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Revisar envio do teste: PSA 2022/1PSA 6937-00 CONTEÚDO
Usuário carla.leal @aluno.unip.br
Curso PSA
Teste PSA 2022/1
Iniciado 14/05/22 13:47
Enviado 14/05/22 16:46
Data de vencimento 17/05/22 01:00
Status Completada
Resultado da tentativa 8 em 10 pontos  
Tempo decorrido 2 horas, 58 minutos
Autoteste O aluno responde e o resultado do aluno não é visível ao professor.
Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente
Pergunta 1
Resposta
Selecionada:
c.
Leia a charge a seguir.
 
 
Por meio da leitura da charge, infere-se que
pais e professores devem compartilhar a responsabilidade de educar.
Pergunta 2
Leia os quadrinhos.
UNIP EAD BIBLIOTECAS MURAL DO ALUNO TUTORIAISCONTEÚDOS ACADÊMICOS
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
http://company.blackboard.com/
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_28560_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_10_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_27_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_47_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_29_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/portal/execute/tabs/tabAction?tab_tab_group_id=_25_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/login/?action=logout
Resposta
Selecionada:
d.
 
 
O objetivo dos quadrinhos é
criticar o discurso negacionista, que descrê da ciência e se alimenta de
informações recebidas em redes sociais.
Pergunta 3
Leia o trecho do texto intitulado “Líder em lixo eletrônico na América Latina, Brasil tem só
seis recicladoras”, de Rodrigo Lara. 
Você conhece os materiais que podem ser considerados lixo eletrônico? Uma pesquisa realizada
com 2.075 pessoas chegou à conclusão de que 87% delas já ouviram falar sobre esse tipo de lixo,
mas não sabem exatamente do que se trata. O estudo foi realizado em parceria entre a Green
Eletron, gestora sem �ns lucrativos de logística reversa de eletroeletrônicos e pilhas, e a Radar
Pesquisas. Para se ter uma ideia, 33% dos entrevistados acreditam que a expressão lixo
eletrônico está ligada ao meio digital. Ou seja: aos spams que aparecem na caixa de email ou
arquivos sem utilidade, como aquela foto torta que você tirou na última viagem.... Já 2%
a�rmaram que o termo se refere ao local onde eletrônicos descartados são jogados, enquanto
7% não souberam responder. Os resultados não são nada animadores, uma vez que o Brasil
produz muito disso: em 2019, foram mais de 2 milhões de toneladas geradas no país nessa
categoria — o que dá pouco mais de 10 kg de lixo eletrônico gerado por habitante. O descarte
incorreto desses materiais pode causar câncer e diferentes doenças.... 
Esse volume todo faz com que o país ocupe a quinta colocação no mundo na produção de lixo
eletrônico, sendo líder na América Latina. Em termos mundiais, segundo The Global E-waste
Monitor 2020, são geradas 53 milhões de toneladas de lixo do tipo por ano. 
E o que é lixo eletrônico? O lixo eletrônico envolve aparelhos alimentados por eletricidade, sejam
os ligados diretamente na tomada ou que usam baterias e pilhas, assim como seus
componentes, como periféricos e peças de PC, cartões de memória etc. Fontes de energia, como
baterias e pilhas, que chegaram ao �m da vida útil, seja por quebra, defeito ou defasagem,
também encaixam no per�l. 
A reciclagem desse tipo de lixo, porém, ainda é um desa�o no Brasil. A estimativa é que, do lixo
eletrônico gerado no país em 2019, menos de 3% foi reciclado. "Além das possíveis
contaminações de solo e água com o descarte incorreto, também há um grande desperdício,
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: c. 
porque os materiais podem ser reutilizados em diferentes indústrias, evitando a extração de
matérias-primas virgens", explica Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron. Dos
entrevistados na pesquisa, 33% a�rmaram nunca ter ouvido falar desses locais de coleta e 25%
nunca levaram algum dejeto do tipo em um desses pontos. O resultado disso é o descarte
incorreto, já que metade dos entrevistados a�rmou já ter jogado itens do tipo no lixo comum e
65% disseram que descartam esses itens no lixo reciclável (o que não é o ideal). Por �m, há os
que sempre doam eletrônicos usados em condição de uso (20%), os que vendem (14%) e os que
deixam aparelhos e pilhas sem condições de uso guardados em casa (10%). 
