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1 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA 1M3 FISIOPATOLOGIA DA FEBRE E DAS HEPATITES VIRAIS FEBRE: Elevação da temperatura corporal acima da faixa de normalidade (37,5°C-axilar/ 37,8°C-oral/ 38°C- retal) associada a um aumento no ponto de ajuste hipotalâmico (o que a diferencia de uma hipertermia, que não provoca alteração no centro hipotalâmico). A febre não é uma doença, é um mecanismo de resposta do organismo a alguma anomalia. Muitos pacientes utilizam o termo febre de maneira vaga, geralmente querendo dizer que não sentem tanto calor, nem tanto frio, ou suam, mas geralmente não mediram de fato sua temperatura. Elevação da temperatura corporal Febre relacionado com o termostático – hipotálamo (aumento da temperatura no hipotálamo). Hipertermia – aumento da temperatura corporal sem alteração no hipotálamo. Diferencia pela história clínica. A elevação da temperatura corporal que não é causada pela redefinição da temperatura corporal no ponto de equilíbrio é chamada hipertermia. Hipertermia é uma situação em que o corpo apresenta um aumento acentuado de temperatura, sendo uma de suas principais causas a exposição ao calor excessivo. A hipertermia, que é a elevação da temperatura do corpo, ocorre quando o organismo produz ou absorve mais calor do que consegue dissipar. Constitui uma emergência médica que requer tratamento imediato para evitar complicações, inclusive a morte. A hipertermia difere da febre no fato de que nela o mecanismo de ajuste da temperatura do corpo permanece inalterado, ao contrário do que ocorre na febre. Tomou sol: sugou muito calor, mas não conseguiu jogar calor fora. Febre está relacionada com doenças, infecções. Só é febre quando tem comprovação. Febre por dentro não existe (febre não quantificada). Hipertermia é uma urgência e pode ser emergência dependendo do estado neurológico do paciente. Mais comum em trabalhadores rurais. Causas: • Infecciosa (mais comum, mas febre não é sinônimo de infecção) • Neoplásica • Inflamatória (incluindo reumática, não reumática e relacionada com fármacos) • Desordens metabólicas • Destruição de tecidos • Distúrbios hormonais • Distúrbios emocionais Fisiopatologia: O hipotálamo pode ser anatomicamente dividido em duas áreas: anterior e posterior. A porção anterior, também chamada de centro dissipador de calor, age de forma para aumentar o “desperdício” de calor e, consequentemente, a “saída” dele do corpo. Para que isso ocorra, depois de estimulado, suas vias eferentes irão promover a vasodilatação vascular periférica e aumento da sudorese. Enquanto isso, se a porção posterior do hipotálamo (centro promotor de calor) for ativada promoverá a produção e conservação de calor por meio da vasoconstrição periférica, aumento da atividade metabólica e aumento do tônus muscular. Esse último explica o porquê dos calafrios quando se tem febre. O que acontece de fato quando se tem febre é que o nível de termorregulação do hipotálamo – geralmente prefixado para 36,5ºC – é elevado, desencadeando a ativação do centro promotor de calor. O hipotálamo é dividido em anterior e posterior. A parte anterior controla a temperatura prevenindo o desperdício – não deixa que saia de forma desnecessária. A posterior é a produção de calor. Essa elevação do termostato humano é dependente, provavelmente, da prostaglandina E2. Para que haja produção desse agente, o organismo precisa primeiro ser induzido a produzir citocinas (pirógenos endógenos) a partir das células de defesa que estão lutando contra um pirógeno exógeno. PIROGENOS ENDOGENOS: SUBSTANCIA PRODUZIDO PELO ORGANISMO EM RESPOSTA A UM PIROGENO EXOGENO. CONSIDERADO UM MEDIADOR DA FEBRE. Essas citocinas irão interagir com elementos sensoriais no órgão vascular da lamina terminal e outras regiões do cérebro, promovendo a síntese da prostaglandina E2. Ela consegue, então, atravessar a barreira hemato-encefálica e ascender o ponto prefixado, estimulando os mecanismos do centro promotor. Pq o pct com febre da sudorese e calafrios? Pois a porção anterior para não desperdiçar calor faz vasodilatação periférica (retenção líquida) e assim faz jogar para fora por meio da sudorese. Com muita febre o pct da calafrios devido a vasoconstrição periférica – não chega sangue, não chega calor. 