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Aula da cirurgia - Sharon Treiger - Fraturas por Acidentes

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Aula da cirurgia - Sharon Treiger - Fraturas por Acidentes
Os acidentes podem ser domésticos, ( tombo em casa, tropeços e etc..) Antigamente, como é que nós tratávamos esses acidentes? Não existia placa e parafuso na década de 80, há 40 anos atrás, e se usava fio de aço.
Hoje em dia, não se usa mais. Mas é importante saber que existiu. O fio de aço, ele é semi rígido. Se eu colocar um fio de aço no osso para se reduzir uma fratura, é uma fixação semi rígida. 
Obrigatoriamente, se eu deixar esse paciente,em movimentação, esse fio de aço vai ceder. Então se bloqueava o paciente (bloqueio maxilomandibular). Se unia a maxila à mandíbula. 
Esse bloqueio maxilomandibular se fazia de duas formas:
- Barra de Erich: que parece com um aparelho ortodôntico onde se liga de molar a molar.
-Odontossínteses: fazia amarrias nos dentes Que me possibilita o bloqueio maxilomandibular.
•Osteossíntese semi rígida: Quando eu uso fio de aço no osso, eu tenho uma osteossíntese semi rígida.
•Osteossíntese rígida:Quando eu uso placa e parafuso eu tenho uma osteossíntese rígida,uma fixação rígida.
•Bloqueio maxilomandibular semi rígido: Quando eu vou fazer um bloqueio maxilomandibular, que eu passei a minha barra (fiz odontossíntese) e une a arcada de cima com a arcada de baixo, com elástico, Eu tenho um bloqueio Maxilomandibular semi-rígido.
•Bloqueio maxilomandibular rígido; quando eu faço esse mesmo bloqueio maxilo mandibular, usando fio de aço unindo as duas arcadas eu tenho um bloqueio maxilomandibular rígido (isso cai demais em prova). Hoje em dia, esse método não se usa mais,mas precisamos saber que esse tipo de tratamento existiu.
Antigamente na maioria dos acidentes: tentava se reduzir os menores fragmentos (quando existia um deslocamento )ou então se bloqueava para se deixar consolidar; só que existia um grande problema existe o risco de infecção,Pois era altamente contaminável. Esta era uma osteossíntese semi rígida. 
Vejamos:
Aqui estamos vendo uma radiografia de PA, onde a gente tem uma cominuição na região de ângulo. E aqui? Também: Avulsionou toda a região anterior, E não foi por pistola foi por fuzil (estamos no Rio de Janeiro foi fuzil); E agora o que que você está vendo aqui ? lembra da aula que o professor Gerson deu ?preocupar com as vias aéreas! Aqui o paciente estar com a traqueotomia,Sendo entubado pela traqueia, para que? Para manter a ventilação. Uma das fraturas que Nós temos que tomar cuidado é com as fraturas bilaterais parasinfisarias, Porque toda essa região anterior é tracionada pela musculatura infra hióidea e você pode ter uma obstrução. Queda da língua E aí o paciente pode vir a óbito por uma obstrução mecânica; por isso essa é a fratura que temos que tomar mais cuidado! Tá claro esse caso que avulsionado toda região anterior? Essa musculatura toda vai retrair? Vai retrair. Tem sangue na cavidade oral ... olha o gap, vai ser fácil de se reconstruir? não vai ser fácil! Vou poder usar uma plaquinha de espessura pequena ? Não! porque quanto maior o problema mais difícil vai ser. E outra coisa quanto mais atrésico, for a mandíbula do paciente mais difícil também vai ser o sistema e quando paciente for idoso a gente vai usar uma placa de reconstrução que vocês vão ver mais pra frente que é quase da altura do corpo da mandíbula do paciente.
Olha lá o gap! Na hora que for tracionar a língua conforme o professor Gerson ensinou, pra gente conseguir visualizar, para haver a queda da língua OK? Aí se sutura. 
