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1 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S 2 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S 3 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S 6 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Riane Lopes de Oliveira 7 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Esta unidade analisará a evolução da manutenção, o histórico das gerações, os tipos de manutenção e as medidas de controle co- letivas e individuais. Será também matéria de análise o estudo sobre arranjo físico, os tipos de leiaute e as principais características dos processos; apresentaremos alguns conceitos importantes derivados das normas regulamentadoras (NR’s) de segurança nos trabalhos em instalações e serviços de eletricidade, bem como a segurança no can- teiro de obras. Trata-se de uma pesquisa qualitativa desenvolvida com base de dados de referências bibliográficas, cuja principal ideia é apre- sentar a importância da observância de todos os aspectos constantes das normas regulamentadoras e do conhecimento de dois grandes conceitos: leiaute e manutenção para a segurança do trabalho. Este trabalho se justifica pelo fato de haver necessidade de implementação de projetos para a prevenção e o controle de riscos em máquinas, equipamentos e instalações. Os resultados revelam que manutenção corretiva, preventiva e preditiva corroboram, quando utilizadas de ma- neira correta, para uma boa segurança do ambiente e dos trabalhado- res que neles se envolvem, reduzindo e/ou predizendo falhas para a detecção de mudanças. Manutenção. Medidas de Controle. Arranjo Físico. Segurança do Trabalho. 9 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 MANUTENÇÃO E MEDIDAS DE CONTROLE Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 43 15 Conceito e Evolução da Manutenção ____________________________ Relação Volume x Variedade ___________________________________ Histórico das Gerações __________________________________________ CAPÍTULO 02 ARRANJO FÍSICO Arranjo Físico, o que é? _________________________________________ 40 35Recapitulando ________________________________________________ Principais Características do Tipo de Processos __________________ 44 17Tipos de Manutenção __________________________________________ 43Relação com os Tipos de Processos _____________________________ Tipos de Layout/ Arranjo Físico __________________________________ 44 24Medidas de Controle ____________________________________________ 30Segurança Intrínseca __________________________________________ Estudo do Fluxo _______________________________________________ 53 51Fatores na Elaboração do Layout ______________________________ Recapitulando _________________________________________________ 54 10 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Segurança em Eletricidade ______________________________________ 58 Geração, Transmissão, Distribuição e Consumo de Energia Elétrica 59 Choque Elétrico: Mecanismos e Efeitos ___________________________ 60 CAPÍTULO 03 SEGURANÇA NOS TRABALHOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE Medidas de Controle ____________________________________________ 64 Aterramento Elétrico ____________________________________________ 70 Recapitulando __________________________________________________71 Considerações Gerais ___________________________________________ 75 Dinâmica do Canteiro de Obras __________________________________ 77 Os Riscos e sua Prevenção em cada Etapa da Obra _______________ 79 CAPÍTULO 04 SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas ________________ 86 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indús- tria da Construção (PCMAT) _____________________________________ 88 Recapitulando __________________________________________________ 91 Fechando a Unidade ____________________________________________ 95 Referências _____________________________________________________ 100 11 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Os acidentes de trabalho podem ocorrer de diversas formas e podem ser causados por outras inúmeras situações, dentre elas, cabe destaque especial às condições inseguras de um ambiente laboral. A condição insegura, que está relacionada ao perigo pelo qual o trabalhador está exposto no ambiente de trabalho, pode e deve ser con- trolada ou eliminada, de modo a contribuir para o sucesso das atividades de produção com segurança e qualidade. Exemplos de condições inse- guras podem ser facilmente observadas no ambiente organizacional e se caracterizam pela falta de manutenção em máquinas, equipamentos e fer- ramentas necessários ao trabalho; dispositivos de segurança com defeito; instalações projetadas de modo precário, entre muitas outras recorrentes. Nesse sentido, para alcançar este objetivo, o profissional habi- litado deve elaborar um projeto de instalação (implantação). Esse pro- jeto deve ser único e exclusivamente pensado àquela destinação. Com o intuito de manter a segurança e a qualidade da produção em dia, um programa de manutenção periódico específico deve ser elaborado e implementado, devendo conter ferramentas que promovam o monito- ramento dos desempenhos de máquinas, equipamentos e instalações. O foco desta unidade é apresentar os principais aspectos de segurança que devem ser observados em um ambiente de trabalho para que seus projetos de implantação (instalação) e programas de ma- nutenção contenham os requisitos mínimos necessários para garantir a segurança e a saúde de todos os envolvidos no empreendimento. No primeiro capítulo, será apresentada uma breve introdução ao histórico da manutenção, seu conceito e a sua evolução ao longo do tempo. Além disso, os tipos de manutenção serão detalhados, com destaque especial à Manutenção Produtiva Total (TPM). Ao final serão apresentadas algumas medidas de controle, tanto de caráter coletivo, como também individual, além de uma abordagem acerca dos princí- pios da segurança intrínseca. No segundo capítulo, intitulado Arranjo Físico (Layout ou Leiau- te em português), trabalharemos os tipos de leiaute, tais como: arranjo de posição; arranjo funcional; arranjo linear e arranjo celular, definire- mos o fluxo e como ele é empregado em cada situação específica. Apresentaremos no terceiro e no quarto capítulo, respectiva- mente, a segurança nos trabalhos em instalações e serviços em eletri- cidade e a segurança no canteiro de obras. Alguns pontos das normas regulamentadoras que tratam dos aspectos relacionados à segurança em máquinas e equipamentos, se- gurança em instalações e serviços em eletricidade e das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção serão abordados 12 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S e articulados ao longo de toda a apostila. O profissional da área de segurança do trabalho, especialmen- te você, futuro engenheiro de Segurança do Trabalho, lidará constante- mente com aspectos relacionados à segurança e o meio ambiente de trabalho. Você será responsável pela garantia de segurança das máqui- nas, equipamentos e instalações, sendo assim, uma espécie de escu- deiro do trabalhador, diante dos riscos aos quais eles estão expostos. Espero sinceramente que este material seja um colaborador à dinamização do seu conhecimento e que você, estudante, possa des- frutá-lo da melhor maneira possível. Bons estudos! 