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Morfofuncional | UC XVII | SP3 Hemostasia e TEP Hemostasia Processo fisiológico responsável pela manutenção do sangue em estado líquido no interior dos vasos sanguíneos e que também permite a formação rápida de um tampão hemostático no local de uma lesão vascular Componentes da hemostasia: - endotélio - plaquetas - cascata de coagulação Temos propriedades pró-trombóticas e anti-trombóticas → Na lesão de endotélio, eu exponho o colágeno que tem carga negativa, que atrai o FVW ; FVW se ancora no colágeno e na plaqueta tenho o GP1b que interage com FVW e isso faz ela se depositar no local de lesão; essa deposição de plaqueta no local de lesão do endotélio → hemostasia primária → Após isso, tenho ativação das plaquetas; quando ela se ancora, ela se achata devido a contração do citoesqueleto da plaqueta → aumenta superfície de contato com FVW e com plaquetas adicionais; → Além de mudar de conformação, ela libera grânulos alfa e densos, que medeiam uma agregação adicional de plaquetas, ativa novas plaquetas e posso mediar a permanência da vasoconstrição no local da lesão → A degranulação faz com que eu tenha a expressão de fosfolipídios de carga negativa na superfície da plaqueta. Por que isso é necessário? Para ativar a cascata → consequentemente ativa trombina e aí converte fibrinogênio em fibrina, tenho polimerização de fibrina e então forma uma estrutura filamentosa → hemostasia secundária → Se eu não tiver fator anti trombóticos, com o passar do tempo posso obstruir os vasos; logo na hemostasia ao mesmo tempo que eu agrego plaqueta, eu vou destruindo e controlando o trombo para nunca acontecer uma obstrução; Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 1 Morfofuncional | UC XVII | SP3 ● Propriedades antitrombóticas Efeitos antiplaquetários - esconde a MEC (esconder o colágeno) - prostaciclina (PGI2)- vasodilatador - óxido nítrico (NO)- vasodilatador - adenosina difosfatase - enzima que degrada ADP; OBS: ADP medeia a agregação plaquetária → Por que preciso manter um bom calibre e favorecer a vasodilatação? Quanto maior vasoconstrição maior pressão e cisalhamento e turbilhonamento mais expressivo → favorece a lesão do endotélio; a vasodilatação é para o endotélio se auto proteger, para não ter uma pressão tão alta. Efeito anticoagulantes - moléculas semelhantes à heparina: cofator à antitrombina 3- se ela se liga, ela ativa a anti trombina 3, com isso inativo a trombina; complexo trombina + heparina →degrada e inativa o fator 10 ativado e o fator 9 → com isso diminuímos a quantidade de trombina que é ativada; - trombomodulina- receptor com atividade enzimática, que está expresso em endotélio normal; ele pega trombina na circulação e converte em um fator anticoagulante → mudando conformação da trombina e ela então passa a ter afinidade por proteína C → ela ativa a proteína C (é um fator anticoagulante, que faz proteólise de fator 5 e fator 8); trombomodulina → modula trombina, fazendo ela mudar de pró para anticoagulante; proteína C precisa da proteína S para atuar, ela não age sozinha - inibidor da via do fator tecidual- “desconjuga” o fator tecidual ligado ao fator 7 ativado; lembrando: FT + F7 ativam o fator 10 que ativa a via comum → consequentemente diminui trombina Efeitos fibrinolíticos - ativador de plasminogênio tecidual (t-PA): lembrando- plasminogênio vira plasmina e degrada fibrina, é a “tesoura” que corta a fibrina; ele nunca se ativa de maneira espontânea; quem ativa ele é o t-PA Essas substâncias estão sendo liberadas pelo meu endotélio que está íntegro, e isso permite que eu não tenha trombos, é o que mantém meu sangue fluído SE EU LESIONAR O VASO: ● Propriedades pró-trombóticas Efeitos plaquetários - exposição da MEC Efeitos pró-coagulantes - FT Efeitos anti-fibrinolíticos - inibidores do ativador de plasminogênio tecidual (t-PA): libero alguém que não deixa eu ativar plasmina, que não vai deixar a reação ocorrer Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 2 Morfofuncional | UC XVII | SP3 lesionei → expus colágeno → ancorou → adesão plaquetária → plaqueta ativada → forma a superfície que leva a ativação da cascata de coagulação → libera FT; endotélio lesionado impede que eu transforme plasminogênio em plasmina Como a plaqueta vai participar da hemostasia? 