Existem coisas que o Ministério da Saúde não adverte: Andar de bicicleta sem capacete é tão perigoso como andar de carro sem usar o cinto porque você chega velocidades de 60 a 80 km/h. E quem não for esportista chega a 40 km/h e se você não tiver uma proteção é perigoso... não adianta usar aquele capacete coquinho, aquilo não serve pra nada, Aquilo ali só serve para fraturar e não proteger o crânio.
 A gente brinca que quando paciente fratura muitos ossos da face ele tem que proteger o crânio . É melhor? com certeza é melhor. Você pode ter uma lesão neurológica quando você tem múltiplos fraturas.Então andar de bicicleta também deve ser com o uso de capacetes, pq pode fazer mal à saúde.
Fraturas patológicas
Você pega o paciente, vê a radiografia, assim multiloculado,Vai até a região de Gonio, Alguma patologia pode levar a uma fratura de mandíbula ? Pode sim. Olha o tamanho do gap! Então a clínica do paciente : vemos aumento de volume, já tinha passado por outros serviços, já invadindo cadeia cervical, e na tomografia a gente vê essa grande fratura : isso aqui é um corte axial da mandíbula. Aqui seria cortical vestibular e aqui seria cortical lingual e cadê a cortical lingual aqui? pela expansão e crescimento da lesão já fraturou a cortical Lingual: já existe uma fratura patológica.O envolvimento desse processo não é de um mês dois meses e sim de uns cinco a sete anos.As vezes quando paciente chega no serviço aí é necessário fazer uma biópsia, E às vezes é necessário remover dente porque os processos crescem E são os dentes que estão causando essa patologia. E às vezes o profissional não quer extrair o dente porque o paciente é novo, e assim a patologia continuar crescendo e vai comendo osso,e o paciente está em tratamento ortodôntico, está em controle na Orto. O aparelho está legal e a lesão? A patologia está lá. Não é possível que o ortodontista não tenha percebido ... essa lesão não começou desse tamanho ... ela começou pequena e esse paciente está em tratamento ortodôntico há um bom tempo... e esse é um fibroma ameloblástico, benigno,não tem característica recidivante, porém Os dentes envolvidos têm que ser removidos. Olha só o aspecto intra-oral, mas ele tava de aparelho ,fazendo manutenção. Aí se fez a biópsia inicial,Se tirou isso da biópsia inicial e aí veio o resultado de fibroma Ameloblástico ou seja, vamos ter que ressecar a mandíbula dele e reconstruir. Então o acesso pela linha média cervical da linha ou seja da sínfise até ângulo . Pra que ? pra vc chegar até a região de côndilo.Então você vê que isso tudo é patologia, ha área de expansão da mandíbula, fratura, envolvimento da região lingual, o retalho é lá em cima mesmo, e o que você vai se fazer? Vai se fazer uma ressecção com margem de segurança da linha média e vai desarticular em mandíbula. Então é um paciente de 19 anos de idade trabalhava na rede d'or , era maqueiro da rede D'or ... e o ortodontista até botou aparelho e não viu a lesão, que era pequenininha, A lesão foi crescendo... E o rapaz perdeu a metade da mandíbula :lesão benigna oncológica- Fibroma ameloblástico.Então aí a gente conserta e faz margem de segurança e se resseca a mandíbula. olha como estava a. região de ramo , região coroNóide, e côndilo, está tudo comido , não tem como curetar, não tem como fazer marsupialização, descompressão ... não tem como... já está tudo envolvido. Olhem O tamanho da peça... esse aqui é o bloqueio maxilo mandibular, esse aqui é o parafuso de BIN, Ao invés de passar barra, fazer odontossíntese, a gente tem outros dispositivos também . Que são esses parafusinhos q nós colocamos , não se precisa perfurar o osso : a gente coloca o parafuso na chave e ele vai perfurando osso . coloca-se uns 3, 4 de um lado e fazemos o bloqueio maxilo mandibular. Pra que ? Para manter a oclusão, pra eu colocar a placa. Sempre eu vou reduzir, conter e imobilizar. É sempre assim: redução,Contenção e imobilização os princípios de uma fratura. Esse bloqueio é rígido ou semi rígido, por que? É rígido. Pq estou unindo Os parafusos de bloqueio com fio de aço.Aqui é um template pra eu poder modelar pq senão eu aumento o arco mandibular porque eu tem que fazer um contorno viável para esse paciente aqui tem a placa de reconstrução com uma prótese de estoque associada a ela. (Hoje em dia existem próteses customizadas de ATM. São individualizadas.. só para aquele paciente, são feitas c enceramento... nos EUA, No caso de problema articulares e podemos falar disso numa outra aula). Então aqui estamos colocando a prótese em posição, fixamos e fazemos a suturafinal do paciente.
