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Reflexões sobre a Pandemia

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· Pergunta 1
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge a seguir, publicada em 7 de setembro de 2021, de autoria de Ivan Cabral.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O fundo do poço representa uma situação extrema de desesperança, derrota e desespero, entre outras ideias negativas.
II. Uma visão otimista da sociedade brasileira é transmitida ao leitor, evidenciada pela bandeira que estampa a camiseta do personagem.
III. A mensagem da charge é que o brasileiro já atingiu a situação negativa mais extrema possível.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
I, apenas.
	
	
	
· Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
Crônica de um ano que nunca deveria ter existido
Nove e dez da noite, eu no petshop para comprar fraldas para as minhas cachorras (aqueles tapetes para cães fazerem xixi).
Peguei um pacote de tapetes, circulei um pouco pela loja, fui à fila do caixa. Tranquilo, meio avoado, estava pensando em “só Deus sabe” (na morte do genial Quino semanas atrás, talvez?) quando o moço da frente me disse algo que eu não entendi. Sabe, só depois de ter de usar essas máscaras contra a covid-19 é que eu me dei conta do quanto há de leitura labial na minha comunicação. Não sei vocês, mas eu me sinto bem mais surdo agora do que em fevereiro de 2020.
Eu disse “Ãh?” ao rapaz, e ele repetiu o que tinha dito. Novamente eu não entendi. Mas, como das duas vezes em que ele falou olhava para baixo, eu pensei: “pisei um cocô de cachorro?”; “minha bermuda está rasgada?”; “deixei cair alguma coisa e ele está me avisando?”.
Bem, não era nada disso. Da terceira vez, compreendi o pedido em tom de ordem: “Você pode ir mais pra lá?” Foi essa a pergunta dele, solicitando que eu me afastasse. Ele olhava para baixo enquanto falava porque estava me apontando as marcas na fila, aquelas que indicam que as pessoas fiquem a um metro de distância umas das outras.
Mais que depressa, dei um passo para trás, constrangido pela minha distração. Em nenhum momento me ocorreu discutir com o rapaz ou querer ter razão (mesmo tendo achado seu tom um pouco ríspido); afinal de contas, fosse como fosse, ele estava certo. Essa é uma das medidas sanitárias necessárias neste momento e eu havia infringido (sem querer, juro!) uma regra.
Voltei para casa triste. Pouco saio, vou aos lugares que preciso em horários de menor movimento, sempre estou com a droga da máscara. Voltei para casa cabisbaixo porque senti o que já desconfiava que aconteceria: eu achando que me olhavam como pessoa enquanto me viam como um mero transmissor de vírus. Independentemente do que a ciência diz, a pandemia trará um custo psicossocial muito maior do que estamos supondo.
Nossas interações em sociedade, que nunca foram das melhores e nem eram livres de inúmeros problemas antes, vão piorar. Vamos ficar cada vez mais distantes uns dos outros fisicamente, e o vírus nos deu a todos a desculpa perfeita para ficarmos ainda mais imersos em nossa própria arrogância, carentes de afeição e fingindo que somos o máximo.
Sei que o vírus está aí e que a pandemia é um fato sério. Mas, sei lá... O meu olhar de profissional de Humanas me vaticina que as doenças sociais podem ser ainda piores que a enfermidade física (com outros efeitos muito mais graves, para além dessa mera trivialidade que eu narrei aqui). Vamos migrar cada vez mais para a virtualidade das telas, enquanto a vida real, a vida de fato, presencial e tátil, a vida que vibra e que pulsa, que tem cheiro e que faz disparar hormônios, vai ficar, paradoxalmente, mais longe de nós.
E o nosso país, então? É um contrassenso sem fim, né? Escolas e teatros fechados, mas aviões funcionando, trens, metrôs e ônibus lotados. Tudo que educa e faz pensar fechou. Tudo o que transporta as pessoas para servirem à lógica do capital continua funcionando. Em novembro de 2020, fui duas vezes votar numa escola em que não havia sequer aferição de temperatura. Estudar não pode, mas aglomerar para votar pode? Faz sentido? E assim vamos nós, rumo a uma pandemia eterna...
E quem quiser aproveitar o pouco de paquera que nos resta, vá aos restaurantes nos próximos dias, antes que um novo tranca-rua nos enclausure outra vez. Os restaurantes são os novos points do flerte presencial, pois só lá as pessoas podem estar sem máscara – pelo menos enquanto comem.
Não gosto do momento que estamos vivendo, não gostaria de voltar ao passado se pudesse (porque foram vários dos nossos comportamentos estúpidos de antes que nos levaram a estas dificuldades que estamos vivendo agora), e, principalmente, não faço a menor ideia de que armadilhas o futuro nos reserva. Morro de inveja das gentes que vomitam certezas nas redes sociais, da cor tendência do verão às mazelas da política. A vocês, meus parabéns. Seus simulacros são impressionantes. Espero que vocês sejam, nas suas vidas reais, pelo menos 5% do que pregam online.
Disponível em <www.ondalatina.com.br >. Acesso em 16 fev. 2022.
 
A partir das informações do texto, conclui-se que
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
a partir do relato de um acontecimento banal, o autor faz uma crítica a vários aspectos da vida cotidiana e revela suas incertezas com relação ao futuro.
	
