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Suporte avançado de vida em pediatria

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1 
 
Suporte avançado de vida em 
pediatria 
As diferenças entre o suporte avançado e o suporte 
básico são: via aérea avançada (intubação), no 
suporte avançado vai ter um acesso vascular (IO, 
venoso) e vamos usar medicamentos. 
Em relação à via aérea avançada: IOT. Como escolher 
a cânula: 
Sem cuff: 
𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
4
+ 4 
Com cuff: 
𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
4
+ 3,5 
Atualmente se prefere utilizar a cânula com cuff. 
Após a IOT: não existe mais coordenação entre 
compressão e ventilação! Agora que eu intubei a 
pessoa que está na ventilação vai ficar fazendo uma a 
cada 2 a 3 segundos, ou seja, 20 a 30 por minuto. A 
pessoa que está nas compressões vai fazer 100 a 120 
por minuto durante 2 minutos, que é o momento da 
checagem do ritmo. 
Em relação ao acesso vascular: pode ter o acesso 
venoso periférico que é o que a gente acaba 
utilizando mais na prática, mas uma opção muito 
importante aqui na pediatria é o acesso intraósseo. Se 
estiver diante de uma criança em parada 
cardiorrespiratória com menos de 1 ano não está 
errado o acesso intraósseo ser a minha primeira 
opção. 
⤷ Imagine uma criança menor de 1 ano: já é 
difícil pegar acesso nessa criança, se essa 
criança está parada é praticamente 
impossível pegar um acesso. Tentou pegar 
o acesso venoso não conseguiu = acesso 
intraósseo. O acesso intraósseo pode ser 
feito em qualquer osso longo, mas em 
geral se faz na região proximal da tíbia 
lugar mais comum. 
 
Para que que a gente faz o acesso vascular? Utilizar as 
medicações. 
São 3 medicamentos básicos que a gente usa na 
parada cardiorrespiratória: adrenalina a gente vai 
utilizar para qualquer ritmo de parada, a dose da 
adrenalina 0,01 mg/kg. 
Preparação: Faz 0,1 ml/kg da solução 1:10.000. A 
ampola de adrenalina vem 1mg/ml, ou seja, significa 
1:1000. Quando a gente vai utilizar adrenalina na 
parada a gente dilui 10 vezes essa adrenalina, aspiro 1 
ml de adrenalina uma solução 1:1000 e diluo em 9 ml 
de água destilada. Então isso vira uma solução 
1:10.000 e aí dessa solução eu vou aplicar na criança 
0,1 ml/kg. 
Exemplo: criança de 20kg. Irei preparar a adrenalina 1 
ampola de 1ml + 9ml de água destilada = 10ml. Desses 
10ml irei aplicar 0,1ml/kg = 20x0,1= 2ml. 
A segunda medicação que a gente utiliza e ela não é 
para todo mundo, é a amiodarona. Só iremos utilizar 
amiodarona (é um antiarrítmico) para a criança que 
estiver em ritmo chocável. A dose é 5mg/kg e a gente 
pode repetir essa medicação até 2 vezes, ou seja, eu 
uso 5 miligramas depois eu posso utilizar 10 mg/kg, 
depois eu posso utilizar até 15 mg/kg, não funcionou, 
a criança não voltou = acabou amiodarona, não faço 
mais e fico fazendo só adrenalina. 
Um outro antiarrítmico que existe é a lidocaína. A 
lidocaína a gente faz 1mg/kg em bolus 1x só e depois 
faz uma infusão contínua de 20 a 50 mcg/kg/min. Na 
prática acaba não utilizando tanto a lidocaína, mas 
essas 2 são opções aceitáveis. 
 
 
 
2 
 
 
 
Ritmo chocável: FV ou TV -> CHOQUE! 2 J por kg é a 
dose recomendada no primeiro choque. Após o 2° 
ciclo de RCP checa o ritmo novamente e continua 
ritmo chocável -> 2° CHOQUE agora com 4J por kg. 
Não somos obrigados a intubar paciente que está 
parado, na prática a gente acaba intubando logo de 
cara, mas a recomendação é que a partir do segundo 
choque eu vou considerar a intubação. 
A dose do 3° choque: variação na literatura, existe 
recomendação 2, 4, 6, 8 e 10J por kg na sequência e 
existe quem recomenda que a gente vá dobrando 2J 
no primeiro, 4J no segundo e 8J no terceiro e 10J/kg é 
a dose máxima do choque que a gente vai aplicar. 
Junto com o terceiro choque vou fazer antiarrítmico: 
amiodarona ou lidocaína. Aí eu vou ficar fazendo isso 
a cada 2 minutos, eu vou checando o ritmo, vou 
intercalando adrenalina com o antiarrítmico (lembra 
amiodarona se eu for utilizar repito até 2 vezes, ou 
seja, até 3 doses), mas a verdade é que para os ritmos 
chocáveis em geral a gente não precisa ficar tanto 
tempo assim, porque o tratamento dos ritmos 
chocáveis é a desfibrilação. Geralmente o paciente 
está em TV ou FV faz a desfibrilação e ele retorna. 
Então, a gente não precisa ficar se estendendo muito 
até porque quando a gente faz a reanimação e ela se 
estende muito, o mais comum é que ela degenere, 
vira uma parada um ritmo não chocável porque o 
coração deste paciente está sofrendo, mesmo com a 
gente fazendo as compressões e tudo mais o coração 
desse paciente está sofrendo, então o mais comum é 
que ela vire um ritmo não chocável, geralmente uma 
assistolia. Significa que as fibras desse coração estão 
morrendo, eu preciso tentar retornar isso aqui logo. 
Diante de um ritmo não chocável o recomendado é 
que a gente faça adrenalina em até 5 minutos, então 
eu tenho que tentar pegar o acesso vascular logo. 
Fazer adrenalina precoce melhora o prognóstico 
dessas crianças. 
Tratar a causa reversível 
Causas reversíveis de PCR 
6 H’s 
1. Hipóxia 
2. Hipovolemia 
3. Hipoglicemia 
4. Hidrogênio (acidose metabólica) 
5. Hipo/Hipercalemia 
6. Hipotermia 
5 T’s 
1. Tensão no tórax (pneumotórax) 
2. Tamponamento cardíaco 
3. Toxinas 
4. Trombose coronariana 
5. Trombose pulmonar

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