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Na data 15/04/20 tivemos as discussões realizadas aos textos: A devolutiva com a criança (Becker, E., Donatelli, M., Santiago, M. E Metáfora e devolução: o livro de história no processo de psicodiagnóstico interventivo. In: ANCONA-LOPEZ, S. Psicodiagnóstico interventivo: evolução de uma prática). Discussão inicial sobre a produção de relatório e laudo psicológico, (Patuti, C. A. O. B., Saedelli, L. R., MELO, M. P. R. A.; Ciriano, R.C. A elaboração de relatos de atendimento em psicodiagnóstico interventivo: sua importância na formação do aluno-estagiário. In: ANCONA-LOPEZ, S. Psicodiagnóstico interventivo: evolução de uma prática). WILLIAN COELHO DOS SANTOS N1949F-0 Estágio: Psicodiagnóstico Infantil Referência do Texto: Ghiringhello, L. e Lange, S. Interlocuções Entre a Clínica Psicológica e a Escola no Psicodiagnóstico Interventivo In: Ancona-Lopez, S., Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de Uma Prática. São Paulo: Cortez Ed., 2013 Nº página Trecho Observação 102 A escola aparece nesse sentido como possibilidade de mudança e oferta de oportunidade: é lá que a criança faz conquistas, descobre amigos, adquire autonomia e se exercita para ser um futuro adulto e cidadão. Por outro lado, lá a criança é avaliada e, muitas vezes, julgada; poderá ser humilhada (Gonçalves Filho, 2007), ou sofrer preconceitos (Souza, 2007). Um microssistema a ser considerado pela equipe de estagiários em psicologia é a escola. Pois é praticamente o primeiro contato que a criança tem com o mundo externo após o contato direto na relação com os pais. 102 A realização de uma visita escolar no decorrer do processo do psicodiagnóstico é proposta também por Avoglia (2006), Maichin (2006) e Souza (2007). As autoras partem de referenciais teóricos diversos, mas concordam que a visita escolar tem contribuições importantes a oferecer ao processo do psicodiagnóstico, especialmente quando essa avaliação aborda a queixa escolar.. La onde a criança estuda pois com conceitos já estabelecidos em casa e na criação, normalmente aparecem em forma de queixa nesse âmbito principalmente por tratar de um ambiente relacional e que está longe dos olhos dos pais 104 Avoglia (2006) propõe fazer uma entrevista com a professora para saber como a criança se comporta na sala de aula e como é o seu relacionamento com ela e com os colegas. Sugere também que se procure compreender, na perspectiva da professora, como os pais acompanham a escolaridade do filho, se é como participam de festividades e reuniões pedagógicas. Nessa entrevista o psicólogo investigará também como a professora se conduz diante das dificuldades apresentadas pela criança. A importância de ter informações do histórico da criança são imprescindíveis para ajudarmos a traçar onde originou-se a “causa problema” e como a tem afetado. Mas devemos sempre nos lembrar que antes devemos levantar todos os pressupostos ouvir ambos os lados, sempre será um trabalho em conjunto, pais professores, coordenação da escola e a própria criança. As informações devem ser consideradas no ambiente escolar e no que isso interfere 104 Para Souza (2007), ao conhecer a escola e seus atores, o psicólogo deve buscar uma relação horizontal e a suspensão de crenças, juízos de valores e preconceitos, abrindo-se para a experiência direta com a escola concreta e com pessoas singulares. É importante que o psicólogo ouça a versão da escola a respeito da queixa, que levante questões, apresente informações pertinentes e, ao mesmo tempo, reconheça e valorize os esforços e recursos da escola quanto às dificuldades da criança. 105 O caderno escolar, como instrumento utilizado no cotidiano e como material da criança, oferece o registro de fragmentos do dia a dia escolar e permite apreender as relações que se estabelecem nesse contexto, no que tange às questões de ensino-aprendizagem (Santos e Souza, 2005). Os cadernos expressam as relações entre o professor e o aluno. As anotações e bilhetes redigidos pelo professor permitem observar a relação que se estabelece entre ele e a criança. O caderno torna-se um instrumento de intermédio entre professor – aluno, professor – pais, escola e casa. Levando em consideração como esse objeto e tratado no âmbito da casa também em uma possível visita domiciliar. Sabemos que o caderno partir de uma certa idade passa a não ter apenas o conteúdo proposto das aulas, mas também como forma subjetiva de comunicação que também deve ser considerada r eferente ao caso. 105 Santos e Souza (2005) apontam que muitas escolas, ao analisar a produção do material escrito pelos alunos, tendem a supervalorizar aspectos como capricho, limpeza, organização, linearidade e demais elementos que envolvem o preparo para alfabetização. Não levam em consideração, no entanto, fatores que são indicadores do desenvolvimento cognitivo, como linguagem verbal, habilidades gráficas, entre outros. A queixa como um todo ao ser esmiuçada pode nos levar a descobrir não problemas no aprendizado, mas fatores que interferem no aspecto cognitivo da criança. Reconhecer o verbal, as grafias, o entendimento e desenvolvimento como um todo como partes isoladas nos ajudam a mapear qual o real motivo está afetando a criança na escola
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