	
	
· Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os textos 1 e 2 a seguir.
                                                                                                   Texto 1
                                                        NFT: como funciona o registro de coleções digitais que já valem milhões de dólares
                                                       Sistema opera como selo único para identificar e vender objetos físicos ou virtuais.
                                              Tecnologia cria novo mercado milionário de arte, como no caso de obra digital leiloada por R$389 milhões.
                                                                                             Rodrigo Ortega - G1 - 16/03/2021
Se já era difícil entender as obras de arte contemporânea, agora o público pode coçar a cabeça também ao contemplar uma nova forma de negociar estes trabalhos.
Quem acompanha o mercado da cultura toma um susto por dia com os preços milionários de obras digitais. O combustível desse comércio turbinado tem três letras: NFT – "non fungible token" em inglês, ou token não fungível. É uma espécie de selo de autenticidade digital.
O selo pode ser usado para itens físicos ou digitais (vídeos, fotos, gifs, códigos, áudios...). Com isso, colecionadores pagaram:
● US$69 milhões (R$382 milhões) por imagens do artista Beeple;
● US$2 milhões (R$11 milhões) por edições especiais do novo disco da banda Kings of Leon;
● US$208 mil (R$1,1 milhão) por um vídeo de uma jogada de LeBron James, entre outros.
(...)
O que é NFT?
A palavra-chave dos tais "tokens não fungíveis" é justo essa que a gente não entende. Está lá no dicionário: fungível é uma coisa que pode ser substituída por outra da mesma espécie. Portanto, o "não fungível" é único. NFT é um selo digital associado a um item que garante a sua autenticidade.
Por exemplo: em 2017, os artistas Matt Hall e John Watkinson criaram uma série de ilustrações de personagens chamados CryptoPunks. Cada imagem é associada a um NFT, que eles registram e colocam à venda. O comprador se torna o único dono da imagem.
Antes de detalhar a tecnologia, o primeiro passo é entender o motivo de alguém querer ser dono de uma obra digital. Afinal, outras pessoas ainda podem baixar pela internet e copiar o arquivo infinitamente.
O segredo é comparar a colecionadores de obras de arte. Qualquer pessoa pode baixar para o seu computador ou celular uma imagem de "Guernica", de Picasso, ou a "Mona Lisa", de Da Vinci. Mas só uma pessoa pode ter o status e o prazer de ser a dona do quadro.
(...)
Disponível em <https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2021/03/16/nft-como-funciona-o-registro-de-colecoes-digitais-que- ja-valem-milhoes-de-dolares.ghtml>. Acesso em 04 fev. 2022. 
  
Texto 2
Quadro de Frida Kahlo leva 34,9 milhões de dólares e bate recorde latino
'Diego y Yo'foi vendida em Nova York e é agora a pintura latino-americana mais cara a ser vendida em um leilão, destronando Diego Rivera, marido da artista.
Amanda Capuano - 17/11/2021
 
“Diego y Yo”, de Frida Kahlo, de 1949, foi vendido por US$ 34,9 milhões em um leilão da Sotheby's/Divulgação.
Um dos famosos autorretratos da mexicana Frida Kahlo foi leiloado nessa terça-feira, 16, em Nova York, pela bagatela de 34,9 milhões de dólares (cerca de 191,2 milhões de reais, em cotação atual). Batizado de Diego y Yo, o quadro é agora a obra latino-americana mais cara a ser arrematada em um leilão internacional, recorde antes detido por The Rivals, do marido da própria, Diego Rivera (1886-1957), vendido por 9,76 milhões de dólares em 2018. Segundo The New York Times, o comprador foi identificado como Eduardo F. Costantini, o fundador de um museu em Buenos Aires que adquiriu a peça para sua coleção particular.
(...)
Disponível em <https://veja.abril.com.br/cultura/quadro-de-frida-kahlo-leva-349-milhoes-de-dolares-e-bate- recorde-latino/>. Acesso em 04 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. A imagem do quadro apresentado no texto 2, ao ser usada em um meme ou em um gif, transforma-se necessariamente em um NFT e não pode mais ser reproduzida.
II. Além dos altos valores, os exemplos de NFTs referidos no texto 1 têm algo em comum com obras de arte não digitais como o quadro de Frida Kahlo: o comprador torna-se o único dono da obra.
III. Tomando-se por base o texto 1, pode-se deduzir que o comprador do quadro “Diego y Yo” adquiriu um NFT.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
II, apenas.
	
	
	
· Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os textos a seguir.
Telescópio James Webb completa abertura e assume forma final
Agora serão mais 15 dias para que o equipamento chegue ao seu destino a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
Publicado em 09/01/2022
 
O telescópio James Webb conseguiu desdobrar perfeitamente no Espaço e assumiu sua forma final na noite deste sábado, 8, informou a Nasa. O procedimento foi concluído duas semanas após o lançamento, ocorrido no dia 25 de dezembro, e agora serão mais 15 dias para que o equipamento chegue ao seu destino a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
"Duas semanas após o lançamento, o Webb atingiu seu próximo grande marco: os espelhos foram implantados e o telescópio de próxima geração tomou sua forma final. O próximo passo para Webb? Cinco meses de alinhamento e calibração antes de começarmos a obter as imagens", escreveu a Nasa no Twitter.
Os espelhos foram enviados "dobrados" para o Espaço por conta do seu tamanho, já que não há foguete capaz de comportar tamanha envergadura. Por isso, ele foi enviado por um foguete Ariane 5 normal, mas precisa completar uma série de procedimentos no Espaço para entrar em funcionamento.
Além dos espelhos, que têm cerca de seis metros de comprimento, o equipamento também abriu perfeitamente a base protetora do Sol de 21 metros, que manterá o telescópio sempre na sombra para conseguir captar imagens.
O James Webb é o maior e mais caro telescópio já feito e nasceu de uma parceria entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA). O principal objetivo do equipamento é revelar as origens do Universo e conseguir "voltar no tempo" até 100 milhões de anos após o Big Bang.
Disponível em <https://www.terra.com.br/noticias/ciencia/telescopio-james-webb-completa-abertura-e-assume-forma- final,d89950d1a327209990db354c7b8f6b5b6lbebs3v.html>. Acesso em 11 jan. 2022 (com adaptações).
 