Então só pra gente lembrar que a mandíbula é um osso ímpar, Tem um ramo , corpo e dois processos: Processo coroNóide E processo condilar.
Quais são as áreas de maior percentual de fratura?
A região de côndilo é a que tem maior índice de fratura, depois vem região de corpo de mandíbula.O importante nas fraturas condilares, é o côndilo, ele tem um colo e papai do céu é muito inteligente : quando a gente tem um trauma na sínfise a força vai dissipando , ela vai correr pela mandíbula toda, pelo corpo e vai subir pelo ramo aí temos uma constrição , que é o colo do côndilo. Pra que foi feito? para fraturar. Porque se ela fosse larga se tivesse a mesma continuidade o que aconteceria ? iria fraturar a base do crânio onde temos a fossa Timpânica, o Meato acústico e temos a fossa craniana . Quando se fratura o côndilo , protege-se o crânio e assim teremos menos comprometimentos neurológicos.
Classificação das fraturas:
-Quanto a localização anatômica:
•Fratura condilar é a fratura do côndilo .
•Fratura de corpo de mandíbula
•Fratura sinfisária é a fratura na sínfise.
•Fratura parassinfisária- fratura na para-sínfise
•Fratura de ângulo.
•Fratura no Processo coronóide
•Fratura de Processo alveolar
Quanto ao tipo:
•Galho verde( parcial ou incompleta): Fratura incompleta, como se fosse fissura. Lembre-se que temos a mandíbula, a tábua vestibular, o osso medular ou esponjoso e uma cortical lingual. Tive um trauma, traço de fratura só que eu não tive um gap, diástase, ou seja, tive uma fissuraת
•Simples: Quando eu tenho um rompimento da tábua vestibular ou lingual ou tive um gap, fraturou realmente as tábuas vestibulares ou linguais eu tenho uma fratura simples. Ela não é exposta. Tenho um traço de fratura.
•Composta:quando a fratura é exposta e tenho mais de dois traços
•Cominutiva :aquela que tem micro fragmentos.( pequenos fragmentos)
Quanto à direção a fratura pode ser:
•Horizontal
•Vertical
•Oblíqua
Quanto à angulação e tração muscular: (É muito importante)
Fratura de corpo de Mandíbula
ela tem uma posição: se ela está em sentido contrário à força muscular vocês acham que ela é uma fratura favorável ou desfavorável? Que que vocês acham que vai acontecer se eu tenho uma fratura e o músculo está puxando? Se temos uma fratura e o músculo está puxando, o músculo vai vencer. Está fraturado.Se eu tenho o sentido de força da fratura, contrário ao sentido da musculatura, Ela é favorável ao tratamento e desfavorável ao deslocamento. E o contrário? Ela é favorável à tração muscular e desfavorável à estabilidade.Se eu tenho um traço de fratura contrário a força da musculatura, ela é mais favorável no tratar. Ela É mais estável. Se é no mesmo sentido, ela é desfavorável, ela é instável.
Quanto a organização anatômica:já vimos a classificação anteriormente.
O tipo de fratura galho verde nós vemos mais no zigoma, na mandíbula já é mais difícil.
Vocês estão vendo aqui quando não temos uma fratura completa e ainda temos uma margem óssea, é um galho verde.
Uma fratura simples:Ela não é exposta ao meio , não tem rompimento da mucosa , aí vocês não vou esquecer mais.