13 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S CONCEITO EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO Conforme a NBR 5462:1994 da Associação Brasileira de Nor- mas Técnicas (ABNT), manutenção é entendida como uma combinação de ações técnicas e administrativas (inclusive as de supervisão), que objetivam manter ou recolocar um item em condições favoráveis para desempenhar uma função requerida (ABNT, 1994). A definição do termo “manutenção” passou por diferentes pro- cessos de evolução. Primariamente, para o minidicionário da Língua Portuguesa (BUENO, 2001 p.11), manutenção é o “ato ou efeito de manter; gerenciar; administrar; e conservar”. Entretanto, esse conceito não preenche as necessidades do setor, sendo necessário que os au- tores propusessem uma nova ideia que objetivasse atender a um pro- MANUTENÇÃO E MEDIDAS DE CONTROLE P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S 13 14 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S cesso de produção ou de serviço com confiabilidade, segurança, custo adequado e preservação do meio ambiente. Nesse sentido, Kardec e Nascif, (2013, p. 13) declaram que: Para exercer papel estratégico, a manutenção precisa estar voltada para os resultados empresariais da organização. É preciso, sobretudo, deixar de ser apenas eficiente para se tornar eficaz; ou seja, não basta, apenas, reparar o equipamento ou instalação tão rápido quanto possível, mas é preciso, prin- cipalmente, manter a função do equipamento para a operação, reduzindo a probabilidade de uma parada de produção não planejada. Na mesma linha, Soeiro, Olívio e Lucato (2017) dizem que a manutenção nas últimas décadas deixa de ser um instrumento de mero reparo e se torna um meio primordial para o alcance dos objetivos de uma organização. O resultado do trabalho de um operador será gratifi- cado se houver meios e/ou recursos viáveis com equipamentos de últi- ma geração e com maior grau de complexidade, no entanto, isso exige esforços técnicos e financeiros mais elevados. As maiores complexida- des dos equipamentos fizeram da manutenção uma função complexa, que se encontra dotada de novas técnicas, de modernas ferramentas de gestão e de inovadoras abordagens. Dessa forma, Soeiro, Olívio e Lucato (2017) dizem que, para gerenciar corretamente os modernos meios de produção é necessário pensar em métodos e sistemas de planejamento, controle e execução eficazes e viáveis economicamente. Figura 1 - Processo de Gestão Fonte: Soeiro, Olívio e Lucato (2017). Outra maneira de se pensar no comprometimento da produção são as perdas irrecuperáveis dos equipamentos quando parados. É pre- ciso que haja uma mudança das atitudes do pessoal de manutenção, que precisarão ter uma visão sistêmica do negócio, ter conhecimento dos potenciais riscos de produção, espírito de equipe e disposição para encarar desafios. 15 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S O QUE É VISÃO SISTÊMICA NA GESTÃO DE NEGÓCIOS? Visão Sistêmica é a forma de entender a organização como sendo um sistema integrado inclusive à sociedade. Justamente por ser um sistema integrado, o desempenho deum componente pode afetar não apenas a própria organização, mas todas as suas partes interessadas. Para saber mais, acesse: http://www.fnq.org.br Portanto, os autores Soeiro, Olívio e Lucato (2017) alertam ain- da que a manutenção deve ser pensada de forma a realizar os objetivos da organização, tendo em vista a produção, o custo planejado e a qua- lidade requerida. Nesse sentido, a manutenção precisa buscar maior eficácia na aplicação de recursos, que apresentará menor custo do ciclo dos equipamentos. Assim, a seleção de novos equipamentos deve levar em consideração a confiabilidade do processo, a manutenibilidade e os custos operacionais futuros. HISTÓRICOS DAS GERAÇÕES A partir da década de 30, a manutenção sofreu inúmeros pro- cessos de transformações, o que permite separá-la em três fases dife- rentes, apresentadas à seguir. A Primeira Geração A primeira geração abrange o período anterior ao da Segunda Guerra Mundial, em que os equipamentos possuíam pouca ou nenhu- ma mecanização e baixa tecnologia. Segundo Soeiro, Olívio e Lucato (2017), os equipamentos eram lentos e superdimensionados. Nesse pe- ríodo, prezavam os serviços de limpeza, reparo e lubrificação, ou seja, a manutenção era essencialmente corretiva. 16 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S O QUE É MANUTENÇÃO CORRETIVA? Manutenção que consiste em substituir peças ou compo- nentes que se desgastaram ou falharam e que levaram a máquina ou o equipamento a uma parada, por falha ou pane em um ou mais componentes. É o conjunto de serviços executados nos equipa- mentos com falha. Para saber mais, consulte: https://www.cimm.com.br/por- tal/verbetes/exibir/591-manutencao-corretiva A Segunda Geração A segunda geração engloba a Segunda Guerra Mundial, com as pressões do período entre guerras. Nesse período, aumentaram as demandas pela fabricação de produtos e, ao mesmo tempo, diminui o contingente de mão de obra industrial. Nesse período houve um forte aumento da mecanização e uma necessidade de aumentar a disponibilidade e confiabilidade da produ- ção. Nesse sentido, as indústrias dependiam de uma maior produtivida- de e maior funcionamento das máquinas, isso levou à ideia de que as perdas nos maquinários poderiam ser evitadas, tais como: perdas por ajuste, operação em vazio e pequenas paradas, por velocidade reduzi- da, defeitos no processo e pelo início da produção. Assim, nasce o conceito de manutenção preventiva que, nada mais é do que substituir componentes de uma máquina em intervalos fixos de tempo. Esse fato, de acordo com os autores Soeiro, Olívio e Lucato (2017), corroborou para aumentar os sistemas de controle e pla- nejamento, que é parte integrante da manutenção moderna. O QUE É MANUTENÇÃO PREVENTIVA? Manutenção efetuada com a intenção de reduzir a probabi- lidade de falha de uma máquina ou equipamento, ou ainda a degra- dação de um serviço 17 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S A Terceira Geração Segundo os autores Soeiro, Olívio e Lucato (2017), a tercei- ra geração iniciou-se a partir da década de 70, e esse período ficou marcado como o de aceleração dos processos de mudanças. Houve paralisação da produção com a diminuição progressiva da qualidade dos produtos, isso devido aos sistemas Just-in-time, que significava as pequenas pausas na produção, o que poderia levar à redução do an- damento da entrega dos produtos e possível paralisação das fábricas. A confiabilidade e a disponibilidade dos produtos com o cres- cimento da automação e da mecanização indicaram uma flexibilidade maior no compartilhamento entre diferentes setores, como de saúde, telecomunicações, processamento de dados e gerenciamento. Entre- tanto, maior automação pode significar maiores falhas, como por exem- plo, falhas em maquinarias que podem afetar a pontualidade da rede de transportes e o controle climático, o que pode acarretar a capacidade da produção em manter padrões de qualidade estabelecidos. Sendo assim, a terceira geração reforçou o conceito da manutenção preditiva como bem expressa por Soeiro, Olívio e Lucato (2017). O QUE É MANUTENÇÃO PREDITIVA? Conjunto de programas especiais (Análise e Medição de Vibrações, Termografia, Análise de Óleo, etc.) orientados para o monitoramento de máquinas e equipamentos em serviço. Sua fina- lidade é predizer falhas e detectar mudanças no estado físico que exijam serviços de manutenção, com a antecedência necessária para evitar quebras ou estragos maiores. Para saber mais, consulte: https://www.cimm.com.br/por- tal/verbetes/exibir/595-manutencao-preditiva TIPOS DE MANUTENÇÃO Segundo Viana (2002), as formas de conduzir as ações nas máquinas das empresas são correspondidas diretamente pelos diferen- tes tipos de manutenção. A seguir, essas variações serão abordadas em detalhe. 18 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Manutenção Corretiva Quando se depara com falhas nos equipamentos e/ou desem- penho baixo, ineficiente/deficiente, define-se como manutenção cor- retiva. Ao perceber em um equipamento que apresente algum desses problemas citados, defeito ou desempenho anormal, é necessário rea- lizar a correção e/ou restauração das condições do funcionamento do equipamento. Dessa maneira, é importante que o profissional pense nas opções que terá em mãos, se será mais vantajoso corrigir a falha ou tomar ações preventivas. Se por acaso, for mais vantajoso, a manu- tenção corretiva será a melhor opção. Nesse caso, os autores Soeiro, Olívio e Lucato (2017) dizem que é viável pensar nas consequências, pois, a manutenção corretiva só será indicada se existir falha que não é possível preveni-la, se for nulo o impacto da falha mecânica, como também, se haverá baixo custo no reparo. Conforme Júlio Nascif Xavier (2003), citado por Moraes (2010), a manutenção corretiva, oriunda da palavra “corrigir” é a atuação para correção de falha ou do desempenho aquém do esperado e pode ser dividida em duas fases: • Manutenção corretiva não planejada: Consiste na correção da falha de maneira aleatória (sem planejamento), ou seja, é a ação desempenhada após a ocorrência do fato. Esse tipo de manutenção causa perdas de produção, o que implica diretamente em altos custos. • Manutenção corretiva planejada: Nesta, há um planejamento, sendo que a correção se dá em função de um acompanhamento pre- ditivo, detectivo ou até mesmo pela decisão gerencial de se operar, até ocorrer a falha. Implica em custos mais baixos. Manutenção Preventiva A NBR 5462:1994 (p.7) define Manutenção Preventiva como a “manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item". Ainda segunda a NBR citada acima, a manutenção visa ga- rantir a confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos, e tem como objetivo elevar e garantir esses índices. Ela é sistemática, sendo de acordo com um plano de manutenção. Ao contrário da manutenção corretiva, a manutenção preventi- va busca evitar as ocorrências de falhas. A manutenção preventiva será vantajosa e conveniente quanto maior for a simplicidade na reposição. 