Telescópio James Webb, da Nasa, assume forma final no espaço; primeiras imagens devem chegar em 5 meses.
O anúncio foi feito neste sábado (8) pela agência espacial americana.
Lara Pinheiro - 08/01/2022
A Nasa, agência espacial americana, anunciou, neste sábado (8), que o telescópio James Webb, lançado ao espaço no dia 25 de dezembro, assumiu sua forma final, com a implantação dos espelhos.
A previsão é de que o James Webb chegue ao seu destino, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra, daqui a duas semanas. Astrônomos esperam olhar para trás no tempo até 100 milhões de anos após o Big Bang.
O telescópio ainda será alinhado e calibrado. Só daqui a 5 meses a agência deverá receber as primeiras imagens dele, segundo anunciou na rede social Twitter:
[...]
Controladores de voo em Baltimore, no estado americano de Maryland, começaram a abrir o espelho primário na sexta (7), desdobrando o lado esquerdo como uma mesa suspensa.
O espelho primário é feito de berílio, um metal leve, porém robusto e resistente ao frio, noticiou a agência de notícias americana Associated Press (AP). Cada um de seus 18 segmentos é revestido com uma camada ultrafina de ouro, altamente reflexiva da luz infravermelha.
Os segmentos hexagonais do espelho, do tamanho de uma mesa de centro, devem ser ajustados nas próximas semanas, "para que possam se concentrar em estrelas, galáxias e mundos alienígenas que podem conter sinais atmosféricos de vida", disse a AP.
[...]
Disponível em <https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/01/08/telescopio-james-webb-da-nasa-assume-forma-final- no-espaco-primeiras-imagens-devem-chegar-em-5-meses.ghtml>. Acesso em 11 jan. 2022 (com adaptações). 
Como base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. O telescópio James Webb assumiu sua forma final em 8 de janeiro de 2022, quando chegou a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
II. Após calibração e ajuste, o telescópio James Webb terá capacidade de captar imagens de até 100 milhões de anos após o Big Bang.
III. O espelho do telescópio James Webb é composto de 18 segmentos hexagonais de ouro recobertos com uma fina camada de nióbio (Nb), que é um metal leve e robusto.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
II, apenas.
	
	
	
· Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
                                                             Pandemia acelerou a transformação digital no mercado de trabalho
                                            Pesquisa mostra que a pandemia acelerou a transformação digital em 72% das empresas
                                                                                             Publicado em 12/10/2021
Uma pesquisa realizada pela The Economist Intelligence Unit (EIU), a pedido da Microsoft, aponta que a pandemia acelerou a transformação digital no mercado de trabalho.
O estudo contou com a participação de líderes empresariais de diversos setores em países das Américas, Europa e Ásia-Pacífico. O objetivo principal da EIU foi analisar a relação e a evolução da tecnologia, negócios e pessoas durante o período pandêmico, mostrando insights do ano passado e caminhos a serem seguidos.
Para a maioria dos entrevistados, a preparação digital foi um ponto crucial para a adaptação ao novo cenário do mercado de trabalho. Basicamente, as empresas mais familiarizadas com soluções digitais conseguiram capacitar seus colaboradores e se recuperar mais rapidamente. Segundo o relatório, a pandemia acelerou a transformação digital em 72% das empresas.
Também houve um interesse maior em usar a tecnologia para melhorar o engajamento dos funcionários. Com a introdução das jornadas de trabalho remoto, executivos de todos os setores se viram mais preocupados em “envolver e conectar os funcionários”. Antes da pandemia, apenas 24% dos entrevistados se preocupavam com essa questão, saltando para 36% com a chegada da crise sanitária.
Além disso, 75% dos participantes da pesquisa disseram que o uso da tecnologia para a transformação digital deve não só contribuir para o sucesso empresarial, mas trazer melhorias sociais como inclusão, acessibilidade e sustentabilidade.
Tecnologia
Os resultados do estudo evidenciam que a pandemia acelerou a transformação digital nos negócios, fazendo da tecnologia uma ferramenta indispensável para a retomada das operações durante as medidas de distanciamento social e lockdown.
Por outro lado, apesar de permitir a continuidade das atividades,a pesquisa “revelou lacunas de qualificação, privacidade e segurança” que precisam ser corrigidas pelas companhias.
O fato é que, apesar das dificuldades enfrentadas, o investimento em tecnologia cresceu consideravelmente em meio à pandemia de COVID-19. Para 50% dos participantes do estudo, as soluções em nuvem foram fundamentais para a manutenção das operações. Na sequência, estão as ferramentas de trabalho remoto (40%), de Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (33%), seguidas pela Internet das Coisas (31%).
Conforme afirmou o editor-chefe da The Economist Intelligence Unit, Michael Gold, a pandemia acelerou a transformação digital e ainda “se mostrou como uma ferramenta essencial para permitir que as empresas se recuperem com mais agilidade de grandes interrupções”.
Disponível em <https://www.contabeis.com.br/noticias/49009/pandemia-acelerou-a-transformacao-digital-no- mercado-de-trabalho/>. Acesso em 06 fev. 2022.
  
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. De acordo com a pesquisa, apenas 36% dos funcionários das empresas mostraram-se envolvidos e conectados durante a crise sanitária.
II. Segundo o estudo, a preparação digital foi um ponto crucial para a adaptação ao novo cenário.
III. A pesquisa evidenciou que as empresas que não realizaram a transformação digital, que correspondem a 28% do total, não sobreviveram no mercado.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
II, apenas.
	
	
	
· Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
                                                                                Entre gênios e vaias: os 100 anos da Semana de Arte Moderna
“Os velhos morrerão!”, berrava, destemido, o poeta Mário de Andrade para o público que o vaiava durante seu discurso na Semana de Arte Moderna de 1922. A fala do escritor e a reação do público resumem bem o significado do evento que mudou para sempre o panorama das artes brasileiras: o novo pedia, forçava passagem, mesmo que a plateia não estivesse pronta para tamanha revolução. Mas vamos entender melhor o que aconteceu até a célebre fala. E, claro, as repercussões do famoso evento. Marco do início do movimento modernista no Brasil, a Semana de 22, como também é conhecida, aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo, entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, e reuniu artistas de diversas áreas. Inspiradas no cenário de renovação da arte ocidental e na vanguarda europeia, as obras apresentadas visavam a inserir novas tendências de arte no panorama brasileiro. Dessa maneira, conferências, recitais de poesia e apresentações musicais alternavam-se com exposições de arquitetura, escultura e pintura. O evento trouxe definitivamente a arte moderna para a realidade cultural brasileira. E sua influência é sentida até hoje na criação artística nacional.
Como foi a Semana de Arte Moderna de 1922?
A semana foi articulada e organizada pelo escritor Mário de Andrade, o também escritor Oswald de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti. Os eventos foram realizados no célebre e belo Theatro Municipal de São Paulo.
 
