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S11P1 - Sistema geniturinário

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APG
- Revisar o sistema reprodutor feminino e masculino 
O sistema reprodutor masculino é composto por: escroto/ testículos, epidídimo, canal ou ducto deferente, vesícula seminal, próstata, uretra e pênis.
Escroto/testículo - O escroto é uma bolsa externa de pele e músculo que contém os testículos. Nos testículos ocorre a produção de espermatozoides. A testosterona (hormônio sexual masculino), também é produzida nos testículos, mais precisamente pelas células intersticiais. A formação dos espermatozoides (espermatogênese) é um processo sensível à temperatura elevada, e acontece em uma temperatura ideal de +- 33°C. A localização dos testículos, abrigados no saco escrotal, fora da cavidade abdominal, propicia essa redução de temperatura.
Epidídimo - É a região em forma de “C” ou vírgula onde ocorre a maturação dos espermatozoides, além disso, este canal também armazena os espermatozoides e os conduz ao canal deferente através de movimentos peristálticos (contração muscular). Os espermatozoides permanecem por pelo menos 3 dias para receberem as caudas e os nutrientes dentro dos canais enrolados do epidídimo.
Canal ou Ducto deferente - O canal deferente tem a função armazenar e de transportar os espermatozoides em direção à uretra no momento do ato sexual. Além disso, ela ainda é responsável por reabsorver aqueles espermatozoides que não foram expelidos. Canal deferente x vasectomia Método de esterilização masculino, em que são realizados a secção (corte) dos canais deferentes, impedindo sua ligação com a uretra.
Vesícula seminal - As vesículas seminais são duas glândulas que produzem um líquido viscoso alcalino (o líquido seminal), elas localizam-se abaixo da bexiga. O líquido seminal vai se misturar ao líquido produzido pela próstata e aos espermatozoides vindos do canal deferente, para formar o sêmen. É o local onde se produz a maior quantidade (60%) do líquido seminal. Esse líquido nutre os espermatozoides e facilita sua mobilidade. 
Próstata - A principal função da próstata é armazenar e secretar um fluido claro (líquido prostático) levemente alcalino que constitui parte do fluido seminal, que, junto com os espermatozoides e o líquido seminal, constituem o sêmen. A alcalinidade do fluido seminal ajuda a neutralizar a acidez do trato vaginal, prolongando o tempo de vida dos espermatozoides. A próstata também contém alguns músculos que ajudam a expelir o sêmen durante a ejaculação.
Uretra - Canal condutor que, no aspecto da reprodução, possui a função de conduzir e expedir o esperma durante o processo de ejaculação. Também é responsável por expelir a urina.
Pênis - É através do pênis (uretra) que o sêmen é expelido. Além de servir de canal para ejaculação, é através deste órgão que a urina também é expelida. O prepúcio é uma dobra de duas camadas da pele e mucosa que cobre a glande do pênis e protege o meato urinário, quando o pênis não está ereto.
O sistema reprodutor feminino é composto por: -Estruturas internas: ovários, tubas uterinas, útero e vagina. –Estruturas externas: lábios maiores, lábios menores, clitóris e vesbulo vaginal. 
Ovários - São estruturas relacionadas com a produção de hormônios e com a formação de células reprodutivas, chamadas popularmente de óvulos, cujo nome correto é ovócito. Os ovários possuem duas funções básicas: produção células reprodutivas e também produção de hormônios sexuais, como o estrógeno e a progesterona. São esses dois hormônios os responsáveis pelo funcionamento adequado do ciclo ovulatório, além de atuar no surgimento de caracteres sexuais secundários.
Tubas uterinas - Tubas uterinas são dois ductos que unem o ovário ao útero. É o local onde acontece a fecundação. Seu tecido interno é formado por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas enviam o gameta feminino, o óvulo, até o útero. Se houver a fecundação o zigoto (ou ovo) irá até o útero. A parede interna do útero chamada de endométrio vai ficar mais espessa permitindo a fixação do embrião no útero. Se o ovócito não for fecundado, a parede do útero vai “descamar” e acontecerá a menstruação.
Útero - É um órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa e com formato de pêra. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio. O endométrio é a camada que reveste internamente o útero, essa camada fica mais espessa para receber o embrião. É o endométrio que permite o alojamento do embrião na parede do útero, esse processo de fixação do embrião na parede do útero chama-se nidação. É o endométrio que, durante os primeiros meses de gravidez, permite a formação da placenta, que vai proporcionar, ao longo de toda a gestação, nutrientes, oxigênio, anticorpos, e outros elementos, bem como eliminar todos os produtos tóxicos resultantes do metabolismo, essencial à sobrevivência, saúde e desenvolvimento do novo ser. O espessamento do endométrio é estimulado pelos hormônios ovarianos: estrogênio e progesterona.
Vagina - é um canal com cerca de 7,5 a 10 centímetros que se estende do útero, órgão interno, à vulva, estrutura genital externa. O canal vaginal é responsável por receber o pênis durante a relação sexual e serve de canal de saída tanto para o fluxo menstrual quanto para o bebê no momento de parto normal.