2 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA Citocinas – pirógenos: tentam combater a infecção através de substâncias pró-inflamatórias que no final da cascata vira prostaglandinas. Prostaglandina ultrapassa a barreira hematoencefálica e chega no hipotálamo e aumenta a temperatura. A febre ocorre pela ação de fatores pirogênicos sobre o centro termorregulador do hipotálamo, elevando o limiar térmico e desencadeado respostas metabólicas de produção e conservação de calor (tremores, vasoconstrição periférica, aumento do metabolismo basal). Essa ação pode se dar por basicamente duas vias: a via humoral 1 e a via humoral 2 A via humoral 1 consiste na ativação dos receptores TLR-4 na barreira hematoencefálica pelos fatores exógenos (principalmente microorganismos). Estes pirogênios exógenos estimulam os leucócitos a liberar pirogênios endógenos como a IL-1 e o TNF que aumentam as enzimas (ciclo-oxigenases) responsáveis pela conversão de ácido araquidônico em prostaglandina. No hipotálamo, a prostaglandina (principalmente a prostaglandina E2) promove a ativação de receptores do núcleo pré-optico, levando ao aumento do ponto de ajuste hipotalâmico. A via humoral 2 pode ser direta ou indireta. No caso da via indireta, as citocinas irão ativar os receptores TLR-4 na barreira hematoencefálica, desencadeado toda a sequência descrita na via humoral 1. Já na via direta, as citocinas atuam diretamente no núcleo pré- óptico, aumentando o ponto de ajuste hipotalâmico. Os principais pirogênios endógenos são as IL-1 e IL-6, o TNF e o IFN e, mais recentemente descritos, a IL-8 e o MIP-1. Já principais os pirogênios exógenos são os microorganismos intactos, produtos microbianos, complexos imunes, antígenos não-microbianos, drogas e outras agentes farmacológicos. Via humoral 1: Via humoral 2: o pirógeno/causador produz citocinas que produz substâncias pro-inflamatórias que no final forma prostaglandinas. Via humoral 2 Direta: a própria citocina vão diretamente no hipotálamo. Quando a temperatura ultrapassa o novo limiar, são desencadeados mecanismos de dissipação de calor (vasodilatação periférica, sudorese e perspiração) que tendem a reduzi-lá novamente. Desta forma, na resposta febril a termorregulação é preservada, ainda que em nível mais elevado, mantendo-se inclusive o ciclo circadiano fisiológico (temperatura máxima entre 16 e 20hrs, mínima entre 4 e 6hrs). Sinais e sintomas relacionados à febre: Os sinais e sintomas da febre estão envolvidos com as respostas metabólicas à ação dos pirógenos. Podem ser observados calafrios, piloereção, extremidades frias (em decorrência da vasoconstrição periférica), posição fetal, taquicardia, taquipneia, taquisfigmia, oligúria, náusea e vômito, convulsões (principalmente em crianças), delírios e confusão mental, astenia, inapetência e cefaleia, sudorese (após a cessação da febre). Devem ser analisadas as seguintes características semiológicas da febre: • início, • intensidade, • duração, • modo de evolução e • término. O início pode ser súbito ou gradual, já a intensidade é classificada como leve (até 37,5°C), moderada (37,6 a 38,5°C) ou alta (acima de 38,6°C). Em relação à duração, a febre pode ser recente (menos de 7 dias) ou prolongada (mais de 7 dias). HEPATITE VIRAL: Depende da resposta do hospedeiro. As hepatites virais formam um grupo de cinco doenças diferentes e diversos vírus podem ser os causadores, sendo os principais: HAV, HBV, HCV, HDV e HEV, porém, outros agentes etiológicos também podem aparecer, como Epstein-barr, CMV, VHS,vírus da febre amarela e da rubéola. Geralmente os quadros de hepatites virais são autolimitados, persistindo por cerca de um a dois meses, porém pode durar cerca de