                                                                               
 
No saguão, foi instalada uma exposição de escultura e pintura. As obras de artistas como Victor Brecheret, Di Cavalcanti e Anita Malfatti chocaram o público brasileiro, nada acostumado às novas estéticas e formas de representação que o modernismo propunha. Aliás, ao longo do evento, era comum ouvir burburinhos e vaias dos visitantes pelos corredores e salões do teatro. A Semana de Arte Moderna também teve espetáculos de dança, música, conferências e leitura de poesias. O intelectual e escritor Graça Aranha abriu o festival, no dia 13, com a palestra “A emoção estética da arte moderna”, recitando versos de Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida, seguido de canções executadas pelo maestro Ernani Braga. O auge aconteceu em 15 de fevereiro, quando o modernismo literário causou indignação e confusão no público, sobretudo a palestra de Mário de Andrade, “A escrava que não é Isaura”, que defendia o abrasileiramento da língua portuguesa, e a conferência do poeta Paulo Menotti del Picchia, sobre estética moderna. Durante seu conturbado discurso, Mário precisou berrar para ser ouvido em meio à gritaria. Por isso, decidiu ler seu manifesto na escadaria interna do teatro. Destemido, o poeta urrava para o público a famosa frase que ficou para a posteridade: “os velhos morrerão!”. Vinte anos mais tarde, o autor relembrou o episódio na obra “O Movimento do Theatro”, dizendo: “como pude fazer uma conferência sobre artes plásticas, na escadaria do Theatro, cercado de anônimos que me caçoavam e ofendiam a valer?”. O evento de encerramento foi focado em música, com a execução de três peças de Heitor Villa-Lobos. Em mais um fato que entrou para a história da conturbada semana, o maestro e compositor subiu ao palco calçando um sapato em um pé e um chinelo no outro. Como era de se esperar, foi vaiado. O público considerou a atitude desrespeitosa. No entanto, Villa-Lobos depois justificou-se, esclarecendo que se apresentou dessa forma porque estava com um calo no pé. De toda maneira, o fato faz parte da grande lista de choques, questionamentos e incômodos causados durante a semana por aqueles artistas jovens e revolucionários.
Disponível em <https://blog.bb.com.br/semana-de-arte-moderna/>. Acesso em 08 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Segundo o texto, a repercussão e a receptividade do público na Semana de Arte Moderna foram surpreendentes, uma vez que movimentos de inovação estética usualmente são bem recebidos pelo público brasileiro em geral.
II. Conforme o texto, Mário de Andrade, já desgastado, causou a fúria da plateia quando proferiu a frase “os velhos morrerão”, referindo-se à faixa etária do público dominante no evento.
III. De acordo com o texto, o legado da Semana de Arte Moderna passa pela inserção das ideias vanguardistas europeias no cenário cultural e artístico nacional.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os quadrinhos e o texto a seguir.  
                                  
Disponível em <https://web.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/5183862191659045>. Acesso em 08 fev. 2022.
Segundo Sarmento (2006), em linhas gerais, o discurso de ódio é uma manifestação de linguagem escrita ou oral que visa à incitação de discriminação, hostilidade e violência contra pessoa ou grupo de indivíduos, em virtude de sua orientação sexual, gênero, raça, religião, nacionalidade, condição física ou outra característica. Os comícios nazistas teriam sido uma incitação explícita, portanto trariam o enquadre mais típico desse discurso. Já as “piadas”, embora materialmente se revistam de todas as características do discurso de ódio, têm contornos irreverentes e de humor que dissimulam seu conteúdo e, assim, os componentes que caracterizam o ódio ficam disfarçados, acabam sendo transmitidos de forma velada, implícita, e passam despercebidas, embora estejam subliminarmente se prestando a propósitos semelhantes.
FREITAS, L. Performatividade no humor em stand up: discurso de ódio e violência simbólica. Revelli, v.8 n.1. abril/2016, p.170 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Os quadrinhos e o texto apontam que o humor é, em alguns casos, disfarce para o discurso de ódio.
II. Segundo o texto, as piadas, mesmo que contenham discurso discriminatório, são irreverentes e não se prestam a propósitos de incitação do ódio.
III. O discurso de ódio caracteriza-se pela incitação à discriminação de pessoas por conta de características como gênero, orientação sexual, etnia, nacionalidade e condição física.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o trecho da reportagem a seguir.
                                                                Desmatamento aindaacontece depois de tantos anos
 
                                                                
 