- Conhecer como ocorre o processo de fecundação 
É dividida em etapas:
Coroa Radiada: O óvulo liberado na ovulação emite sinais químicos para atrair os espermatozoides em sua direção. O primeiro obstáculo é atravessar a Corona Radiada, camada externa do gameta feminino, que possui duas ou três camadas de células foliculares;
Zona Pelúcida ou envelope vitelínico: O segundo desafio do gameta masculino é penetrar na zona pelúcida, uma membrana composta por camada grossa de glicoproteínas e células foliculares ovarianas que protegem o óvulo. Assim que o espermatozoide entra nesta camada, ela torna-se impermeável impossibilitando a penetração de outros espermatozoides;
Fusão das membranas: Na terceira fase da fecundação humana acontece a fusão das membranas plasmáticas do óvulo e do espermatozoide. Desta forma, elas se juntam no local onde os gametas se uniram, com a cabeça e cauda do espermatozoide penetrando no óvulo;
Condensação dos cromossomas maternos: Nesta próxima etapa acontece a segunda divisão meiótica com a condensação dos cromossomas maternos;
Pronúcleos Feminino e Masculino: No processo da fecundação humana, os núcleos dos gametas aumentam e evoluem para pronúcleo feminino e pronúcleo masculino;
Zigoto: A união dos pronúcleos masculino e feminino forma uma estrutura geneticamente única com informações de DNA do pai e da mãe. Essa nova célula é chamada de zigoto, e se desloca até o útero para se fixar no endométrio;
Clivagem: A partir da formação do zigoto começa um processo de clivagem, ou divisões celulares, que da origem a muitas células chamadas de blastômeros. A clivagem marca o início do desenvolvimento embrionário;
Mórula: É a massa de 10 a 30 células resultante da clivagem do zigoto. A mórula acontece cerca de 4 dias após a fecundação quando o pré-embrião está prestes a chegar ao útero;
Blastocisto: Blastocisto é um embrião composto por cerca de 150 células, o que acontece geralmente pelo 5° dia após a fecundação. Neste sentido ele também é chamado de D5. É nessa etapa do desenvolvimento em que acontece sua implantação na parede do útero materno. 
Se houver implantação ou nidação do blastocisto na parede do endométrio uterino, iniciará a gravidez, caso contrário ele será eliminado junto com a menstruação. A nidação ocorre por volta de 1 semana após fecundação.
- Estudar sobre a educação sexual para a prevenção de IST’s e gravidez na adolescência 
Site do ministério da saúde 
As ações voltadas à educação sexual são importantes medidas para combater a gravidez na adolescência. Uma das principais iniciativas implementadas no País é a distribuição de Cadernetas de Saúde de Adolescentes (CSA), comversões masculina e feminina. Disponível no site do Ministério da Saúde, o material traz dicas e orientações sobre variados temas ligados à adolescência, entre eles, a sexualidade.
Assuntos relacionados à sexualidade também fazem parte do programa Saúde na Escola, conjunto de ações voltadas à promoção, à prevenção e à atenção à saúde dos estudantes. A iniciativa tem como objetivo reduzir as vulnerabilidades que prejudicam o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino, entre elas, a gravidez precoce.
Além disso, O Ministério da Saúde oferece uma série de métodos contraceptivos gratuitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). São ofertados preservativos (masculino e feminino), pílula combinada, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, dispositivo intrauterino com cobre (DIU Tcu), diafragma, anticoncepção de emergência e minipílula.
- Entender como diagnosticar a gravidez precocemente e quais são os cuidados após o resultado positivo 
Os sintomas da gravidez podem ser divididos em sinais de presunção, sinais de probabilidade e sinais de certeza:
Sinais de Presunção:
4 semanas – Amenorréia
5 semanas – Náuseas e Congestão Mamária
6 semanas – Polaciúria
8 semanas – A aréola primária se torna mais pigmentada e surgem os Tubérculos de Montgomery (projeções secundárias representadas por glândulas mamárias acessórias e glândulas sebáceas hipertrofiadas)
16 semanas – Produção de colostro e surgimento da Rede de Haller (aumento da circulação venosa)
20 semanas – Sinal de Hunter (surge a aréola secundária, que aumenta a pigmentação em volta do mamilo)
Sinais de Probabilidade:
6-12 semanas – Alterações do muco cervical: o aumento na concentração de progesterona, típico do início da gestação, reduz a quantidade de sódio presente no muco cervical, que perde o aspecto arboriforme quando cristalizado por desidratação.
8 semanas – Sinal de Hégar (útero adquire consistência cística, elástico-pastosa, principalmente no istmo); Sinal de Piskacek (assimetria uterina: o útero se desenvolve mais no ponto de implantação); Sinal de Nobile-Budin (ocupação do fundo de saco vaginal, perceptível pelo toque bimanual); Sinal de Osiander (percepção dos batimentos do pulso vaginal nos fundos de saco); Sinal de Jacquemier ou de Chadwick (coloração violácea da mucosa da vulva); Sinal de Kluge (coloração violácea da mucosa da vagina)
12 semanas – Aumento do volume uterino: o útero gravídico se torna palpável logo acima da sínfise púbica
16 semanas – Aumento do volume abdominal
Sinais de Certeza:
14 semanas – Sinal de Puzos (rechaço fetal intrauterino após impulsionar o feto com os dedos no fundo de saco anterior)
18 semanas – Percepção e palpação dos movimentos ativos do feto e dos segmentos fetais pelo médico
20 semanas – Ausculta dos batimentos cardiofetais através do estetoscópio de Pinard. A ausculta já é possível a partir de 10 semanas através do sonar Doppler, e é considerada o mais fidedigno dos sinais de gravidez.
Além de existir os diagnósticos laboratoriais: hCG, testes imunológicos (urinários), testes radioimunológicos, teste ELISA.
FALKENBERG, Mirian Benites et al. Educação em saúde e educação na saúde: conceitos e implicações para a saúde coletiva. Ciência & saúde coletiva, v. 19, p. 847-852, 2014.
MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa; REZENDE FILHO, Jorge de. Rezende Obstetrícia. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo Humano-: Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Artmed Editora, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Educação sexual é fundamental para evitar gravidez na adolescência. Brasília, 2019.

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