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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Prof. Gilberto Augusto de Morais GILBERTO AUGUSTO DE MORAIS Gilberto.morais@unp.br Doutor em Engenharia Mecânica –Aeronáutica-ITA A Mecânica é uma ciência física aplicada que trata dos estudos das forças e os movimentos. A Mecânica descreve e prediz as condições de repouso ou movimento de corpos sob a ação de forças. A finalidade da Mecânica é explicar e prever fenômenos físicos, fornecendo, assim, os fundamentos para as aplicações da Engenharia. A Mecânica é subdividida em três grandes ramos:Mecânica dos Corpos Rígidos, Mecânica dos Corpos Deformáveis e Mecânica dos Fluídos, como indicado abaixo. INTRODUÇÃO Na Mecânica Newtoniana, espaço, tempo e massa são conceitos absolutos, independentes entre si. O conceito de força, entretanto, não é independente dos outros três. A força que atua em um corpo está relacionada à massa do corpo e à variação de sua velocidade com o tempo. CONCEITOS ESTÁTICA ESTRUTURA Parte de um corpo que suporta os esforços nele aplicados. Em construção civil: vigas, colunas e lajes; na mecânica: suportes, bases, colunas, etc.; no corpo humano o conjunto dos ossos. Os corpos que compõem a estrutura podem ser classificados em barras, blocos ou placas: Barra uma das dimensões é muito maior que as outras. Ex.: um eixo de transmissão é uma barra (seu comprimento é muito maior que o seu diâmetro); Bloco possui as três dimensões básicas (comprimento, largura e altura) da mesma ordem de grandeza. Ex.: blocos de concreto, tijolos; Placa uma de suas dimensões é bem menor que as outras; em uma chapa por exemplo, a espessura. EQUILÍBRIO DOS CORPOS RÍGIDOS É definido como a situação em que as forças externas (ação e reação) formam um sistema equivalente a zero. Decompondo cada força e cada momento de força em suas componentes cartesianas, as condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de um corpo rígido são expressas através das seguintes equações: APOIOS São dispositivos que vinculam uma estrutura a outras estruturas, restringindo seu movimento. Os três tipos básicos são: • Articulação móvel (apoio simples) impede o deslocamento na direção normal a um plano definido; Articulação fixa (apoio fixo) impede a translação. A força reativa pode ser decomposta em duas componentes; Engastamento (engaste) impede qualquer movimentação (translação e rotação). Suas reações são um momento e uma força, a qual pode ser decomposta em duas componentes. Combinações de apoios Engastamento móvel na direção longitudinal à barra Engastamento móvel na direção transversal à barra A figura abaixo mostra um guindaste fixo, que tem massa de 1200 kg e é usado para suspender um caixote de 2000 kg. Ele é mantido no lugar por um pino em A e um suporte basculante em B. O centro de gravidade do guindaste está localizado em G. Determine os componentes das reações em A e B. Use g = 10 m/s2, a = 2 m; b = 2 m e c = 4 m. CARGAS A barra da estrutura ilustrada abaixo está sujeita aos esforços indicados. Determinar as reações dos apoios que a equilibram. EXERCÍCIO RESOLVIDO Determinar as reações para o equilíbrio das estruturas abaixo: MOMENTOS A soma dos momentos das forças componentes equivale ao momento da força resultante, em relação ao mesmo polo. Essa lei estende-se a três ou mais forças coplanares aplicadas em P, mesmo se a resultante for nula. Ela se aplica também a forças coplanares paralelas exercidas em um sólido (o que equivale a ponto P infinitamente distante, ponto P impróprio) desde que elas não formem binário (vide tópico a seguir BINÁRIO OU CONJUGADO É um sistema formado por duas forças exercidas no mesmo sólido, tendo linhas de ação paralelas, mas distintas, sentidos opostos