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Técnica dos Nados

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DEFINIÇÃO
Técnica e aprimoramento dos nados crawl, costas, peito e borboleta, com respectivas saídas e
viradas.
PROPÓSITO
Compreender as peculiaridades do desenvolvimento técnico de cada um dos quatro estilos de
nado, bem como as técnicas utilizadas de saídas e viradas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer o desenvolvimento do nado crawl
MÓDULO 2
Identificar formas de aperfeiçoamento técnico do nado costas
MÓDULO 3
Reconhecer técnicas para melhoria do nado peito
MÓDULO 4
Descrever as técnicas do nado borboleta
MÓDULO 5
Analisar o conhecimento técnico sobre saídas e viradas dos nados
INTRODUÇÃO
O contato do homem com a água faz parte de sua vida desde a concepção, advinda das eras
mais primitivas. Ele recorria aos ambientes aquáticos, como rios e mares, para suprir suas
necessidades de subsistência e sobrevivência.
Embora o ser humano não seja capaz, por sua natureza, de desempenhar-se com maestria no
meio aquático, como os peixes, por exemplo, a partir da técnica de aperfeiçoamento dos nados,
desenvolvida histórica, social e culturalmente, passou a melhorar seu desempenho e a produzir
uma propulsão eficaz.
Diante da melhora no desempenho, em meados do século XIX, as competições de natação
foram ganhando vulto, e essa busca constante pela eficiência técnica por meio do
aprimoramento da execução dos movimentos natatórios evoluiu continuamente até os dias
atuais.
Nesse sentido, aqui, serão apresentadas as técnicas de execução dos quatro nados, suas
saídas e viradas, na tentativa de ajudar você a perceber como pode obter melhor desempenho
na prática da natação.
Fonte: Jacob Lund/Shutterstock
MÓDULO 1
 Reconhecer o desenvolvimento do nado crawl
POSICIONAMENTO DO CORPO
Ao executar o nado crawl, é muito importante manter bom alinhamento horizontal e lateral em
relação à superfície para evitar consequências negativas no deslocamento, devido ao aumento
no arrasto de forma, ocasionado, por exemplo, por abaixamento ou desvios laterais das pernas
e dos quadris do corpo.
O corpo deve permanecer na horizontal, em decúbito ventral, realizando movimentos de
rolamentos laterais no eixo longitudinal.
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Veja algumas dicas para manter o alinhamento do corpo no nado crawl:
ARRASTO DE FORMA
Resistência relacionada ao posicionamento do corpo na água.
DECÚBITO VENTRAL
“Estado do corpo humano apoiado em um plano horizontal sobre o ventre.” O mesmo que
deitado de barriga para baixo, ou seja, voltada para o fundo da piscina.
Fonte: Dicionário Online Caldas Aulete.
ALINHAMENTO HORIZONTAL
Manter a posição natural da cabeça, com visão ao fundo da piscina e ligeiramente à
frente;
Executar uma pernada sem grande amplitude, de preferência até aproximadamente a
direção da parte mais profunda do tronco, com boa frequência de movimentos.
Fonte: Massaud, 2008, p. 43-44.
 Nado crawl – alinhamento horizontal.
Fonte: Massaud, 2008, p. 43-44.
 Nado crawl – alinhamento lateral.
ALINHAMENTO LATERAL
Evitar deslocamentos laterais dos braços na recuperação da braçada, o que tenderia a
deslocar o quadril para o lado contrário;
Executar bom rolamento de tronco no eixo longitudinal, de forma que ombros, tronco e
quadris atuem como uma unidade.
POSICIONAMENTO DA CABEÇA
No nado crawl, o rosto fica em contato com a água, mantendo-se o nível da água na parte
superior da testa. Para facilitar o ajuste da posição da cabeça, devemos permanecer olhando
para o fundo da piscina e ligeiramente à frente, mantendo-a praticamente em uma posição
natural.
Fonte: Massaud, 2008, p. 44.
 Nado crawl – posicionamento da cabeça.
RESPIRAÇÃO
Durante o momento em que o rosto permanece dentro da água no nado crawl, o nadador realiza
a expiração pela boca ou pelo nariz, mas de preferência pelo nariz.
 ATENÇÃO
A expiração pelo nariz serve para auxiliar o nadador em momentos de execução do rolo para
frente nas viradas dos nados crawl e costas, bem como nos deslocamentos submersos, após a
saída e as viradas nas provas de nado costas.
O momento da inspiração deve ser feito logo após a expiração, por meio do movimento de
rolamento lateral de tronco e de um pequeno movimento de cabeça, se necessário.
A inspiração deve ser executada pela boca, mantendo-a o mais próximo possível da água (no
cavado da onda, criada pela pressão da cabeça na água, à frente, durante o deslocamento), no
momento em que um dos braços estiver realizando a varredura para baixo e o outro, ao longo
da varredura para cima e no início da recuperação, do lado em que a boca estiver sendo
liberada da água.
Fonte: Massaud, 2008, p. 47.
 Nado crawl – posicionamento lateral.
VARREDURA PARA BAIXO
Primeira fase aquática da braçada no nado crawl.
VARREDURA PARA CIMA
Terceira fase aquática da braçada no nado crawl.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
A respiração é classificada de acordo com o número de braçadas realizadas para cada
inspiração da seguinte forma:
UNILATERAL – 2 X 1 (DOIS POR UM)
Respiração na segunda braçada, para o lado direito ou esquerdo.
BILATERAL – 3 X 1 (TRÊS POR UM)
Respiração na terceira braçada, para o lado direito e esquerdo, alternadamente.
UNILATERAL – 4 X 1 (QUATRO POR UM)
Respiração na quarta braçada, para o lado direito ou esquerdo.
Esta sequência continua sucessivamente. Há também o bloqueio respiratório, em que o
nadador realiza a quantidade máxima de braçadas até respirar, de acordo com sua capacidade
respiratória. Isso é muito utilizado pelos atletas em prova de velocidade, principalmente de 50
metros livre.
A respiração bilateral, também chamada de alternada, proporciona as seguintes vantagens em
relação à unilateral:
Fonte: NeMaria/shutterstock
Contribui para que os nadadores consigam rolar seus corpos igualmente para ambos os lados,
auxiliando, assim, a eficiência da braçada, com ganho de amplitude.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Fonte: NeMaria/shutterstock
Torna as braçadas mais simétricas.
Fonte: NeMaria/shutterstock
Facilita, no caso dos atletas, o controle dos concorrentes de ambos os lados em uma prova.
TÉCNICA DE PERNADA
Os movimentos de pernas do nado crawl são realizados alternadamente, com trajetórias
descendente, ascendente e laterais (diagonal), de acordo com o rolamento corporal.
DESCENDENTE
A trajetória descendente da pernada inicia-se com o calcanhar de um dos pés alinhado com a
superfície da água, momento este em que ocorre ligeira flexão da coxa sobre o tronco (quadril)
e da perna sobre a coxa (joelho), fazendo com que haja ligeiro abaixamento do joelho para
posterior extensão vigorosa da perna.
Os pés deverão estar com flexão plantar com ligeira rotação medial do joelho, para apontá-lo
um pouco para dentro, procurando aproveitar bem a pressão realizada pelo dorso do pé e pela
perna, a fim de promover deslocamento de massa d’água para trás (força propulsiva) e, na
parte final da ação, alguma massa d’água para baixo (força de sustentação).
ASCENDENTE
Já no movimento ascendente, a perna se mantém estendida, com o pé em flexão plantar,
realizando a pressão sobre a água com a planta dele.
LATERAIS (DIAGONAL)
De acordo com Maglischo (2010, p. 100), também existem os componentes laterais realizados
durante a pernada do nado de crawl, ou seja, os movimentos diagonais e alternados das
pernas, seguintes ao rolamento corporal. Esta ação é denominada pernada de adejamento.
TÉCNICA DE BRAÇADA
CICLO DE BRAÇADA
É composto de uma fase submersa, responsável pela propulsão, e uma fase de recuperação,
que ocorre sobre a superfície d’água.
Para que um nadador complete um ciclo de braçada, devemos determinar um ponto de
referência na observação, como, por exemplo, quando a mão esquerda estiver no momento da
entrada na água e, consequentemente, a direita estiver na fase varredura para cima ou no início
da recuperação da braçada. Ao retornarem a esses pontos, completa-se um ciclo de braçada
do nado crawl.
Fonte: Ikonoklast Fotografie/Shutterstock
ENTRADA
Deve ser feitaà frente da cabeça, entre a linha central desta e a linha da direção do ombro. O
braço deve estar ligeiramente flexionado, com o cotovelo acima da mão, de modo que as
pontas dos dedos sejam a primeira parte do braço a entrar na água. A mão deve deslizar para
dentro d’água, à frente, de lado, com a palma ligeiramente voltada para fora.
VARREDURA PARA BAIXO
Consiste em um movimento com ênfase para baixo, onde a mão se desloca em direção ao
fundo da piscina em um trajeto curvilíneo, com o braço iniciando o movimento estendido,
flexionando-se gradualmente até atingir a posição do agarre.
Não deve haver abertura significativa para além da linha do ombro do braço que se encontra
nesta fase.
De acordo com Maglischo (2010, p. 89):
[...] “O BRAÇO DEVE FLEXIONAR-SE EM,
APROXIMADAMENTE, 40 GRAUS NO COTOVELO DURANTE
A VARREDURA PARA BAIXO, DE MODO QUE O ÂNGULO NO
COTOVELO SEJA DE QUASE 140 GRAUS AO SER
EFETUADO O AGARRE”.
No agarre, deverá existir rotação medial de braço, formando uma posição de alavanca, em que
o cotovelo estará elevado, com a mão e o braço voltados para trás contra a água. A palma da
mão deverá estar inclinada ligeiramente para fora e para trás.
 ATENÇÃO
Os nadadores não devem tentar empurrar a mão para trás nem imprimir força antes que o
agarre tenha sido realizado.
Esta fase da braçada não é de grande importância propulsiva se comparada às duas fases
aquáticas seguintes. Sua principal contribuição está associada à produção de força de
sustentação e ao ajuste da braçada para as fases que virão.
Fonte: Oksana_Smi/Shutterstock
VARREDURA PARA DENTRO
Esta fase se inicia no agarre, seguindo com um movimento em trajetória semicircular até uma
posição sob o corpo, em que a mão, inicialmente, continua deslocando-se para baixo, para
dentro e para cima de forma simultânea, até que esteja no nível da linha média do corpo e
alinhada com os ombros.
Nesta fase, o lado do polegar é o bordo de ataque do fólio, e o do dedo mínimo, o de fuga,
denominado fluxo radial. É o momento em que começa a ocorrer maior eficiência propulsiva da
braçada, após seu início no ponto chamado de agarre.
