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ictéricia obstrutiva

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1) Entender a fisiopatologia da formação das 
bilirrubinas e sua degradação no trato 
digestivo, assim como sua toxicidade. 
A principal fonte de bilirrubina é a 
hemoglobina proveniente da quebra de 
eritrócitos maduros, a qual contribui com 
cerca de 80 a 85% da produção total. Em 
adultos, são quebrados diariamente cerca de 
35 g de hemoglobina, resultando na 
produção de 300 mg de bilirrubina. 
 etapas da formação da bilirrubina no 
organismo: 
• Captação: a bilirrubina formada a 
partir da degradação do grupo heme 
das hemácias é captada pelos 
hepatócitos. Essa bilirrubina é ligada à 
albumina para ser transportada pelo 
sangue, já que é insolúvel, sendo 
denominada BILIRRUBINA INDIRETA 
(não conjugada). 
• Conjugação: dentro do hepatócito a 
bilirrubina é convertida em um 
composto solúvel pela enzima 
glucoroniltransferase, sendo 
denominada BILIRRUBINA DIRETA 
(conjugada). 
• Excreção: a bilirrubina é excretada no 
lúmen intestinal e é metabolizada por 
bactérias formando o urobilinogênio. 
Uma parte desse composto é 
reabsorvida e excretada na urina e o 
restante é excretado nas fezes dando 
a coloração característica. 
• 
 
 
2) Entender a etiologia ( causas) do 
aumento da bilirrubina indireta e 
bilirrubina direta. 
O aumento de produção da bilirrubina 
indireta ocorre por três motivos, que são 
hemólise, extravasamento de sangue nos 
tecidos e desitopoiese,(Aumento da 
produção,Diminuição da capacidade de 
captação da bilirrubina,Diminuição da 
capacidade de conjugação da bilirrubina) já o 
aumento de bilirrubina direta está associada a 
doença hepática e obstrução das vias biliares. 
A icterícia pode ter várias e diferentes 
causas. Uma delas é a obstrução dos canais 
biliares, que pode ocorrer desde sua porção 
interna do fígado até a porção dos canais 
biliares mais distantes do fígado, junto ao 
duodeno (primeira parte do intestino). 
a bile não pode chegar ao duodeno, 
causando distensão por elevação da pressão 
no interior da vesícula biliar. Nesse caso 
temos a chamada icterícia obstrutiva, que 
será acompanhada por cólica biliar. 
Diversas podem ser as causas de icterícia 
obstrutiva. As mais comuns são a presença 
de cálculos nas vias biliares, tumores de via 
biliar (intra e extrahepáticos), tumores de 
vesícula biliar, tumores de pâncreas e de 
papila de Vater, doenças próprias das vias 
biliares como a colangite esclerosante 
primária e lesões dos canais biliares 
ocasionadas por trauma durante cirurgias 
nesta região. Outras causas podem ser a 
pancreatite crônica que pode obstruir a 
porção do canal biliar junto ao pâncreas, 
presença de parasitas (vermes) na via biliar 
ou cistos de vias biliares. 
 Em recém-nascidos existe uma doença 
chamada atresia biliar que se caracteriza por 
obstrução ou ausência da vias biliares 
extrahepáticas (fora do fígado). Esta doença 
se manifesta nas primeiras semanas de vida 
por icterícia, fezes claras, urina escura e 
aumento do tamanho do fígado. 
- Classificação das icterícias obstrutivas Tipo 
I: Obstrução completa da via biliar principal 
constituindo icterícia severa. Tipo II: 
Obstrução intermitente com alterações 
enzimáticas evidentes, com ou sem icterícia 
clínica. Tipo III: Obstrução crônica 
incompleta, com ou sem alterações 
enzimáticas ou icterícia clínica, apresentando 
eventual alteração da histoarquitetura 
canalicular ou do parênquima hepático. Tipo 
IV: Obstrução segmentar intra-hepática de 
um ou mais segmentos anatômicos, podendo 
assumir a forma progressiva, intermitente ou 
incompleta. 
3) Entender a abordagem para 
diagnóstico: história clínica, exame 
físico, exames laboratoriais e de 
imagem. 
linicamente caracteriza-se pela tríade 
icterícia, colúria e acolia fecal. 
Os sinais característicos da icterícia 
obstrutiva são a coloração amarelada na pele 
e escleróticas, escurecimento da urina, 
podendo ficar desde amarelo escuro até cor 
de chá da Índia. As fezes podem ficar mais 
claras, podendo até adquirir coloração 
esbranquiçada. Os sintomas mais frequentes 
nos quadros de icterícia obstrutiva são a 
coceira e dor geralmente na porção mais 
superior do abdome, ou logo abaixo das 
costelas, geralmente no lado direito. A febre 
costuma ocorrer nos casos em que a 
obstrução biliar tenha levado à infecção. 
Os exames laboratoriais costumam se alterar 
nas obstruções biliares. Geralmente ocorre 
aumento em graus variados das provas 
hepáticas, tais como: bilirrubinas, GGT, 
fosfatase alcalina, TGO e TGP. 
Para se chegar ao diagnóstico e definir a 
causa da icterícia, podem ser utilizados os 
seguintes exames de imagem: 
ultrassonografia (ecografia) abdominal, 
tomografia computadorizada do 
abdome(grande valor na avaliação das 
obstruções metastáticas da via biliar), 
ressonância magnética com 
colangioressonância, 
colangiopancreatografia retrógrada 
endoscópica (CPRE), colangiografia 
transparieto-hepática (CTPH). Esses exames 
geralmente demonstram a causa e o local da 
obstrução dos canais biliares. 
 
 
Na primeira fase do exame, a inspeção, 
deve-se examinar o paciente à procura de 
icterícia. a vesícula biliar é palpável somente 
em condições patológicas, em que ocorre 
alteração na consistência de suas paredes 
ou aumento de tensão em seu interior por 
dificuldade de escoamento da bile devido à 
obstrução do ducto cístico ou colédoco. Uma 
vesícula biliar palpável em paciente ictérico 
(sinal de Courvoisier) indica a presença de 
neoplasia maligna, que, na maioria dos 
casos, se localiza na cabeça do pâncreas. 
Na colelitíase e na colecistite crônica, mesmo 
que a vesícula não seja palpável, é frequente 
a presença de dor quando é realizada 
compressão sob o rebordo costal direito, no 
ponto cístico, durante a inspiração profunda 
(sinal de Murphy). 
 
Os exames laboratoriais costumam se alterar 
nas obstruções biliares. Geralmente ocorre 
aumento em graus variados das provas 
hepáticas, tais como: bilirrubinas, GGT, 
fosfatase alcalina, TGO e TGP. Também 
podem estar elevados alguns marcadores 
tumorais no caso de tumores das vias biliares 
e de pâncreas, o que também auxilia no 
diagnóstico

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