19 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Ou seja, quanto maior for o custo das falhas e quanto mais falhas preju- dicarem os sistemas maquinários, mais ela será viável. Figura 2 – Manutenção Preventiva Fonte: FIORIO, 2015. Manutenção Preditiva Segundo a Associação Brasileirade Normas Técnicas, sobre manutenção preditiva, constata-se que: Manutenção que permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva. (NBR 5462:1994). O objetivo da manutenção preditiva é predizer a situação do equipamento e prever falhas iniciais. Ou seja, visa encontrar os proble- mas em estágio inicial, quando ainda não é prejudicial ao equipamento e à produção. Quando a falha é detectada em estágio inicial, é possível pla- nejar e programar ações para normalizar a situação agravante. Dessa maneira, empreende-se que os custos para a realização da manuten- ção preditiva em relação às manutenções corretivas e preventivas, são bem menores. Entretanto, o investimento é bem maior, uma vez que é necessário ter equipamentos de ponta e sofisticados que atendam às exigências do mercado. (SOEIRO; OLIVIO; LUCATO, 2017). 20 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Figura 3 – Manutenção Preditiva Fonte: ALMEIDA, 2016. Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC) A manutenção centrada em confiabilidade mantém a seguran- ça e a qualidade dos equipamentos, ou seja, é um programa de gestão que garante as funções, as condições à economia e o desempenho operacional, para que não afete sequer o meio ambiente. Dessa manei- ra, os autores Soeiro, Olívio e Lucato (2017) ratificam que a MCC preza pela diminuição da atuação das manutenções corretiva e preventiva, por meio do desenvolvimento de atividades mais eficientes e por técni- cas aprimoradas de análise de falhas. Figura 4: Manutenção Centrada em Confiabilidade Fonte: Autor, 2019. Para que um profissional possa utilizar de um tipo de manu- tenção adequada e correta é necessário que ele confeccione um plano de manutenção mais eficiente à situação vigente, saiba compreender melhor a importância do equipamento e dos clientes que fazem uso. 21 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Assim, haverá uma maior garantia de aderir à manutenção correta para seu equipamento. (SOEIRO; OLIVIO; LUCATO, 2017). Manutenção Produtiva Total A Manutenção Produtiva Total (TPM) é uma filosofia gerencial que atua na forma organizacional e no comportamento das pessoas, da manei- ra como irão tratar os problemas ligados ao processo produtivo. O termo TPM, definido originariamente pelo Japan Institute of Plant Maintenance – JIPM (Instituto Japonês de Manutenção de Planta), é uma metodologia de gestão que distingue as perdas ocorridas nos processos produtivo e administrativo, buscando sempre maximizar a utilização do ativo industrial e garante a geração de produtos de alta qualidade a custos competitivos. Compreende-se dessa forma que, a TPM é o melhoramento do processo, passando pelos modos de manutenção corretiva e preventi- va. A TPM também pode ser compreendida como a melhor aplicação para uma determinada situação. Medidas de controle e gerenciamento da produção, manutenção e qualidade devem ser implantadas para se obter um resultado final satisfatório, dado a isso, a importância dos oito pilares da TPM (Figura 5) que compreende as manutenções autônoma, planejada, e da qualidade; além de melhorias específicas, educação e treinamento, o controle inicial, as TPM’s administrativa e de Segurança. Figura 5 - 8 Pilares da TPM Fonte: Kardec (2001). 22 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Segundo Kardec (2001 p.185), o pilar da manutenção autô- noma está relacionado aos treinamentos práticos e teóricos que pro- porcionarão aos operadores a capacidade de exercerem atividades de manutenção, pensando em formas de incrementar melhorias para o sis- tema. É o pilar que pretende capacitar os funcionários da fábrica, para que possam aprender sobre como cuidar de seus equipamentos, como implantar melhorias e identificar as perdas. Segundo de Almeida Moraes, P. H. (2004), o pilar da manutenção planejada refere-se à gestão e às rotinas de manutenção preventiva. Ela tem por objetivo a melhoria da disponibilidade, confiabilidade e da redução de custos. Segundo (FREITAS, 2009, p. 2) as principais etapas são: • Análise da diferença entre condições básicas e condição atual; • Melhorias nos métodos atuais; • Desenvolvimento dos padrões de manutenções; • Medidas para estender a vida útil do equipamento e controlar as inconveniências; • Melhoria da eficiência da inspeção e do diagnóstico; • Diagnóstico geral do equipamento; • Uso adequado do equipamento até o seu limite. O pilar das melhorias específicas é aquele que ajuda a “atacar” as grandes perdas da organização. A sua metodologia consiste em iden- tificar a maior perda de um equipamento ou de um processo, seja ele administrativo ou produtivo, atacá-la sistematicamente até que a perda seja zerada. Para tanto, este trabalho deve ser realizado em grupo, com o apoio de especialistas quando necessário, a este grupo denominamos de equipe multidisciplinar (LAMPKOWSKI; MASSON, CARRIJO, 2006). A implantação possui as seguintes etapas (FREITAS, 2009, p. 3): • Redução das grandes paradas que geram ineficiências; • Melhoria da eficiência global dos equipamentos (OEE); • Melhoria da produtividade do trabalho; • Promoção da produção sem interferência humana (MTBF>60 min); • Redução de custo; O pilar de Educação e treinamento refere-se ao emprego de formação técnica com treinamentos físicos e comportamentais para gerir os profissionais pensando no espírito de liderança, autonomia e flexibilidade. Suas etapas de implantação são (FREITAS, 2009, p. 2): • Determinação do perfil ideal dos operadores e mantenedores; • Avaliação da situação atual; • Elaboração do plano de treinamento para operadores e man- tenedores; • Implantação do plano; 23 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S • Determinação de um sistema de avaliação do aprendizado; • Criação de um ambiente de auto-desenvolvimento; • Avaliação das atividades e estudos de métodos para ativida- des futuras. Para Carlos (2014), é importante pensar em manutenção de qualidade, sendo assim, esse pilar é de estrema importância no quesito da confiabilidade dos equipamentos para destinação do uso. Manuten- ção da Qualidade é o pilar que visa garantir a qualidade dos produtos no processo produtivo e atingir a meta de “zero defeito”. Segundo os auto- res (LAMPKOWSKI; MASSON, CARRIJO, 2006), a garantia de qualida- de no processo elimina, além das reclamações de clientes, o número de homens/hora utilizados para inspeção dos produtos. Para Freitas (2009 p.4), as etapas de implantação são: • Levantamento da situação da qualidade; • Restauração da deterioração; • Análise das causas; • Eliminação das causas; • Estabelecimentos das condições livres de defeitos; • Controle das condições livres de defeitos; • Melhorias das condições livres de defeitos. Já o pilar da gestão antecipada, ou controle inicial, relaciona-se à prevenção da manutenção, é o momento em que se rastreiam os ris- cos iniciais para prevenir. Esse pilar garante produtos de fácil manufatu- ra, elevada qualidade e com baixos potenciais de defeitos. Suas etapas de implantação segundo (FREITAS, 2009, p. 4), são: • Redução das grandes paradas que geram ineficiências; • Melhoria da eficiência global dos equipamentos (OEE); • Melhoria da produtividade do trabalho; • Promoção da produção seminterferência humana (MTBF>60 min); • Redução de custo; • Aumento da disponibilidade no período noturno O pilar TPM Office, também conhecido como administrativo diz respeito aos processos de gestão que estão diretamente correlaciona- dos com a eficiência e produtividade dos aparelhos. Os autores (LAM- PKOWSKI; MASSON, CARRIJO, 2006) consideraram que um escritório nada mais é do que uma fábrica de informações, onde entram insumos (informações de entrada), assim, estes insumos são processados e transformados em um produto (informações de saída). Dessa maneira, o pilar TPM Office é responsável por conduzir o programa e