FÓLIO
Aerofólio, perfil alar ou simplesmente fólio é uma seção bidimensional, projetada para
provocar variação na direção da velocidade de um fluido (água). Na prática da natação, os
segmentos (mãos, braços e pernas) representam fólios.
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VARREDURA PARA CIMA
Da passagem da varredura para dentro à varredura para cima, haverá aproximação do braço e
do cotovelo ao tronco, com extensão (não total) do antebraço, retirando a mão da água próxima
ao quadril. Finaliza-se, assim, a fase aquática da braçada.
Esta fase é a segunda parte propulsiva da braçada, enquanto a primeira, como já mencionado,
é a varredura para dentro.
Todas as ações das braçadas dos nadadores têm uma relação tridimensional. Elas não se
compõem apenas de movimento de elevação em direção à superfície, mas, sim, de um
movimento semicircular da mão, desde a direção por baixo do corpo do nadador, alinhado com
o ombro, seguindo para fora, para cima e para trás na direção da superfície da água.
Fonte: Jacob Lund/Shutterstock
RECUPERAÇÃO
Deverá ser feita por meio da elevação do cotovelo, flexionando o antebraço e projetando a mão
à frente. Os braços deverão estar os mais relaxados possível durante esta fase até a entrada,
para, então, iniciar-se um novo ciclo.
Vejamos alguns aspectos importantes a serem observados na recuperação:
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
A primeira parte do braço a deixar a água é o cotovelo, enquanto sua mão ainda está na água.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
Quando a mão estiver na altura da coxa, a palma deverá voltar-se em direção à coxa, evitando
criar uma força de arrasto, já que a mão estará se deslocando à frente.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
Deve-se direcionar o braço à frente sobre a água, com a menor interferência possível no
alinhamento lateral do corpo.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
É recomendável a recuperação da braçada com a flexão do cotovelo, pois, dessa forma, haverá
melhor condição de relaxar as musculaturas do ombro, o que favorecerá a colocação do braço
da entrada da braçada, seguindo mão, antebraço e braço.
COORDENAÇÃO DO NADO
A coordenação do nado crawl exige que o nadador consiga manter, no decorrer de todo o
percurso a ser nadado, sincronização perfeita entre os movimentos alternados dos braços e
das pernas, o rolamento de tronco e a respiração. Isso permitirá que o corpo se coloque em
uma posição adequada na água e, consequentemente, consiga otimizar as ações propulsivas e
minimizar as forças resistivas.
Fonte: LightField Studios/Shutterstock
COORDENAÇÃO DE BRAÇOS/BRAÇOS
Em relação às braçadas, existem coordenações diferentes realizadas pelos nadadores, de
acordo com o tipo de prova a ser disputada: de velocidade, meio-fundo e fundo.
Para os nadadores de meio-fundo e fundo (400, 800 e 1500 metros), a coordenação de braços
normalmente se realiza de forma que, quando um dos braços está entrando na água, o outro
está completando a varredura para dentro.
Isso possibilita que haja rolamento para o lado do braço que está tracionando, preparando-o
para a varredura para cima.
Simultaneamente, o braço que está à frente estará alongando, possibilitando que o corpo
assuma uma posição hidrodinâmica, enquanto a varredura para cima está sendo realizada.
Para os velocistas, esta coordenação se realiza com uma frequência de braçadas maior em
relação à citada anteriormente, pois eles reduzem o período de alongamento do braço à frente,
começando a varredura para baixo, quando o outro está realizando a varredura para cima.
Isso possibilita eliminar o ponto de desaceleração que observamos no caso anterior, já que, no
momento em que um dos braços conclui a varredura para cima, o outro estará no agarre (início
da varredura para dentro), mantendo, assim, a continuidade de ações propulsivas realizadas
pelos braços. Essas ações não costumam ocorrer na coordenação dos meio-fundistas e
fundistas, pois acarreta gasto energético muito elevado a eles.
COORDENAÇÃO DE BRAÇOS/PERNAS
A coordenação de braços/pernas no nado crawl deve ser realizada de forma que o ponto
máximo descendente da pernada coincida com o empurrão final da conclusão da braçada do
mesmo lado.
Existem alguns tipos de classificação em relação a essa coordenação:
Crawl dois tempos – Para cada ciclo de braçada, correspondem dois movimentos de
pernas (semelhante à coordenação do andar/marcha).
Crawl quatro tempos – Para cada ciclo de braçada, correspondem quatro movimentos de
pernas.
Crawl seis tempos – Para cada ciclo de braçada, correspondem seis movimentos de
pernas.
CICLO DE BRAÇADA
Movimento completo de ambos os braços em suas fases aquáticas e de recuperação.
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EDUCATIVOS/EXERCÍCIOS PARA
APRIMORAMENTO E CORREÇÃO DO NADO
CRAWL
Em geral, no Brasil, o aprendizado da natação é iniciado com o nado crawl, não por este ser
obrigatoriamente o primeiro a ser ensinado, mas apenas por organização, já que teríamos de
começar com algum nado.
No entanto, o mais conveniente seria o professor oportunizar aos alunos atividades que,
paralelamente, pudessem ir se desenvolvendo nos quatro nados, e não tornar o crawl e o
costas obrigatoriamente nados a serem ensinados antes dos outros dois.
Educativo é um termo utilizado na natação para nos referirmos ao exercício. Em uma
sequência dos educativos mais simples aos mais complexos, do global para o específico,
procuramos organizá-los com a intenção de facilitar o processo de ensino e aprendizagem dos
nados, denominando esse procedimento de organização em progressão pedagógica.
 ATENÇÃO
Educativos (técnicas) devem ser trabalhados com distâncias pequenas (12,5 metros, 15
metros, 25 metros até 50 metros por vez), para que o professor possa realizar comentários
com os alunos sobre as execuções.
Neste módulo, trataremos dos educativos voltados para o aprimoramentoda técnica do nado
crawl. Vamos a eles.
EXERCÍCIO 1
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
EXERCÍCIO 5
EXERCÍCIO 6
Í
EXERCÍCIO 7
EXERCÍCIO 8
EXERCÍCIO 9
EXERCÍCIO 10
EXERCÍCIO 11
EXERCÍCIO 12
EXERCÍCIO 13
EXERCÍCIO 14
EXERCÍCIO 15
EXERCÍCIO 16
EXERCÍCIO 17
EXERCÍCIO 1
Executar a pernada de crawl, com os braços ao longo do corpo, permanecendo
aproximadamente 5 segundos (contagem mental), realizando, a seguir, a respiração lateral,
sem movimentar os braços, para o mesmo lado ao longo de uma distância.
Objetivos
Desenvolver o rolamento e a respiração lateral;
Melhorar o condicionamento dos membros inferiores.
EXERCÍCIO 2
Executar a pernada de crawl com os braços estendidos à frente e com o rosto na água,
realizando uma contagem mental de 1 a 4 para determinar um tempo de permanência na
posição e para realizar a expiração.
Logo a seguir, o aluno realizará o movimento da braçada direita de crawl, procurando, durante a
recuperação do movimento, arrastar o polegar da mão ao longo do corpo até a axila, o que fará
com que haja a elevação do cotovelo e a mão realize uma trajetória à frente durante esta fase
da braçada.
EXERCÍCIO 3
Igual ao exercício anterior, mas com a recuperação do braço arrastando o dorso da mão na
água ao lado e paralelo ao corpo.
EXERCÍCIO 4
Idêntico ao exercício 3, mas, durante a recuperação do braço, o aluno tocará o polegar da mão
na axila sem arrastar o dedo ao longo do corpo.
EXERCÍCIO 5
Nadar crawl com o toque do dedo polegar na axila durante a recuperação da braçada.
Cuidado para evitar o encontro dos braços à frente, ou seja, os movimentos dos braços deverão
ser alternados e em oposição.
EXERCÍCIO 6
Os exercícios anteriores, que envolveram a execução da braçada, também são utilizados para o
aprimoramento da entrada do braço na água. O professor deverá chamar atenção para o
detalhe em relação ao objetivo do exercício.
Objetivo: Facilitar a eliminação do ar das mãos (turbulência) no momento da entrada da
braçada na água e adquirir a posição adequada para a realização das varreduras para baixo e
para dentro.
EXERCÍCIO 7
Alunos no interior da piscina (de preferência, em uma parte que não dê pé no fundo), de frente
para a borda, deverão apoiar as duas mãos na borda e realizar a elevação dos cotovelos
(rotação medial) para estenderem os braços, como se faz para sair da piscina.
Objetivo: Realizar a rotação medial de ombro, que, na execução do nado, promove a elevação
do cotovelo no ponto do agarre e o fortalecimento muscular.
EXERCÍCIO 8
Na entrada da mão na água, é necessário colocá-la entre a direção da linha imaginária do
ombro e da cabeça.
Objetivos
Evitar a oscilação do quadril, caso a mão, ao entrar na água, cruze a linha da cabeça;
Evitar perda na eficiência da braçada, caso a mão entre na água fora da linha dos ombros.
EXERCÍCIO 9
Nadar com o nível da água na parte superior da testa, com posição neutra da cabeça e visão
ligeiramente à frente.
Objetivo: Reduzir a resistência frontal, decorrente do posicionamento da cabeça.
EXERCÍCIO 10
Na varredura para baixo da braçada, aprofundar bem o braço sem flexioná-lo, aproveitando a
verticalidade no movimento.
Objetivo: O aprofundamento da braçada é muito importante na fase da varredura para baixo
para que se tenha, consequentemente, um bom comprimento na varredura para dentro, onde se
inicia a fase propulsiva do nado. Caso não haja um bom aprofundamento na fase inicial, a
varredura para dentro se tornará curta, comprometendo a propulsão do nado.
EXERCÍCIO 11
Quando o braço estiver na direção do ombro (dentro d’água), haverá uma flexão de cotovelo,
sem ultrapassar a linha mediana do corpo.
Observação: Neste momento da braçada, a mão deverá estar no prolongamento do antebraço.
Objetivo: A flexão visa, principalmente, mudar a trajetória do movimento do braço, com o intuito
de encontrar água com pouco ou nenhum movimento, mantendo a eficiência da pressão
realizada na braçada. O não cruzamento da linha mediana do corpo tem por fim evitar reação
no quadril, o que acarretaria o aumento da resistência ao deslocamento.
EXERCÍCIO 12
Na finalização da braçada, aproximar o braço e o cotovelo ao tronco, realizando, a seguir, a
extensão do antebraço, com a saída da mão da água, próxima ao quadril. Esta fase da braçada
deve ser executada com um aumento de pressão dos braços na água (maior velocidade).
