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Geriatria – Amanda Longo Louzada 1 DEMÊNCIAS DEFINIÇÃO: É uma síndrome que acarreta prejuízo cognitivo progressivo e significativo em 2 ou mais domínios cognitivos, que interferem na funcionalidade Domínio Cognitivos: Visuo-espacial Memória Cognição social Linguagem Pensamento abstrato Atenção Praxia Personalidade EPIDEMIOLOGIA: Após os 60 anos de idade a prevalência dobra a cada 5 anos de idade Após 85 anos 25 – 45% dos idosos da comunidade ETIOLOGIA: SITUAÇÕES QUE COMPROMETEM ESTRUTURALMENTE O SNC: Demências Primárias\ Neurodegenerativas: Alzheimer Corpúsculo de Lewy Frontotemporal Parkinson Huntington PSP\ DCB\ MAS Demências Secundárias: Doença cerebrovascular Tumores HPN Infecções SEM COMPROMETIMENRO ESTRTURAL DO SNC: Hipotireoidismo Abuso de drogas Insuficiência renal Insuficiência hepática Insuficiência cardíaca Deficiência de vitamina B12 CAUSAS REVERSÍVEIS: Drogas (medicamentos e álcool) Emocionais, principalmente depressão Metabólicas, principalmente hipotireoidismo Sensorial, dificulta o idoso a se situar Hidrocefalia de pressão normal Tumores e outras alterações do SNc que ocupam espaços dentro do cérebro Infecções Anemia Apesar dessas causas serem incomuns, as causas reversíveis devem ser pesquisadas, devido ao seu potencial benefício para o paciente CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: Declínio cognitivo importante em 1 ou mais domínio cognitivos: Queixa do paciente ou acompanhante Alteração em testes cognitivos Prejuízo funcional: usando AIVD e ABVD Excluir delirium e doenças psiquiátricas Diagnóstico é clínico, baseado na anamnese e avalição cognitiva DOMÍNIOS COGNITIVOS: Linguagem: capacidade nomeação, fluência verbal, interação de linguagem Memória e aprendizagem: baseada na memória recente, imediata e a longo prazo (significado das coisas) Função Executiva: capacidade de decidir e tomar decisões Atenção complexa: pode ser sustentada, dividida e seletiva Perceptomor: percepção visual do ambiente Cognição Social: reconhecimento de emoções próprias e dos outros TESTES COGNITIVOS: MEEM MoCA Bateria breve Teste do relógio Fluência verbal EXAMES SUBSIDIÁRIOS: RASTREIO DE DEMÊNCIA REVERSÍVEL: Laboratorial: Hemograma VHS Bioquímica geral Função tireoidiana Vitamina B12 VDRL, FTA-Abs HIV Outros: TC crânio ou RM Bateria neuropsicológica Geriatria – Amanda Longo Louzada 2 DEMÊNCIAS LCR EEG SPECT ou PTE CT Neuroimagem: Descartar causas secundárias Identificação de padrões anatômicos, funcionais e moleculares próprios de cada doença HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS: Declínio Cognitivo Subjetivo: o paciente percebe um declínio, mas não tem alteração dos exames Podem evoluir para um comprometimento cognitivo leve Pacientes com TNL podem evoluir com demência, por afetar a funcionalidade Graduação: é graduada pela funcionalidade Leve: paciente quase não tem alteração funcional, se tem é alteração de atividades instrumentais Moderada: paciente perdeu praticamente as atividades instrumentais, e começou a perder as atividades básicas Grave: pacientes perdeu todas as atividades básicas DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL: 2ª causa mais frequente das degenerativas de início pré-senil (45 – 65 anos) 30 – 50%: história familiar positiva, e em 10% destes há padrão de herança autossômico dominantes Fisiopatologia: atrofia assimétrica dos lobos temporais anteriores e frontais Quadro Clínico: alteração da personalidade, sintomas neuropsiquiátricos, disfunção executivas e falta de insight, compulsões e memória intacta Tratamento: IRSS, trazodona e antipsicóticos Anticolinesterásicos não são eficazes DEMÊNCIA VASCULAR: Forma mais prevalente entre as demências secundárias Fisiopatologia: múltiplas imagens de isquemia cortical e subcortical e\ou lesões de microangiopatias\gliose na substância branca subcortical Quadro Clínico: Início pode ser insidioso ou agudo Progressão gradual ou em degraus Quadro clínico variável, conforme a localização do evento vascular Tratamento: controlar fatores de risco cardiovascular. Cogitar anticolinesterásicos e memantina. Antidepressivos HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL: Incidência: 0,2 – 3% da população > 65 anos. 50% dos casos: há algum fator predisponente prévio Fisiopatologia: dilatação ventricular desproporcional ao grau de atrofia. Potencialmente reversível se o tratamento for precoce Quadro Clínico: início insidiosos, curso variável Alteração de marcha + cognição + incontinência urinária Tratamento: punção lombar
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