formar os times de melhorias para atuar nas resoluções dos problemas, utilizando a Metodologia de Análise e Solução de Problemas (MASP) 24 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Por último, o pilar da Segurança, Higiene e Meio Ambiente tem por objetivo obter a meta de acidente zero. Para tanto, são focados na prevenção de acidentes, quer sejam acidentes pessoais ou acidentes ambientais, atuando para eliminar as condições inseguras e os atos inseguros. Suas fases de implantação (FREITAS, 2009, p. 4): • Identificações de perigos, aspectos, impactos e riscos; • Eliminação de perigos e aspectos; • Estabelecimento do controle de impactos e riscos; • Treinamento em segurança, saúde e meio-ambiente; • Inspeções de segurança; • Padronização; • Gestão autônoma. MEDIDAS DE CONTROLE Princípios da Proteção Coletiva A segurança é garantida quando há presença de dois pilares muito importantes, o processo seguro e a operação segura. Não se pode esperar um desempenho satisfatório de um sistema de gestão integrado em saúde, meio ambiente e segurança, que conta apenas com pessoas treinadas e disciplinadas. É necessário que os processos, equipamentos e/ou ferramentas estejam também disponíveis e em bom estado de conservação (MORAES, 2010). Medidas de controle, de cunho coletivo, devem ser adotadas de todo modo (independente do nível de confiança no sistema de ges- tão adotado) e deverão obedecer a seguinte hierarquia, a) eliminação ou redução no uso ou geração de agentes preju- diciais à saúde; b) prevenção, liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; c) redução dos níveis ou da concentração desses agentes no trabalho; A implementação de medidas coletivas deve ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores, quanto aos procedimentos que asse- gurem a sua eficiência, e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. No Brasil, a norma que trata da segurança no trabalho em má- quinas e equipamentos é a Norma Regulamentadora - NR-12. 25 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Tecnologia de Proteção Coletiva em Máquinas e Equipamentos Segundo Moraes (2010), as máquinas a serem instaladas nos locais de trabalho devem fornecer, além de boa eficiência econômica, segurança às pessoas que irão manipulá-las. Eventuais partes perigo- sas devem ser eliminadas ou protegidas, podendo ser incorporados no projeto sistemas de proteção. Os sistemas de parada de emergência devem ser posiciona- dos, de modo que outras pessoas, além do operador, possam acioná- -los. Assim, esses sistemas devem ser identificados com a escrita: “Em caso de emergência, aperte o botão”. Conforme a NR-12, "as máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes e existentes." Além disso, a norma ainda traz a informação de que os "dispositivos de para- da de emergência devem ser posicionados em locais de fácil acesso e visualização pelos operadores em seus postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente desobstruídos." A NR-12, em seu item 12.6 descreve que: Os dispositivos de parada de emergência devem: a) ser selecionados, montados e interconectados de forma a suportar as condições de operação previstas, bem como as in- fluências do meio; b) ser usados como medida auxiliar, não podendo ser al- ternativa a medidas adequadas de proteção ou a sistemas automá- ticos de segurança; c) possuir acionadores projetados para fácil atuação do operador ou outros que possam necessitar da sua utilização; d) prevalecer sobre todos os outros comandos; e) provocar a parada da operação ou processo perigoso, em período de tempo tão reduzido quanto tecnicamente possível, sem provocar riscos suplementares; f) ter sua função disponível e operacional a qualquer tem- po, independentemente do modo de operação; Fonte: BRASIL, 1978. 26 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Figura 6 – Dispositivos de parada de emergência Fonte: Eduardo, 2014. De acordo com Moraes (2010), os mecanismos de segurança normalmente usados são: a) Barreiras físicas: alertam e/ou impedem o acesso do traba- lhador na área de risco, porém não há o enclausuramento das partes de risco do equipamento. b) Enclausuramento ou barreiras: Protege o trabalhador em função do tamanho, posição ou formato da abertura para alimentação da máquina. c) Dispositivo para afastar as mãos: Operado por cabo de aço, preso aos pulsos ou aos braços do operador, para afastar as mãos quando se encontrarem numa zona perigosa. Figura 7 – Máquina sem barreira física (proteção) Fonte: Eduardo, 2014. 27 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Figura 8 – Enclausuramento de máquinas Fonte: Eduardo, 2014. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco ao traba- lhador devem ter, sempre que possível, as suas proteções já integradas a elas. O ideal é que as máquinas já sejam fabricadas com as proteções posicionadas nas zonas de perigo delas. Caso não seja possível que a má- quina proteja a zona de perigo do trabalhador, a empresa deve providen- ciar uma proteção complementar que supra a ausência dessa proteção. Além das barreiras físicas tradicionais, como as que vimos aci- ma, é possível contar com sistemas mais modernos, como por exemplo, barreira óptica, sistemas de segurança por fibra óptica, módulas de con- trole bimanual, chaves de intertravamento, entre outros. A seguir serão apresentadas algumas descrições destes dispositivos. a) Comando bimanual: O acionamento da máquina é realizado somente com as duas mãos. Os módulos monitoram a saída de cada botoeira mecânica e desenergizam quando o operador da máquina re- move uma ou ambas as mãos das botoeiras; b) Cortinas ou feixes de luz (células fotoelétricas): Este sistema interrompe o funcionamento da máquina automaticamente, quando a mão ou qualquer parte do corpo entra na zona de risco de operação; c) Barreiras ópticas de segurança: Protegem as pessoas con- tra lesões e as máquinas contra danos nos pontos de operação; d) Corte automático: A máquina para quando alguém ou algo entra na zona de perigo; e) Sistema de segurança de fibra óptica sem contato, ideal para proteger o trabalhador de máquinas perigosas, parando seus me- canismos imediatamente após ser emitido um sinal de parada. f) Chaves de intertravamento de segurança: Esses dispositi- 28 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S vos são acionados quando uma proteção mecânica é aberta. Possuem contatos de “abertura positiva” de alta confiabilidade e acionadores co- dificados para evitar que o sistema seja burlado. Existem diversas con-figurações disponíveis para este tipo de proteção. Figura 9 – Comando bimanual Fonte: Eduardo, 2014. Figura 10 – Cortina e grade de luz Fonte: Silveira, 2018. As cortinas de luz, também conhecidas como AOPD (Disposi- tivos de Proteção Optoeletrônico Ativo) são dotadas de sensores foto- elétricos de presença, projetados para proteger a equipe de trabalho de ferimentos ao manusear ou operar uma máquina. Oferecem maior nível de segurança e, além disso, possibilitam maior produtividade e ergono- mia, se comparada com as proteções mecânicas (convencionais). As cortinas de luz são ideais para aplicações, nas quais uma equipe de trabalho necessita de acesso fácil e frequente a um ponto de perigo de operação. Na cortina de luz, um transmissor fotoelétrico projeta uma matriz de feixes de luz infravermelha (invisível ao olho humano) de forma paralela a uma unidade receptora. Quando um objeto opaco atravessa os feixes de luz, (pode ser um dedo, um braço, ou mesmo o corpo humano) o circuito de controle envia um sinal para a parada de emergência da máquina. 29 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Princípios da Proteção Individual Se não houver viabilidade de adoção de medidas de proteção coletiva (quando comprovado pelo empregador) ou quando estas não forem suficientes, ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, de- verão ser adotadas outras medidas protetivas, obedecendo a hierarquia descrita abaixo: (MORAES, 2010) a) medidas de caráter administrativo ou de organização do tra- balho; b) utilização de equipamento de proteção individual – EPI. Observa-se que na hierarquia, o EPI será sempre a última op- ção a ser adotada, pois, primeiramente, prioriza-se e deve-se buscar por medidas que visem eliminar ou atenuar o risco e o perigo. Figura 11- Proteção da cabeça e dos olhos Fonte: SAYÃO, 2012. Figura 12: Proteção dos olhos Fonte: SAYÃO, 2012. 