Essa aqui é uma fratura exposta : região anterior avulsionada e se não tratar o que que vai acontecer ali? vai acontecer a necrose. Pois não vai ter a vascularizado pelas artérias, não vai haver a vascularização do periósteo e aí vai necrosar.
E aí a pessoa vai ficar com defeito, isso aí pode ser jogado pro gato comer ... existe o fator tempo. Por isso, que quanto mais rápido a gente intervir melhor vai ser a cicatrização óssea e o paciente vai ficar OK vai ficar em função.
Aqui é um exemplo de fratura cominutiva: O paciente tomou mais de um tiro e temos vários traços de fratura.
Então quais são os princípios para todos os tipos de fratura?
A gente sempre vai reduzir; o que é reduzir?Alinhar os corpos ósseos que estão desalinhados por causa da fratura. Colocar em posição. Ah, tá com uma impacção... então temos que soltar o que está impactado, pra depois alinhar e botar em posição os corpos ósseos. E depois é conter ( é manter os corpos reduzidos ) e depois imobilizar, para não ter a força da musculatura interferindo na redução.
Então vamos lá vamos voltar no início da aula: quando eu tinha o fio de aço, só o fio de aço vai segurar a fratura?Não.
Eu vou ter que conter e fazer a imobilização. A imobilização é o bloqueio Maxilo mandibular. Para contenção e imobilização a gente usa placa e parafuso: é uma etapa só. E aí o que que é melhor? Paciente Ficar de boca fechada ou de boca aberta? Depois da anestesia é melhor o paciente sair de boca fechada ou de boca aberta? De boca aberta né. Se o paciente vomitar é melhor ele ficar de boca aberta ou de boca fechada? Boca aberta né. São esses detalhes por isso a fixação rígida é sempre muito melhor. Ah, mas se eu estou lá no final do Brasil, e lá não tem placa e parafuso, se está faltando placa e parafuso eu não vou saber tratar ? posso usar o fio de aço , porém o tratamento será mais longo e será mais penoso pro paciente, porque o paciente precisará ficar com a maxila e a mandíbula bloqueadas. O paciente ficará com a boca fechada onde a higiene será pior. ele não terá como escovar a língua. É normal paciente ter Parestesia e quais são os sinais clínicos? Mal oclusao. no hospital de emergência a preocupação não vai ser o dente e sem reduzir a fratura. A prótese será vista depois. Então o princípio este aqui: Fraturou, teve um movimento,diastase, reduzi, E bota as placas. Temos tensão e tração. Em cima é tensão pra abrir e Embaixo a gente vai segurar a compressão. Em cima sempre a placa vai ser menos espessa e embaixo ela é mais pesada, esses são os princípios da fixação rígida. E aí bota os parafusos e o ideal é o que?Devemos colocar dois parafusos no mínimo para cada lado do traço de fratura. Coloco sempre o primeiro parafuso o mais próximo do traço de fratura, coloco de um lado e coloco do outro. E depois eu vou indo pra extremidade. O que que a gente quer que haja ?queremos a consolidação. Pode não haver consolidação? pode. Se estamos tratando uma fratura antiga, temos a formação de um tecido fibroso , e se nós não tirarmos esse tecido fibroso e deixarmos somente a parte óssea e os corpos em posição, sem fazer a curetagem desse tecido fibroso, terei uma falsa consolidação óssea( pseudotrose)
E aí vamos ter que operar.
Então estamos vendo alguns princípios do tratamento: o conservador e o cirúrgico.
•conservador : é aquele em que não vamos fazer incisão.Vamos fazer um bloqueio maxilomandibular rígido ou semi rígido e não tem incisão nenhuma. não vamos usar fio de aço e nem placa e parafuso.
•Cirúrgico: E aquele em que você vai fazer acesso cirúrgico , vai chegar no osso em si, e vai fazer toda sequência dos princípios.
Fraturas X Fissuras
Nas fissuras normalmente não realizamos tratamento específico . Porque não há deslocamento nem nada. Quando a paciente está com uma fissura na mandíbula o que fazemos? Falamos para a paciente não fazer atividade física, fazer uma dieta pastosa, por três semanas. E o paciente precisa seguir as recomendações, para que aquela fissura não se transforme numa fratura simples ele não pode comer torresmo e nem coisas duras.
