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Resumo Febre Reumática

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Febre Reumática 
	A Febre Reumática é uma doença multissistêmica que acomete aproximadamente 3% dos pacientes com faringite por estreptococo beta-hemolítico do grupo A, após um período de latência de cerca de duas a três semanas, e se caracteriza por envolvimento do tecido conectivo dos órgãos e sistemas, com preferência pelo coração, articulações e sistema nervoso central.
	A inflamação do endocárdio com acometimento das valvas é responsável pela cardiopatia adquirida mais frequente em nosso meio.
	A faixa etária mais acometida é de pacientes entre 5 e 14 anos de idade. O tratamento da faringite (profilaxia primária) visa reduzir a exposição antigênica do paciente ao estreptococo e impedir a propagação de cepas reumatogênicas, além de prevenir complicações agudas.
	A prevenção da doença baseia-se no tratamento adequado da faringoamigdalite estreptocóccica, preferencialmente com a penicilina G benzatina.
	O Escore de Centor Modificado é uma ferramenta validada para a indicação desta profilaxia, devendo indicar tratamento sempre que somar 3 ou 4 pontos.
	O diagnóstico da febre reumática pode não ser evidente e há grande risco de ser mascarado por tratamentos precoces, especialmente com anti-inflamatórios não-hormonais.
	Baseado nos critérios de Jones modificados, o diagnóstico é confirmado pela presença de dois critérios maiores ou um critério maior e dois menores, associados à infecção estreptocócica prévia. 
Artrite: Manifestação mais comum da FR (em 75% dos casos). Autolimitada e não deixa sequela, forma típica é assimétrica e migratória. Manifesta-se por dor e edema com limitação do movimento.
Nódulos: Aparece sobre proeminências e tendões extensores 1 a 2 semanas após as outras manifestações e regride rapidamente com o tratamento
Coreia: desordem neurológica com movimentos rápidos involuntários e incoordenados, que desaparecem durante o sono e aumentam com estresse e esforço. O surto dura, em média, de 2 a 3 meses, e até 1 ano. 
Artralgia: Dor que afeta grandes articulações sem incapacidade funcional e sem sinais inflamatórios agudos.
VHS: Se eleva nas 1as semanas de doença.
PCR: A proteína C reativa (PCR) se eleva no início da fase aguda e diminui no final da 2a ou 3a semana. Mais fidedigna que a VHS.	
Cardite leve: Taquicardia desproporcional à febre, abafamento da 1a bulha, sopro sistólico mitral, área cardíaca normal, Rx e ECG normais (exceto intervalo PR), regurgitações leves ou leves a moderadas ao ecocardiograma, com ventrículo esquerdo de dimensões normais.
	
	
	
	A elevação dos títulos da ASLO se inicia no 7° dia após a infecção e atinge o pico entre a 4a e a 6a semana, mantendo-se elevada por meses até um ano após a infecção. Recomenda-se a realização de 2 dosagens de ASLO com intervalo de 15 dias.
	Diante de quadro clínico sugestivo e teste rápido negativo, recomenda-se a realização de cultura de orofaringe.
	O tratamento visa quatro objetivos específicos: a erradicação do estreptococo, o controle dos fenômenos inflamatórios e cicatriciais, o controle sintomático e o tratamento das demais complicações da febre reumática aguda (cardite, poliartrite e coréia).
	A erradicação do estreptococo é feita com a penicilina G benzatina (600.000 a 1.200.00UI) em dose única. Nos pacientes alérgicos à penicilina é recomendada a eritromicina na dose de 20 a 40mg/kg/dia durante 10 dias, podendo ser utilizada a azitromicina ou clindamicina.
	Para evitar novos surtos da doença indica-se a profilaxia secundária que consiste na aplicação de penicilina G benzatina na mesma dose a cada 21 dias até 21 anos ou até cinco anos após o último surto nos pacientes sem doença cardíaca, e até 25 anos ou 10 anos após o último surto nos pacientes com febre reumática com cardite prévia, insuficiência mitral residual ou resolução da lesão valvar. Nos pacientes com lesão valvar residual moderada a severa a profilaxia será mantida até a quarta década de vida ou por toda a vida. Nos casos de alergia à penicilina e à sulfa, utiliza-se eritromicina em dose de 250mg de 12/12 horas.

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