A perda da cobertura florestal continua sendo tão preocupante quanto sempre foi. Embora as estimativas sobre o desmatamento da Amazônia variem conforme a fonte, existe um consenso de que 10% a 12% da floresta em todos os países da região amazônica já tenham desaparecido. No Brasil, o desmatamento é medido anualmente pelo governo. A estimativa oficial é que aproximadamente 18% da Amazônia brasileira já tenham sido desmatados.
Os índices de desmatamento variam de um país amazônico para outro. Isso acontece principalmente porque variam também os fatores que ocasionam esse processo na região. No Brasil, por exemplo, é comum que o corte raso da floresta seja feito para dar lugar às pastagens para o gado em fazendas de grande e médio porte. Já em outros países, normalmente a ocupação da floresta se dá por pequenos agricultores. O desmatamento é particularmente acentuado em áreas adjacentes a centros urbanos, estradas e rios. No entanto, mesmo áreas remotas, onde não se conhece atividade humana, já mostram sinais de sofrer a pressão humana, principalmente em lugares onde existe mogno e ouro.
Mas nem todo desmatamento é ilegal. Certa quantidade de desmatamento em propriedades privadas pode ser legal. De acordo com o Código Florestal do Brasil, cada proprietário de terra pode fazer corte raso de 20% da floresta amazônica em sua propriedade, mediante autorização dos órgãos ambientais.
Disponível em <https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/amazonia1/ameacas_riscos_amazonia/ desmatamento_na_amazonia/>. Acesso em 05 fev. 2022 (com adaptações).
Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Pode-se dizer que existem dois tipos de desmatamento no território brasileiro: o ilegal (que fere a legislação) e o legal (que é realizado segundo o que permite a legislação).
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
                                                                    Campanha alerta sobre os riscos do feminicídio
“Os riscos do feminicídio” é o tema da campanha lançada neste sábado (20), com o slogan “Violência contra a mulher: sua evolução leva ao feminicídio. Observe os sinais. Denuncie”. A iniciativa, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), integra as ações dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. 
(...)
A secretária Nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, explica que, segundo o Código Penal brasileiro, o feminicídio consiste no assassinato cometido em razão do sexo feminino. Em resumo, é quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher.
“Lembro a todos que o feminicídio é o final do chamado ciclo da violência. Até chegar nessa situação, geralmente começa com algo considerado por muitos como simples, seja um empurrão ou agressão verbal, por exemplo. Nós, mulheres, precisamos estar atentas aos sinais que envolvem violência física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e as situações de risco”, alerta a gestora.
Entre os fatores de risco para o feminicídio, estão o isolamento social, a ausência de rede de serviços de saúde e proteção social bem estruturada e integrada, a pouca consciência de direitos, histórico de violência familiar, transtornos mentais, uso abusivo de bebidas e drogas, dependência afetiva e econômica, presença de padrões de comportamento muito rígidos, exclusão do mercado de trabalho, deficiências, vulnerabilidades relacionadas a faixas etárias e escolaridade.
Disponível em <https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-11/campanha-alerta-sobre-os- riscos-do-feminicidio>. Acesso em 01 fev. 2022.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O feminicídio tem a dependência econômica como um de seus fatores de risco. Por isso, é um tipo de crime que afeta exclusivamente as camadas de baixa renda da população brasileira.
II. A denúncia do feminicídio é um fator de risco para as mulheres.
III. O processo de violência quase sempre tem início antes da prática do crime de feminicídio, razão pela qual a denúncia é muito importante.
IV. As mulheres em situação de risco nem sempre dispõem de condições objetivas para se protegerem durante o ciclo de violência.
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
III e IV.
	
	
	
· Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto e a figura a seguir.
A cultura indígena brasileira é vasta e diversificada, ao contrário do que pensa o senso comum. Os historiadores estimam que, no início do século XVI, havia quatro agrupamentos linguísticos principais: tupi-guarani, jê, caribe e aruaque. Essas famílias linguísticas compartilhavam o mesmo idioma e culturas semelhantes.
Antes da colonização, os índios que habitavam o território (hoje denominado Brasil) tinham uma cultura similar em alguns pontos, tais eram: organização social baseada no coletivismo; ausência de política, Estado e governo; ausência de moeda e de trocas mercantis; religiões politeístas baseadas em elementos da natureza; e ausência da escrita.
A visão europeia sobre os povos indígenas foi, desde a colonização, etnocêntrica, a qual considera o modo de vida indígena inferior por não conter elementos considerados, pelos europeus, símbolos de civilização e progresso. No entanto, a antropologia e a sociologia contemporâneas já desmistificaram essas análises preconceituosas, estabelecendo que as diferenças culturais entre os povos não são motivos para estabelecer-se uma hierarquia cultural.
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-indigena.htm>. Acesso em 25 fev. 2022.
                                                 
Disponível em <https://questoes.folhadirigida.com.br/provas/seducpa-consulplan-2018-professor--filosofia-13870/14>. Acesso em 15 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O texto e a charge reconhecem a existência de diferentes pontos de vista, sem defender uma verdade absoluta de validade intrínseca.
                                                                                             PORQUE
II. Embora a estrutura política e social dos povos indígenas, à época do descobrimento do Brasil, fosse mais rudimentar do que a dos colonizadores europeus, sua riqueza linguística e cultural era superior.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa.
	
	
	