Observação: Nesta fase da braçada, o punho estará em extensão, para que a palma da mão
esteja sempre voltada no sentido dos pés.
Objetivo: Melhorar a eficiência da varredura para cima (finalização da braçada). Na saída do
braço da água, ele deverá estar semiflexionado.
EXERCÍCIO 13
Nadar crawl com uma das mãos fechadas e a outra aberta, com as duas mãos fechadas e, logo
a seguir, com as duas abertas.
Objetivo: Perceber a diferença de pressão entre uma e outra mão e estimular o
desenvolvimento da pressorcepção.
EXERCÍCIO 14
Executar trabalhos de palmateio. Utilizando o pull buoy (flutuador de perna), com os braços
estendidos à frente da cabeça e os punhos flexionados, o aluno deverá afastar e aproximar os
braços sem flexioná-los, direcionando levemente a palma das mãos no sentido do movimento.
EXERCÍCIO 15
Idem ao exercício anterior, mas com os braços posicionados, embaixo do corpo, na direção dos
ombros e com as mãos no prolongamento do antebraço. O aluno deverá estender e flexionar os
cotovelos, direcionando levemente a palma das mãos no sentido do movimento.
EXERCÍCIO 16
Idem aos exercícios anteriores, mas com os braços longo ao corpo e os punhos estendidos.
Objetivo: Melhorar a pressorcepção e o ajuste da posição das mãos em relação ao antebraço
nas fases da braçada.
EXERCÍCIO 17
Utilizar palmar, para os alunos que já possuam um bom equilíbrio do nado, e estrutura orgânica,
para não perderem, no decorrer do exercício, a eficiência do movimento. Não deixar de
aprofundar a braçada na varredura para baixo.
Objetivo: Aumentar a área de apoio na água e, consequentemente, o trabalho a nível muscular.
A utilização do palmar também pode auxiliar a melhor percepção da trajetória do movimento.
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PRESSORCEPÇÃO
Capacidade de sentir as diferenças de pressão nas extremidades do corpo,
principalmente nas mãos e nos pés.
Fonte: PÁVEL, 1992, p. 110.
 DICA
Os exercícios 1, 2 e 3 também podem ser realizados com auxílio da prancha, e será
determinado ao aluno o braço (direito ou esquerdo) utilizado e a distância a ser executada.
Neste vídeo, veremos mais detalhes sobre os educativos do nado crawl.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A EXECUÇÃO DO NADO CRAWL PREVÊ A MOVIMENTAÇÃO CORPORAL,
DENOMINADA ROLAMENTO, COM O INTUITO DE CONTRIBUIR PARA A
AMPLITUDE DA BRAÇADA E A MELHOR UTILIZAÇÃO DOS MÚSCULOS
ENVOLVIDOS, BEM COMO FACILITAR A AÇÃO RESPIRATÓRIA. EM QUE EIXO
ANATÔMICO OCORRE ESSE MOVIMENTO?
A) Anteroposterior.
B) Laterolateral.
C) Frontal.
D) Longitudinal.
2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA AS FASES DA BRAÇADA DO
NADO CRAWL:
A) Entrada, varredura para baixo e recuperação.
B) Varredura para fora, varredura para dentro, varredura para cima e recuperação.
C) Entrada, varredura para dentro e varredura para cima.
D) Varredura para baixo, varredura para dentro, varredura para cima e recuperação.
GABARITO
1. A execução do nado crawl prevê a movimentação corporal, denominada rolamento, com o
intuito de contribuir para a amplitude da braçada e a melhor utilização dos músculos
envolvidos, bem como facilitar a ação respiratória. Em que eixo anatômico ocorre esse
movimento?
A alternativa "D " está correta.
No nado crawl, é muito importante a execução do rolamento de tronco no eixo longitudinal,
pois, por meio dele, conseguimos ir adiante com o braço que está sendo inserido na água,
atingindo um posicionamento ligeiramente lateral de tronco. Isso beneficia a amplitude da
braçada e o melhor posicionamento para a execução da respiração lateral, pois favorece a
liberação da boca da água e a melhor utilizaçãodos músculos adutores de ombro durante a
primeira fase aquática da braçada.
2. Assinale a alternativa que apresenta as fases da braçada do nado crawl:
A alternativa "D " está correta.
Na execução dos nados, a eficiência mecânica é muito importante para obter economia
energética e ganhos na velocidade de deslocamento. Cada um dos nados tem seu padrão
biomecânico, construído ao longo dos diversos estudos. Na braçada, por meio das fases de
seus movimentos, temos o padrão técnico referido.
MÓDULO 2
 Identificar formas de aperfeiçoamento técnico do nado costas
POSICIONAMENTO DO CORPO E CABEÇA
No nado costas, o corpo permanece na horizontal em decúbito dorsal, realizando movimentos
de rolamentos laterais em seu eixo longitudinal.
javascript:void(0)
A cabeça deve permanecer apoiada na água, com sua parte posterior e com o nível da água
passando junto à parte posterior ou mediana das orelhas.
DECÚBITO DORSAL
“Posição do corpo de quem está deitado de costas”, ou seja, com elas voltadas para o
fundo da piscina.
Fonte: Dicionário online Caldas Aulete.
Fonte: ESB Professional/Shutterstock
RESPIRAÇÃO
A inspiração do nado costas deverá ser feita pela boca, quando um dos braços estiver iniciando
a recuperação e o outro estiver na entrada, ou no início da primeira varredura para baixo.
A expiração deve ser feita pelo nariz, evitando, assim, o desconforto de possíveis entradas de
água por ele.
TÉCNICA DE PERNADA
Os movimentos de pernas do nado costas são realizados alternadamente, com trajetórias
descendente, ascendente e laterais, de acordo com o rolamento de tronco.
TRAJETÓRIA DESCENDENTE
A trajetória descendente da pernada inicia-se com o dorso de um dos pés alinhado com a
superfície da água, com a perna estendida – posição esta que permanecerá até o final.
Ao final da fase descendente, ocorrerá ligeira flexão da coxa sobre o tronco e da perna sobre a
coxa, fazendo com que haja pequena elevação do joelho (sem que este atinja a superfície) para
posterior extensão vigorosa da perna.
FASE ASCENDENTE E LATERAL
Os pés deverão estar com flexão plantar e em inversão, com rotação medial de joelho,
procurando aproveitar bem a pressão realizada pelo dorso do pé e pela perna (fase ascendente
e lateral).
ESTABILIZAÇÃO DO NADO
Uma função muito importante da pernada é a estabilização do nado, já que os movimentos
diagonais de braços submersos tendem a desalinhar o corpo. Provavelmente, assim, as
pernadas diagonais funcionam de forma a contrabalançar esses movimentos que podem
prejudicar os braços.
TÉCNICA DE BRAÇADA

Fonte: Maquiladora/Shutterstock
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
ENTRADA
No nado costas, a mão deve entrar na água à frente da cabeça, na direção do ombro. O braço
deve estar estendido, com a palma da mão voltada para fora, de modo que a ponta do dedo
mínimo seja a primeira parte do braço a entrar na água. A mão deve deslizar para dentro
d’água, à frente, de lado, com a palma voltada para fora.
PRIMEIRA VARREDURA PARA BAIXO
Consiste em uma puxada para baixo e para o lado, em direção ao fundo da piscina e com o
braço estendido, flexionando-se gradualmente, até que o antebraço e a palma da mão estejam
voltados para trás, contra a água, no momento do agarre.
A palma da mão, que, ao entrar na água, estava voltada para fora, deverá ir gradativamente
voltando-se para baixo, ou seja, em direção ao fundo da piscina, mas não totalmente.
Esta fase da braçada não apresenta grande potencial na produção de força propulsiva se
comparada com as duas ou três fases seguintes. O nadador deve perceber esta fase como um
momento de alongamento e de pouco dispêndio de esforço.
Fonte: Maquiladora/Shutterstock
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Fonte: Maquiladora/Shutterstock
PRIMEIRA VARREDURA PARA CIMA
É o momento em que começa a haver maior eficiência propulsiva da braçada. Inicia-se no
agarre: ponto em que o braço começará a dirigir-se em direção à superfície, com trajetória
curvilínea, flexionando-se, até a mão atingir um ponto abaixo da superfície, onde poderemos
observar uma flexão do cotovelo (de 90° a 110°).
Nesta fase, a mão, o cotovelo e o ombro devem estar alinhados, com o braço perpendicular ao
corpo e o cotovelo apontando para o fundo, aproximando-se do final da primeira varredura para
cima.
SEGUNDA VARREDURA PARA BAIXO
Esta fase começa quando a primeira varredura para cima está se aproximando de seu término.
Quando a mão passa o topo da varredura para cima, o braço movimenta-se para baixo e para
trás, até que esteja completamente estendido e bem abaixo da coxa.
No decorrer da segunda varredura para baixo, haverá aproximação do braço e do cotovelo junto
ao tronco, com a extensão do antebraço, projetando a mão em direção ao fundo. Isso fará com
que haja rolamento do corpo para o lado oposto a esse braço e consequente saída do ombro
do mesmo lado.
A mão deve ser girada para baixo e para fora durante esse movimento, mantendo a ponta dos
dedos voltados para o lado no decorrer de todo o processo. Ao completar a varredura, a palma
da mão deverá estar voltada para o fundo da piscina.
De acordo com Maglischo (2010, p. 161-162): “[...] A velocidade das mãos deve diminuir
durante a transição para a segunda varredura para baixo, acelerando rapidamente em seguida
durante todo o movimento”.
Fonte: Maquiladora/Shutterstock
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Fonte: Maquiladora/Shutterstock
SEGUNDA VARREDURA PARA CIMA
Após a fase anterior, antes de relaxar e liberar a mão da água, alguns nadadores de alto nível
ainda conseguem fazer uma rápida rotação medial com o antebraço, criando mais uma fase
propulsiva, que se classifica como segunda varredura para cima.
Tão logo a segunda varredura para baixo tenha sido completada, a mão movimenta-se para
cima, para trás e para dentro na direção da superfície. Esta fase termina quando a mão atinge a
altura da parte posterior da coxa. O braço deverá permanecer o tempo todo estendido.
De acordo com Maglischo (2010, p. 157-159), a posição da mão é o aspecto mais importante
desse movimento. Os nadadores que usam esta fase da braçada para propulsão hiper
estendem sua mão ao nível do punho, de modo que a palma fique inclinada para trás e para
cima, com seus dedos apontando para baixo na direção do fundo da piscina. Esse movimento é
bastante parecido com as varreduras para cima dos nados crawl e borboleta, exceto,
logicamente, o decúbito.
