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Fichamento Um olhar fenomenológico sobre a questão da saúde e da doença a cura do ponto de vista da Gestalt terapia

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Fichamento: Um olhar fenomenológico sobre a questão da saúde e da doença: a cura do ponto de vista da Gestalt terapia
Bibliografia: GALLI, L. M. Um olhar fenomenológico sobre a questão da saúde e da doença: a cura do ponto de vista da Gestalt-terapia. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 2009.
Existem dois métodos que contribuíram para a visão fenomenológica diante da psicopatologia. No primeiro método de Karl Jaspers a psicopatologia tem como objetivo analisar como os ditos “doentes” vivem. Já no segundo método de Lugwin Binswanger, segue-se a partir da compreensão do homem em todas as formas e todos os seus mundos, compreendendo-se assim, o mundo do ‘Doente” e buscar compreender quais momentos contribuíram para desenvolver sua personalidade. O homem não é primeiramente para depois criar relações com o mundo, para o mundo ser criado, ele obtém compreensão sobre o mundo no exato momento que ele começa a enxergar o sentido. (Página 60).
A abordagem existencial trabalha a partir da compreensão de como o sujeito se instala na estrutura do ser do mundo, afim de assim compreender o seu mundo. Sendo assim, o sintoma é compreendido como estilo de ser no mundo. A percepção de cada individuo sobre si afetará sempre outras coisas, influenciando-se a forma do individuo ver e seu contato com o mundo. (Página 61)
O psicólogo necessita enxergar este comportamento, pois o mesmo é uma forma que o paciente encontra em evitar de um possível sofrimento. E reconhecer este existencial é o que permite a “cura”. (Página 62)
Na Gestalt-terapia é necessário observar a realidade do individuo com precisão, neste sentido encoberto. Por este motivo é importante estar atento a temporalidade e a espacialidade na qual o individuo se movimenta, observando também a forma em que se comunica. A Gestalt acredita que todo o individuo possui potencialidades que possibilitam o mesmo a buscar o seu equilíbrio. (Página 62)
A Gestalt acredita na liberdade de atitude frente ao próprio destino, sendo o individuo com um ser em movimento, intérprete de sua história, que permite o outro conhece-lo. De acordo com HORNEY, o conceito sobre o que é normal esta de acordo com a cultura, o que gera uma enorme ansiedade, afetando-se portanto, o desenvolvimento da personalidade. No entanto as relações humanas são decisivas para moldar esta realidade. (Página 62)
Devido a essa conclusão, de acordo com a autora, a terapia é um fortalecimento da pessoa como ser-no-mundo, de fazer sua leitura e acreditar nela. Para conseguir isso o terapeuta deve acompanhá-lo para que o paciente confie em si mesmo. Portanto sem realizar o que muitos esperam de nós, como alguém que irá curar, orientar, resolver, pois isso tira a oportunidade da pessoa encontrar o seu próprio caminho. A cura para o terapeuta não é solucionar os problemas do paciente, e sim fazê-lo entrar em contato com seu interior para que ele possa tomar uma decisão. Com base a autora: “Esta mudança, no entanto, só acontece se você se comprometer a praticar todos os dias. Você se apresentaria para um recital de piano sem ter praticado diariamente durante meses e atingido um ponto em que acreditasse estar apto a tocar? Mesmo na situação de depressão é preciso obter alguma certeza de ser capaz de dar conta de uma situação crítica. Escutar-se verdadeiramente requer muita prática. Cura é acreditar em nós mesmos, no outro e no mundo.”
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=451844628006

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