30 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Figura 13 – Proteção dos membros superiores Fonte: CARLOS, 2017 Figura 14- Proteção dos membros inferiores Fonte: NETO, 2017. SEGURANÇA INTRÍNSECA A segurança intrínseca surgiu na Grã-Bretanha no início do sé- culo XX e abrange equipamentos, barreiras e sistemas. Pode ser en- tendida como a segurança que está garantida mesmo na presença de falhas. É uma técnica muito utilizada para garantir o resguardo de ins- trumentos em atmosferas potencialmente explosivas (MORAES, 2010). A ideia de um projeto que seja intrinsecamente seguro conver- ge com o conceito da prevenção. Não é necessário fornecer equipa- mentos de proteção se é possível agir na fonte e eliminar qualquer tipo de ameaça que possa ocorrer no ambiente de trabalho. Por exemplo, um circuito intrinsecamente seguro é definido como: “Um circuito no qual nenhuma centelha e nenhum efeito térmico produzido nas condi- ções de teste prescritas neste padrão (o qual inclui operação normal e as condições de falha especificadas) é capaz de causar ignição de uma 31 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S determinada atmosfera explosiva” (MORAES, 2010). Segurança intrínseca: • Pode ser entendida como a segurança que está garantida mesmo na presença de falhas (MORAES, 2010); • É uma técnica muito utilizada para garantir a segurança de instrumentos em atmosferas potencialmente explosivas (MO- RAES, 2010). A partir da década de 70, o conceito de segurança intrínseca tornou-se mais conhecido e mais falado, especialmente (e infelizmente) devido aos acidentes que ocorreram em 1974, na cidade inglesa de Fixborough, e em 1984, em Bhopal, na Índia. Segurança e segurança intrínseca são conceitos completa- mente diferentes. Esta última deve ser a segurança almejada por todos. É mais vantajoso almejar uma segurança intrínseca do que através de adaptações/modificações do ambiente. Para facilitar o entendimento, um bom exemplo doméstico se- ria o verificado entre um sobrado e uma casa térrea. As escadas são fontes de acidentes num sobrado, consequentemente uma casa térrea poderia ser considerada intrinsecamente segura. Do ponto de vista da segurança intrínseca é mais interessante dispensar as escadas do que obter segurança instalando um corrimão (MORAES, 2010). Com o intuito de adaptar-se aos conceitos da segurança intrín- seca, alguns princípios foram estabelecidos e contribuem para medidas que visam modificar processos ou instalações, de modo a torná-los intrin- secamente seguros. Os princípios gerais, conforme Moraes (2010), são: a) Substituição: Substituir materiais perigosos por materiais ino- fensivos à saúde e ao meio ambiente. Ex: mudar o meio de resfriamento no processo de óxido de etileno com óleo térmico para água pressurizada. b) Intensificação: Reduzir a quantidade de produtos perigosos. Ex: passar a operar com quilogramas ao invés de toneladas no proces- so de fabricação de nitroglicerina. c) Atenuação: Usar processos ou materiais perigosos em con- dições menos severas, de forma a limitar seu perigo potencial. Ex: dis- solver num solvente, estocar amônia em tanques refrigerados, onde a pressão é mais baixa, usar pouco vapor para limitar temperatura. d) Isolamento: confinar os produtos químicos. Ex: reduzir as 32 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S tensões de projeto em tubulações de gás para aumentar a integridade de contenção, montar plantas em locais afastados de vias públicas. e) Simplificação: Fazer o processo mais simples para operar e, consequentemente, menos vulnerável às falhas humanas, de controle ou de equipamentos. Ex: injetor com falha segura para mistura de ácido nítrico e glicerina. 33 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Quadro 1: Resumo da aplicação dos princípios da segurança intrínseca Fonte: Moraes, 2010. 34 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Algumas curiosidades e informações interessantes acerca do conceito de segurança intrínseca. • A explosão de uma fábrica de produtos químicos em Fixbo- rough, na Inglaterra, matou 28 pessoas e feriu gravemente outras 36. • A Tragédia ou Desastre de Bhopal foi um vazamento de gás ocorrido em1984 na fábrica de pesticidas Union Carbide India Limited (UCIL) em Bhopal, Madhya Pradesh, Índia. É considerado o pior desastre industrial da história. Mais de 500.000 pessoas foram expostas ao gás isocianato de metila (MIC). A substância altamente tóxica atingiu várias pequenas cidades localizadas ao redor da fá- brica. O número de mortos ainda é incerto, mas estima-se que mais de 3000 pessoas morreram neste acidente. • É preciso pensar em segurança intrínseca antes de se exe- cutar o projeto ou processo, para que não seja tarde demais para isso. • O termo intrínseco significa: “que faz parte de ou que cons- titui a essência, a natureza de algo; que é próprio de algo; inerente”. 35 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2018 Banca: CEPS-UFPA Órgão: UFPA Prova: Engenheiro - Área: Mecânica Quanto à teoria de manutenção, considereas afirmativas seguintes. I. A Manutenção preditiva é uma metodologia utilizada para assegu- rar que qualquer item, sistema ou processo mantenha suas funções, controlando os riscos de segurança e integridade ambiental, a quali- dade e a economia por meio de políticas de manutenção existentes. II. Na Manutenção Centrada na Confiabilidade, os grupos de traba- lho tornam-se voltados para a melhoria dos índices de confiabilida- de dos equipamentos, concentrando esforços naquelas máquinas que são consideradas prioridades dentro da estrutura da fábrica. III. A Manutenção Preditiva é também conhecida como manutenção baseada na condição: com a utilização de técnicas de inspeção é possível monitorar a evolução do estado do equipamento e atuar no momento mais adequado. IV. A Manutenção Preventiva com base no tempo (MP) consiste em reparar ou substituir componentes de uma máquina em intervalos fixos de tempo, mesmo que a máquina esteja funcionando de for- ma satisfatória. Estão corretas: a) I e II, somente. b) II e III, somente. c) I e III e IV somente. d) II e III e IV somente. e) I e II, III e IV. QUESTÃO 2 Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: Técnico de Instalações I Um técnico precisou fechar a válvula de controle de um dos ramais de uma instalação de gás para que o ramal fosse esgotado e preparado para a ação de uma manutenção programada, que seria realizada na manhã do dia seguinte. Ao fechar a válvula, o técnico observou que ela não produzia o efeito desejado e ainda permitia a passagem de uma quantidade considerável de gás. O técnico, então, fechou uma segunda válvula (redundante) e efetuou ele mesmo a troca da válvula defeituosa. A linha permaneceu fechada até a chegada da equipe de manutenção, na manhã do dia seguinte, como programado. Qual o tipo de manutenção executada por esse técnico? 36 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S a) Preditiva b) Preventiva c) Corretiva d) Programada e) Total. QUESTÃO 3 Ano: 2014 Banca: CONSULPLAN Órgão: MAPA Prova: Engenheiro Além das manutenções preventiva e preditiva, surgiram, também, sistemas de gerenciamento de manutenção que buscam a máxima eficiência. Em 1970, no Japão, surgiu a manutenção produtiva to- tal, conhecida pela sigla TPM (Total Productive Maintenance). Com base nos pilares da TPM – eficiência, autoreparo, planejamento, treinamento e ciclo de vida – e suas definições, marque a alterna- tiva INCORRETA. a) Planejamento: estabelecimento de um sistema organizado de manu- tenção. b) Eficiência: estabelecimento de um sistema de gerenciamento com- pleto do equipamento. c) Autorreparo: sistema de manutenção autônomo, executado pelos operadores do equipamento. d)Treinamento: capacitação de pessoal e aumento de suas habilidades técnicas para rendimento máximo. QUESTÃO 4 Ano: 2014 Banca: CONSULPLAN Órgão: MAPA Prova: Engenheiro A manutenção, uma das mais importantes tarefas que refletem di- retamente nos custos de produção e no ritmo das atividades de engenharia, divide-se basicamente em: corretiva, preventiva e pre- ditiva. Em relação à manutenção preventiva, marque V para as afir- mativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Apresenta atendimento imediato à produção e se baseia na se- guinte filosofia: “equipamento parou, manutenção conserta ime- diatamente”. ( ) Obedece a um padrão previamente esquematizado, que esta- belece paradas periódicas com a finalidade de permitir a troca de peças gastas por novas, assegurando, assim, o funcionamento perfeito da máquina por um período predeterminado. ( ) Método aprovado e adotado, atualmente, em todos os setores in- dustriais, pois abrange desde uma simples revisão – com paradas que não obedecem a uma rotina – até a utilização de sistemas de alto índice técnico. 