Cogita-se também que alguns nadadores de classe internacional realizem esta fase com o
cotovelo estendido, pressionando a água com o antebraço e a mão durante a elevação do
segmento em direção à superfície.
RECUPERAÇÃO
No nado costas, a recuperação deve ser feita por meio da retirada do braço estendido da água,
de preferência com o polegar saindo primeiro, com a palma da mão voltada para a perna.
Os nadadores diminuem a pressão sobre a água quando sua mão se aproxima das partes
inferiores de sua coxa, porque a mão começa a deslocar-se para frente nesse momento, e eles
não podem gerar qualquer força propulsiva. Caso não o façam, correrão o risco de aumentar o
arrasto.
Na recuperação, os braços deverão ser elevados sobre a cabeça, e não baixos e para o lado,
evitando desalinhamentos laterais. Os braços devem estar bem relaxados durante esta etapa
até a entrada, para, então, iniciar-se um novo ciclo.
Fonte: Massaud, 2008, p. 113.
 Nado costas – posicionamento do braço.
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COORDENAÇÃO DO NADO
Fonte: Suzanne Tucker/Shutterstock
COORDENAÇÃO DE BRAÇOS/BRAÇOS
Enquanto o braço da fase aquática estiver concluindo a segunda varredura para baixo e a
segunda varredura para cima (se houver), o outro braço, que, há pouco, entrou na água, deverá
realizar a primeira varredura para baixo até o agarre, a fim de evitar a desaceleração, já que a
primeira varredura para baixo não tem significância propulsiva no nado.
COORDENAÇÃO DE BRAÇOS/PERNAS
A coordenação de braços/pernas no nado costas deve ser realizada de forma que o ponto
máximo ascendente da pernada coincida com o empurrão finaldo término da braçada do
mesmo lado. Para cada ciclo de braçada, são realizados seis movimentos de pernas,
denominados seis tempos.
EDUCATIVOS/EXERCÍCIOS PARA
APRIMORAMENTO E CORREÇÃO DO NADO
COSTAS
EXERCÍCIO 1
Í
EXERCÍCIO 2
EXERCÍCIO 3
EXERCÍCIO 4
EXERCÍCIO 5
EXERCÍCIO 6
EXERCÍCIO 7
EXERCÍCIO 8
EXERCÍCIO 9
EXERCÍCIO 10
EXERCÍCIO 1
Nadar sempre com rolamento de tronco e, consequentemente, com saída dos ombros da água.
Objetivo: Melhorar o aprofundamento da primeira varredura para baixo, possibilitando melhor
utilização dos grupamentos musculares envolvidos no movimento. Assim, o nadador adquire
maior eficiência das braçadas.
EXERCÍCIO 2
Executar o movimento de recuperação dos braços, relaxados, sempre estendidos, passando
perpendiculares ao corpo na direção do ombro e próximos às orelhas.
Objetivos
Reduzir o gasto energético no movimento por meio da descontração na recuperação da
braçada e do movimento de elevação do braço, perpendicular à água;
Evitar que o braço saia lateralmente, acarretando oscilação lateral do quadril com
aumento da resistência frontal – a elevação perpendicular do braço auxiliará no
rolamento de tronco.
EXERCÍCIO 3
Executar a entrada da mão na água, na linha dos ombros, com o dedo mínimo entrando
primeiro na água (palma da mão voltada para fora).
Objetivos
Manter o corpo em seu eixo longitudinal;
Liberar o ar retido na mão com maior facilidade, evitando turbulência e perda de apoio no
movimento, e, consequentemente, reduzindo a propulsão, de modo que a mão esteja
voltada para o sentido do movimento – este é o objetivo da posição da mão.
EXERCÍCIO 4
Evitar entrar com a mão na água, cruzando a linha da direção da cabeça.
Objetivo: Não haver reação no quadril, com movimentos laterais, aumentando,
consequentemente, a resistência ao deslocamento.
EXERCÍCIO 5
Realizar a pressão com os braços na água, com ênfase na verticalidade, na trajetória do
movimento. Em outras palavras, após a entrada da mão na água, realizar a primeira varredura
para baixo, com o movimento do braço estendido, em direção ao fundo da piscina e ao lado do
corpo.
Quando o braço estiver na direção do ombro (perpendicular ao corpo), a mão deverá ter subido
(próxima à superfície), formando um ângulo entre o antebraço e o braço de 90° a 120°. Haverá
um alinhamento entre mão, cotovelo – apontado para o fundo – e ombro.
A finalização do movimento ocorre com a aproximação do braço e do cotovelo ao tronco, com
extensão do antebraço, direcionando a mão ao fundo da piscina.
Objetivo: Obter maior eficiência na pressão realizada pelos braços na água.
EXERCÍCIO 6
Executar o nado de costas somente com um dos braços em determinada distância, como, por
exemplo, 25 metros com o braço direito e 25 metros com o esquerdo, mantendo o braço que
estiver parado junto ao corpo.
O nadador deverá permanecer próximo à raia, do lado do braço que estiver movimentando, para
que, na fase da primeira varredura para cima da braçada na direção do ombro, segure a raia
embaixo e a empurre em direção à perna.
Objetivo: Aperfeiçoar a fase aquática da braçada, da forma como foi citado no exercício
anterior.
EXERCÍCIO 7
Realizar para cada ciclo de braçada seis movimentos de pernas – nado costas seis tempos.
Objetivo: Aprimorar a coordenação entre braçadas e pernadas.
EXERCÍCIO 8
Executar o nado costas com braçadas duplas, ou seja, os braços se movimentando
simultaneamente, sem que o rosto afunde durante a execução do exercício.
Objetivos
Aprimorar as braçadas;
Promover um aumento da intensidade no trabalho das pernas.
EXERCÍCIO 9
Em decúbito dorsal, com os braços ao longo do corpo e punhos estendidos, realizar o
palmateio, com afastamento e aproximação dos braços ao corpo, posicionando levemente a
palma das mãos no sentido do movimento.
Objetivo: Melhorar a pressorcepção.
EXERCÍCIO 10
Nadar com o corpo bem na horizontal, com o quadril alto, os pés próximos à superfície e a
cabeça apoiada na água, com o nível desta na parte posterior ou mediana das orelhas.
Objetivo: Reduzir ao máximo as resistências frontais ao deslocamento, como, por exemplo,
quadril baixo e pernas fundas.
Uma forma de se ajustar a posição da cabeça é solicitar que o nadador mantenha a visão
ligeiramente em uma diagonal em relação ao corpo, no sentido dos pés. Isso facilitará que o
nadador adquira um ponto de referência, auxiliando-o na direção.
Neste vídeo, veremos mais detalhes sobre os educativos do nado costas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A MECÂNICA RESPIRATÓRIA NA NATAÇÃO SE DIFERE DA TERRESTRE.
POR TER DENSIDADE MIL VEZES MAIOR QUE O AR, A ÁGUA OFERECE UM
ESTÍMULO MAIOR AO APARELHO RESPIRATÓRIO – RAZÃO DAS DIVERSAS
INDICAÇÕES MÉDICAS À PRÁTICA.
QUANTO AO NADO COSTAS, POR MANTER AS VIAS RESPIRATÓRIAS LIVRES
DO MEIO AQUÁTICO, DE QUE FORMA O NADADOR DEVERÁ REALIZAR AS
INSPIRAÇÕES E EXPIRAÇÕES AO LONGO DE SUA EXECUÇÃO?
A) Inspirar pelo nariz e expirar pelo nariz.
B) Inspirar pelo nariz e expirar pela boca.
C) Inspirar pela boca e expirar pelo nariz.
D) Inspirar pela boca e expirar pela boca.
2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A SEQUÊNCIA DAS FASES DA
BRAÇADA DO NADO COSTAS:
A) Primeira varredura para baixo, primeira varredura para cima, segunda varredura para baixo,
segunda varredura para cima (opcional) e recuperação.
B) Varredura para baixo, varredura para dentro, varredura para cima e recuperação.
C) Primeira varredura para baixo, primeira varredura para dentro e segunda varredura para
baixo.
D) Entrada, varredura para baixo, varredura para dentro e varredura para cima.
GABARITO
1. A mecânica respiratória na natação se difere da terrestre. Por ter densidade mil vezes maior
que o ar, a água oferece um estímulo maior ao aparelho respiratório – razão das diversas
indicações médicas à prática.
Quanto ao nado costas, por manter as vias respiratórias livres do meio aquático, de que forma
o nadador deverá realizar as inspirações e expirações ao longo de sua execução?
A alternativa "C " está correta.
Em qualquer um dos nados, o tempo de que dispomos para inspirar é bem reduzido. Por isso,
inspiramos pela boca – forma pela qual conseguimos pegar maior quantidade de ar em tempo
reduzido. Mesmo no nado costas, a expiração deve ser realizada pelo nariz, em momento
oportuno, para evitar entrada de água por ele.
2. Assinale a alternativa que apresenta a sequência das fases da braçada do nado costas:
A alternativa "A " está correta.
Nos nados, as definições das fases dos movimentos das braçadas na parte aquática
relacionam-se com a predominância do movimento, que vem agregado ao termo varredura,
como, por exemplo, varredura para baixo. O nado costas possui uma característica própria na
definição de suas fases aquáticas por ter uma repetição na predominância do movimento, o
que requer a utilização do prefixo com um numeral ordinal, ou seja, primeira varredura para
baixo, a fim de que possamos identificá-la.
MÓDULO 3
 Reconhecer técnicas para melhoria do nado peito
TÉCNICA DE PERNADA
A pernada do nado peito requer boa flexibilidade tibio-társica. Para um bom posicionamento
dos pés, no momento da flexão máxima das pernas e no decorrer da extensão, é necessário
realizar dorsiflexão com eversão, para que estes realizem um eficiente apoio na água com as
plantas dos pés.
FLEXIBILIDADE TIBIO-TÁRSICA
A tíbia e a fíbula formam a chamada mortise do tornozelo, que consiste nos maléolos
medial e lateral. Flexibilidade tibio-társica é, portanto, um termo técnico anatômico que
indica a necessidade de haver mobilidade na articulação do tornozelo.
DORSIFLEXÃO
Também chamada de flexão dorsal, é um movimento da articulação do tornozelo que se
refere à flexão entre o pé e a perna (parte anterior do membro inferior). Na dorsiflexão, os
dedos do pé são movidos em direção à perna, o que reduz o ângulo entre o dorso do pé e
a perna.
EVERSÃO
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Movimento da articulação do tornozelo, em que a planta dopé é direcionada para fora, ou
seja, lateralmente.
