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PROJETO INTEGRADOR DE COMPETÊNCIAS EM PEDAGOGIA I atividade 2

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PROJETO INTEGRADOR DE COMPETÊNCIAS EM PEDAGOGIA I 
	Aluna: Ana Carmen Peres Rodrigues
	RGM: 305.696.368-09
	Polo: Unicid
	Tutor: Vitória Soares Freitas
A IMPORTÂNCIA DA ADEQUAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO e metodologica PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL
Introdução: A educação de jovens e adultos é uma modalidade da educação que precisa de atenção como qualquer outra, mas que carrega uma característica em especial, que é o fato de ter como maioria, alunos adultos, vividos, com opiniões e experiências concretas. A intenção do processo de ensino torna-se outra e não se trata exatamente de procurar ensinar tudo, como se o aluno de nada soubesse, mas de explorar a inteligência dele como um todo, e entender quais são as reais necessidades de aprendizagem. A questão colocada aqui, é que a abordagem do professor em relação ao aluno nem sempre é feita com base nessa linha de raciocínio, e pode ter caráter infantilizado, baseado, por exemplo, no uso das metodologias e materiais utilizados nos ensinos fundamentais regulares, que nada tem a ver com a realidade das turmas de EJA. A educação de jovens e adultos é uma modalidade da educação que precisa de atenção como qualquer outra, mas que carrega uma característica em especial, que é o fato de ter como maioria, alunos adultos, vividos, com opiniões e experiências concretas. A intenção do processo de ensino torna-se outra e não se trata exatamente de procurar ensinar tudo, como se o aluno de nada soubesse, mas de explorar a inteligência dele como um todo, e entender quais são as reais necessidades de aprendizagem. A abordagem do professor em relação ao aluno nem sempre é feita com base nessa linha de raciocínio, e pode ter caráter infantilizado, baseado, por exemplo, no uso das metodologias e materiais utilizados nos ensinos fundamentais regulares, que nada tem a ver com a realidade das turmas de EJA.
Encarar esses problemas, é um grande desafio para prática pedagógica do professor da EJA, afinal o seu papel é preparar o estudante para que se perceba como sujeito construtor do seu conhecimento, pensar num modelo de escola mais flexível conectado a vida, investir na formação docente e ter um olhar mais sensível quanto as necessidades desses jovens e adultos, e a tudo que lhe é relevante. Esse tipo de ensino planejado e ofertado de forma aligeirada sob o discurso de inclusão, não impede que o professor de forma consciente exerça o seu trabalho, como um formador de sujeitos críticos/reflexivos, e rompa com essa lógica excludente e elitista em que se configura a nossa educação escolar. 
Desenvolvimento: A Prática Pedagógica não se constitui apenas de elementos presentes na escola, mas interage com os fenômenos políticos, sociais, culturais e educativos do qual os educandos fazem parte. Nesse aspecto, pode-se apontar o seu caráter multicultural e o desafio proposto ao docente enquanto mediador do conhecimento, de ressignificar sua prática, respeitando os diferentes sujeito presentes em sua sala de aula, oportunizando uma formação crítica/reflexiva, da qual possa agir sobre ela, buscando desenvolvimento sustentável para a sua comunidade, seu país e dele próprio. O homem e a sua realidade ganham reconhecimento, fazendo com que fique em evidência a necessidade de se planejar para os mais velhos de uma maneira geral, envolvendo abordagem, metodologia e material didático, que são o tripé base da educação de jovens e adultos de forma ideal.
Todo ato educativo, segundo Paulo Freire, é um ato político. A prática, o ato de educar, não se separa do ato político. Isso se dá a partir do momento no qual as massas além de aprenderem com a liderança que já é revolucionária, passam a ensinar as lideranças sobre o povo, podendo a partir da troca direta entender sua amplitude. Além de a educação ser um ato político ela é uma via para construção do conhecimento e alicerce para a construção de uma nova sociedade. Para Paulo Freire, o ato de ensinar vai muito além de transmitir ou “depositar” conteúdos no outro, é um ato que permite ao sujeito construir em diálogo com seu professor, conhecimentos significativos que se relacionem com sua vida, que o faça refletir criticamente sua presença no e para o mundo se reconhecendo como um agente transformador. Partindo desse entendimento, a prática pedagógica docente requer uma compreensão por parte do professor, de que o conhecimento numa perspectiva crítica contribui para o processo de conscientização dos estudantes. Freire afirma que “Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha” (FREIRE,1997, p.95).
Situação-problema é um fato da realidade, de conhecimento do estudante, que ao ser problematizado desperto o desejo de aprender para desenvolvê-lo, pois se aprende melhor aquilo que é significativo. A partir do deparar com a problemática social, o interesse na solução é despertado, e instiga ao pensamento reflexivo. 
Considerações Finais O presente trabalho teve por objetivo, a importância da reflexão sobre o que de fato pode afastar o aluno do seguimento EJA da escola. O desinteresse não é uma característica que se compõe a um ser sem algum motivo, para que ele cresça ou não há identificação por parte do desinteressado, ou algo está deixando sendo feito para que a familiarização aconteça. A reflexão objetivada, não para apenas nesse contexto. É preciso pensar sobre o porquê da baixa atenção para esse nível de escolaridade. O professor carrega uma responsabilidade muito grande sobre a abordagem com os alunos, com a metodologia aplicada e o material utilizado, mas não é de fato o único responsável pela adequação da EJA e sozinho não poderá abraçar o mundo e dar conta de superar todas as dificuldades.
De uma maneira geral, a EJA passou e passa por um processo evolutivo e não retroativo, reconhecendo principalmente a interferência positiva de Paulo Freire mediante as circunstâncias. Contudo, cabe ressaltar que não é hora de estagnação e sim de visionar novas perspectivas para que o aperfeiçoamento seja contínuo e se chegue ao ápice da adequação e da qualidade.
“Se nada ficar dessas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar.” (FEIRE, 1979, p.218).
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
FREIRE, Paulo. A educação como pratica da liberdade. 23ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
 
FREIRE, Paulo. A Educação na cidade. São Paulo: Cortez, 2006

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