seis meses, no máximo. Em outros casos, porém, as hepatites podem evoluir com sintomas extra-hepáticos significativos, resultando em doença hepática crônica. Epidemiologia das hepatites virais: A hepatite mais prevalente é a hepatite A, com 48% dos acometidos, seguidos da hepatite B 34%, e C em 15% dos doentes, a hepatite D é muito menos frequente, juntamente com a E. No Brasil, representam um problema de saúde pública, sendo doenças transmissíveis endêmico- epidêmicas, porém o comportamento epidemiológico dessas doenças está sendo alterado nos últimos anos, principalmente devido à cobertura vacinal, no que se refere ao vírus da hepatite B e maior 3 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA detecção nos bancos de sangue da presença do vírus C, além disso, as melhorias nas condições sanitárias e socioeconômicas também contribuíram para a menor incidência das hepatites virais. Modo de transmissão: As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e está relacionada às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. As hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue contaminado por (via parenteral, percutânea e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual). A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados como laminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, materiais para escarificação da pele para rituais, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína), pipadas (crack) e tem também o narguilé – uma espécie de cachimbo de água comumente usado em países do Oriente Médio – causa riscos à saúde, isso porque as piteiras por onde se fuma são compartilhadas por várias pessoas ao mesmo tempo, então a gente percebe um alto risco de herpes labial e até doenças mais graves as hepatites B e C. A transmissão vertical pode ocorrer no momento do parto. O vírus da VHB pode ser transmitido pela via vertical (de mãe para filho). Embora o VHB esteja presente no leite materno a transmissão por essa via ainda não foi documentada, por isso, sendo assim, a amamentação não está contraindicada, em mães portadoras do VHB (BRASIL, 2008). Na hepatite C, a transmissão vertical é menos frequente e, apesar da possibilidade de transmissão pelo aleitamento materno, não há evidências conclusivas de aumento do risco à infecção. A hepatite D, também chamada de delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa. É o único no seu gênero em patologia humana e não se consegue multiplicar senão na presença do vírus da hepatite B. No Brasil, essa doença é mais comum na região Amazônica. A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Hepatite D (Delta) – como o HDV é defectivo e necessita do antígeno de superfície do HBV para causar infecção e se replicar, os indivíduos suscetíveis à hepatite B também o são para a hepatite D. Fisiopatologia: As lesões dos hepatócitos, quando analisadas histologicamente, mostram intensa resposta de linfócitos T citotóxicos aos antígenos virais expressos nas membranas celulares dos hepatócitos, linfócitos Killer naturais e citotoxicidade celular dependente de anticorpos também modulam a inflamação durante a infecção aguda na hepatite A. Com a recuperação do paciente, acontece títulos elevados de anticorpos contra os antígenos do envelope, como anti-HAV, anti-HBS, anti-HCV-E1, anti- HCV- E2 e anti-HEV. Esses anticorpos podem conferir imunização, ainda que parcial, contra a reinfecção. O vírus da hepatite A tem a capacidade de resistir ao pH ácido do estômago, por isso ele consegue chegar ao trato digestivo. O HAV atravessa o epitélio intestinal, chega às veias mesentéricas e alcançam o fígado pelo sistema porta. O vírus se replica no hepatócito e é excretado pelos canais biliares, atingindo o intestino por meio da bile, onde finalmente é eliminado nas fezes. Por mais que o vírus consiga atingir outras partes do corpo, sua patogênese é praticamente exclusiva de fígado. A infecção pelo HAV pode ser dividida em duas fases: • Fase não citopática: a replicação