37 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S ( ) Indica as condições reais de funcionamento das máquinas com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de de- gradação. Trata-se da manutenção que prediz o tempo de vida útil dos componentes das máquinas e equipamentos, bem como as condições para que esse tempo de vida seja bem aproveitado. A sequência está correta em: a) V, F, V, F. b) V, F, F, V. c) F, V, V, F. d) V, V, F, V. QUESTÃO 5 Ano: 2018 Banca: CEPS-UFPA Órgão: UFPA Prova: Engenheiro - Área: Mecânica A Manutenção Produtiva Total (TPM) consiste em um procedimen- to de administração da manutenção que teve início por volta dos anos 50 e apresentou resultados expressivos na economia japo- nesa na década de 70. Um dos pilares do TPM, descrito por um de seus pioneiros (Seiichi Nakajima), é a) treinamento permanente para melhora do desempenho. b) não envolvimento dos Operadores nas tarefas diárias da Manutenção. c) um único nível hierárquico da empresa deve atuar no processo, de- nominado nível principal. d) deve existir uma participação individual do Jurídico, Produção e Ma- nutenção. e) fortalecimento da corretiva. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A manutenção preditiva é essencial para garantir economia de custos e reduzir paradas inesperadas nos equipamentos de trabalho. Sendo assim, pode-se dizer que é uma forma de acompanhamento, por meio de práticas adotadas para analisar o desempenho da máquina e definir os melhores tempos às devidas manutenções. Sobre o tema descrito, escreva sobre a importância da manutenção preditiva na Engenharia de Segurança do Trabalho. TREINO INÉDITO O objetivo da manutenção preditiva é predizer a situação do equi- pamento em qual estágio? a) Apenas no estágio final. b) Apenas no estágio intermediário. c) Necessariamente no estágio inicial. 38 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S d) Necessariamente no estágio inicial e final. e) Nos três estágios, inicial, intermediário e final. NA MÍDIA A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE MANUTENÇÃO COMO FUNÇÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA O Planejamento e Controle da Manutenção (PCM) surge como uma ferramenta estratégica para atingir algumas metas. A notícia trouxe a relevância do PCM para as indústrias, empresas ou qualquer porte e setor enfatizando a otimização no uso dos recursos disponíveis, além de aumentar a capacidade produtiva da empresa, influenciando ainda áreas como segurança do trabalho e qualidade de produção. A ênfase na manutenção é dada pela sua importância está ligada diretamente ao alcance de um crescimento sustentável para empresas. Segundo a pes- quisa da consultoria Alberdeen Research é possível aumentar através da gestão da manutenção 73% a produtividade, diminuir 18% custos operacionais e 16% as despesas administrativas. Fonte: terra.com Data: 15 de agosto de 2018 Para saber mais, acesse a notícia na íntegra: <https://www.terra.com.br/noticias/dino/a-importancia-do-sistema-de- -manutencao-como-funcao-estrategica-da-empresa,060150b252a9c- caa0e285a1fb9912bbfra3pjzk1.html>. Acesso em 15 de Fevereiro de 2019. NA PRÁTICA No que tange à Segurança do Trabalho, vocês ainda verão sobre as Normas Regulamentadoras (NR’s) que são de extrema relevância à complementação da bagagem teórica adquirida até aqui. O conceito de manutenção como “ato ou efeito de manter; gerenciar; administrar; e conservar” vai além do que somente empregar as ditas manutenções de segurança trabalhistas, a saber, as manutenções preventiva, pre- ditiva e corretiva. Ao aplicar qualquer uma dessas estratégias, você, não só prezará pela qualidade da produtividade em seu trabalho, como também, passa a assegurar sua própria vida, a vida do meio ambiente e das demais pessoas que direta ou indiretamente farão parte deste ciclo. Pode-se dizer que há diferentes óticas que deverão ser avaliadasno pro- cesso de manutenção em relação à segurança do trabalho, que são as condições referentes ao ambiente físico como edificações, máquinas e equipamentos, e sob a ótica do comportamento humano, esta de extre- ma importância na prática profissional, pois, refere-se ao modo como o profissional se responsabiliza diante das questões de segurança no am- biente de trabalho, contribuindo para um local mais seguro para todos. 39 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S PARA SABER MAIS: Acesse os links: - Manutenção corretiva, preventiva ou preditiva ?! Disponível em: <https://youtu.be/M0MMsB97w9E>. - A Importância da Inspeção e Manutenção em Caldeiras Disponível em: <https://youtu.be/JE8ZJI3qx68>. 40 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S ARRANJO FÍSICO – O QUE É? Segundo Muther (1986), a definição de arranjo físico ou leiaute (ou em inglês layout) gira em torno do espaço físico. Ao implementar uma indústria, é necessário pensar nas diferentes disposições estratégicas para organizar um local, através da alocação adequada das instalações, máquinas, pessoal da produção e equipamentos, preocupando-se com o posicionamento físico correto dos recursos de transformação. De acordo com Gomes e Ávila (p.26), a localização da indústria pode ser analisada em duas etapas: a macrorregional e microrregional. A localização macrorregional é a etapa mais abrangente e visa a definir a região onde a indústria será implantada, levando em conta fatores de ordem técnica e econômica. Assim podemos classificá-los nestes dois ARRANJO FÍSICO P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S 40 41 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S eixos, a saber: Os fatores econômicos podem ser: • matéria-prima • mercado • transporte • custo da água • custo da energia • disponibilidade de mão de obra Já os fatores de ordem técnica podemos citar: • disponibilidade de água • disponibilidade de energia • resíduos • comunicação • clima • leis • impostos. Ao definir a macrorregião, pode-se escolher o local efetivo de implantação da indústria, que chamaremos de microrregião, essa etapa é importante, pois, prevalecem neste quesito os motivos de ordem técnica. Nesse sentido, esta etapa é conhecida como antecipação de riscos, ou seja, deve-se antecipar os potenciais riscos, de forma a evi- tar que eles se constituam juntamente com a implantação da indústria desejada. Agora iremos estudar uma série de fatores de riscos e condi- ções inseguras que podem estar envolvidos. Confira a listagem abaixo, • deslizamento de terra; • deslizamento de pedras; • inundação; • dimensões insuficientes para atender as expansões/gerações futuras; • falta de existência de água potável; • não existência de meios de comunicação; • falta de um sistema (rodoferroviário, fluvial e aéreo); • não existência de um plano atual e futuro de coleta de lixo; • transporte coletivo; • esgoto sanitário etc. Ao finalizar a definição do local da indústria, a próxima etapa a se preocupar é em definir o arranjo mais adequada de homens, equipamentos e materiais sobre essa determinada área física escolhida. Nesta etapa, os autores, GOMES; ÁVILA (p. 26-27) abordam sobre a fase de elaboração do layout (leiaute ou arranjo físico segundo alguns autores). Para tanto, de- fine-se então, a localização de cada máquina e de cada posto de trabalho. Segundo os autores, o layout se traduz na decisão de onde colocar todas 42 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da produção. Portanto, o autor ainda afirma que layout é uma das etapas finais da concepção do projeto de uma indústria, só podendo ser elabo- rado depois que finalizada e estabelecida uma série de itens. Vejamos: - Volume de produção - Seleção do equipamento produtivo - Iluminação - Ventilação - Corredores eficientes - Controle de riscos desnecessários de armários e de bancadas Qual a importância de projetos Layout/Arranjo Físico? Quando estudamos este assunto, é necessário nos aten- tarmos para as demandas geracionais do layout, que busca, basi- camente, integrar material, mão de obra e equipamento. Para atingir um dos objetivos do layout é necessário reorga- nizar da melhor forma a disposição do espaço de uma indústria. Para isso, FRANCIS et al. (1974), elencou o seguinte: • minimizar tempo de produção; • melhorar o processo de produção; • utilizar o espaço existente da forma mais eficiente possível; • providenciar ao operador um posto de trabalho seguro e con- fortável; • proporcionar flexibilidade nas operações; • diminuir custo de tratamento do material; • reduzir variação dos tipos de equipamentos de tratamento do material; • minimizar investimentos em equipamentos; • melhorar a estrutura da empresa; 43 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S RELAÇÃO VOLUME X VARIEDADE Figura 15 - Níveis de Fluxo regular Fonte: NEUMANN (Departamento de Engenharia de Produção –UnB). RELAÇÃO COM OS TIPOS DE PROCESSOS Figura 16: Tipos de Layout Fonte: Autor, 2019. 