A baixa taxa de reciclagem de lixo eletrônico no país é preocupante, mas há outro ponto
bastante problemático: a falta de estrutura para processar esses resíduos no país. "Há centenas
de empresas sem alvará para esse tipo de operação. Em nossos registros, há apenas seis
empresas que atendem todos os requisitos para esse processo no país e a maioria está
concentrada nas regiões Sul e Sudeste. Isso gera um desa�o logístico e o transporte envolve altos
custos e impactos ambientais", a�rma Brescansin.
Disponível em <https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/10/07/lider-em-lixo-eletr
onico-na-america-latina-brasil- tem-so-seis-recicladoras.html>. Acesso em 26 jan. 2022.
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I. A pesquisa realizada revelou que apenas 33% das pessoas sabem de�nir corretamente o
que é lixo eletrônico. 
II. O descarte incorreto dos materiais que compõem o lixo eletrônico contribui para o
aumento da contaminação e da poluição do meio ambiente. 
III. O Brasil é um grande produtor de lixo eletrônico na América Latina, porém, devido aos
elevados custos �nanceiros do processo e ao desconhecimento da população, observam-se
limitações no processo de reciclagem desse material. 
É correto o que se a�rma em
II e III, apenas.
Pergunta 4
Leia o texto a seguir. 
                                                                                      Para que serve o saber 
                                                                                        Mario Sergio Cortella 
Clarice Lispector, grande escritora nascida na Ucrânia e que viveu no nosso país, tem uma frase
magní�ca que, sintetizada, dizia: “o melhor de mim é aquilo que eu não sei”. Isso signi�ca que
aquilo que eu não conheço é a minha melhor parte. Porque aquilo que eu já sei é mera
repetição. Aquilo que eu não sei é o que me renova, o que me faz crescer. O conhecimento é algo
que reinventa, que recria, que renova. 
Essa noção é importante, pois estabelece a natureza da nossa relação com o conhecimento e
suas nuances. O gênio, por exemplo, não é aquele que julga já saber. Gênio é aquele que sabe
que não sabe tudo e continua na busca do saber. Gênio é aquele que se faz. O gênio não desiste
de conhecer. Cuidado com gente que acha que já sabe, que já conhece. Cuidado com gente que
acha que o conhecimento é algo a ser concluído. 
A�nal, para que serve o conhecimento? Qual é o poder do saber? Não podemos perder a
perspectiva que a �nalidade do poder é servir. Servir à vida, servir a uma comunidade, servir às
pessoas. Todo poder que, em vez de servir, serve a si mesmo, é um poder que não serve. O poder
da informação, o poder da ciência, o poder da arte é servir. 
O que fazemos com o poder do nosso saber? Nós repartimos, partilhamos, o usamos para
crescer? Ou eventualmente o utilizamos para dominar? Para tornar o outro ser humano menor?
Para diminuir a vida? 
Conhecimento tem a �nalidade de servir à vida. Mas à vida de quem? De todas e todos. À vida
coletiva.
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: e. 
Disponível em <http://www.mscortella.com.br/para-que-serve-o-saber-artigo-de-mario-sergi
o-cortella-7a>. Acesso em 03 fev. 2022.
   
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I. O texto a�rma que o conhecimento não tem utilidade nem �nalidade na vida coletiva. 
II. O processo de conhecimento estabelece uma relação de natureza cumulativa de saberes,
e, dessa forma, é �nito. 
III. O objetivo do texto é mostrar que mesmoos grandes escritores não sabem tudo e, por
isso, suas obras não trazem conhecimento. 