Mostrou fratura horizontal:
Nas fraturas vamos requerer a imobilização. Temos que ver o traço e qual é a região.As favoráveis ou desfavoráveis.
Estamos vendo aqui uma fratura, Na mesma direção das fibras, na mesma direção da força muscular , esse traço é instável: é Uma fratura desfavorável.
E aqui é favorável. ( ele mostrou no slide)
A mesma coisa no sentido vertical, Na região de ângulo, sentido contrário, não tem movimentação. no mesmo sentido, olha o desalinhamento da mandíbula.
Exame clínico:
Normalmente fazemos o exame extra oral e intra oral. Quando fazemos o exame intra oral, a gente deixa o polegar na região de ângulo , segurando o molar e vem com a outra mão, E aí vamos sentir movimentar , opa! crepitou , Paciente reclamou de dor, se vocês fizerem com colega você vai ver que não movimentar nada, sinal que se movimentoutem fratura.Outros sinais são as equimoses ,maior salivação, hálito fétido, feridas Intraorais no traço da fratura,dor, crepitação , parestesia ou paralisia,edema, equimose,hematomas, desoclusão, e mobilidade dentária e Assimetria da face . Esses são os sinais que vão me chamar atenção para a presença de fratura e aí teremos que fazer os exames:
Primeiro: ex radiográfico. Se tiver tomográfico será melhor ainda.
(Qual é a diferença entre parestesia e paralisia?
Parestesia:nervo sensitivo
Paralisia: nervo motor.
Pode ter as vezes um problema motor? sim.
Se teve um trauma que pegou região de parótida, pegou nervo facial e o paciente fica com problema, fica sem mexer.
Equimoses: É o sangramento pra debaixo da mucosa ou da pele e vira uma mancha roxa formando um ciclo equimótico, que depois vai fazer aquela história de cor... vai ficar amarelado e depois vai voltar ao normal.
Paciente que tem Fragilidade capilar ou pouca fixação intercelular, como acontece nos idosos: possuem mais fragilidade e ficam mais roxos.)
As radiografias mais utilizadas são:
-Pos superior de mandíbula(?),
-lateral oblíqua direita e esquerda
-Towne, é uma AP( para fraturas de côndilo) pergunta de prova e concurso .
-panorâmica( da pra ver fratura da sínfise fica fácil de ser vista)
-oclusal
-a IRTCH pra basilar da mandíbula. Temos a IRTCH ( pouco penetrada) para ver arco zigomático.
-fronto naso
-Mento naso (para ver terço médio de face)
-perfil cefalométrico
Nos hospitais, não temos a panorâmica então, temos que lançar mão dessas outras que eu falei (de preferência que sejam perpendiculares entre si). É claro que se tivermos a tomografia é muito melhor (computadorizada convencional ou a helicoidal). E quanto aos cortes , quanto menor for o corte da tomografia mais fácil será para visualizar o traço de fratura ;se tivermos um corte grande pode ser que não se consiga ver o traço da fratura.
De acordo com os eixos, Podemos ter os cortes :
-sagital : é sempre mediano
-axial: a gente vê a arcada em U, tanto maxila e mandíbula
-coronal: vemos os seios maxilares e o olho.
A Imagem 3D volumétrica serve pra diagnóstico de fratura?não.
Quais são os nossos objetivos então?
-Reparação óssea,
-retorno da função mastigatório o mais rápido possível
-recuperação da face ,
-recuperação do contorno facial e
-uma oclusão aceitável .