e intensidades iguais. Plano do binário é o plano das forças que o constituem. Eixo do binário é toda reta normal ao plano do binário. Braço do binário é a distância entre as linhas de ação das forças que o constituem. A soma vetorial das forças de um binário é nula; não obstante, binário exerce ação girante. Momento de um binário é a soma dos momentos das forças componentes do binário, em relação a um polo qualquer no plano binário. Note-se que o resultado não depende do particular polo O adotado: o momento de um binário é invariante em relação ao polo. Conclusão: O momento de um binário não depende do polo; ele é produto do braço pela intensidade das forças, com sinal convencional. Mediante operações elementares, um binário pode ser transformado em binário equivalente, de inúmeros modos. Binários equivalentes possuem eixos iguais, ação girante no mesmo sentido e momentos iguais. Os elementos definidores de um binário são o eixo, o sentido de ação e o momento. Dois binários no mesmo plano se equivalem quando têm momentos iguais em intensidade e sinal. Binário pode sofrer qualquer translação ou rotação em seu plano, ou para plano paralelo (o que não lhe muda o eixo, nem o sentido de ação, nem o momento). A intensidade das forças pode ser alterada, desde que o seja na razão inversa do braço. Os agentes fundamentais em Mecânica são então as forças e momentos. Pensando também nem seus efeitos dinâmicos, podemos resumir sua ação no quadro a seguir: ESFORÇOS INTERNOS Quando se aplicam esforços em uma viga, aparecem em geral, esforços internos, constituídos por tensões normais e de cisalhamento, nos diversos pontos de seu interior. Para determiná- los é necessário, inicialmente, calcular as forças e o momento que estão solicitando a seção considerada, para isso utilizando as equações da estática. Para determinar, por exemplo, os esforços que solicitam a seção C da viga abaixo, vamos supor que se remova a parte à direita da estrutura a partir da seção considerada. Para substituir seus efeitos sobre o trecho AC, deve-se considerar na seção C uma força normal à superfície da seção, uma força normal à viga e um momento, como representado abaixo. As forças Q e N e o momento M, conservam em equilíbrio o trecho AC, em conjunto com as forças VA, F1 e F2. Momento Fletor O momento M é chamado momento fletor (que causa flexão) na seção C. Seu valor é calculado com o emprego da equação da estática que estabelece que a soma dos momentos, em relação a qualquer ponto (no nosso caso C, em particular) é nula. Assim: ∑MC = 0 é – VA . x + F1 . (x - a) + F2 . (x - b) + M = 0 é M = VA . x – F1 . (x - a) - F2 . (x - b) O momento fletor M é o momento produzido por todos os esforços (ativos e reativos), que atuam na parte da estrutura que se conservou em equilíbrio, após a remoção da outra parte. Este momento deve também ser equivalente ao momento das tensões que se distribuem pelos diversos pontos da seção C. Força Cortante A força aplicada em C (contida em C), recebe o nome de força cortante (tende a cisalhar a seção) e se representa com a letra Q. No exemplo, para que haja equilíbrio, é necessário que: ∑FV = 0 é VA - F1 - F2 - Q = 0 é Q = VA - F1 - F2 Força Normal É aquela que causa tensões de tração ou de compressão no plano da seção considerada. No exemplo considerado N = 0. Resumindo, pode-se dizer que: momento fletor, numa seção qualquer, é a soma algébrica dos momentos produzidos pelos esforços externos (ativos e reativos) no centro de gravidade da seção considerada (também considerando-se apenas os esforços externos que atuam numa das partes da estrutura, à esquerda ou à direita do corte imaginário ao longo da seção); força cortante, de maneira análoga, é a resultante desses esforços, projetada