Fonte: TeamDAF/shutterstock
Fonte: TeamDAF/shutterstock
FLEXÃO DAS COXAS SOBRE O TRONCO
Deve ser o suficiente para que os pés não saiam fora d’água, já que, se houver grande
abaixamento delas, ocorrerá grande resistência frontal ao deslocamento, prejudicando a
propulsão.
Fonte: TeamDAF/shutterstock
FLEXÃO DA PERNA SOBRE A COXA
Deve ser a máxima possível, ou seja, aproximando os pés dos glúteos. Assim, obtém-se maior
amplitude de movimento.
Fonte: TeamDAF/shutterstock
FLEXÃO MÁXIMA DAS PERNAS
Os joelhos devem estar apontados para o fundo da piscina, e não muito para os lados. Em
outros termos, deverá haver rotação medial das coxas, para evitar grande afastamento dos
joelhos, e rotação lateral, a fim de que os pés apontem para fora, conforme previsto na regra.
A seguir, observe os detalhes técnicos de pernada em cada etapa de nado:
VARREDURA PARA FORA
Os pés devem estar flexionados e girados para fora nos tornozelos (dorsiflexão), de forma que
as plantas estejam voltadas para fora e para trás. Dessa forma, os pés executarão movimento
circular com pressão simultânea no sentido lateral para fora, para baixo (em direção ao fundo)
e um pouco para trás.
Quanto menos os pés se deslocarem para trás, a eficiência da sustentação (Pressão realizada
pelos pés na água.) será melhor, o que proporcionará maior propulsão.
VARREDURA PARA DENTRO
No meio da trajetória da extensão das pernas, que se iniciou na fase anterior, os pés e as
pernas movimentam-se principalmente para dentro, para cima e para trás. As solas dos pés
deverão posicionar-se voltadas para trás e para dentro até ficarem voltadas somente para
dentro ao completarem a fase.
A pressão realizada pelos pés e sua velocidade devem aumentar, de forma contínua, durante
toda a fase, com o ponto de pico ocorrendo imediatamente antes de os pés reduzirem a
pressão contra a água, para dar início à sustentação.
SUSTENTAÇÃO E DESLIZAMENTO
Esta fase é uma continuidade do movimento circular da varredura para dentro. Ao liberar a
pressão contra a água para cima e para dentro, pouco antes da união dos pés, estes se
projetam em direção à superfície, finalizando a ação propulsiva da pernada e iniciando a
sustentação.
As pernas subirão até que estejam alinhadas com o corpo em uma posição imediatamente
abaixo da superfície. Neste momento, inicia-se a fase de deslizamento das pernas. Trata-se de
um instante importante para manter as pernas em uma posição hidrodinâmica, no intuito de
não prejudicar a ação propulsiva dos braços.
Quando as pernas se estenderem, os pés se unirão com as plantas, uma voltada para a outra,
por meio da flexão plantar e da inversão.
RECUPERAÇÃO
O movimento de flexão das pernas (recuperação) deverá ser mais descontraído (com menor
gasto energético), e a extensão, quando se realiza o apoio necessário ao deslocamento, deverá
ser executada com vigor e potência.
Os pés devem deslocar-se para frente, juntos, em flexão plantar, permitindo que os dedos
estejam apontados para trás. Durante a recuperação, os pés e a perna deverão deslocar-se à
frente, dentro da linha do quadril, de forma que a perna esteja na direção da coxa.
Os calcanhares deverão aproximar-se dos glúteos, para permitir boa amplitude do movimento
propulsivo, por meio da flexão dos joelhos. Estes poderão se afastar um pouco, facilitando o
movimento, mas não mais que a largura dos ombros, o que acarretaria aumento significativo
do arrasto.
A coordenação entre a recuperação das pernas e a devolução da cabeça à água é muito
importante para o desempenho dos nadadores de peito, de estilo ondulante. Eles poderão
reduzir significativamente o arrasto durante a recuperação das pernas, mantendo a cabeça e os
ombros acima do nível d’água, até que as pernas se recuperem completamente e comecem a
varredura para fora. Isso fará com que o ligeiro abaixamento do quadril possibilite a
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recuperação das pernas sobre a coxa, com os pés dirigindo-se ao glúteo, evitando maior flexão
da coxa sobre o tronco (quadril).
Ao mesmo tempo em que os pés estão se dirigindo para os lados, também estarão
aprofundando durante a primeira metade da extensão, ou seja, varredura para fora. Na segunda
metade da extensão, ou seja, varredura para dentro, os pés estarão se dirigindo para dentro,
para o fundo (adução das pernas) e, logo a seguir, para cima.
Fonte: MASSAUD, 2008, p. 151.
 Nado peito – posicionamento das pernas
POSIÇÃO HIDRODINÂMICA
Aquela em que os nadadores devem se colocar e que oferece a menor resistência
possível ao deslocamento (streamline).
TÉCNICA DE BRAÇADA
A seguir, observe os detalhes técnicos de braçada em cada etapa de nado:
VARREDURA PARA FORA
A braçada do nado peito caracteriza-se pela ênfase na lateralidade dos movimentos. Partindo
com os braços estendidos à frente da cabeça e as mãos juntas, o início da braçada é realizado
com pressão para os lados e ligeiramente para o fundo.
Durante essa abertura dos braços, as mãos, inicialmente voltadas para baixo, vão girando, de
forma lenta, para fora até ultrapassarem as linhas dos ombros – ponto em que elas também
exercerão, além da pressão lateral, um movimento para baixo, atingindo o ponto denominado
agarre.
Durante esta fase, o nadador não deve permitir que haja grande afastamento dos braços, para
que, no momento da varredura para dentro, as mãos não ultrapassem a linha dos ombros ou do
rosto. As mãos se deslocarão inclinadas, tendo como bordo de ataque o dedo mínimo e o de
fuga (o polegar), chamado de fluxo ulnar.
No início desta fase, alguns nadadores realizam ligeira flexão de punho, o que é admissível,
mas, ao atingir o agarre, suas mãos e seus antebraços deverão estar alinhados.
No momento do agarre, os braços devem estar com uma flexão de aproximadamente 130° no
cotovelo, de forma que os braços e as mãos alcancem uma orientação retrógrada. De acordo
com Maglischo (2010), os braços deverão movimentar-se para fora e para baixo de 50cm a
80cm antes de atingir essa orientação.
VARREDURA PARA DENTRO
É um movimento de pressão das mãos e dos antebraços, inicialmente para dentro e para baixo,
e também para dentro e para cima, onde existirá flexão do antebraço sobre o braço (cotovelo) e
adução do braço junto ao corpo com união das mãos.
Os cotovelos deverão manter-se elevados, e as mãos e os antebraços giram para baixo e para
dentro em torno deles. Na conclusão deste momento da braçada, as mãos deverão estar
juntas, à frente da linha dos ombros (posição da reza). No decorrer da varredura para dentro, as
mãos deverão permanecer alinhadas com os antebraços.
Nesta fase, o bordo de ataque passa a ser o polegar, e o de fuga, o dedo mínimo, ou seja, o
inverso da fase inicial da braçada, com fluxo radial. É nesta etapa que as mãos alcançarão a
maior velocidade, onde nadadores de nível mundial chegam a atingir 5 ou 6 metros por
segundo.
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Esta é a fase mais potente e propulsiva da braçada, onde, no começo, o nadador iniciará o
movimento de elevação para a respiração, a fim de devolver o rosto à água durante ou após a
recuperação dos braços.
RECUPERAÇÃO
É a última fase do ciclo da braçada, onde observaremos o direcionamento das mãos, à frente,
próximas à superfície ou sobre esta. Ao final, ocorrerá ou não o deslize para, logo a seguir,
iniciar-se um novo ciclo de braçada.
Existem, basicamente, três formas de se recuperar os braços à frente:
Quando as mãos dos nadadores se deslocam um pouco sob a superfície;
Quando as mãos deslizam na superfície;
Quando as mãos deslizam sobre a superfície, sem que os cotovelos saiam da água, com
exceção da última braçada de uma prova, da última braçada antes da virada e durante a
virada.
Em todas essas formas, temos observado nadadores alcançando sucesso, o que nos leva a
crer que seria conveniente na formação do nadador a possibilidade de experimento para lançar
mão daquela a que se adapte melhor.
AGARREPonto de transição da varredura para fora e da varredura para dentro.
ORIENTAÇÃO RETRÓGRADA
Na prática da natação, refere-se a movimentos direcionados para trás, contra a
resistência da água.
Fonte: Microgen/Shutterstock
RESPIRAÇÃO
No nado peito, durante a pressão inicial da braçada (varredura para fora), o nadador deverá
realizar a expiração. Quando fizer a varredura para dentro, ele elevará o tronco e,
consequentemente, retirará o rosto da água, realizando a inspiração.
No momento do lançamento dos braços à frente, na recuperação, o nadador retornará o rosto à
água. Os nadadores de peito realizam uma respiração para cada ciclo de braçada,
independentemente da distância da prova: 50 metros, 100 metros ou 200 metros.
Fonte: Anônimo/pexels
COORDENAÇÃO ENTRE BRAÇADAS E
PERNADAS
No nado peito, a coordenação de braços e pernas caracteriza-se por movimentos alternados.
São eles:
Fonte: Maquiladora/shutterstock
VARREDURA PARA FORA DA BRAÇADA
Quando as pernas permanecem estendidas.
Fonte: Maquiladora/shutterstock
VARREDURA PARA DENTRO DA BRAÇADA
Ao final, as pernas iniciam a recuperação de forma suave.
Fonte: Maquiladora/shutterstock
INÍCIO DA RECUPERAÇÃO DA BRAÇADA
Que prossegue a fase lenta da recuperação da pernada.
Fonte: Maquiladora/shutterstock
SEGUNDA METADE DA RECUPERAÇÃO DA BRAÇADA
Fase rápida da recuperação das pernas.
Fonte: Maquiladora/shutterstock
FINAL DA RECUPERAÇÃO DA BRAÇADA
Ação, pressão das pernas (extensão) e parte propulsiva.
Existem três classificações para esta coordenação de braçadas e pernadas. Vamos conhecê-
las:
DESLIZANTE
CONTÍNUA
SUPERPOSIÇÃO
A cada ciclo de braçada e de pernada, o nadador realiza um pequeno deslize, ou seja, mantém
seu corpo estendido antes de iniciar um novo ciclo. Ocorre pequeno intervalo entre o término
da pernada e o início da braçada seguinte.
Esta forma de execução do nado é recomendada para nadadores iniciantes, a fim de facilitar a
coordenação e a melhor execução das técnicas de braçada e pernada.
O nadador não mais fará o deslize com a parada dos braços à frente, como da forma anterior.
Sempre ao finalizar a recuperação da braçada, ele dará início a um novo ciclo, ou seja, assim
que as pernas estiverem se unindo, os braços se abrirão.