E o que que é mais difícil disso tudo quando o paciente chega no hospital a gente não sabe da história do paciente. Doutor Italo teve uma história que ele operou um menino que eram gêmeos , era Gaúcho sofreu um acidente de carro no Rio de Janeiro e fraturou a mandíbula. Fraturou os dois côndilos. E o que que se fazia antigamente era o bloqueio maxilo mandibular. Não se abria e não se colocava duas placas, pq não tinham placas. O q q dr Italo fez? Bloqueou . Só que quando você tem a fratura dos dois condilos, o que que acontece ? a mandíbula vai pra trás. Dr ítalo Encaixou os dentes em cima e embaixo, coloca a barra, faz o bloqueio rigido ou semi rígido e deixa lá por quatro semanas e quando paciente voltou do pós-operatório pra tirar o bloqueio, O paciente estava abrindo e fechando a boca, E o condilo estava em posição. Quando irmão gêmeo dele viu, ele ficou revoltado porque o que sofreu acidente virou classe I e o irmão gêmeo que não sofreu acidente ele era Classe III e ele então queria que fraturassem os condilos dele tb pra também poder virar classe I, e não queria ser o feio da família. No caso dele, Teria que fazer a cirurgia ortognatica.
Naquela época, cirurgia ortognatica não tinha quatro parafusos. Se fazia extra- oral, depois passou a ser intra oral, Hoje alguns colegas ainda deixam o paciente bloqueado, Todos os meus pacientes saem de boca aberta e esta é q é a evolução.
Tipos de tratamento :
temos o conservador e o cirúrgico
Conservador: Odontossíntese e o bloqueio maxilomandibular.
Há vários tipos de odontossíntese: Ai, arco de rígido, STOL, S, Lew. (Não sei se entendi direito)Aqui no fundão , antigamente a gente fazia essa prática de fazer a odontossíntese nos modelos.
E a osteossíntese com fio de aço.
E hj temos as miniplacas.
O que que quer dizer isso aqui ? recebi um trauma na região de ângulo.Isso é aquilo que eu falei pra vocês :dissipação das forças.Ela não vai ficar só naquele local. A criança tem o osso mais flexível do que o idoso. Quem vai estar mais propenso a fraturar ? O idoso. Quais são os princípios? 1)Redução: para a reposição dos segmentos ósseos. 2)Contenção ou fixação, e 3)a imobilização . Quando a gente usa placa e parafuso esses dois ficam juntos.
Casos clínicos:
•Paciente chega assim, cheio de equimoses,Selamento do nariz, É uma fratura simples.
•Num caso de fratura: Fazemos o acesso Extra oral, Acesso subcutâneo, superficial do platisma, profundo do platisma, cuidado com artéria e veia facial vou pelo masseter,Periosteo, osso e chego não fratura. Aí vou reduzir, fixar, depois vou suturando de dentro pra fora com fio absorvente.
•Paciente chega com essa oclusão horrível , com PPR, aí a gente usa placa, barra de Erich ,Faz essas voltinhas pra depois unir ou com fio de aço, os elásticos da Orto.
•Quando o paciente chega com fratura e com os dentes envolvidos nós temos que extrair os dentes envolvidos pra não dar infecção.
Hoje em dia existem vários tipos de placas e parafusos, placas em L, e parafusos de varias profundidades. Qdo colocamos a placa, usamos todos os parafusos.
•Neste paciente ele perdeu de ramo a parasínfise.
TRATAMENTO:
A redução pode ser fechada ou aberta:
Posso usar aparelhos , parafusos, fixadores externos , as odontossinteses com elástico ou com o fio de aço,
Nas reduções abertas, eu posso usar placas compressivas ou não compressivas e parafusos.
Objetivo:
Reducao anatômica, contencao, oclusão opcional e restabelecer a dimensão facial.
Importante:Se eu tenho a fratura da mandíbula e da maxila o que que eu devo tratar primeiro? A mandibula. Quem dita o tratamento é sempre a mandibula p depois de mexer na maxila.
Paciente do consultório que teve fratura de processo alveolar . Coloca o aparelho (splintagem) podemos reduzir através do aparelho ortodôntico.
As odontossínteses existem várias (arco de rígido, S, Lew e etc...)e todas são feitas , com a barra de Erich, Podemos fazer o bloqueio rígido ou semi rígido.
