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Intervenções Analítico Comportamental - Resumo (3)

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In�e�v��ções A���íti��-Com���t��e�t��
Contingência= descrição de relações condicionais entre eventos, isto é, relações
do tipo: se…, então…
Análise funcional ou análise de contingências = identificar relações funcionais
entre os comportamentos dos indivíduos e seus determinantes ambientais.
Comportamento = relação entre organismo e ambiente.
Comportamento operante = comportamento que produz consequências que se
constituem em alterações no ambiente e cuja probabilidade de ocorrência futura é
afetada por tais consequências.
Estímulo aversivo: Serão definidos como aqueles que reduzem a frequência do
comportamento que os produzem (estímulos reforçadores negativos). Um estímulo
só pode ser classificado como aversivo se a sua apresentação for seguida por uma
resposta de evitação, esquiva ou fuga.
Respostas de contracontrole: respostas mantidas por evitarem que outro
comportamento do organismo seja controlado aversivamente (ex.: motorista frear o
carro próximo a um radar de velocidade).
Modelagem: procedimento de reforçamento diferencial de aproximações
sucessivas ao comportamento-alvo.
Modelação: aprendizagem por observação de modelos.
Operações motivadoras/estabelecedoras: eventos ambientais que alteram a
efetividade reforçadora de um estímulo, assim como evocam todo comportamento
que, no passado, foi seguido por tal estímulo.
Reforço: Aumenta a frequência do comportamento
Punição: Diminui a frequência do comportamento
Fuga: Consegue fugir (Dormir para não ter que decidir)
Esquiva: Pode tentar evitar, mas não vai conseguir (reduzir a velocidade p passar
no radar, mas não tem como não passar por lá)
Extinção: Consiste na interrupção de qualquer reforçamento (seja positivo ou
negativo) que vinha mantendo um dado comportamento. Quando o reforçamento é
retirado, a frequência do comportamento diminui.
Generalização:
Comportamento
→ (1) Filogenético: seleção natural/sobrevivência
→ (2) Ontogenético: repertório adquirido
→ (3) Cultural: ambiente social evoluído
Ex: Autismo
1- variações biológicas que causam sensibilidade
2- pais superprotetores que dificultam o aprendizado
3- sociedade que trata o indivíduo de forma diferenciada, marginalizando e excluindo.
Psicopatologia
● Modificações no modo de vida, comportamento e personalidade de um
indivíduo
→ causa: genético + ambiente
Na análise do comportamento, a compreensão da origem e manutenção do
comportamento é individualizada. Não é possível fazer generalizações.
Análise funcional do comportamento
Tríplice contingência: Estímulo => Resposta => Consequência
A mudança de interação com o ambiente acontece sempre em dois níveis:
- Selecionar comportamentos-alvo (comportamentos novos) a serem instalados;
- Mudar os estímulos discriminativos e consequências de comportamentos que
já estão no repertório do indivíduo (mas que não estão na frequência desejada).
Modelos Experimentais
→ Modelo animal criado em laboratório para se assemelhar a uma patologia humana e
assim permitir sua melhor compreensão, além de testes de intervenção.
Para a medicina, o foco da etiologia de uma doença é o fator biológico associado a ela
(ideia de causalidade interna).
X
Já para a análise do comportamento, o foco é a relação entre indivíduo e ambiente
(ideia de causalidade externa).
Desamparo Aprendido
→ modelo experimental mais utilizado atualmente para a depressão.
Resumo: Dois cães foram submetidos aos choques elétricos enquanto um terceiro
animal permaneceu na caixa experimental sem a apresentação dos choques. O
controle dos choques era permitido a um animal somente que poderia suspender os
choques com uma resposta de pressionar o painel com o focinho. As respostas do
segundo animal não tiveram nenhuma consequência programada. (Quando o
primeiro cão pressionava o painel, além de suspender o seu choque também
suspendia o choque que estivesse sendo apresentado ao segundo cão.)
Os resultados mostraram que os animais previamente tratados com choques
controláveis conseguiram emitir a resposta de fuga com latências sucessivamente
menores ao longo da sessão de teste, assim como os animais sem exposição prévia
ao choque. Os animais previamente submetidos aos choques incontroláveis não
emitiram a resposta de fuga ou, quando o fizeram, não tiveram suas respostas
selecionadas pelo término do choque.
DESAMPARO APRENDIDO E DEPRESSÃO CLÍNICA
Etiologia: experiências traumáticas (assim como os cachorros que não conseguiam
controlar os choques)
Sintomatologia: dificuldade em se iniciar respostas operantes
Nível bioquímico: depleção nos níveis de serotonina e dopamina no sistema nervoso
central
Tratamentos efetivos: medicamentos antidepressivos e a tratamentos
comportamentais focados na imunização e reversão do desamparo através da
exposição ao reforçamento positivo ou negativo
→ Modelo de Fester (entender a influência do ambiente social e físico.)
● Aumento de certas classes de respostas e uma diminuição de outras.
