante do abortamento, que não foi enviado para o
laboratório;
• desinfecção com cal ou creolina de todo o material que teve contato com o feto,
membranas fetais e líquidos fetais;
• aquisição de animais somente em plantéis livres da doença. Isso porque
animais com sorologia negativa, oriundos de rebanhos que têm animais comprova-
damente infectados, têm grande chance de também estarem doentes.
3.2. Leptospirose
É uma doença transmissível que causa abortamento nas vacas. Nos animais
jovens causa febre, icterícia, anemia e sangue na urina. Os germes localizam-se nos rins
e são eliminados na urina por longo período.
3.2.. Maneiras de Transmissão da Leptospirose
A transmissão da leptospirose pode ser pela ingestão de água ou alimentos
contaminados por:
• urina de vacas doentes (principal), suínos e animais silvestres;
• fetos abortados e placentas;
• leite de vacas contaminadas.
As lesões de pele podem também ser via de penetração do germe.
3.2.2 Principais sintomas de Leptospirose
• abortamento geralmente na fase final de gestação;
• sangue na urina;
• febre;
• anemia;
• mucosa dos olhos e gengivas amareladas;
• falta de apetite.
3.2.3 Prejuízos causados pela Leptospirose
• queda na produção de leite;
• menor número de nascimento de bezerros;
• maior mortalidade de bezerros.
3.2.4. Prevenção e Controle de Leptospirose
• tratamento das vacas doentes;
• vacinação das vacas e novilhas em idade de reprodução;
• aquisição de bovinos somente em rebanhos livres da doença.
22
3.3. Campilobacteriose
Doença transmissível que ocorre nos bovinos, sendo caracterizada na fêmea por
intervalos entre cios mais longos (30 a 35 dias após o acasalamento) e abortamentos. No
touro não há sinal visível da doença.
3.3.1. Meios de Transmissão de Campilobacteriose
• pela cobertura com touros contaminados;
• pelo do uso de instrumentos contaminados na inseminação artificial;
• qualquer local contaminado pelo corrimento vaginal de vacas doentes.
3.3.2. Principais sintomas de Campilobacteriose
• vacas com intervalo entre cios mais longos (30 a 35 dias);
• corrimento vaginal;
• aborto geralmente após o 5o mês de gestação;
• retenção de placenta;
• infertilidade das fêmeas, ciclando durante três a quatro meses.
3.3.3. Prejuízos causados pela Campilobacteriose
• esterilidade temporária nas fêmeas, alongando o intervalos de partos, e com
isso reduzindo a produção de leite e o número de nascimentos de bezerros.
3.3.4. Prevenção e Controle de Campilobacteriose
• inseminação artificial utilizando sêmen idôneo;
• vacinação para as fêmeas (promover vacinações sistemáticas e repetidas);
• aquisição de animais somente em rebanhos livres da doença.
3.4. Tricomonose
É uma doença venérea transmissível que provoca abortamento, caracterizando-se
por corrimento de pus no aparelho reprodutor da vaca.
O protozoário (micróbio) localiza-se no útero e na vagina da vaca, bem como nas
pregas do prepúcio do touro.
3.4.1. Maneiras de Transmissão da Tricomonose
• pela monta com touros contaminados;
• pelo do uso de instrumentos contaminados na inseminação artificial;
• qualquer local contaminado pelo corrimento vaginal de vacas doentes.
3.4.2 Principais Sintomas de Tricomonose
• abortamento geralmente nos três primeiros meses de gestação, quase sempre
despercebido;
• corrimento de pus na vagina;
• aparecimento de cios com intervalos mais longos.
23
3.4.3. Prejuízos causados pela Tricomonose
• esterilidade temporária nas fêmeas, alongando o intervalo de partos e com isso
reduzindo a produção de leite e o número de nascimento de bezerros.
3.4.4. Prevenção e Controle de Tricomonose
• uso da inseminação artificial;
• retirada do touro infectado do rebanho;
• isolamento para as vacas suspeitas e doentes, por 60 - 90 dias;
• aquisição de animais somente em rebanhos livres da doença.
3.5. Rinotraqueíte Infecciosa dos Bovinos (IBR)
É uma doença transmissível que causa abortamento nas fêmeas bovinas, podendo
ainda causar alterações respiratórias, conjuntivite, metrite e sintomas nervosos.