IV. De acordo com o texto, o conhecimento é importante para servir à vida de todos. 
É correto o que se a�rma apenas em
IV.
Pergunta 5
Resposta
Selecionada:
b.
Leia o texto a seguir.
“Vacina” é eleita a palavra do ano de 2021 pelos brasileiros, diz pesquisa 
Expressão foi escolhida por 22% dos entrevistados, seguida por ‘esperança’, com 17% das
preferências, ‘saúde’ e ‘recomeçar’. Pesquisa ouviu 1.200 brasileiros, entre os dias 6 e 9 de
dezembro. 
G1SP – 17/12/2021
“Vacina” foi eleita a palavra do ano de 2021 por brasileiros ouvidos por uma pesquisa da
consultoria Cause e do Instituto de Pesquisa Ideia. O levantamento foi realizado com amostra
representativa da população brasileira de 1.200 entrevistas, entre os dias 6 e 9 de dezembro, e
22% dos entrevistados escolheram “vacina” como a palavra que mais representou o ano de 2021.
Em segundo lugar os entrevistados escolheram a palavra “esperança”, com 17% das preferências,
seguida por seguida por “saúde” e “recomeçar”. 
O resultado de 2021 coincide com a palavra do ano eleita pelo dicionário de Oxford (de língua
inglesa): “vax”, uma abreviação para vacina que, segundo a publicação, foi usada 72 vezes mais
esse ano em relação a 2020. 
"A vacina foi catalisadora da esperança de brasileiros e brasileiras em 2021. A simbologia de
chegar a vez de ser vacinado alimentou a expectativa de dias melhores para os milhões que
aderiram rápido ao processo de vacinação. Não que a vacinação tenha eliminado as incertezas
da população brasileira, mas foi um grande passo de autoestima, saúde e esperança", a�rmou o
presidente do Instituto de Pesquisa Ideia, Maurício Moura.
Disponível em https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/12/17/vacina-e-eleita-a-palav
ra-do-ano-de-2021-pelos- brasileiros-diz-pesquisa.ghtml?_ga=2.130408335.1214068104.164
2699292-280742830.1619727884. Acesso em 20 jan. 2022.
Com base na leitura, assinale a alternativa correta.
A introdução da vacina contra a COVID-19 no Brasil trouxe a esperança
de dias melhores.
Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: c. 
Leia o texto e a �gura a seguir. 
A cultura indígena brasileira é vasta e diversi�cada, ao contrário do que pensa o senso comum.
Os historiadores estimam que, no início do século XVI, havia quatro agrupamentos linguísticos
principais: tupi-guarani, jê, caribe e aruaque. Essas famílias linguísticas compartilhavam o
mesmo idioma e culturas semelhantes. 
Antes da colonização, os índios que habitavam o território (hoje denominado Brasil) tinham uma
cultura similar em alguns pontos, tais eram: organização social baseada no coletivismo; ausência
de política, Estado e governo; ausência de moeda e de trocas mercantis; religiões politeístas
baseadas em elementos da natureza; e ausência da escrita. 
A visão europeia sobre os povos indígenas foi, desde a colonização, etnocêntrica, a qual
considera o modo de vida indígena inferior por não conter elementos considerados, pelos
europeus, símbolos de civilização e progresso. No entanto, a antropologia e a sociologia
contemporâneas já desmisti�caram essas análises preconceituosas, estabelecendo que as
diferenças culturais entre os povos não são motivos para estabelecer-se uma hierarquia cultural.
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-indigena.htm>. Acesso em
25 fev. 2022.
                                                 
Disponível em <https://questoes.folhadirigida.com.br/provas/seducpa-consulplan-2018-prof
essor--�loso�a-13870/14>. Acesso em 15 fev. 2022.
Com base na leitura, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. O texto e a charge reconhecem a existência de diferentes pontos de vista, sem defender
uma verdade absoluta de validade intrínseca. 