● Reforçamento positivo poderia exercer um efeito "antidepressivo" por estar
muitas vezes associado às sensações reflexas descritas pela comunidade
como prazerosas
● Entender como as contingências de controle aversivo impedem que
comportamentos positivamente reforçados sejam emitidos.
Controle aversivo = controle do comportamento por meio de punição
(acrescentar um estímulo desagradável).
Emoções
→ alteração na predisposição para ação
Um estímulo, antecedente ou consequente, também elicia respostas respondentes
(relacionadas ao sistema nervoso simpático e parassimpático). Assim,
compreender as emoções envolve uma análise dos respondentes (sensações
físicas) e operantes.
Modelo experimental de Psicopatologias
Ansiedade
supressão condicionada → modelo mais usado
Na ansiedade se observa um aumento de respondentes frente a um estímulo
pré-aversivo condicionado (ou seja, sensações físicas desagradáveis frente ao
estímulo discriminativo que sinaliza a provável chegada do estímulo aversivo).
Também observa-se a diminuição de operantes, ou seja, das atividades normais que
a pessoa estava fazendo, mesmo que essas atividades continuem produzindo os
mesmos reforçadores durante a apresentação do estímulo pré-aversivo.
● Na fuga, a resposta ocorre sob controle para eliminar o estímulo
aversivo (a situação ansiógena).
● Na esquiva, sob controle de adiá-lo ou evitá-lo.
Abuso de drogas
→ A dependência de drogas é determinada pela aprendizagem que surge das
relações entre o indivíduo e seu ambiente, ou seja, é passível de análise funcional.
A droga pode ter função de: estímulo reforçador e estímulo discriminativo para
diferentes probabilidades de obtenção de outro reforçador.
● Função reforçadora: envolver reforço positivo (sensações “boas”
causadas pela droga) ou negativo (retirada dos sintomas de
abstinência). Os efeitos induzidos pela droga reforçam o
comportamento de consumi-las, e também os elos comportamentais
que levam a uma maior probabilidade de consumo. MODELO
comportamental
● Função discriminativa: sinalizar que sob o efeito da droga vai
conseguir fazer algo que não conseguiria sem a droga
Tolerância: quando uma dose de droga é administrada repetidamente e seu efeito
diminui com cada administração, ou quando a dose necessária para produzir o
mesmo efeito deve ser aumentada em administrações subsequentes.
● “Tolerância condicionada”: quando o condicionamento, operante ou
respondente, modula o desenvolvimento e expressão da tolerância (ex.: local
de administração).
● “Tolerância cruzada”: tolerância a uma droga se generaliza para outras,
especialmente aquelas da mesma classe.
A tolerância tende a desaparecer na medida que a droga não é mais administrada.
Sensibilização: aumento progressivo na magnitude da resposta em função da
administração repetida de uma mesma dose de droga, ou a dose de droga, para
produzir o mesmo efeito, deve ser diminuída nas administrações subsequentes.
● “Sensibilização condicionada”: quando o condicionamento, operante
ou respondente, modula o desenvolvimento e expressão da
sensibilidade.
● “Sensibilidade cruzada": Asensibilidade a uma droga se generaliza
para outras, especialmente aquelas da mesma classe.
A sensibilidade tende a permanecer mesmo com a suspensão da droga e inclusive
pode persistir indefinidamente.
** respostas compensatórias à droga são condicionadas ao ambiente.>>> Re
exposição ao ambiente em que a droga era consumida, levaria o sujeito a
auto-administrar a droga para aliviar os sintomas
A primeira administração de uma droga após períodos sem consumo é reforçada
poderosamente, já que a droga age tanto como reforçador positivo como negativo.
Intervenção
● Abstinência para diminuir as respostas compensatórias ao efeito da droga.
● Mudança de ambiente para evitar os estímulos discriminativos condicionados
relacionados à droga (que podem eliciar as respostas compensatórias ao
efeito da droga).
● Estabelecer um ambiente rico em fontes de reforçadores que não estejam
relacionados, ou até mesmo sejam incompatíveis, com o abuso de drogas.
● → Ou seja, não adianta só diminuir a frequência do consumo, é preciso alterar
o ambiente.
Análise Funcional (norteia a tomada de decisão clínica)
→ a identificação das relações de dependência entre as respostas de um
organismo, o contexto em que ocorrem (condições antecedentes), seus efeitos no
mundo (eventos consequentes) e as operações motivadoras em vigor.
● Também conhecida como: avaliação funcional, avaliação comportamental e
análise de contingências
● Comportamentos foram selecionados na história de vida do cliente.