3.5.1. Fontes de Contaminação de IBR
• sêmen infectado, usado na inseminação artificial;
• vacas contaminadas;
• vacas que apresentam titulações positivas para a doença.
3.5.2. Sintomas Aparentes de IBR
• abortamento a partir do 5o mês de gestação;• presença de pústulas na vulva (manchas avermelhadas) e vagina;
• inflamação no olho;
• corrimento vaginal.
3.5.3 Prejuízos causados pela IBR
• alongamento do intervalo de partos por menor número de nascimento de
bezerros;
• queda na produção de leite.
3.5.4 Prevenção e Controle de IBR
• A vacinação é recomendada somente em rebanhos nos quais se diagnosticou
a doença. Essa vacina somente diminui os sintomas clínicos, não evitando nova infecção
por amostra de campo;
• vacinação das fêmeas de seis a oito meses de idade, revaciná-las aos 18
meses ou antes da cobertura e revacinar anualmente;
• aquisição de animais em rebanhos livres da doença.
3.6 Diarréia Bovina a Vírus (BVD
É uma doença transmissível que causa abortamento no primeiro trimestre de
gestação da vaca.
24
3.6.1. Fontes de Contaminação de BVD
• pelo contato entre animais sadios e contaminados;
• pelo sêmen infectado, usado na inseminação artificial ou na monta natural.
3.6.2. Principais sintomas de BVD
• febre;
• diarréia;
• abortamento no primeiro trimestre de gestação;
• corrimento vaginal.
3.6.3. Prejuízos causados pela BVD
• maior intervalo de partos com queda na produção de leite e menor número de
nascimento de bezerros.
• 
1.0.0 Prevenção e Controle de BVD
• vacinar as fêmeas aos sete meses de idade, aos 18 meses ou antes da
cobertura, e revacinar anualmente;
• aquisição de animais em rebanhos livres da doença.
Observação: Animais gestantes não devem ser vacinados para BVD.
3.7 Algumas Medidas em Casos de Abortamento
• isolamento da vaca que abortou;
• consulta ao técnico para orientação quanto ao envio de materiais específicos
para exames laboratoriais, visando ao diagnóstico da causa do abortamento;
• enterro do material resultante do abortamento que não tenha sido enviado para
o laboratório;
• desinfecção do local onde ocorreu o abortamento;
• recondução da vaca que abortou para junto das companheiras de rebanho,
somente após ser considerada livre de qualquer doença infecto-contagiosa;
• manutenção das companheiras de rebanho em observação, com relação ao
aparecimento de novos abortos.
Observação: Em função da causa do abortamento, serão indicadas as medidas
necessárias para o controle e eliminação do problema.
4. Sistema de Produção: a pasto ou confinado?
Quando o objetivo é maior eficiência reprodutiva, têm-se de levar em consideração
as características físicas da propriedade (área, local, topografia, água, clima etc.), as
condições de mercado (leite/derivados e bezerro) e raça ou grau de sangue do rebanho,
para se definir o tipo de sistema a ser adotado.
Com muita freqüência questiona-se sobre qual o sistema de produção a ser
adotado: a pasto ou confinado? Na Tabela 5 são listados os fatores que podem influenciar
nessa escolha (Satter e Reis, 1997, modificado):
25
Tabela 5. Fatores que podem influenciar na escolha do sistema de produção.
A favor doItens Pastejo Confinamento
Duração da estação de pastejo Longa (> 6 meses) Curta (< 6 meses)
Condições de crescimento do pasto na
estação de pastejo Boa e consistente
Ruim e
inconsistente
Preço do leite Baixo Alto
Instabilidade no preço do leite Alta Baixa
Potencial genético para produção de leite Baixo / médio Alto
Preço de grãos Alto Baixo
Tamanho do rebanho Pequeno / médio Grande
Umidade Relativa do Ar Relativamente úmido RelativamenteSecoClima
Temperatura ambiente Alta Média / baixa
Capital disponível Não prontamente Prontamente
Qualidade do solo Baixa Boa
Potencial de produção agrícola Baixo / médio Alto
Qualidade da forragem Inferior Superior
5. Considerações Gerais
A pecuária leiteira brasileira convive há quase um século com baixa produtividade,
mantendo-se quase estagnada por todo esse período. Esse fato faz com que o retorno
econômico esteja muito aquém do potencial da atividade. A produção de leite no Brasil
elevou-se de 5 bilhões de litros/ano em 1960 para cerca de 23 bilhões de litros em 2000.