sobre a seção considerada. Por convenção, a força normal será positiva quando a viga sofre tração à esquerda da seção considerada e negativa quando o esforço resultante for de compressão. O momento fletor positivo é aquele que tende a fletir a viga com concavidade para cima (tracionando as fibras mais inferiores) e momento fletor negativo,aquele que tende a imprimir-lhe concavidade para baixo (comprimindo as fibras inferiores). A força cortante é positiva quando tende a deslocar para cima a parte da viga que se situa à esquerda da seção considerada e negativa, em caso contrário. DIAGRAMAS CONSTRUÇÃO DE DIAGRAMAS DE ESFORÇOS INTERNOS Dada uma estrutura conforme o exemplo abaixo, podemos seguir um roteiro para construção de diagramas que permitirão, desde que construídos em escala apropriada, determinar para cada seção sobre a estrutura, de forma rápida e precisa, os esforços internos atuantes, sem a necessidade de cálculos suplementares. Após a determinação de todos os momentos e forças (ativas e reativas) que atuam sobre a estrutura e construção do diagrama de corpo livre, com fixação da origem das distâncias no eixo x no limite à esquerda da estrutura: 1. Traçamos as linhas verticais que delimitam os trechos de interesse para determinação dos esforços: extremidades das estruturas, pontos de apoio e fixação e, após desenho do diagrama de esforços cortantes e quando existirem, pontos onde esses esforços cortam o eixo da estrutura (neles, o momento fletor das cargas distribuídas no trecho é máximo). 2-Avaliar e equacionar, trecho a trecho, os esforços normal, cortante e momento fletor, isolando a parte da estrutura à esquerda. Para equações com x variável, os valores de interesse são o início e o final do trecho. Observar a convenção de sinais. 3. Desenhar os diagramas. O desenho em escala permite determinar os esforços em qualquer ponto da estrutura. 4. Podemos desenhar os diagramas pela observação das forças, analisando-as também da esquerda para a direita. No caso dos esforços normais já fazemos isso. Para os esforços cortantes iniciamos sobre o eixo e, no exemplo dado: +21,4 kN sobre o apoio A, segue constante no trecho (não há mais forças verticais nesse trecho), desce 30 kN no final do trecho, segue constante no segundo trecho, desce mais 20 kN ao final do segundo trecho, segue constante até o final e sobe 28,6 kN (reação do apoio móvel em B) - sai do zero no início e chega em zero no final. Para o diagrama de momentos fletores, seu valor no final do trecho corresponde à soma ou subtração das áreas do gráfico da cortante no trecho. Então, no primeiro trecho, a área do gráfico da cortante é 21,4 x 3 = 64,2 (valor do momento ao final do trecho). No segundo trecho: 64,2 - (8,6 x 2,5) = 42,7. No último trecho da cortante a área seria negativa: 28,6 x 1,5 = 42,7, o que faz com que o momento chegue a zero na extremidade da estrutura. Perceba que no início e no final das estruturas o momento fletor será sempre 0. ABAIXO SÃO REPRESENTADOS OS CASOS MAIS SIMPLES DE ESFORÇOS SOBRE ESTRUTURAS, PARA OS QUAIS PODEMOS NOS UTILIZAR DESTES ESQUEMAS PARA CONSTRUÇÃO DOS DIAGRAMAS DE ESFORÇOS INTERNO DIAGRAMAS TÍPICOS TENSÕES EXERCÍCIOS - TENSÃO x DEFORMAÇÃO (Extraído do original Fundamentos da Ciência e Engenharia de Materiais; Callister, William D.; LTC; ISBN-978-85-216-1597-2, 2ª Edição.) 