· Pergunta 11
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
                                                                                           A era da dispersão
                                                                                  Fernando Schüler – 20/01/2022
O perigo chegou de mansinho. Você precisa entregar aquele projeto, na empresa, e quando menos percebe está assistindo a vídeos sobre tsunamis no YouTube. Você decide fazer aquela pós-graduação que planejava há muito tempo, mas na sexta-feira à noite, no meio da aula, está perdido checando mensagens, no WhatsApp, ou bisbilhotando a vida de um monte de gente que você mal conhece, no Instagram.
Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular. Achei incrível isso. Gastamos mais de vinte horas por mês só no TikTok, e a coisa vem crescendo. Fui somando tudo com o que as pessoas presumivelmente fazem desconectadas (dormir, por exemplo, ou quem sabe ler alguma coisa) e a conta não fecha. A última novidade parece ser o metaverso. Vejo um especialista animado dizendo “você poderá ser qualquer coisa por lá, um gato, um coelho, ou mesmo um Elvis Presley”, e garante que será a rede dominante no futuro próximo.
Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separandoo joio do trigo. Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida. A psicanalista Elisabeth Roudinesco vai nessa direção. Ela diz que “estar o tempo todo conectado é melhor do que usar drogas”. Achei fraco o argumento. Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete.
Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos pela simples presença de um celular em sala de aula. Um estudo feito na Universidade Carnegie Mellon mostrou que o desempenho de alunos com seus aparelhos ligados, em testes padronizados, é 20% menor do que o de alunos inteiramente focados. Outra pesquisa mostra que levamos até 23 minutos para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central.
O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do Google, James Williams, que lança agora no Brasil seu livro “Liberdade e Resistência na Economia da Atenção”. Williams trabalhava no Google exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele mesmo havia perdido o controle. Não era a primeira vez que tinha acontecido isso. No ensino médio, se meteu com games digitais e quase dançou. Depois fez uma carreira de sucesso, na indústria da tecnologia, focado em “fidelizar” usuários, até perceber que ele mesmo havia sido fisgado. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o problema.
Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita com técnicas sofisticadas de inteligência artificial, uso de cookies, de clickbaits, aqueles conteúdos “caça-cliques” com títulos do tipo “Dez vídeos que vão fazer você chorar”, e coisas do tipo. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Tornou-se, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.
A informação foi, no passado, um bem escasso. Em “Relatos do Mundo”, Tom Hanks faz o papel de um veterano da Guerra Civil que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção.
Sempre me surpreendo com o oceano de informação irrelevante que toma conta do debate público. O acidente de moto do general Pazuello, a “quentinha” do Wagner Moura com os sem-teto, a última treta do Zé de Abreu com não sei quem. A lista dos trend topics do Twitter é um bom mostruário do besteirol infinito, mas está longe de ser o único. O resultado está aí. A política transformada em um exercício permanente de incomunicabilidade, em que cada um tem a sensação de ganhar alguma coisa, no curtíssimo prazo, e todos perdem, coletivamente.
O primeiro resultado da dispersão crônica é a perda do sentido de potência e realização pessoal. Tenho um amigo escritor que a cada dois anos passa um tempo numa pousada, no interior, escrevendo seus livros. Ele guarda o celular em um cofre e desliga seu acesso à internet. Ele entra em flow. Um estado de completa imersão no que está fazendo. Isso lhe dá um sentido de autodomínio e a sensação de que realmente está fazendo o que havia decidido fazer. O modo dispersivo dos meios digitais poderia tirar tudo isso dele. Em troca, lhe daria uma sucessão de recompensas de curto prazo, em geral inúteis.
Outro resultado são as microafetações de humor. Há uma tonelada de estudos que mostram a conexão direta entre o uso intensivo de redes sociais e o aumento da ansiedade e do estresse. A permanente comparação de sua vida real com a vida “editada”, dos outros; a raiva que dá, todas as manhãs, ao checar as opiniões do político que você odeia e dos queridos amigos que gostam dele. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Pittsburgh conduziu um amplo estudo identificando “uma significativa associação entre o uso das mídias sociais e o aumento da depressão”. Eu me lembrei da definição algo poética de Tim Wu sobre a liberdade: a possibilidade de “viver sem ansiedade”. No fundo é isso que está em jogo.
Sou vivido demais para acreditar que produziremos uma “solução coletiva” para esse problema todo. Que iremos disciplinar as redes sociais, que as big techs ajustarão seus algoritmos, ou que algum cometa cairá sobre a Terra e desligará a internet por duas ou três gerações. O mercado e o avanço tecnológico tratarão de despejar mais e mais informação sobre a nossa cabeça.
De modo que me permito deixar um conselho neste ainda quase início de ano: larguem um pouco a internet. Em especial, as mídias sociais. Há quem ganhe dinheiro com isso, mas não são muitos. A maioria só perde seu bem mais precioso: o tempo. Esse bem fugidio, que apenas vai escorregando, sem que a gente perceba, e cujo preço, no final, vem na conta de uma tristeza morna por tudo aquilo que deixamos de viver.
Disponível em <https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/a-era-da-dispersao/>. Acesso em 05 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O autor propõe o fim da internet, pois ela é responsável pela falta de concentração das pessoas e pelas suas alterações de humor, que geram a depressão.
II. Segundo o texto, empresas do segmento da internet valem-se de estratégias de “programação persuasiva” para captar e manter a atenção dos usuários.
III. De acordo com o texto, a internet tem aspectos positivos e negativos: o excesso de informações faz com que as pessoas se tornem ansiosas, mas o uso contínuo da rede impede o envolvimento com drogas.
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
II.
	
	
	
· Pergunta 12
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
“Vacina” é eleita a palavra do ano de 2021 pelos brasileiros, diz pesquisa
Expressão foi escolhida por 22% dos entrevistados, seguida por ‘esperança’, com 17% das preferências, ‘saúde’ e ‘recomeçar’. Pesquisa ouviu 1.200 brasileiros, entre os dias 6 e 9 de dezembro.
G1SP – 17/12/2021
“Vacina” foi eleita a palavra do ano de 2021 por brasileiros ouvidos por uma pesquisa da consultoria Cause e do Instituto de Pesquisa Ideia. O levantamento foi realizado com amostra representativa da população brasileira de 1.200 entrevistas, entre os dias 6 e 9 de dezembro, e 22% dos entrevistados escolheram “vacina” como a palavra que mais representou o ano de 2021.
Em segundo lugar os entrevistados escolheram a palavra “esperança”, com 17% das preferências, seguida por seguida por “saúde” e “recomeçar”.
O resultado de 2021 coincide com a palavra do ano eleita pelo dicionário de Oxford (de língua inglesa): “vax”, uma abreviação para vacina que, segundo a publicação, foi usada 72 vezes mais esse ano em relação a 2020.
"A vacina foi catalisadora da esperança de brasileiros e brasileiras em 2021. A simbologia de chegar a vez de ser vacinado alimentou a expectativa de dias melhores para os milhões que aderiram rápido ao processo de vacinação. Não que a vacinação tenha eliminado as incertezas da população brasileira, mas foi um grande passo de autoestima, saúde e esperança", afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Ideia, Maurício Moura.
Disponível em https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/12/17/vacina-e-eleita-a-palavra-do-ano-de-2021-pelos- brasileiros-diz-pesquisa.ghtml?_ga=2.130408335.1214068104.1642699292-280742830.1619727884. Acesso em 20 jan. 2022.
Com basena leitura, assinale a alternativa correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
A introdução da vacina contra a COVID-19 no Brasil trouxe a esperança de dias melhores.
	