1. formam um tampão hemostático primário, pela sua agregação 2. recrutam e concentram fatores de coagulação ativados Plaquetas possuem MP, que possuem receptores, e logo abaixo um sistema de microtúbulos para que elas mudem sua forma; tenho mitocôndria, canalículos e grânulos Plaquetas possuem: - grânulo alfa expressam P-selectina nas membranas; lembrando: p-selectina favorece a parada de célula imunológica imunológica no local da lesão; selectina é um receptor para carboidratos; nas superfície dos leucócitos têm a glicoproteína de lewis Contêm: - fibrinogênio - fibronectina - fatores 5 e 8- fator 5 é cofator de fator 10; fator 8 faz parte da via intrínseca - fator plaquetário 4 - fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) - fator de crescimento transformador B- (TGF-beta) - grânulo denso Contêm - ADP e ATP; - cálcio ionizado (sem cálcio não tem cascata de coagulação) - histamina - serotonina - epinefrina → As 3 últimas fazem vasoconstrição (para favorecer a ancoragem de plaquetas e ativação da cascata) e aumento de permeabilidade (diminui a velocidade do fluxo no local) Após lesão endotelial ocorre: - adesão e mudança na forma plaquetária - secreção de grânulos; ela libera grânulos quando é ativada - agregação Cascata de coagulação - finalidade: formação de trombina - complexo: enzima + substrato + cofator - cálcio é necessário para manter tudo - fatores II, VII, IX e X + cálcio: da adição de um grupo carboxila a resíduos de ácido glutâmico nessas proteínas - vitamina K é necessária para ativação de fator 2, 7, 9 e 10 Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 3 Morfofuncional | UC XVII | SP3 → Temos via intrínseca e extrínseca, acontecendo de maneira comum ao mesmo tempo; quando tenho a lesão do endotélio libero FT → que se ancora no fator 7; → Esse complexo ativa o fator 10 → se liga ao fator 5 → tenho complexo enzimático que ativa do fator 2 (protrombina em trombina); → Trombina em ligação mediada também por cálcio transforma fibrinogênio em fibrina A via intrínseca não precisa de lesão endotelial, precisa apenas de mudança de carga → fator 12 ativado também pode interagir com fator 11; → fator 11 ativado e ativa o 9, que precisa do 8, que é ativado pela trombina → complexo enzimático ativa a via comum pelo fator 10 alguns fatores não conseguem interagir com cálcio diretamente → fator 2,7,9,10 não fazem ligação com cálcio se eu não tiver a adição de um grupo carboxila antes; quem faz essa adição é a vitamina K; por isso posso ter hemorragia em um paciente que tem insuficiência hepática (por redução de disponibilidade de vitamina K) →Lembrar que quem ativa a via extrínseca é a própria lesão do endotélio que libera FT que se ancora ao fator VII; → Na intrínseca, o que medeia não é a lesão, MAS é a lesão que acaba mudando a carga → Consequência de ativação de via comum: fibrinogênio em fibrina e protrombina em trombina →Quando formo fibrina, ela ainda não está conjugada, essa ação é mediada pelo fator 13 Fibrinólise → Ao mesmo tempo que deposito fibrina, eu estou tendo fibrinólise para que não haja obstrução do vaso; → A fibrinólise é mediada pelo ativador de plasminogênio tecidual; já tenho plasminogênio circulando de maneira fisiológica, quando ela encontra o ativador, ela é convertida em plasmina → Consequência de degradar fibrina → formação do subproduto da degradação da fibrina, que é o D-dímero; → D-dímero é