A braçada começa antes que se tenha completado a pernada, ou seja, quando as pernas se
unem, os braços estão no final na varredura para fora no agarre.
Em sua maioria, os treinadores concordam que a coordenação por deslizamento é menos
efetiva em relação às outras formas, pois os nadadores desaceleram desde o momento em que
terminam a pernada até o começo da fase propulsiva da braçada seguinte, que se inicia no
agarre (no momento do início da varredura para dentro).
ESTILO/TÉCNICA – NADO PEITO
PLANO(A) OU CONVENCIONAL
Estilo se refere à forma como o nadador vai executar o nado. No âmbito do treinamento
desportivo, este termo remete a uma característica do atleta que foge aos padrões técnicos.
Apesar de observarmos esse vocábulo na literatura, utilizar a expressão forma de execução ou
a palavra técnica é mais apropriado.
A técnica plana do nado peito caracteriza-se por uma posição bem horizontal do corpo, com os
quadris permanecendo sempre o mais próximo possível da superfície durante todas as fases
do nado.
A respiração é efetuada pelo levantamento e abaixamento da cabeça, evitando suspender o
tronco, para que não haja reação de abaixamento do quadril.
Essa técnica do nado é realizada da seguinte maneira:
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
O nadador mantém-se na horizontal durante o tempo todo na recuperação da pernada.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
O nadador mantém seus ombros submersos.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
À medida que o nadador vai realizando a recuperação da braçada (submersa),
simultaneamente, vai retornando o rosto à água.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
Em virtude da manutenção permanente da posição do corpo na horizontal, o nadador necessita
realizar maior abaixamento das coxas (maior flexão da coxa sobre o tronco), pressionando,
assim, a água para frente (grande interferência do fluxo laminar da água) e, consequentemente,
criando grande arrasto de empuxo.
ONDULANTE OU ONDULATÓRIA
A técnica ondulante do nado peito é a forma mais utilizada atualmente nos grandes
campeonatos. Essa técnica é realizada da seguinte maneira:
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
O nadador não se mantém na horizontal e tende a elevar os quadris ao final da pernada.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
A cabeça e os ombros saem d’água quando os nadadores respiram, e os quadris sofrem ligeiro
abaixamento devido a essa elevação.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
O nadador tende a realizar uma recuperação dos braços com as mãos bem próxima à
superfície ou sobre ela (recuperação aérea) e somente coloca seu rosto na água no final da
recuperação da braçada.
Fonte: Ollie The Designer/Shutterstock
Devido à maior elevação do tronco e, consequentemente, ao abaixamento do quadril, o nadador
realiza menor flexão da coxa sobre o tronco e, assim, tende a interferir menos no fluxo laminar
da água, com consequente menor arrasto de forma ou empuxo.
EDUCATIVOS/EXERCÍCIOS PARA
APRIMORAMENTO E CORREÇÃO DO NADO
PEITO
EXERCÍCIO 1
Executar o nado peito encaixando a cabeça entre os braços (orelhas encostadas nos braços).
Objetivos
Diminuir a resistência frontal, ocasionada pela posição da cabeça elevada;
Fazer com que o nadador aproveite o deslocamento submerso, criado pelo encaixe da
cabeça.
Lembre-se: O deslocamento submerso é mais veloz que o na superfície, devido à eliminação
do arrasto de onda.
EXERCÍCIO 2
Executar o nado peito, realizando a varredura para dentro com um movimento mais forte e
recuperando, logo a seguir, os braços à frente, parando-os ao final.
Observação: Não deve existir parada do movimento no final da varredura para dentro, e sim no
final da recuperação.
Objetivo: Melhorar a eficiência da braçada.
EXERCÍCIO 3
Executar a pernada de peito com a prancha (grande ou pequena pegada), utilizando,
simultaneamente, o pull buoy entre as coxas.
Objetivo: Melhorar a rotação medial da coxa e, consequentemente, a posição dos joelhos por
meio da estratégia de evitar que o flutuador das coxas saia.
EXERCÍCIO 4
Nadar peito com a utilização do pull buoy entre as coxas.
Objetivo: Melhorar a posição dos joelhos durante a execução do nado.
Fonte: MASSAUD, 2008, p. 174.
 Nado peito – posicionamento dos joelhos.
EXERCÍCIO 5
Nadar peito com a cabeça elevada, ou seja, mantendo o rosto fora d’água.
Objetivos
Visualizar o movimento dos braços para ajustá-lo;
Aperfeiçoar a coordenação de braços/pernas.
Observação: Este exercício deve ser realizado em pequenas distâncias (25 a 50 metros),
fazendo as correções necessárias.
EXERCÍCIO 6
Executar a filipina entre dois bambolês.
Veja a descrição dos movimentos da filipina:
Deslize após a impulsão no bloco de partida ou borda.
Após a passagem no 1º arco, realizar a braçada (semelhante à parte aquática da braçada
do nado borboleta) e deslizar com a propulsão adquirida por esse movimento.
Após a passagem pelo 2º arco, recuperar os braços bem juntos ao corpo e embaixo dele,
executando a pernada de peito ao final da recuperação, bem como deslizando até atingir
a superfície, onde se iniciará o nado.
Objetivo: Facilitar o aprendizado por meio da referência criada pela marcação dos bambolês,
determinando os três momentos.
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Fonte: MASSAUD, 2008, p. 164.
 Nado peito – posicionamento da filipina.
FILIPINA
Denominação da sequência de movimentos submersos, realizados pelos nadadores após
a saída e as viradas.
 ATENÇÃO
A pernada única de golfinho, que passou a ser permitida após o Mundial de Natação de
Montreal, realizado no Canadá, em 2005, poderá ocorrer em dois pontos:
Ao final do primeiro deslize e no início da braçada;
Na finalização da braçada, que corresponderia à varredura para cima nabraçada do nado
borboleta, que veremos mais adiante.
Só poderá haver uma única pernada. Caso sejam feitas duas ou mais, o nadador será
desclassificado.
A regra não exige que os nadadores executem a filipina, mas, ao fazê-la, eles deverão respeitar
os movimentos apresentados.
Em função do que foi exposto quanto à execução da filipina e da regra que impede que os
nadadores realizem dois ciclos sucessivos do nado, imersos, a prova de nado peito não está
submetida à regra do deslocamento submerso máximo, após a saída e as viradas, de 15
metros.
Neste vídeo, veremos mais detalhes sobre os educativos do nado peito.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O NADADOR DE PEITO ESTÁ SUBMETIDO A UMA EXIGÊNCIA NA REGRA,
QUE PREVÊ QUE O NADO ESTEJA VINCULADO A UM CICLO A REALIZAR-SE:
PRIMEIRO, A BRAÇADA E, A SEGUIR, A PERNADA, NESTA ORDEM.
CONSIDERANDO ESSA COORDENAÇÃO ENTRE BRAÇADA E PERNADA, OS
NADADORES DISPÕEM DE TRÊS FORMAS. QUAL DELAS É A MAIS
RECOMENDADA PARA UM ALUNO QUE ESTEJA APRENDENDO A EXECUÇÃO
DO NADO PEITO?
A) Deslizante.
B) Contínua.
C) Superposição.
D) Ondulante.
2. APÓS AS SAÍDAS E VIRADAS, OS NADADORES REALIZAM
DESLOCAMENTOS SUBMERSOS PARA APROVEITAR MELHOR A IMPULSÃO
DA BORDA OU DO BLOCO DE PARTIDA E A MENOR RESISTÊNCIA
ENCONTRADA AO DESLOCAMENTO SUBMERSO, SE COMPARADO AO JUNTO
À SUPERFÍCIE. COMO SE DENOMINA O DESLOCAMENTO SUBMERSO
REALIZADO APÓS A SAÍDA E AS VIRADAS NO NADO PEITO?
A) Golfinhadas.
B) Deslize.
C) Filipina.
D) Torpedo.
GABARITO
1. O nadador de peito está submetido a uma exigência na regra, que prevê que o nado esteja
vinculado a um ciclo a realizar-se: primeiro, a braçada e, a seguir, a pernada, nesta ordem.
Considerando essa coordenação entre braçada e pernada, os nadadores dispõem de três
formas. Qual delas é a mais recomendada para um aluno que esteja aprendendo a execução
do nado peito?
A alternativa "A " está correta.
Um aluno que esteja aprendendo o nado peito deve ser estimulado pela coordenação
deslizante, por ser uma ação mais cadenciada, que o favorece a gerar resistências adicionais
ao deslocamento em virtude de movimentos rápidos e descoordenados.
2. Após as saídas e viradas, os nadadores realizam deslocamentos submersos para aproveitar
melhor a impulsão da borda ou do bloco de partida e a menor resistência encontrada ao
deslocamento submerso, se comparado ao junto à superfície. Como se denomina o
deslocamento submerso realizado após a saída e as viradas no nado peito?
A alternativa "C " está correta.
O nado peito se difere dos outros quanto ao deslocamento submerso, após a saída e as
viradas, pois possui uma sequência de movimentos a serem feitos submersos, denominada
filipina. Essa ação não está submetida a nenhuma limitação de distância máxima,
considerando que, por si só, já promove a limitação de permanência embaixo d’água.
MÓDULO 4
 Descrever as técnicas do nado borboleta
POSICIONAMENTO DO CORPO
No nado borboleta, o corpo permanece na horizontal, em decúbito ventral, e caracteriza-se por
ações simultâneas de braços e pernas. Durante o desenvolvimento desse nado, o corpo
apresenta oscilações verticais (movimento de enguia), que não devem ser excessivas a fim de
não aumentar o arrasto.
Apresentamos, aqui, três posições significativas que o corpo assume durante os ciclos de
braçadas, que são muito importantes para a redução do arrasto:
POSIÇÃO 1
POSIÇÃO 2
POSIÇÃO 3
O corpo deve estar o mais nivelado possível à superfície durante as varreduras para dentro e
para cima, que são as fases propulsivas do nado borboleta. O nadador conseguirá esse
nivelamento procurando, durante a varredura para dentro, elevar as pernas e, ao realizar a
segunda pernada, não deve executá-la muito profundamente no momento da varredura para
cima da braçada.
O quadril deve deslocar-se para cima e para frente por meio da superfície durante a primeira
pernada, ou seja, a realizada na varredura para fora, a fim de proporcionar a propulsão e o
ajuste hidrodinâmico do corpo.
A força da segunda pernada não deve ser tão grande a ponto de empurrar o quadril sobre a
superfície, porque isso interfere na recuperação dos braços, mas deve ser forte o suficiente a
fim de deixar o nadador o mais próximo possível da superfície e para oferecer a sustentação
corporal para a execução da respiração.