Esse acréscimo de 18 bilhões de litros em 40 anos ocorreu nos primeiros 30 anos mais
pelo aumento do número de vacas ordenhadas, enquanto nos últimos 10 anos observou-
se uma melhoria significativa na produtividade. Na verdade, a atividade vem se
caracterizando pelo conservadorismo e extrativismo marcantes.
A baixa produtividade dos rebanhos bovinos leiteiros no Brasil (litros de leite por
vaca/ano, por ha/ano e por dia de intervalo de partos) deve-se essencialmente a dois
fatores:
a) mau desempenho reprodutivo, representado pela idade avançada ao primeiro
parto e longo intervalo de partos;
a) qualidade genética inferior dos animais, resultando em baixa produção por
lactação, lactações curtas e baixa persistência na produção.
Para que a produção de leite seja mais econômica e competitiva, o único caminho
é o aumento da produtividade sem perder de vista a lucratividade. Isso exige uma
reformulação de conceitos ultrapassados e um novo enfoque na assistência técnica, que
deve direcionar seus esforços mais para programas de fomento e preventivos,
modificando o enfoque ainda predominante mais voltado para o aspecto curativo. É
necessário que o trabalho de assistência efetuado em cada propriedade, ou pelo menos
naquelas com condições, englobe as funções referentes a Planejamento, Organização,
Execução e Controle (zootécnico e econômico), fatores primordiais para o sucesso do
empreendimento. Afinal, quantos dos produtores (%) anotam o dia em que a vaca pariu,
sem o que é impossível calcular o intervalo de partos? Qual o percentual de produtores
que faz controle leiteiro do rebanho, pelo menos uma vez por mês, sabendo-se que essa
atividade é imprescindível para qualquer programa de melhoramento genético?
A grande maioria dos produtores desconhece a importância e a maneira de se
efetuar um efetivo controle sanitário, bem como várias técnicas de manejo e de cuidados
com a alimentação, disponíveis e indispensáveis à melhoria da eficiência na atividade
26
leiteira. Cabe aos técnicos a grande responsabilidade de reverter a situação atual,
levando ao conhecimento dos produtores modernas técnicas ou informações capazes de
melhorar os índices zootécnicos do rebanho. Após cientes das novas tecnologias, mas
impossibilitados ou não dispostos a adotá-las, a manutenção dos baixos índices
zootécnicos já passaria a ser responsabilidade dos próprios produtores.
Novas pesquisas sempre serão necessárias, mas é importante se enfatizar que já
existem inúmeras informações ou tecnologias geradas pelos resultados de pesquisas
disponíveis para aplicação imediata pelos produtores, capazes de reduzir seus custos de
produção de leite, desde que corretamente utilizadas. A avaliação zootécnica dos
resultados de pesquisas sempre deveria ser acompanhada de uma rigorosa análise
econômica, de maneira que o produtor pudesse ter uma certa garantia de retorno do
capital investido, evitando-se assim uma ocorrência que vem se tornando comum da
adoção e posterior abandono de determinadas tecnologias, em razão da não-obtenção
dos resultados econômicos esperados. Também as freqüentes oscilações no preço do
leite têm contribuído para o desestímulo ao uso de muitas tecnologias.
No Brasil é possível se obter o intervalo de partos (IP) desejável de 12 meses nos
estados ou regiões sob influência de clima tropical, principalmente com rebanhos bovinos
mestiços (Holandês x Zebu), utilizando-se as tecnologias já existentes em Universidades
e/ou Centros de Pesquisa Agropecuária. Entretanto, o IP médio em rebanhos brasileiros
continua longo, devido em grande parte à falta de acesso dos produtores às informações
tecnológicas disponíveis, conseqüência do número insuficiente de técnicos em relação ao
número excessivo de produtores e/ou impossibilidade de pagamento de assistência
técnica pela baixa rentabilidade do setor.
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