1. Um corpo-de-prova de alumínio com seção reta retangular de 10 mm x 12,7 mm é puxado em tração com uma força de 35.500 N, produzindo apenas uma deformação elástica. Calcular a deformação resultante. (0,4 %) 2. Um corpo-de-prova cilíndrico feito a partir de uma liga de titânio, com módulo de elasticidade de 107 Gpa e diâmetro original de 3,8 mm, irá experimentar apenas deformação elástica quando uma carga de tração de 2000 N for aplicada. Calcular o comprimento máximo do corpo-de-prova antes da deformação se o alongamento máximo admissível é de 0,42 mm. (254,83 mm) 3. Uma barra de aço com 100 mm de comprimento e uma seção reta quadrada com 20 mm de aresta é puxada em tração com uma carga de 89.000 N, e experimenta um alongamento de 0,10 mm. Considerando-se que a deformação seja inteiramente elástica, calcular o módulo de elasticidade do aço. (222,5 GPa) 4. Considerar um arame cilíndrico feito de níquel com 2,0 mm de diâmetro e 3 x 104 mm de comprimento. Calcular o seu alongamento quando uma carga de 300 N é aplicada. Admitir que a deformação seja totalmente elástica. (13,85 mm) 5. Um bastão cilíndrico com 120 mm de comprimento e diâmetro de 15,0 mm deve ser deformado utilizando-se uma carga de tração de 35.000 N. Ele não deve experimentar deformação plástica ou redução no seu diâmetro superior a 1,2 x 10-2 mm. Dos materiais listados abaixo, quais são possíveis candidatos? Justificar suas(s) escolha(s). 6. Um bastão cilíndrico com 380 mm de comprimento e diâmetro de 10,0 mm deve ser submetido a uma carga de tração. Se o bastão não deve experimentar deformação plástica ou um alongamento de mais de 0,9 mm quando a carga aplicada for de 24.500 N, quais dos quatro metais ou ligas listados abaixo são candidatos? Justificar sua(s) escolha(s). FLEXÃO SIMPLES MODELOS MANUAIS PARA RESULTAR NA MELHORA DA APRENDIZAGEM EM RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS GILBERTO AUGUSTO DE MORAIS MODELOS MANUAIS PARA RESULTAR NA MELHORA DA APRENDIZAGEM EM RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS O uso de modelos qualitativos apresenta-se como uma ferramenta pedagógica para aprendizagem de alto desempenho, que vigoriza o entusiasmo dos alunos para aprender sobre modelos estruturais, compreendendo seu funcionamento Viga de seção retangular em silicone BLOCOS PARA VISUALIZAÇÃO DAS DECOMPOSIÇÕES DAS FORÇAS E DOS MOMENTOS E DOS PLANOS DE ATUAÇÃO DOS ESFORÇOS SOLICITANTES. Para auxiliar na compreensão e representação dos planos de representação dos esforços solicitantes nas estruturas espaciais. Os planos são representados por blocos de espuma. Barra de Borracha Esse modelo se adequa a vários outros temas que iremos abordar. É, sem dúvida, um modelo que permite demonstrar, didaticamente, várias situações de esforços e deformações. Fig.barra quadriculada de borracha Objetivo - Mostrar qualitativamente a dependência do alongamento e do encurtamento com os esforços normais aplicados nas barras. Descrição - É uma barra de borracha de seção retangular, quadriculada Fig. (barra quadriculada de borracha). EFEITO DAS TENSÕES DE CISALHAMENTO NA FLEXÃO EM BARRAS BIAPOIADAS Este modelo ilustra o efeito das tensões de cisalhamento devido à força cortante na flexão de barras simplesmente apoiada. Verifica-se o aparecimento das tensões de cisalhamento nos planos horizontais pelo equilíbrio com as tensões de cisalhamento nas seções transversais devido à força cortante. A deformada e a respectiva flecha que se observa quando coloca-se o peso no meio do vão sobre a viga simplesmente apoiada é o retrato da existência dessas tensões. A viga pode ser constituída pelas três barras, umas sobre as outras, ou ainda unidas pelos parafusos de forma a evitar o deslizamento dessas quando do carregamento aplicado. São réguas de policarbonato perfuradas em três pontos cada um deles possibilitando a junção das barras por meio de parafusos com porcas. Sobre o sistema se aplica um peso, verificando-se com o auxílio da faixa graduada colada na madeira a flecha que se produz. Quando se soltam as porcas, as barras podem deslizar livremente entre si. CUBO E PLACA LIGADA POR BORRACHA Confeccionado com