Se eu não quiser fazer isso eu posso usar o BIN, que são os parafusinhos: 4 em cima e 4 embaixo ou 6 parafusinhos em cima ou embaixo pra fazer o bloqueio.
Quando eu uso o fio de aço na barra de Erich , o bloqueio é Rigido e quando eu uso elástico o bloqueio é semi rígido.
E quando o paciente não tem dente, como é que faz? A gente tem que promover uma DVO pra ele ; a gente usa uma férula ou goteira, E a gente faz isso para ter uma estabilidade. Aí temos que fixar essa goteira no osso: passamos o fio e prendemos a goteira no osso.
Fixação interna rígida
Temos que segurar quatro tipos de cargas:Compressão , tração , torção e cisalhamento.
A fixação rígida de placas e parafusos ela precisa ser resistente a essas quatro forças.(aqui é uma fratura oblíqua.)
Conceito: toda e qualquer forma de fixação aplicada diretamente ao osso, deve ser resistente o suficiente para permitir função das atividades esqueléticas, durante todo o processo de reparo ósseo. Nós devemos colocar as placas e deixar elas passivas, pois a placa não pode fazer pressão no osso: não é a placa q se adapta ao osso. HA que se ter toda uma compreensão de como funciona o osso, e o parafuso faz a força na placa, ao invés do parafuso fazer pressão na placa e no osso. É só na PLACA. O osso não suporta pressão. Cuidar pra não fazer stress na placa.
Então, os princípios básicos são:
•Redução anatomica ,
•estabilização dos fragmentos , •técnica cirúrgica atraumática, e •imobilização livre de dor.
Os perfis vão de 1.0 a 2.7 nas placas
Indicações dessas reconstruções:
fraturas ou perdas ósseas maiores como mandibulectomia.
Aqui a gente ve e a gente quer que o parafuso fique tangente à superfície da placa. Quando você tem o travamento do parafuso na superfície da placa é melhor.Porque assimvocê não faz pressão no osso. O osso não suporta pressão assim como o dente. Se a gente fizer uma pressão ortodontica muito grande no dente o que que acontece ? Remodela e reabsorve.
Hoje todas as placas e parafusos usados são de titânio;esse titânio causa otsteointegração? não!
Em criança a gente usa material absorvível, para não interferir na fase do crescimento ósseo.
Trauma pediátrico é um capítulo à parte .
O SUS tem material absorvível? Não. E se eu colocar placa e parafuso de titânio numa criança, provavelmente, ele terá q remover.
Normalmente, Com o titânio a gente faz o furo no osso e coloca a placa e o parafuso.
Nesse sistema absorvível, a gente fura,Vem com uma chave como se fosse uma chave com a anatomia de um parafuso pra fazer a rosca no osso pra depois colocar o parafuso. Esse processo demora mais e o tempo cirúrgico é maior . Não se pode fazer aquele apertozinho no final do parafuso, se não você acaba quebrando a cabeça do parafuso.
Como é que a gente modela? Normalmente tem uma banheira com saco estéril, é colocado soro quente e com calor você modela essa placa. Então, quando a gente tem sobrecarga no adulto a gente leva a uma fratura e na criança a gente leva à deformação.
O sistemas absorvíveis as forças se exercem sobre a placa e não sobre o osso fraturado: a trava da cabeça do parafuso é na placa. Para q não exerça pressão no osso. Existem sistemas de fixação específicos e quanto melhor for o teu conhecimento e familiaridade , aí você vai usar o melhor pro seu paciente. A trava na cabeça do parafuso é na placa.
Área mais propensa a se fraturar é na área do terceiro molar na área de ângulo e é por isso que a gente indica a extração do terceiro molar, para q possa se preencher de osso e aí não irá mais fraturar.
Os condilos são áreas de fragilidade na mandíbula, qdo há fratura de condilos, Temos a tração do Pterigoideu lateral. É fácil reduzir? Não é fácil reduzir. Existem próteses, mas no SUS não tem.
Conclusão: A experiência do operador é de suma importância para decisão da técnica e consequentemente à utilização do material necessário para o o cirurgião.

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