ocorre exclusivamente no citoplasma do hepatócito, mas há pouca ou nenhuma lesão ao fígado • Fase citopática: nessa fase ocorre necrose tecidual e infiltração portal. O dano hepatocelular não é causado diretamente pelo vírus, mas sim por uma resposta imunológica do indivíduo. Quando essa resposta for excessiva, pode gerar hepatite fulminante. Hepatite B: O vírus da hepatite B é um vírus DNA não citopático, que necessita se estabelecer nos tecidos hepáticos para completar o seu ciclo de vida. A partir disso, a intensidade da resposta imunológica será o que vai determinar a gravidade da doença. Por se tratar de um vírus não citopático gerará uma resposta imunológica que produzirá citocinas e interleucinas, como interferon-gama e o fator de necrose tumoral. Nesse quadro, a chuva de citocinas inflamatórias será responsável pela lesão hepática e pelas manifestações extra-hepáticas. O HBV possui três partículas, cada uma representando um antígeno diferente, como AgHBs, AgHBc e AgHBe. O AgHBs é uma partícula de superfície e irá induzir a formação do anticorpo anti-HBs, localizando-se superficialmente, enquanto o AgHBc tem localização nuclear. Já o AgHBe é excretado pelos hepatócitos infectados e está relacionado com a replicação do vírus e a indução da formação do anticorpo anti-HBe. Está presente no leite materno – mas não está documentado que a criança foi infectada com o leite. Hepatite C: Virologia e fisiopatologia: O HCV é um vírus RNA pertence a família Flaviviridae, e é um representante do gênero Hepacivirus. Existem, pelo menos, 7 genótipos e 67 subtipos do vírus. Os genótipos chegam a apresentar 30 a 50% de diferença no seu RNA. 4 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA O tratamento varia de acordo com os diferentes genótipos. O genótipo 1 é o mais prevalente em todo o mundo e é responsável por 46% de todas as infecções pelo HCV, seguido pelo genótipo 3 (30%). O mesmo se observa no Brasil, com pequenas variações na proporção de prevalência desses genótipos, por exemplo, o genótipo 2 é mais frequente na região centro-oeste, enquanto o genótipo 3 é mais comumente detectado na região Sul. Acredita-se que o principal mecanismo de lesão as células hepáticas seja mediada pelo sistema imunológico do próprio hospedeiro em resposta a presença do vírus. Na análise histopatológica de portadores de hepatite C, observou-se esteatose micro ou macrovesicular, dano nos ductos biliares e agrupamentos de células linfocitárias. Hepatite D: O vírus HDV é considerado um vírus defectivo, que precisa da presença de HBV ou de outro vírus da família Hepadnavírus para sua replicação. Assim, HDV pode coinfectar – quando a infecção por HBV e HDV ocorre na mesma oportunidade – ou superinfectar uma pessoa com hepatite B – quando uma pessoa com infecção crônica prévia por HBV é infectada por HDV. A região amazônica, principalmente no Amazonas e Acre. As formas de transmissão são semelhantes às de hepatite B, sendo a via parenteral a principal. Transmissão sexual e por contato íntimo também já foram descritos. Casos de coinfecção geralmente apresentam-se como doença autolimitada, com recuperação sem sequelas na maioria dos casos e uma taxa de cronificação de aproximadamente 2%. Já os casos de superinfecção tendem a ser mais graves, sendo a hepatite fulminante 10 vezes mais frequente nesses casos do que nos de coinfecção. A cronificação do HDV também é mais comum, com 90% dosindivíduos passando a ter doença crônica. A hepatite crônica por HDV é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica, com progressão mais acelerada para cirrose, a qual se desenvolve em 60 a 80% dos pacientes. Além disso, há risco aumentado de descompensação hepática, carcinoma hepatocelular e morte. Hepatite E: O HEV é um vírus de RNA fita simples não envelopado que possui 4 genótipos. Os genótipos 1 e 2 infectam exclusivamente humanos, enquanto os genótipos 3 e 4 podem ser considerados zoonoses, tendo os porcos como hospedeiros intermediários. A transmissão é predominantemente