madeira e borracha permite mostrar a força normal de tração e a força cortante atuando. ILUSTRAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS EM UMA ESTRUTURA RETICULADA ESPACIAL, ISOSTÁTICA E ENGASTADA EM UMA DAS EXTREMIDADES, PARA UMA FORÇA APLICADA VERTICALMENTE NA EXTREMIDADE LIVRE: O modelo tem por objetivo mostrar como a carga, caminhando por uma estrutura espacial, solicita cada barra e provoca os deslocamentos na estrutura. Para isso, o modelo permite o travamento de cada barra, permitindo que se mostrem as solicitações que nela atuam pela passagem da carga. As deformações permitem identificar esses esforços. Finalmente, pode-se deixar livres todos os travamentos da estrutura e mostrar os deslocamentos decorrentes dasomatória desses efeitos, que juntos geram os deslocamentos reais da estrutura. Para melhor compreender a natureza do aparecimento das tensões tangenciais em uma viga flexionada, observe a fig. 6.2.1(a) que representa uma pilha de tábuas sobrepostas, submetida, nas extremidades, a um momento fletor M que traciona as tábuas inferiores, comprimindo as superiores, sem provocar qualquer tipo de escorregamento entre as tábuas. Já se a flexão fosse provocada pelo carregamento mostrado em (b) (M variável), verifica-se que as tábuas escorregariam, umas sobre as outras. Se as tábuas fossem coladas, umas às outras, impedindo este escorregamento, surgiriam tensões tangenciais na cola. Verifica-se, portanto, que, sendo a viga inteiriça, submetida àquele carregamento (c), ocorrerão tensões tangenciais nos planos longitudinais (yx). A existência de uma tensão yx no plano longitudinal da viga implica na ocorrência de uma tensão xy , de igual valor, na seção transversal (1.5). São essas tensões que provocam o cortante Q. TENSÕES TANGENCIAIS Exemplo – Para a viga esquematizada na figura, pede-se determinar: a-a máxima tensão de tração; b-a máxima tensão de compressão; c-a máxima tensão de cisalhamento; d-a força total na união entre a mesa e a alma. SOLUÇÃO a-a máxima tensão de tração ocorrerá no topo da mesa, no engaste, valendo: σT = (9000 / 127,1 x10 –6) x(0,330 –0,2325) = = MPa. b-a máxima tensão de compressão ocorrerá na base da alma, no engaste, valendo: σC = (9000 / 127,1 x 10 –6) x 0,2325 = 16,5 MPa c-a máxima tensão tangencial ocorrerá na altura da linha neutra, em toda extensão da viga, valendo: Max = [10.000 x 0,020 x (0,2325)2 x ½] / 0,020 x ILN Max = 2,12 MPa d-a tensão xy na altura da transição mesa/alma valerá: xy = 10.000 x 0,030 x 0,200 x(0,315 –0,2325) / 0,020 x 127,1 x 10 –6 = 1,947 MPa. e- Uma tensão de mesmo valor (yx) se estende ao longo da união entre a mesa e a alma, e a força nesta união valerá: FU = 1,947 x 10 –6 x (900 x20) x 106 = 35,0 kN. A força cortante Q vale 10 kN ao longo de toda a viga. O momento fletor M (negativo, tracionando a mesa), varia linearmente de zero, na extremidade em balanço, até o engaste, onde vale 10 x 0,9 = 9 kNm. A linha neutra estará a uma altura da base da alma em yLN = (20 x30 x315 + 20 x300 x150) / 12000 yLN = 232,5 mm O momento de inércia da seção em relação à LN: ILN = 200 x303/12+ 200 x30(315 –232,5)2 + + 20 x3003/12 + 20 x300(232,5 – 150)2 = = 127,1 x 106 mm4 = 127,1 x 10 -6 m4 FLEXÃO COMPOSTA Gilberto Augusto de Morais Solução Força Cortante (Q) Relembra-se a convenção de sinais para a força cortante Q: ↑[+]↓ ;↓[-]↑ Q= C-q.x; para q=0; 0=2,35 -4.x, logo x=2,9375 e para x= 5, Q= -1,65 A seção onde se anula o valor de Q é importante (corresponde a um valor extremo de M, já que Q = dM/dx) No trecho CB, tal ocorre em x = 2,9375m. Note que no “joelho” B, a força cortante se converte em normal e vice-versa. Momento Fletor (M) M=C.x-q.x.x/2 Para x=2,9375;M=3,45 Para x=5;M=1,75 Relembra-se a convenção de sinais para M: Na seção crítica, onde a força Q é nula: M* = 2,35 x 2,9375 – 0,80 x (2,9375)2/2 M* = 3,45 kN.m Seja o pórtico isostático representado na figura a seguir, com material metálico cujo coeficiente de dilatação térmica(α) e de 10-5/ °C e cujas barras tem seção retangular de 20 cm de base e 50 cm de altura. O deslocamento horizontal no ponto B para a variação de temperatura indicada, em relação ao dia de sua execução é de (A) 6,58 cm para a esquerda.