                                                                                             PORQUE 
II. Embora a estrutura política e social dos povos indígenas, à época do descobrimento do
Brasil, fosse mais rudimentar do que a dos colonizadores europeus, sua riqueza linguística e
cultural era superior.
A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa.
Pergunta 7
Leia o texto a seguir. 
                                                                 A mulher, pioneira da vacinação, que foi esquecida
pela história 
                                                                                              Tom Solomon – 26/12/2021 
Muitos conhecem a história da descoberta da vacinação contra a varíola por Edward Jenner em
0,5 em 0,5 pontos
Gloucestershire, na Inglaterra, cerca de 250 anos atrás. Mas poucas pessoas ouviram falar de
Lady Mary Wortley Montagu - a socialite que, com seus experimentos pioneiros de inoculação,
de�niu as bases para a descoberta de Jenner, mas cuja contribuição foi quase totalmente
esquecida. 
Nascida Mary Pierrepont em 1689, ela era uma mulher vivaz e obstinada, autora de cartas e
poemas, que detinha ideias progressistas sobre o papel das mulheres na sociedade. Para evitar
um casamento arranjado, ela fugiu de casa com 23 anos de idade e casou-se com Edward
Wortley Montagu, neto do primeiro Conde de Sandwich. 
Em 1716, Edward tornou-se embaixador inglês em Istambul (ou Constantinopla, como se
chamava na época), capital do Império Turco-Otomano. Foi dali que Wortley Montagu escreveu
descrições vivas da vida no oriente, especialmente das mulheres turcas, cujas roupas, estilo de
vida e tradições a intrigavam. 
Mas a mais notável dessas descrições foi o método usado pelas mulheres turcas para inoculação
contra a varíola. 
Havia muito tempo, observava-se que as pessoas somente contraíam essa temida doença uma
vez. Se elas sobrevivessem, �cariam imunes pelo resto de suas vidas. 
Para não correr o risco de uma infecção natural com alta taxa de mortalidade, as mulheres
turcas mais idosas buscavam induzir um caso suave nas crianças com o que elas chamavam de
"enxerto". 
A varíola causa bolhas e cascas sobre a pele das pessoas a�igidas pela doença. As mulheres
retiravam o pus da bolha de um paciente, faziam um corte no braço da pessoa que elas desejam
proteger e esfregavam o pus naquele corte. Isso normalmente gerava sintomas suaves, seguidos
por proteção por toda a vida. 
"Existem algumas mulheres idosas [aqui]", escreveu Wortley Montagu, "que se ocupam de realizar
a operação todos os anos, no outono... milhares passam por isso... [e] não há nenhum caso de
alguém que tenha morrido no processo". 
A própria Wortley Montagu havia sobrevivido à varíola, mas �cado com cicatrizes no rosto. O seu
irmão havia morrido com a doença. Ela estava empenhada em proteger seu jovem �lho contra a
varíola e convenceu o cirurgião da embaixada a inoculá-lo. 
"O garoto foi enxertado na última terça-feira", escreveu ela em uma carta ao seu marido, "e está
agora cantando e brincando, muito impaciente à espera do jantar". 
Wortley Montagu decidiu "trazer essa invenção útil para que seja adotada na Inglaterra". 
Depois de dois anos, ela voltou para casa. Em 1721, houve uma epidemia de varíola e Wortley
Montagu pediu ao médico da embaixada, que havia viajado para Londres com ela, que
enxertasse sua �lha, que ainda não havia sido inoculada. 
Receoso pela sua reputação, o médico pediu a diversos médicos que observassem o
procedimento como testemunhas. Em abril de 1721, ele inoculou a jovem Mary Alice - foi a
primeira vez em que o procedimento foi realizado na Grã-Bretanha. 
Embora os observadores tivessem �cado impressionados, outros �caram céticos a respeito dessa
prática exótica e perigosa. 