Quatro objetivos:
1. Identificar o comportamento-alvo e as condições ambientais que o
mantém;
2. Determinar a intervenção apropriada;
3. Monitorar o progresso da intervenção;
4. Auxiliar na medida do grau de eficácia e efetividade da intervenção
Etapas:
1. Identificação das características do cliente em uma hierarquia de
importância clínica. (informações gerais da vida do cliente, tanto presentes
quanto passadas)
2. Organização dessas características em princípios comportamentais
(leis do comportamento, em que são identificadas as contingências operantes e
respondentes em vigor)
3. Planejamento da intervenção (modificar as relações comportamentais
identificadas na etapa anterior)
4. Implementação da intervenção (modificar as relações comportamentais
responsáveis pela queixa do cliente, que pode envolver os mais variados processos
→ reforçamento diferencial, modelação, instrução, etc)
5. Avaliação dos resultados → Se os resultados não forem satisfatórios,
a análise funcional deve ser reiniciada.
Análise Funcional AMPLIADA
→ Ampliação da Avaliação funcional tradicional, com:
● Histórico de desenvolvimento do comportamento-alvo
● História de vida do cliente não diretamente relacionada à queixa
● Análise molar do funcionamento do cliente (Funcionamento global)
Diagnóstico Comportamental
Formulação Comportamental: diagnóstico do problema do cliente
● vai além dos sintomas descritos no DSM-5 porque além de descrever
topograficamente as respostas do cliente (por ex., episódios de
compulsão alimentar), também fala sobre as variáveis das quais essas
respostas são função (antecedentes e consequências) na vida de cada
cliente.
Passos:
1. Dados gerais do cliente
2. Queixas e demandas
→ Queixas são os tópicos trazidos pelo próprio cliente como aspectos centrais a
serem trabalhados no processo terapêutico.
→ Demandas são os tópicos relevantes identificados pelo terapeuta, envolvendo
déficits comportamentais identificados com base nas observações e análises do
terapeuta.
3. Mandato terapêutico (objetivos terapêuticos traçados pelo próprio cliente para o
processo terapêutico, o que ele espera da terapia)
4. Repertório e contingências no início da terapia
5. Controle Instrucional (principais regras e/ou autorregras seguidas pelo cliente? Como ele
formulou ou aprendeu essas regras? Quem emite as regras que o cliente costuma seguir?)
6. História de vida (contingências de reforçamento)
7. Análise Molecular e Molar
8. Análise motivacional
9. Relação terapêutica (CRB1,2,3)
10.Objetivos Terapêuticos
11.Estratégias de intervenção
12.Encaminhamentos
Ondas da Terapia Comportamental
● A primeira onda se contrapõe aos excessos e a fraqueza científica das
tradições clínicas não-empíricas que existiam na época. Para isso, utilizou-se
de estudos empíricos de mudanças ligadas aos princípios comportamentais
com foco direto em alvos clínicos (comportamentos-alvo).
● Insatisfação de muitos psicólogos com a psicoterapia tradicional vigente,
fortemente influenciada pela psicanálise e carente de estudos que
comprovem sua eficácia.
● Foco: Mudança do comportamento problemático e da emoção
Rot���o �� �s�u��
1. Como a análise do comportamento compreende as emoções?
R: As emoções envolvem uma análise dos respondentes (sensações físicas) e
operantes.
2. Como a análise do comportamento explica a causalidade do
comportamento?
R:
→ Filogenético: seleção natural/sobrevivência
→ Ontogenético: repertório adquirido
→ Cultural: ambiente social evoluído
3. Quais são as principais técnicas desenvolvidas na primeira onda das terapias
comportamentais e como elas são aplicadas?
R:
4. Quais são os componentes de uma análise funcional e como eles se
relacionam? Como é feita a análise funcional dos sintomas de um caso
clínico?
R: Estímulo => Resposta => Consequência
Identificar relações funcionais entre os comportamentos dos indivíduos e seus
determinantes ambientais.
5. Como ocorre o desamparo aprendido?
R: Estímulos repetidos e que geram sofrimento (traumas), tornando difícil evitá-los.
Com estas experiências frequentes, o próprio corpo, na maior parte das vezes, não
consegue suportar ou superar e pode ocasionar muitos problemas.
6. Como a análise do comportamento caracteriza a ansiedade?
R: ênfase em relações operantes não verbais que definem o fenômeno. Assim como
a ênfase recai em relações verbais e em possíveis relações indiretas entre
estímulos.
7. Qual é a análise funcional do ciclo de uso e abuso de substâncias?
R: Aprendizagem que surge das relações entre o indivíduo e seu ambiente, ou seja, é
passível de análise funcional.
A droga pode ter função de: estímulo reforçador e estímulo discriminativo para
diferentes probabilidades de obtenção de outro reforçador.
Intervenção
● Abstinência para diminuir as respostas compensatórias ao efeito da droga.
● Mudança de ambiente para evitar os estímulos discriminativos condicionados
relacionados à droga (que podem eliciar as respostas compensatórias ao
efeito da droga).
● Estabelecer um ambiente rico em fontes de reforçadores que não estejam
relacionados, ou até mesmo sejam incompatíveis, com o abuso de drogas.
● → Ou seja, não adianta só diminuir a frequência do consumo, é preciso alterar
o ambiente.

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