(B) 6,58 cm para a direita.(C) 6,58 mm para a esquerda.(D) 65,8 cm para a direita. A figura representa um poste de iluminação com seção transversal oca e circular. Admite-se que, na base com o solo, seção A, o poste está engastado. Os esforços que devem ser considerados, na análise de tensões, são o peso do poste de 20 kN, o peso do braço de 400 N (luminária de peso desprezível) e a ação do vento. Essa ação é representada por uma resultante igual à força de arrasto, aplicada no centro do poste. Na condição mais desfavorável, esses esforços atuam no plano vertical que contém os eixos longitudinais do poste e do braço. Instrumentos medem a velocidade do vento nas condições de atmosfera padrão em V = 50 km/h. a) Trace esquematicamente os diagramas de momento fletor no poste AB e no braço BC. b) Qual a máxima tensão normal atuando no poste? Despreze a tensão cisalhante. Dados / Informações Adicionais − Comprimento do poste: L = 12 m. − Comprimento do braço: a = 1,5 m. − Diâmetro do poste: d = 50 cm. − Espessura da parede do poste: t = 3,0 cm. − Massa específica do ar: ρ = 1,23 kg/m^3. − Viscosidade do ar: μ = 1,79 x 10^−5 kg/(m s). − A força de arrasto é dada por 𝐹𝐹𝐷𝐷=1/2(𝜌𝜌V^2𝐴𝐴𝐶𝐶𝐷𝐷 ) sendo A a área frontal do poste e CD, o coeficiente de arrasto, o qual depende do número de Reynolds, 𝑅𝑅𝑒𝑒=𝜌𝜌𝑉𝑉𝑑𝑑/𝜇𝜇 − Tensões em tubos de paredes finas: . normal devida ao momento fletor: 𝜎𝜎=8𝑀𝑀/𝜋𝜋𝑑𝑑^2𝑡𝑡 . normal devida à força axial: 𝜎𝜎=𝐹𝐹/𝜋𝜋𝑑𝑑𝑡𝑡 − Variação do coeficiente de arrasto, CD, com o número de Reynolds Exemplo – Para o perfil “I” esquematizado, determinar o coeficiente de segurança para a ruptura do material, supondo tratar-se de aço 1080, de alto teor de carbono, dureza Brinell 248, e resistência à tração de 78 kgf/mm2. Solução: O momento de inércia da seção em relação à LN valerá: ILN = [100 x (165)3 / 12] – [95 (150)3 / 12 = 10,72 x 106 mm2]. Na seção do engastamento teremos: Q = 210 kN e M = - 210x103 x 0,150 = - 31,5 kNm. Para o ponto A (no topo, onde ocorre a máxima tensão normal de tração e onde a tensão de cisalhamento é nula), teremos: = (M/ I)y = (31,5x103 / 10,72x10-6 )x0,083 = 243,9 MPa. Considerando o estado duplo: (tração Pura) -P1 = 243,9MPa P2 = 0,000 máx = ½ (243,9)= 121,9MPa Para o ponto C (na LN, onde ocorre a máxima tensão tangencial e onde a tensão normal é nula), teremos: = (QMS / b I ) sendo MS = (0,008x0,100x0,079 + 0,005x0,075x0,0375)=77,26x10-6 m3 = 210x103x77,26x10-6 / 0,005 x 10,72x10-6 = 302,7MPa Considerando o estado duplo: (Corte Puro) -P1 = 302,7MPa P2 = 302,7MPa máx = 302,7MPa Para o ponto B (na interface entre a mesa e a alma, onde ocorre uma tensão normal elevada, embora não seja a máxima, estando presente uma tensão tangencial também levada, embora não seja a máxima), teremos: = (M/ I)y = (31,5x103 / 10,72x10-6)x0,075 = 220,4MPa = (QMS / b I) sendo MS = (0,008x0,100x0,079) = 63,20x10-6 m3 = 210x103 x 63,20x10-6 / 0,005 x 10,72x10-6 = 247,6MPa Considerando o estado duplo: (Tração+Corte) -P1 = 381,2MPa P2 = -160,8MPa máx = 271MPa Como tg 2p = xy / ½ (x -y) = = -247,6 / ½ (220,4) = - 2,247; 2p = - 66,0º; p1 = - 33,0º; p2 = 57,0º INSTABILIDADE ELÁSTICA Gilberto Augusto de Morais No dimensionamento dos elementos estruturais, além de se considerar a resistência do material (limitando as tensões a um