44 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TIPO DE PROCESSOS Figura 17 - Principais características dos tipos de processos Fonte: PINTO, 2010. TIPOS DE LAYOUT/ ARRANJO FÍSICO Segundo Camarotto (1998), existem vários tipos de layout em uma fábrica e cada um deles está adequado a determinadas caracte- rísticas específicas, a quantidades determinadas, a diversidade de va- riedades e, também por movimentações estabelecidas dos materiais dentro da unidade fabril. Estudaremos quatro tipos básicos de layout, dos quais a maio- ria dos arranjos se derivam, eles podem ser: • arranjo posicional ou por posição fixa; • arranjo funcional ou por processo; • arranjo linear ou por produto; • arranjo de grupo ou celular. Apesar de termos essa divisão teórica dos tipos de layout, raramente, encontraremos em uma situação real um único tipo. O que costuma ocorrer são situações nas quais há uma mescla dos 45 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S tipos clássicos. SAIBA MAIS: GOMES, Paulo C. R; ÁVILA, Antônio L. S. Prevenção e controle de riscos em máquinas, equipamentos e ins- talações. Livro pdf: Distrito Federal- BR, p.97. Arranjo Posicional ou por Posição Fixa Agora estudaremos cada arranjo especificando suas caracte- rísticas principais, bem como vantagens e desvantagens. O layout posi- cional possui característica intrínseca, o professor da Universidade Fe- deral de São Carlos, João Alberto Camarotto, doutor em arquitetura e urbanismo, graduado em engenharia mecânica e mestre em engenharia de produção, define que “o arranjo posicional se caracteriza pelo fato de o material permanecer parado enquanto os operadores, equipamentos e todos os outros produtos, se movimentam à sua volta” (CAMAROTTO, 1998). Este arranjo é o caso típico de montagem de grandes máquinas, montagens de navios, de prédios, barragens, grandesaeronaves etc. Figura 18 - Exemplo de arranjo por posição fixa Fonte: Souza, 2012. Vantagens do Arranjo Posicional: • Maior flexibilidade. • Movimentação baixa do material. • Oportunidades ótima de trabalho. • Adapta muito bem às mudanças do produto e do volume de produção. 46 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Limitações: • Maior movimentação dos operadores e do equipamento. • Aumento considerável de equipamentos. • Requer grande habilidade dos operadores. • Requer uma supervisão maior. • Aumento do espaço de trabalho, bem como num melhor work in process (WIP). • Requer controle e uma produção sincronizada (TOMPKINS, 1996). ‘’Porque o trabalho em andamento (work in progress) pode matar sua empresa ?’’ O termo é usado na produção e na gestão de suply chain. Uma prática da metodologia ágil de gestão é limitar o “work in pro- gress”, o que nem sempre é bem visto por gestores e mesmo co- laboradores. Quando uma empresa resolve limitar o “work in progress”, isso acarreta em mudanças no comportamento dos colaboradores. Mas mudanças nem sempre são bem vindas e o que geralmente escutamos é que a introdução de limites de WIP é difícil para mui- tas equipes. Há resistência contra o mecanismo, que é percebido como uma prática coercitiva pois as pessoas naturalmente tendem a fazer o que eles fazem sempre: pegar mais trabalho e ponto. SAIBA MAIS: https://www.projectbuilder.com.br/blog/por- que-o-trabalho-em-andamento-work-in-progress-pode-matar-sua- -empresa/ Elaboração do Layout/ Arranjo Físico Arranjo Funcional ou por Processo Neste arranjo, todas as operações cujo tipo de processo de pro- dução é semelhante são agrupadas. Camarotto (1998) p. 68, define como um agrupamento que “independe do produto processado.” Ou seja, no layout funcional, máquinas e ferramentas são agrupadas de forma funcio- 47 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S nal considerando o tipo geral de processo de manufatura, por exemplo: • Fábrica: tornos na tornearia, furadeira no setor de furação etc. • Loja de departamentos: roupas femininas, roupas masculi- nas, eletrodomésticos, etc. • Supermercado: material de limpeza, congelados, etc. • Hospital: setor de radiologia, setor de ortopedia, análises clí- nicas, etc. Isso é considerado de acordo com a similaridade, ou seja, pro- cessos similares são colocados lado a lado (departamentos ou setores) e o que não é similar, se divide para outro setor. Este tipo de arranjo é adotado em processos dos tipos: • Manufatura: jobbing (baixo volume e alta variedade) e batch (em lotes). • Serviços: serviço profissional e loja de serviço. Vantagens • Melhor utilização das máquinas. • Maior flexibilidade em ajustar equipamentos e operadores. • Redução drástica do tratamento dos materiais. • Possibilidade de alternar as tarefas em cada posto de trabalho. • Supervisão complexa e especializada. Limitações • Grande aumento do tratamento do material. • O controle da produção é mais difícil. • Aumenta work in process (já explicado anteriormente) • Produções em linhas mais longas e demoradas. O arranjo do tipo funcional ou por processo requer maior com- petência nas tarefas exigidas (TOMPKINS, 1996). Figura 19 - Demonstração do arranjo funcional ou por processo 48 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Fonte: BRANSKI. Acesso em 2019. Arranjo Linear ou por Produto No layout linear os equipamentos são dispostos de acordo com uma determinada sequência de operações e ficam fixos, enquanto os ma- teriais podem se mover pelos vários equipamentos (CAMAROTTO, 1998). Ou seja, o layout linear tem uma disposição fixa orientada para o produto. Dessa maneira, os postos de trabalho (máquinas e bancadas) são colocados na mesma sequência de operações que o produto. O material passará de estação em estação de trabalho até se transformar no produto final. Este tipo de arranjo é adotado em processo dos tipos: • Manufatura: Massa e contínuo. • Serviço: Serviço de massa. Figura 20 - Arranjo físico Linear ou por produto Fonte: BRANSKI. Acesso em 2019. A imagem demonstra um tipo de arranjo linear, em que possui ca- racterística de uma função de baixa variedade de produtos, permitindo um grande volume de produção, em contrapartida, trabalha com equipamentos de baixa flexibilidade. Por utilizar máquinas especializadas o projeto/arran- jo visa permitir um fluxo linear de materiais ao longo da linha de produção. Vantagens • O manuseio do material é reduzido. 49 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S • Baixa necessidade de qualificação profissional. • O controle da produção é simples. Limitações • Se uma máquina parar de operar toda a linha de produção também para. • Linha de produção mais lenta. • Esse arranjo requer um supervisor. • É necessário investir em equipamento de alta qualidade (TOMPKINS, 1996). Arranjo de Grupo ou Celular Este arranjo é considerado uma tecnologia de grupo, onde máquinas são agrupadas em células, funcionando como uma ilha de layout. No entanto, o fluxo de materiais e peças se assemelha com os layouts por produto e por processo, por isso é considerado uma combi- nação destes dois tipos de arranjo físico. O arranjo de grupo é conside- rado complexo devido à grande diversidade de alternativas de arranjos entre os diversos centros de trabalho existentes. Segundo Gomes e Ávila, os pontos-chave desse tipo de arran- jo são: - Máquinas dispostas na sequência do processo; - Dentro da célula uma só peça é feita de cada vez; - Os trabalhadores são treinados para lidar com mais de um processo (operadores polivalentes); - A taxa de produção para a célula é dita pelo tempo do ciclo; - Os operadores trabalham de pé e caminhando. Adotado em processos do tipo: • Manufatura: Batch e massa; • Serviço: Loja de serviço e serviço de massa. Comparado ao arranjo físico funcional, o sistema de arranjo celular possui vantagens que se destacam, entre elas, a baixa redução do tempo de ajuste de máquina na mudança de lotes dentro da família, tornando-se economicamente viável a produção de pequenos lotes. Po- demos listar outras vantagens, a saber: - Redução da lead-time; - Trabalho em grupo; - Lotes de produção pequenos 50 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S - Movimentação e manuseio interno reduzido - Pouco estoque em processo O que é Lead Time? Na tradução livre do inglês Lead significa conduzir e Time significa tempo. A junção dos dois é utilizada quando estamos nos referindo ao tempo levado para conduzir todo o ciclo de produção, desde o pedido até a entrega efetiva. Ou seja, estamos falando do tempo de espera dos clientes por todo esse ciclo. Veja abaixo um exemplo de como esse ciclo pode funcionar: Figura 21 – Lead Time Fonte: Truckpad. Acesso em 2019. Acesse a matéria completa, disponível em: <https://blog.tru- ckpad.com.br/dicas-de-logistica/lead-time>. Desvantagens: • Investimento em reconfiguração do arranjo; • Este tipo de arranjo pode requerer capacidade adicional; • Pode gerar ociosidade dos recursos. 