por via fecal- oral, por meio de contaminação de água e alimentos. Outras formas de infecção descritas incluem ingestão de carne de porco ou de seus produtos derivados mal-cozidos, transfusão de hemoderivados contaminados e transmissão vertical de gestantes para o concepto. Apresenta-se como doença aguda e autolimitada, semelhante ao quadro clínico de outras hepatites virais. Contudo, gestantes, principalmente as que estão no terceiro trimestre estão sob maior risco de desenvolvimento de doença grave e hepatite fulminante, com uma taxa de letalidade de 20% a 25% nessa população. Apesar de autolimitada na maior parte dos casos, cronificação e desenvolvimento de doença hepática progressiva já foram descritos em indivíduos imunossuprimidos. Nesses casos, receptores de transplante de órgãos sólidos, pessoas que vivem com HIV, indivíduos em tratamento quimioterápico para neoplasias hematológicas estão sob risco. Manifestações clínicas: Não existe um quadro clínico patognomônico das hepatites virais e a distinção entre os diferentes tipos de lesões hepatocelulares não pode ser feita apenas considerando as manifestações clínicas. A apresentação do paciente pode ser de infecção sintomática ou assintomática, icterícia ou anictérica, e ainda colestática. No geral, o quadro clínico se desenrola em três fases subsequenciais: da hepatite aguda. Fase prodrômica: • Nesse período, os sinais e sintomas são inespecíficos e predominantemente sistêmicos e gastrintestinais: mal-estar, astenia, anorexia, artralgias, mialgias, tosse, cefaleia, fotofobia, náuseas, vômitos e diarreia. • Esse quadro é muito semelhante ao gripal e a febre, pode existir também desconforto abdominal devido à hepatomegalia dolorosa, podendo associar-se à esplenomegalia. Fase ictérica: • Depois de uma variação de vários dias a poucas semanas, a fase prodrômica passa para a fase ictérica, caracterizada principalmente pelo surgimento da icterícia, associada ou não com colúria, hipocolia fecal e prurido que, juntas indicam a síndrome colestática. • Os sintomas da fase prodrômica regridem ou abrandam – com a icterícia, a febre desaparece – com exceção dos sintomas gastrintestinais, que podem acentuar. • Atenção para o fato de que a fase ictérica pode não aparecer! • Nas infecções subclínicas, o comum é que não haja essa fase. 5 Laís Flauzino | FISIOPATOLOGIA | 5°P MEDICINA Fase da convalescença: • Essa fase é marcada principalmente pela percepção do paciente da sua melhora. • Dura algumas semanas e o seu término representa o fim do quadro agudo da hepatite. • A partir de agora, ou o paciente está curado ou evoluiu para a cronicidade – em alguns casos d einfecçao pelo HBV ou HVC. A duração das três fases não deve passar de 6 meses e, caso ultrapasse esse tempo, deve-se investigar uma hepatite crônica. Diagnóstico das hepatites virais: O diagnóstico das hepatites virais depende da interpretação correta dos sintomas, achados no exame físico e testes laboratoriais, que, juntos, podem levar a suspeita de necrose hepatocelular. • Hepatite A: o diagnóstico é laboratorial, sendo fechado em caso de anti-HAV IgM positivo, o anti- HAV IgG positiva com a infecção, permanecendo por período de tempo maior. • Hepatite B: o diagnóstico é fechado quando o Anti-HBC IgM está positivo. • Hepatite C: importante fazer a pesquisa sorológica de anticorpos contra o vírus C (Anti- HCV), porém o anticorpo só se ativa após 8 semanas, estando negativo na fase aguda e continua positivo após a cura. Por isso, é importante dosar HCV-RNA, que vai estar positivo na fase crônica, mas negativo com a cura da doença. • Hepatite D: diagnóstico é laboratorial, com pesquisa do anti-HDV, que aparece após 30 a 40 dias da infecção aguda (inicialmente IgM, depois IgG). No caso da hepatite D, é importante diagnosticar também coinfecção com HBV ou superinfecção. • Hepatite E: identificação do anti-HEV IgM, que positiva de 3 a 12 meses, o IgG indica cicatriz sorológica. 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