Fonte: Nejron Photo/Shutterstock
POSICIONAMENTO DA CABEÇA
O rosto fica em contato com a água, mantendo o nível da água na parte posterior da cabeça, ou
seja, haverá maior aproximação do queixo em direção ao pescoço (comparando ao nado crawl)
e consequente abaixamento da cabeça.
RESPIRAÇÃO
Durante o momento em que o rosto permanece dentro d’água, o nadador realiza a expiração
pela boca ou pelo nariz, mas, preferencialmente, pelo nariz. A inspiração deve ser feita logo
após a expiração, por meio de ligeira elevação da cabeça, mantendo o queixo apoiado na água
(respiração frontal). Alguns nadadores têm preferido realizar a respiração lateral.
O atleta faz a inspiração durante a varredura para cima. Para isso, ao finalizar a varredura para
dentro, ele deve começar a projetar sua cabeça para cima e para frente.
Após ter inspirado, ao recuperar os braços, o nadador deve devolver o rosto e a cabeça à água a
partir da primeira metade da recuperação, facilitando o posicionamento do corpo e a
recuperação dos braços, bem como ingressando na água, como se fosse mergulhar.
A respiração pode ser classificada, de acordo com o número de braçadas realizadas para cada
inspiração, da seguinte forma:
Fonte: VectorKnight/shutterstock
Respiração em todas as braçadas – 1 x 1 (um por um)
não recomendada para aluno iniciante.
Fonte: VectorKnight/shutterstock
Respiração na segunda braçada – 2 x 1 (dois por um)
Fonte: VectorKnight/shutterstock
Respiração na terceira braçada – 3 x 1 (três por um)
Esta sequência continua sucessivamente.
TÉCNICA DA PERNADA DE GOLFINHO
Esta técnica é assim chamada, porque a simultaneidade dos movimentos de pernas, que forma
uma unidade, lembra a cauda do golfinho. Os movimentos de pernas do nado borboleta são
realizados simultaneamente, com trajetórias:
DESCENDENTE E ASCENDENTE.
ASCENDENTE.
A trajetória descendente da pernada inicia-se com o calcanhar dos pés alinhado com a
superfície da água – momento este em que ocorre ligeira flexão dos quadris e dos joelhos,
fazendo com que haja pequeno abaixamento dos joelhos para posterior extensão vigorosa das
pernas.
Os pés devem estar com flexão plantar e em inversão, procurando aproveitar bem a pressão
realizada pelo dorso dos pés e pelas pernas. Esse movimento deve permitir que os pés
pressionem a água até uma profundidade de 40 a 50cm abaixo da superfície.
Já no movimento ascendente, as pernas se mantêm estendidas, com os pés em flexão plantar,
realizando a pressão sobre a água com a planta deles.
Existem duas correntes em relação à ação desse movimento, cujos princípios afirmam que,
durante esta fase da pernada:
Há recuperação do movimento com relaxamento na articulação do tornozelo e da
musculatura da perna;
Adquire-se propulsão com a pressão das pernas e da planta dos pés.
Essas ações dependerão da distância que se pretende nadar. Se for curta (50 e 100 metros),
será fundamental uma ação mais intensa da pernada (propulsora). Nesse caso, talvez, a
segunda opção seja mais recomendada para a utilização nos primeiros 100 metros de uma
prova de 200 metros borboleta, procurando reduzir o gasto energético por meio do ganho na
amplitude da braçada.
Fonte: Master1305/Shutterstock
TÉCNICA DE BRAÇADA
ENTRADA
No nado borboleta, a entrada deve ser feita à frente da cabeça, com as mãos na direção da
linha dos ombros. O braço deve estar ligeiramente flexionado (com rotação medial), com os
cotovelos um pouco acima das mãos, de modo que as pontas dos dedos sejam a primeira
parte do braço a entrar na água. As mãos devem deslizar para dentro d’água, à frente, de lado,
com as palmas voltadas para fora.
Fonte: Massaud, 2008, p.
 Nado borboleta– posicionamento do corpo.
VARREDURA PARA FORA
Resumidamente, consiste em uma puxada para o lado, com os braços estendidos, não
deixando ocorrer abertura muito exagerada, até chegar ao agarre, onde o braço estará
ligeiramente flexionado, voltando-se para trás.
[...] “DEPOIS DE TEREM ENTRADO NA ÁGUA, AS MÃOS
DEVEM DESLOCAR-SE PARA DENTRO E PARA A FRENTE
DURANTE BREVE TEMPO ANTES DE FAZEREM O
MOVIMENTO CURVILÍNEO PARA FORA E PARA FRENTE.
ELAS DEVEM CONTINUAR ESSE MOVIMENTO (PARA FORA
E PARA FRENTE) ATÉ QUE OS BRAÇOS ESTEJAM FORA
DOS OMBROS E FIQUEM VOLTADOS PARA TRÁS, CONTRA
A ÁGUA. ESTE É O MOMENTO DO AGARRE.”
Maglischo, 2010.
Esta fase deve se caracterizar por um suave alongamento dos braços para fora e à frente, com
a finalidade de colocar as mãos e os braços em posição adequada a fim de iniciar a aplicação
de força a partir do agarre, já que esse 1/3 inicial da braçada não é propulsivo.
VARREDURA PARA DENTRO
Após a varredura para fora, começa-se a flexionar os cotovelos, mantendo-os altos, com uma
trajetória das mãos em direção à linha mediana do corpo e para o fundo. A varredura para
dentro tem uma trajetória semicircular dos braços, partindo do agarre até praticamente se
unirem sob o corpo na direção dos ombros. Esta é a primeira fase propulsiva da braçada do
nado borboleta.
Fonte: Massaud, 2008, p. 182.
 Nado borboleta – posicionamento do corpo (visão frontal).
VARREDURA PARA CIMA
É um momento em que há maior eficiência da braçada, onde podemos observar flexão dos
cotovelos – fase em que as mãos, os cotovelos e os ombros devem estar alinhados sob o
corpo (final da varredura para dentro e início da varredura para cima).
A partir desse instante, o braço e o cotovelo aproximam-se do tronco, ação seguida de vigorosa
extensão dos cotovelos, retirando, logo a seguir, as mãos, próximas ao quadril, da água.
Fonte: BrunoRosa/Shutterstock
As mãos do nadador, que, na fase anterior, dirigiam-se para dentro, neste momento, mudam de
direção e passam a se movimentar de forma semicircular para fora, para trás e para cima, na
direção da superfície da água.
Durante esta fase, as palmas das mãos devem permanecer com uma inclinação voltada para
fora e para trás, tendo, assim, o dedo mínimo funcionado como bordo de ataque, e o polegar,
como bordo de fuga das mãos em formato de fólio.
Tanto as mãos quanto os antebraços auxiliam no processo de deslocamento da água para trás.
Cabe ressaltar a importância do acréscimo de velocidade do deslocamento dos membros
nesse estágio final da parte aquática da braçada.
[...] “NÃO SE DEVE FAZER UMA EXTENSÃO COMPLETA
ATÉ QUE ESTEJA EM CURSO A FASE DE RECUPERAÇÃO.”
Maglischo, 2010.
Esta é a segunda fase propulsiva da braçada.
Fonte: Almazova/Shutterstock
RECUPERAÇÃO
Deve ser feita por meio da elevação dos cotovelos, com ligeira flexão e projetando as mãos à
frente, com os braços passando lateralmente ao corpo, paralelos à superfície da água.
Durante a trajetória desse movimento de recuperação, desde a saída da água até a entrada, o
dedo mínimo deve permanecer acima, e o polegar, abaixo.
As palmas das mãos do nadador devem permanecer voltadas para dentro durante a primeira
metade da recuperação e realizar uma rotação para fora durante a metade final. Os braços
devem estar os mais relaxados possível durante esta fase até a entrada, para, então, iniciar-se
um novo ciclo.
De acordo com Maglischo (2010, p. 137-139), alguns nadadores têm obtido sucesso com o uso
de uma recuperação com os braços retos, no caso em que estes deixam a água
completamente estendidos e, assim, permanecem até depois de ter sido efetuada a entrada.
Outros foram alçados à classe mundial, usando uma técnica de flexão dos cotovelos durante a
segunda metade da recuperação. Outros, ainda, têm mantido seus braços flexionados durante
toda a recuperação.
 COMENTÁRIO
Qualquer um dos dois últimos métodos é recomendável, pois a entrada pode ser realizada com
os cotovelos flexionados para ajudar a superar sua inércia durante a mudança de direção dos
braços, de dentro para fora, ao começar a varredura para fora.
COORDENAÇÃO ENTRE BRAÇADAS E
PERNADAS
No nado borboleta, a coordenação de braços/pernas deve ser feita de forma que, para cada
ciclo de braçada, realizem-se dois movimentos de pernas, e o ponto máximo descendente
dessas pernadas coincidam:
Uma na entrada ou com o início da varredura para fora;
Outra na finalização da braçada, na varredura para cima.
EDUCATIVOS/EXERCÍCIOS E DICAS PARA
APRIMORAMENTO E CORREÇÃO DO NADO
BORBOLETA
EXERCÍCIO 1
Para que o aluno consiga realizar bem o nado borboleta, é muito importante executar uma boa
pernada e ondulação do corpo (movimento de enguia).
EXERCÍCIO 2
Executar a pernada de golfinho em decúbito dorsal, com os braços ao lado do corpo.
Objetivo: Fortalecer as pernas e o core.
EXERCÍCIO 3
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Idem ao exercício anterior, mas com os braços estendidos atrás da cabeça.
Objetivo: Idem ao objetivo do exercício anterior, mas com maior nível de dificuldade.
EXERCÍCIO 4
Executar a pernada de golfinho em decúbito lateral, com um dos braços estendidos à frente e o
outro sobre o corpo. O braço que irá ficar sobre o corpo será o do lado para o qual o nadador
estiver virado.
Objetivos
Fortalecer as pernas;
Desenvolver a pressorcepção – o nadador deve executar os movimentos realizando
pressões na água não só com o dorso dos pés, mas também com as plantas.
EXERCÍCIO 5
Em uma parte funda da piscina, realizar a pernada de golfinho na vertical, procurando manter
os antebraços e as mãos fora d’água.
Objetivo: Fortalecer as pernas.
EXERCÍCIO 6
Nadar crawl com a pernada de golfinho. Este exercício deve ser executado mantendo a braçada
e a respiração exatamente iguais ao indicado no nado crawl (alternadas), bem como realizando
as pernadas sempre na entrada da água de cada braço.
Objetivo: Aperfeiçoar a coordenação, braçada/pernada do nado borboleta, ou seja, para cada
ciclo de braçada, duas pernadas.