um pedacinho de fibrina que foi degradado pela plasmina → Quanto maior D-dímero, maior o tampão, e maior risco de estar em um estado hipercoagulado; → Plasmina deve agir só no trombo e de maneira controlada, para que não remova o trombo antes da hora → Quem inibe atividade de plasmina livre- alfa 2 antiplasmina- isso faz a atividade dela ser apenas no local de formação do trombo → Semprea hemostasia preciso dos fatores anticoagulantes; o principal agente que libera anticoagulantes é o endotélio íntegro Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 4 Morfofuncional | UC XVII | SP3 Formação do trombo → Quando tenho formação do trombo → tríade de Virchow - Lesão de endotélio favorece eventos pró-trombóticos - Associado a isso, os principais antiplaquetários liberados em um fluxo sanguíneo normal; em um anormal eu favoreço lesão endotelial - Associado a isso, podemos ter distúrbios genéticos que levam a estados de hipercoagulabilidade - O que muda de tampão para trombo? No trombo não necessariamente eu preciso ter uma lesão, a maioria dos pacientes não tem; tenho ativação de fatores levam a formação do tampão plaquetário de forma independente; não tenho controle da evolução do tampão, então posso ter obstrução local ou uma instabilidade do tampão e trombo que leva a fragmentação dele, que leva a uma embolia → Mutação de fator 5 e protrombina são os principais fatores envolvidos; → Obstrução de mais de 80% do lúmen leva a isquemia local Se tenho caso de trombose na família, tenho que ficar atento; → tenho evento trombótico acontecendo na adolescência; se eu não reduzir a hipercoagulabilidade pode favorecer a formação de trombo novamente na vida adulta e posso ter vida adulta Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 5 Morfofuncional | UC XVII | SP3 TROMBOEMBOLISMO PULMONAR Geralmente o paciente tem uma TVP primeiro; trombo quando se desprende vira um êmbolo, que ascende, pela cava inferior → AD → VD → Artéria pulmonar e circulação pulmonar - Se for um trombo muito grande pode impactar da maneira como está exemplificado na imagem - trombo à cavaleira - Se ocorrer mais proximal, a repercussão hemodinâmica é muito maior; se for em ramos terminal não tem tanta repercussão hemodinâmica; - É de ocorrência súbita - Condição associada com a hipercoagulabilidade- alteração na tríade de Virchow - Origem embólica Fatores de risco - imobilização (faz estase) - patologias cardíacas - câncer (CA libera fatores pró-coagulantes) - fraturas de quadril (tempo de recuperação também é fator de risco) - hipercoagulabilidade - primária: fator V de Leiden, deficiência de algum fator anticoagulante endógeno - secundária: obesidade, ACO Fisiopatologia - extensão e obstrução do fluxo: obstrução mais proximal (TEP MACIÇO), mais próximo do coração → diminui muito mais o fluxo pulmonar, tenho mais repercussão hemodinâmica; se faço obstrução mais distal (TEP SUBMACIÇO), vaso terminal, a repercussão hemodinâmica é menor, porém tenho mais sintomas respiratórios; alguns pacientes tem vários TEPs terminais e praticamente não apresentam sintoma - número de êmbolos Consequências fisiológicas - comprometimento respiratório - comprometimento hemodinâmico: relacionado com o local de impactação do trombo - maior resistência fluxo pulmonar - morte súbita - se faz um trombo mais proximal, o coração precisa de muita mais força para bombear - bloqueio fluxo sanguíneo - IC aguda direita- cor pulmonale (IC aguda direita por uma doença pulmonar) Morfologia - grandes êmbolos nas artérias pulmonares - êmbolos menores → vasos periféricos A primeira imagem mostra um infarto pulmonar mais distal, de uma área que ficou sem suprimento sanguíneo. Curso clínico - dor torácico (pleurítica) - hemoptise - sibilância - taquipneia - dispneia Gabriela de Oliveira | T3 | 6º período 6
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