51 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S Figura 22 - Arranjo Físico Celular Fonte: BRANSKI. Acesso em 2019. FATORES NA ELABORAÇÃO DO LAYOUT/ ARRANJO FÍSICOSegundo MUTHER (1995), para se realizar um projeto de layout/arranjo físico, é necessário dispor de alguns elementos funda- mentais a serem estudados, dentre eles, observa-se: Material – Neste aspecto, confere-se as variedades do produto, como: matéria-prima, embalagem, produto final, etc. É parte integran- te de análise do material as dimensões, pesos, quantidades (medidas quantitativas), características físicas e químicas. Por último, é relevante pensar no processo de produção do projeto e nas operações necessá- rias, atentando-se aos: tipos, tempos padrões das operações e sequên- cia. Dessa forma, procura-se que: I. que o fluxo do material seja de acordo com o processo; II. diminua o manuseio dos produtos (com menos riscos de aci- dentes); e III. diminua o percurso dos produtos e a mão de obra. Maquinaria – Na maquinaria deve-se observar o tipo de equi- pamento produtivo e as ferramentas de trabalho, considerando todos os equipamentos utilizados no processo de produção, no controle, na manu- tenção e no transporte. Assim, identifica-se o equipamento (nome, tipo, acessórios); se preocupa com as dimensões e pesos dos mesmos; tipos de áreas necessárias para realizar uma operação; quais serão os su- primentos de energias disponíveis, gás, água, ar, vapor etc.; permite-se analisar também os níveis de insalubridade e periculosidade presentes no 52 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S ambiente de trabalho e a possibilidade de desmontagens das máquinas. Mão de obra – O elemento designado ‘mão de obra’ é parte im- portante da supervisão, do apoio e do trabalho direto. É a partir deste elemento que obtemos as informações sobre as condições de trabalho (iluminação, vibração, limpeza, ruído, ventilação e segurança) e do pes- soal - equipe de trabalho (qualificação, sexo e quantidade). Assim, de- ve-se enquadrar o ambiente de trabalho conforme a disponibilidade dos trabalhadores, atentando-se às dimensões dos banheiros, restaurantes e bebedouros em função do número de pessoas que utilizarão, bem como, preocupar-se em posicionar os mesmos em função do fluxo das pessoas. Movimentação – Este aspecto é de extrema importância, pois, analisa o fluxo de movimentação/transporte entre os vários departamen- tos; as operações de armazenagens e inspeções. É importante contabili- zar os percursos dos materiais; máquinas e pessoal, até a chegada final com as especificações das distâncias percorridas; o tipo de transporte utilizado; o espaço existente para o fluxo/movimentação; o manuseio (ra- zão, frequência, tempo utilizado); atenta-se também para o dimensiona- mento da largura do corredor em função dos equipamentos utilizados; se prevê a segurança dos funcionários, bem como, o acesso facilitado aos meios de combate de incêndio e de medidas de urgência e emergência. Armazenamento/Espera – Os stocks temporários e permanen- tes, bem como os atrasos. Atenta-se para o armazenamento dos mate- riais, buscando observar sua localização, tempo de espera e métodos de armazenagem, pensando sempre no dimensionamento em função do material (em processo inicial e final); da diminuição da estocagem em processo; dos corredores do depósito e da distância das prateleiras, etc. Serviço Auxiliares - Nos serviços auxiliares, deve-se incluir os espaços destinados à manutenção, inspeção e controle dos (escritórios, laboratórios, equipamentos), bem como das linhas auxiliares: gás, ar, vapor, etc.; os pontos de processos facilitadores (restaurantes, estacio- namento, vestiários e lavatórios, etc.) Mudanças - É neste elemento que averiguamos a versatilida- de, expansibilidade e flexibilidade, considerando todas as modificações que podem afetar o ambiente de trabalho (material, homens, máquinas, estoques, manuseio, serviços, dentre outros). Edifícios/Construção – As características externas e internas do edifício e a distribuição do equipamento. Estuda-se as áreas, com- partimentos, rampas, escadas, tetos e demais ambientes que possuem características intrínseca para um bom planejamento do arranjo físico. 53 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S ESTUDO DO FLUXO Para entender o significado de fluxo pode-se fazer um paralelo com outras atividades cotidianas, como no âmbito do trânsito, o fluxo de carros pode ser entendido como o movimento contínuo de carros. Segundo o dicionário online de português, a etimologia da pa- lavra fluxo deriva do latim fluxus, e significa um movimento de modo contínuo ou aquilo que segue um curso: fluxo de pessoas. Assim, em qualquer unidade fabril irá existir fluxos de pessoas, materiais, equipa- mentos, veículos, dentre outros. Cada tipo de fluxo, segundo os autores Gomes e Ávila, será efetuado para atender as diferentes especificida- des, por exemplo, fluxos: • Linear ou em linha reta – aplicável quando o processo é simples. • Zig Zag – aplicável quando a linha de produção é maior que a permitida pela área física da fábrica. • Forma de u - aplicável quando se deseja que o produto final termine em local vizinho da entrada. • Em nível – é aplicável quando a diferença de nível entre de- partamentos, edifícios, seções ou estações de trabalho é facilitadora da movimentação dos materiais. • Circular – aplicável quando se deseja retornar um produto a sua origem. Arranjo físico e fluxo: Também determina a maneira segundo a qual os recursos transformados – (materiais, informação e clientes) – fluem pela operação. Mudanças relativamente pequenas na localização de uma máquina numa fábrica ou dos produtos em um supermerca- do, ou a mudança de salas em um centro esportivo podem afetar o fluxo de materiais e pessoas por meio da operação. Saiba mais: https://tecnologia.qualidade.faccat.br/moodle/pluginfile. php/591/mod_resource/content/1/ARRANJO%20FISICO%20E%20 FLUXO.pdf 54 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 01 Ano: 2011 Banca: CESGRANRIO - 2011 - Órgão: Petrobrás Prova: Técnico de Administração e Controle Júnior Na determinação do layout interno de armazéns e para determinar a melhor localização dos produtos, são usados diversos métodos e critérios. A respeito dos objetivos do planejamento da localiza- ção dos estoques e seus métodos e critérios, afirma-se que A) o objetivo do planejamento da localização dos estoques é maximizar as distâncias percorridas dentro do armazém. (B) o critério de compatibilidade restringe a localização de produtos de acordo com o tamanho que possuam. (C) o critério de complementaridade restringe a localização de produtos com base na frequência de solicitação conjunta. (D) a aplicação de um critério isolado é suficiente para minimizar o custo total de manuseio. (E) um dos objetivos da armazenagem é aumentar o tempo unitário de manuseio, reduzindo o custo total de armazenagem. QUESTÃO 02 Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: PGE-RO Prova: Analista da Procura- doria - Administrador Em um estaleiro, o navio em construção permanece fixo durante todo o processo de produção. Esse tipo de arranjo físico de produ- ção é conhecido como layout: a) por produto; b) celular; c) posicional; d) por processo; e) híbrido. QUESTÃO 03 Ano: 2012 Banca: Cespe Órgão: Câmara dos Deputados Prova: Analista Engenharia Civil O leiaute do canteiro de obras influencia diretamente o aumento de produtividade e a redução de perdas. ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO 04 Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Cargo: Técnico de Operação Júnior 55 P R E V E N Ç Ã O E C O N TR O LE D E R IS C O S E M M Á Q U IN A S , E Q U IP A M E N TO S E IN ST A LA Ç Õ E S - G R
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