	
	
· Pergunta 13
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
                                                                                      Para que serve o saber
                                                                                        Mario Sergio Cortella
Clarice Lispector, grande escritora nascida na Ucrânia e que viveu no nosso país, tem uma frase magnífica que, sintetizada, dizia: “o melhor de mim é aquilo que eu não sei”. Isso significa que aquilo que eu não conheço é a minha melhor parte. Porque aquilo que eu já sei é mera repetição. Aquilo que eu não sei é o que me renova, o que me faz crescer. O conhecimento é algo que reinventa, que recria, que renova.
Essa noção é importante, pois estabelece a natureza da nossa relação com o conhecimento e suas nuances. O gênio, por exemplo, não é aquele que julga já saber. Gênio é aquele que sabe que não sabe tudo e continua na busca do saber. Gênio é aquele que se faz. O gênio não desiste de conhecer. Cuidado com gente que acha que já sabe, que já conhece. Cuidado com gente que acha que o conhecimento é algo a ser concluído.
Afinal, para que serve o conhecimento? Qual é o poder do saber? Não podemos perder a perspectiva que a finalidade do poder é servir. Servir à vida, servir a uma comunidade, servir às pessoas. Todo poder que, em vez de servir, serve a si mesmo, é um poder que não serve. O poder da informação, o poder da ciência, o poder da arte é servir.
O que fazemos com o poder do nosso saber? Nós repartimos, partilhamos, o usamos para crescer? Ou eventualmente o utilizamos para dominar? Para tornar o outro ser humano menor? Para diminuir a vida?
Conhecimento tem a finalidade de servir à vida. Mas à vida de quem? De todas e todos. À vida coletiva.
Disponível em <http://www.mscortella.com.br/para-que-serve-o-saber-artigo-de-mario-sergio-cortella-7a>. Acesso em 03 fev. 2022.
  
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O texto afirma que o conhecimento não tem utilidade nem finalidade na vida coletiva.
II. O processo de conhecimento estabelece uma relação de natureza cumulativa de saberes, e, dessa forma, é finito.
III. O objetivo do texto é mostrar que mesmo os grandes escritores não sabem tudo e, por isso, suas obras não trazem conhecimento.
IV. De acordo com o texto, o conhecimento é importante para servir à vida de todos.
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
IV.
	
	
	
· Pergunta 14
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto e a imagem.
A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas comuns na rede regular de ensino coloca novos e grandes desafios para o sistema educacional. Talvez nos últimos tempos esse seja um dos temas que mais provoca professores das escolas comuns, professores do ensino especial, pais e comunidade a realizar discussões tão acaloradas a respeito de modificações que devem ser realizadas na escola que nem mesmo as três leis de diretrizes e bases conseguiram... Entender a diferença não como algo fixo e incapacitante na pessoa, mas reconhecê-la como própria da condição humana ainda é muito distante e complexo para a maioria dos professores que trabalha com o conceito de que todos os alunos são iguais e que as turmas são homogêneas. A diferença que se materializa não somente pela deficiência, mas também pelas diferenças de raça, sexo, religião, existe em todos nós, em todas as salas de aula, tendo alunos com deficiências ou não... A transformação de todas as escolas em escola inclusiva é um grande desafio que teremos que enfrentar. A redefinição do papel das escolas especiais como responsáveis pelo oferecimento de atendimento educacional especializado e das escolas comuns como o local onde os alunos através dos conhecimentos possam questionar a realidade e coletivamente viver experiências que reforcem o sentimento de pertencimento é condição para que a inclusão aconteça. Nesse contexto, o redimensionamento no enfoque da formação dos professores é imprescindível, e o objetivo não deve ser o de adquirir conhecimentos, mas, sim, de desenvolver a capacidade de adquirir conhecimentos. Tanto quanto os seus alunos, os professores também têm que se sentir incluídos. Nos projetos de formação, duas realidades precisam ser consideradas: a pessoa do professor e a equipe (professor/escola). É preciso que os problemas de aprendizagem deem lugar ao estudo e à reflexão dos problemas do ensino, assim como, em vez de preocuparmos sobre como devemos ensinar, precisamos estudar como os nossos alunos aprendem. Atividades tão comuns como ditar e escrever, falar e ouvir devem ser totalmente eliminadas pelos professores que nos seus espaços de formação precisam refletir suas práticas e criar alternativas que reconheçam que educar é muito mais do que preparar os alunos para fazer exames, decorar a tabuada ou reproduzir fórmulas e conceitos que não entendem.
Disponível em <http://www.fmss.org.br/artigo-inclusao-escolar-um-direito-de-todos-alunos-com-e-sem-deficiencia/>. Acesso em 16 fev. 2022 (com adaptações).
                                                       
                      Disponível em <https://pasc.pt/actividades/clusters-tematicos/inclusao-social/>. Acesso em 16 fev. 2022.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. O conceito de que todos os alunos são iguais e as turmas são homogêneas deve ser a base para a inclusão de pessoas com deficiência nas escolas.
II. Fazer ditados, realizar provas e decorar tabuada são atividades essenciais para o aprendizado e para a inclusão dos alunos com deficiência.
III. A figura ilustra a ideia, também afirmada no texto, de que é necessário respeitar e acolher as diferenças.
É correto o que se afirma somente em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
III.
	
	
	
· Pergunta 15
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Observe o mapa a seguir.
 
Com base nas informações do mapa, avalie as afirmativas.
I. Os dados revelam que o continente africano, no geral, apresenta melhores condições de vida para sua população.
II. O número de desempregados na Grã-Bretanha é praticamente igual ao da Rússia.
III. Entre os países representados no mapa, a África do Sul é o que apresenta maior índice de desemprego.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
III, apenas.
	
	
	
· Pergunta 16
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir, publicado em 8 de agosto de 2021, no site da Agência de Notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com pandemia, setor cultural perde 11,2% de pessoas ocupadas em 2020
A pandemia teve forte efeito no setor cultural em 2020, que perdeu, em relação ao ano anterior, percentual maior de postos de trabalho do que o total da população ocupada no país. Em 2019, 5,5 milhões de pessoas trabalhavam em atividades culturais, o que representava 5,8% do total de ocupados. No ano passado, eram 4,8 milhões (5,6%), invertendo ganho crescente do setor desde 2016. Os dados são do Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2020, divulgado pelo IBGE.
Entre 2019 e 2020, as atividades relacionadas à cultura que mais perderam pessoal ocupado foram moda, o setor moveleiro, impressão e reprodução, as atividades relacionadas a eventos, recreação e lazer. Já as ocupações que mais fecharam postos de trabalho foram organizadores de conferências e eventos; alfaiates, modistas, chapeleiros e peleteiros; marceneiros e afins; profissionais da publicidade e da comercialização.
“Com raras exceções, a pandemia desacelerou a economia, como foi o caso das atividades consideradas não essenciais. No setor cultural, isso ficou ainda mais evidente no segmento de eventos e recreação, com o fechamento total de casas de espetáculo, cinemas, teatros e outros equipamentos culturais, com a menor mobilidade das pessoas para controle do vírus”, explica o analista da pesquisa, Leonardo Athias.
 