valor considerado admissível) e a rigidez da estrutura (limitando as deformações), há que se levar em conta certos valores críticos, característicos do carregamento, do material e da geometria da estrutura, que podem provocar a sua instabilidade (*). Algumas vezes, apesar de os valores nominais das tensões e deformações se enquadrarem naqueles limites admissíveis, pode acontecer o colapso total da estrutura, sem prenúncio para sua ocorrência, tornando mais graves as conseqüências (a falta de avisos prévios, como trincas, rachaduras, estalos, deformações progressivas, impede que uma ação preventiva seja adotadaantes da ocorrência catastrófica). É o que acontece, por exemplo, em colunas longas e esbeltas, submetidas a cargas de compressão pelos topos, e que sofrem uma brusca deflexão lateral (flambagem), como também no caso de estruturas elásticas, quando submetidas a esforços ativos alternados cuja freqüência coincide com a freqüência natural de vibração livre da estrutura (ressonância). O gráfico apresenta a relação entre a tensão normal máxima em função do índice de esbeltez da coluna, para alguns valores da excentricidade (expressa pelo adimensional ey*/r2) para um aço doce (E = 200 GPa e σesc = 250 MPa). Convém observar que para colunas esbeltas a carga crítica tende para o valor dado através da fórmula de Euler, praticamente independendo da excentricidade (ey*/r2) eventualmente presente. Por outro lado, nas colunas curtas, é a excentricidade o fator preponderante no cômputo da carga crítica, independendo ela do índice de esbeltez Carga P/A que provoca escoamento RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44 Número do slide 45 Número do slide 46 Número do slide 47 Número do slide 48 Número do slide 49 Número do slide 50 Número do slide 51 Número do slide 52 Número do slide 53 Número do slide 54 Número do slide 55 Número do slide 56 Número do slide 57 Número do slide 58 Número do slide 59 Número do slide 60 Número do slide 61 Número do slide 62 Número do slide 63 Número do slide 64 Número do slide 65 Número do slide 66 Número do slide 67 Número do slide 68 Número do slide 69 Número do slide 70 Número do slide 71 Número do slide 72 Número do slide 73 Número do slide 74 Número do slide 75 Número do slide 76 Número do slide 77 Número do slide 78 Número do slide 79 Número do slide 80 Número do slide 81 Número do slide 82 Número do slide 83 Número do slide 84 Número do slide 85 Número do slide 86 Número do slide 87 Número do slide 88 Número do slide 89 Número do slide 90 Número do slide 91 Número do slide 92 Número do slide 93 Número do slide 94 Número do slide 95 Número do slide 96 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242 Número do slide 243 Número do slide 244 Número do slide 245 Número do slide 246 Número do slide 247 Número do slide 248 Número do slide 249 Número do slide 250 Número do slide 251 Número do slide 252 Número do slide 253 Número do slide 254 Número do slide 255 Número do slide 256 Número do slide 257 Número do slide 258 Número do slide 259 Número do slide 260 Número do slide 261 Número do slide 262 Número do slide 263 Número do slide 264 Número do slide 265 Número do slide 266 Número do slide 267 Número do slide 268 Número do slide 269 Número do slide 270 Número do slide 271 Número do slide 272 Número do slide 273 Número do slide 274 Número do slide 275 Número do slide 276 Número do slide 277 Número do slide 278 Número do slide 279 Número do slide 280 Número do slide 281 Número do slide 282 Número do slide 283 FLEXÃO COMPOSTA� Número do slide 285 Número do slide 286 Número do slide 287 Número do slide 288 Número do slide 289 Número do slide 290 Número do slide 291 Número do slide 292 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