EXERCÍCIO 7
Nadar borboleta somente com um dos braços, mantendo o outro estendido à frente da cabeça,
bem como realizando as respirações sempre na segunda braçada. As respirações devem ser
executadas lateral e frontalmente.
Objetivo: Desenvolver a coordenação do nado.
Observação: O professor deve enfatizar, gradativamente, os detalhes mais importantes durante
a execução do educativo.
Exemplos
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Realizar as pernadas na(o) entrada/início da varredura para fora e na varredura para cima
das braçadas;
Fazer a respiração (frontal) com o queixo bem próximo ao nível da água;
Encaixar bem a cabeça na segunda metade da recuperação da braçada;
Realizar outras intervenções de acordo com a necessidade do aluno.
EXERCÍCIO 8
Partindo da posição de deslize (braços estendidos à frente e mãos sobrepostas), executar dois
ciclos de braçadas de borboleta sem respirar (com o trabalho de pernada correspondente) e, a
seguir, manter um dos braços parados à frente da cabeça, estendido, enquanto o outro executa
a braçada de crawl com a respiração lateral.
Objetivos
Aprimorar a coordenação do nado;
Permitir ao nadador que adquira resistência para, aos poucos, aumentar as distâncias a
serem percorridas com o nado borboleta.
Observações
Este exercício deve ser introduzido com a respiração na braçada de crawl (primeiro, lateral
e, depois, frontal).
Pode ser feito alternando uma braçada de borboleta e, depois, uma de crawl.
Após o domínio do exercício, com a respiração na braçada de crawl, mantendo uma boa
pernada e ondulação, ele deverá ser feito com a respiração na braçada de borboleta.
O exercício anterior permite que façamos diversas combinações, desenvolvendo ainda mais a
coordenação do nado.
EXERCÍCIO 9
Utilizar pés de pato ou nadadeiras.
Objetivos
Melhorar a técnica do nado;
Aperfeiçoar a pernada;
Aprimorar a ondulação;
Melhorar a coordenação;
Aperfeiçoar a resistência para nadar maiores distâncias.
Observação: O trabalho de técnica (execuçãode educativos) deve ser desenvolvido no início
dos treinos, onde existe maior nível de concentração e menor desgaste orgânico decorrente do
esforço físico. Deve-se propor educativos específicos às necessidades de cada nadador.
EXERCÍCIO 10
Executar tiros curtos com velocidade, como, por exemplo, 12,5 metros, 15 metros, 20 metros e
25 metros.
Objetivos
Melhorar o posicionamento do nado;
Fortalecer as musculaturas específicas do nado por meio do aumento da velocidade.
EXERCÍCIO 11
Realizar as chegadas com toque das mãos simultâneas e sem respirar nas últimas braçadas
(de acordo com a capacidade do nadador).
Objetivo: Aprimorar a chegada de prova e a ação do toque simultâneo das mãos à borda,
exigido na regra, tanto na chegada quanto nas viradas.
CORE
Palavra de origem inglesa, que significa centro, núcleo. São os músculos profundos da
região abdominal, lombar e pélvica, que têm como finalidade manter a estabilidade dessa
região.
DECÚBITO LATERAL
“Estado do corpo humano sobre um plano horizontal, apoiado em um dos flancos.” Em
outras palavras, deitado de lado (esquerdo ou direito) sobre o plano – no caso da
natação, a água.
Fonte: Dicionário Online Caldas Aulete.
Neste vídeo, veremos mais detalhes sobre os educativos do nado borboleta.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O NADADOR DE BORBOLETA REALIZA DUAS PERNADAS NO CICLO DE
BRAÇADA. EM QUAIS MOMENTOS EM RELAÇÃO À BRAÇADA ESSAS
PERNADAS OCORREM?
A) Uma na entrada e outra na varredura para cima.
B) Uma na entrada e outra na varredura para dentro.
C) Uma na varredura para dentro e outra na varredura para cima.
D) Uma na varredura para fora e outra na varredura para dentro.
2. DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO NADO BORBOLETA, O CORPO
APRESENTA OSCILAÇÕES VERTICAIS (MOVIMENTO DE ENGUIA), QUE NÃO
DEVEM SER EXCESSIVAS PARA NÃO AUMENTAR O ARRASTO. AS PERNADAS
TÊM PAPEL IMPORTANTE NO AJUSTE DO POSICIONAMENTO CORPORAL.
QUAL É A PRINCIPAL FUNÇÃO DA PERNADA EXECUTADA AO LONGO DA
VARREDURA PARA CIMA DA BRAÇADA?
A) Aumentar a propulsão.
B) Aumentar o arrasto.
C) Prover sustentação para a respiração.
D) Melhorar a agilidade do nado.
GABARITO
1. O nadador de borboleta realiza duas pernadas no ciclo de braçada. Em quais momentos em
relação à braçada essas pernadas ocorrem?
A alternativa "A " está correta.
A coordenação da braçada e pernada no nado borboleta é muito importante para que se
alcance a movimentação ondulatória, auxiliando no deslocamento.
2. Durante o desenvolvimento do nado borboleta, o corpo apresenta oscilações verticais
(movimento de enguia), que não devem ser excessivas para não aumentar o arrasto. As
pernadas têm papel importante no ajuste do posicionamento corporal. Qual é a principal
função da pernada executada ao longo da varredura para cima da braçada?
A alternativa "C " está correta.
No momento da execução da respiração, o nado crawl dispõe do apoio de um dos braços à
frente. Por possuir a execução da braçada de forma simultânea, o nado borboleta não dispõe
de tal auxílio. Quem oferece a sustentação é a segunda pernada, realizada ao longo da
varredura para cima.
MÓDULO 5
 Analisar o conhecimento técnico sobre saídas e viradas dos nados
SAÍDAS
SAÍDAS DOS NADOS CRAWL, PEITO E BORBOLETA
Nestes três nados, as saídas nas provas de competições oficiais ocorrem sobre o bloco de
partida. As técnicas utilizadas pelos nadadores ao reagirem ao sinal de partida são as
mesmas.
 ATENÇÃO
Na maioria das vezes, o crawl é o nado utilizado nas provas livre por ser o mais veloz entre os
quatro nados, mas, com base nas regras de natação, existe a permissão para que o nadador
faça sua escolha.
Após a impulsão no bloco de partida, há o voo e a entrada na água, onde, nas provas livre e do
nado borboleta, os nadadores realizam pernadas de golfinho (golfinhadas) até o máximo de 15
metros no deslocamento submerso, tendo como referência a cabeça para romper a superfície
da água nesse ponto.
No nado peito, após a entrada na água, executa-se a filipina, e não há controle associado aos
15 metros, pois a própria sequência de movimentos a serem realizados, por si só, limita isso.
Há algumas diferenças entre as técnicas de saída de agarre, em que o nadador fixa os dois pés
na parte anterior do bloco de partida, e track.
Na saída track, no posicionamento sobre o bloco, o nadador coloca um dos pés no anteparo da
parte de trás do bloco, enquanto o outro permanece na posição à frente, distribuindo a
impulsão em dois momentos – a perna do anteparo começa a projeção do corpo, e a anterior, a
impulsão maior e final. Outra diferença é que o quadril do nadador fica posicionado mais para
trás.
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Fonte: Massaud, 2008, p. 73; 75; 76; 81.
 Saída track – posicionamento (nados crawl, peito e borboleta).
TRACK
Também denominada atletismo ou com os pés desnivelados.
Vejamos algumas vantagens da saída track:
Fonte: NeMaria/shutterstock
Os nadadores podem entrar na água mais rápido, pois seu centro de gravidade se desloca
quase que diretamente à frente, até chegar a um ponto onde começa a cair.
Fonte: NeMaria/shutterstock
Os nadadores realizam dois impulsos na projeção do corpo na saída, ao invés de apenas um,
com a vantagem do uso do anteparo, conforme apresentado.
SAÍDA DO NADO COSTAS
Em competições do nado costas, o nadador podia colocar-se de pé na canaleta durante a
partida, facilitando bastante a projeção do corpo sobre a água.
Posteriormente, a regra foi modificada e obrigou os nadadores a manterem seus pés abaixo do
nível da água, o que passou a dificultar o lançamento do corpo sobre a água no momento da
partida.
Fonte: Paolo Bona/Shutterstock
Atualmente, os blocos de partida possuem um adaptador (suporte), em que os nadadores
apoiam seus pés e conseguem realizar o lançamento do corpo para o voo da saída de forma
mais fácil, similar à regra inicial, com a canaleta, podendo romper a superfície da água com os
pés.
Vejamos uma ilustração do bloco de partida:
Fonte: oatjo/Shutterstock
A primeira Olimpíada a utilizar esse acessório do bloco de partida aconteceu no Rio de Janeiro,
em 2016.
As saídas nas competições devem ser feitas desse bloco, onde o nadador se posiciona de
acordo com os comandos do árbitro de partida. São eles:
ETAPA 1
Posicionar-se de pé atrás do bloco de partida da raia em que for nadar.
ETAPA 2
Ao sinal do primeiro apito longo, o nadador é autorizado a entrar na piscina.
ETAPA 3
Já com os nadadores dentro d’água, o árbitro dá um novo apito longo para que tomem posição
no bloco de partida.
ETAPA 4
Ao comando do árbitro (“às suas marcas”), todos os nadadores devem se posicionar,
flexionando os braços e o pescoço. A cabeça fica encaixada entre os braços, e o quadril fica
próximo aos pés, preferencialmente acima do nível da água.
ETAPA 5
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
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Assim que todos os nadadores estiverem posicionados e imóveis, o árbitro dá o comando de
partida.
ETAPA 6
Ao sinal, o nadador deve iniciar a extensão do pescoço (como se tentasse olhar para a borda
oposta à da saída) e a elevação do quadril para, logo a seguir, soltar suas mãos do bloco,
lançando seus braços em direção à cabeça e aproximando as mãos para a entrada na água.
Durante o voo, o corpo deve ficar em uma posição semelhante à ponte da ginástica artística,
em uma trajetória paralela à água, sem subir muito.
O desenho a seguir ilustra a saída do nado costas:
Fonte: Massaud, 2008, p. 126-127.
 Saída – posicionamento (nado costas).
VIRADAS
VIRADA DO NADO CRAWL – VIRADA OLÍMPICA
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Ao executarem as viradas olímpicas, os nadadores aplicam algumas técnicas. A mais
recomendada é a cambalhota de frente, com um giro do corpo no eixo transversal, tocando os
pés na borda em decúbito dorsal, para o impulso na borda, bem como girando no eixo
longitudinal, ao longo do deslize submerso, até retomar a posição de nado.
Essa técnica vem se apresentando como um método mais rápido

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