Com base na leitura do texto, avalie as afirmativasa seguir.
I. A pandemia de covid-19 impactou negativamente os postos de trabalho de atividades relacionadas à cultura no ano de 2020.
II. De acordo com os dados apresentados no gráfico, o número de pessoas ocupadas no setor cultural no ano de 2020 representou aproximadamente 88% da ocupação observada em 2019.
III. O ano de 2019 concentrou o maior número de pessoas trabalhando em atividades culturais, no período apresentado na série histórica.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I, II e III.
	
	
	
· Pergunta 17
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Em uma simples ida ao supermercado, notamos que os produtos sofrem variações de preço. Alguns desses produtos são considerados básicos para a alimentação de uma família e compõem a chamada cesta básica.
Considere o gráfico a seguir, que indica a variação do custo da cesta básica na cidade do Rio de Janeiro.
 
Com base no gráfico, avalie as afirmativas a seguir, referentes ao período representado na figura.
I. A menor variação do preço da cesta básica no Rio de Janeiro ocorreu entre novembro e dezembro de 2019.
II. O menor valor da cesta básica ocorreu em janeiro de 2019.
III. Em julho de 2020, o custo da cesta básica era um pouco mais de R$500,00.
É correto o que se afirma apenas em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
III.
	
	
	
· Pergunta 18
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o gráfico a seguir, publicado em 24/03/2022.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Em 20/12/2021, R$287,00 eram equivalentes a 50 dólares.
II. Em 2019, em média, cada real era equivalente a pouco mais de um quarto de dólar.
III. Em 2020, houve períodos em que a cotação do dólar sofreu queda.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I, II e III.
	
	
	
· Pergunta 19
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia, na figura a seguir, a composição dos preços da gasolina, do diesel e do GLP (gás de cozinha) em 22 de março de 2022.
 
Com base na leitura e supondo que o consumidor pague cerca de R$8,00 pelo litro da gasolina, R$6,00 pelo litro do diesel e R$100,00 pelo botijão de gás de cozinha, avalie as afirmativas.
I. O valor, em reais, do ICMS pago no litro da gasolina é mais do que o dobro do pago no litro de diesel.
II. Quando o consumidor compra o botijão de gás de cozinha por R$100,00, ele paga R$17,00 de impostos.
III. Quando o consumidor abastece o carro com 20 litros de gasolina, ele paga quase R$70,00 de impostos.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
I, II e III.
	
	
	
· Pergunta 20
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto da Forbes e analise o gráfico da Newzoo nele inserido.
2022 promissor: mercado de games ultrapassará US$200 bi até 2023
Receita da indústria foi de US$175,8 bi em 2021, ligeira queda em relação a 2020, mas nada que afete previsões.
Luiz Gustavo Pacete – 03/01/2022
A indústria global de games movimentou US$175,8 bilhões em 2021, de acordo com os últimos dados consolidados e preliminares da consultoria Newzoo. Esse montante apresentou uma ligeira queda de -1,1% em relação a 2020, mas nada que afete o desempenho de alta dos próximos anos que deve levar um dos principais segmentos do entretenimento a movimentar mais de US$200 bilhões em 2023.
Para os motivos dessa quebra no ritmo de crescimento, a Newzoo aponta uma alta fora da curva em 2020, em função da pandemia e a alta demanda por entretenimento virtual. Naquele ano, o mercado cresceu 23,1%, alta recorde já registrada pela consultoria. Os lançamentos do PlayStation 5 e do Xbox Series X | S também contribuíram para esse movimento expressivo.
 
Jogos para PC
A Newzoo alerta para um ritmo de queda nos jogos voltados a PC que devem cair 2,8% nos próximos anos. Em 2021, esse segmento movimentou US$35,9 bilhões, do total, US$33,3 bilhões foram destinados a jogos baixados e US$2,6 bilhões em jogos de navegador. Para os consoles, a perspectiva também é de um declínio que chega a 8,9%, para US$49,2 bilhões. Isso ocorre principalmente pelo atraso no desenvolvimento de alguns games que acabam por afetar toda a lógica de consumo.
Escassez de chips
O impacto negativo também afeta o hardware, já que a escassez global de chips significa a falta de suprimentos para muitos produtos eletrônicos de consumo, incluindo consoles de próxima geração e componentes necessários para jogos de PC de última geração.
O mobile segue em alta
A Newzoo prevê que os jogos para celulares tenham movimentado US$90,7 bilhões em 2021, crescendo 4,4% no ano. Isso representa mais da metade do mercado global de jogos, já que o segmento é menos afetado pelos efeitos da pandemia do que o de jogos para PC e console.
Qual é a perspectiva do mercado global de jogos?
O mercado de jogos continuará crescendo nos próximos anos, ultrapassando US$200 bilhões ao final de 2023, seguindo a média estimada de alta de 7,2% entre 2019 e 2023 para US$204,6 bilhões. Os jogos para celular serão o segmento de crescimento mais rápido nos próximos anos.
Abaixo, o quadro da Newzoo com as perspectivas para 2023.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Com base na pesquisa da Newzoo, conclui-se que o mercado global de games em 2021 movimentou um montante quase 22% maior do que em 2019.
II. O aumento do consumo de games em 2020 está relacionado ao maior isolamento social.
III. Segundo a pesquisa da Newzoo, existe uma tendência de leve queda no consumo de games para PC, consoles e celulares nos próximos anos, como ocorreu em 2021.
É correto o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
I e II, apenas.

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