Wortley Montagu e sua �lha visitaram residências de pessoas afetadas pela varíola para
demonstrar que Mary Alice estava protegida. Mas muitos médicos permaneciam cautelosos. Não
seria um procedimento arriscado? E se ele causasse doença grave ou fatal? 
A princesa de Gales, amiga de Wortley Montagu, �cou convencida e fez com que seus próprios
�lhos fossem inoculados. A realeza do restante da Europa seguiuseus passos, bem como a classe
alta da região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, onde a varíola estava se espalhando. 
Embora surgissem ocasionalmente casos de doença grave após a inoculação, e às vezes fatais, o
procedimento salvou milhares de vidas. A contribuição de Wortley Montagu foi celebrada, entre
outros, pelo poeta francês Voltaire, e a inoculação tornou-se um ponto de convergência para o
Iluminismo. 
Setenta e cinco anos mais tarde, o médico inglês Edward Jenner, que havia sido inoculado
quando criança, levou o processo adiante. Ele percebeu que as pessoas que haviam sofrido de
varíola bovina - uma doença similar que atinge as vacas, mas é muito suave em seres humanos -
tornavam-se imunes à varíola humana. 
Por isso, Jenner injetou material de varíola bovina nas pessoas e comprovou que injetar varíola
bovina utilizando a abordagem de variolação de Wortley Montagu era e�caz contra a varíola
humana. 
Comprovou-se, assim, a segurança da vacinação - termo derivado da palavra latina vacca que
passou a designar o procedimento de Jenner -, que foi então adotada mundialmente. Jenner
recebeu muitos prêmios e homenagens, e seu trabalho acabou por levar à erradicação da varíola
em 1976. 
Resposta Selecionada: c. 
Todos os estudantes de medicina em qualquer parte do mundo aprendem sobre Jenner - e o seu
retrato está exposto no Colégio Real de Medicina, em Londres. 
Já Wortley Montagu, cujos esforços pioneiros estabeleceram as bases para os experimentos de
Jenner, foi esquecida. Só nos resta imaginar se o seu trabalho seria lembrado se ela fosse um
homem médico e não uma mulher socialite. Mas, agora, 300 anos depois, o Colégio Real de
Medicina de Londres está estudando a forma mais apropriada de reconhecer sua contribuição.
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59750201>. Acesso em 04
fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I. Lady Mary Wortley Montagu inventou o processo de variolação, mas sua descoberta foi
esquecida com a introdução pelo método desenvolvido pelo médico Edward Jenner. 
II. De acordo com o texto, Edward Jenner baseou seus experimentos na abordagem de Lady
Wortley Montagu. 
III. A descoberta de Edward Jenner não estava relacionada à prática desenvolvida por Lady
Wortley Montagu, pois ele observou que as pessoas que contraíam a varíola bovina �cavam
imunes à varíola humana. 
É correto o que se a�rma somente em
II.
Pergunta 8
Leia o texto a seguir. 
                                                             Pandemia acelerou a transformação digital no mercado
de trabalho 
                                            Pesquisa mostra que a pandemia acelerou a transformação digital
em 72% das empresas 
                                                                                             Publicado em 12/10/2021 
Uma pesquisa realizada pela The Economist Intelligence Unit (EIU), a pedido da Microsoft, aponta
que a pandemia acelerou a transformação digital no mercado de trabalho. 
O estudo contou com a participação de líderes empresariais de diversos setores em países das
Américas, Europa e Ásia-Pací�co. O objetivo principal da EIU foi analisar a relação e a evolução
da tecnologia, negócios e pessoas durante o período pandêmico, mostrando insights do ano
passado e caminhos a serem seguidos. 
Para a maioria dos entrevistados, a preparação digital foi um ponto crucial para a adaptação ao
novo cenário do mercado de trabalho. Basicamente, as empresas mais familiarizadas com
soluções digitais conseguiram capacitar seus colaboradores e se recuperar mais rapidamente.
Segundo o relatório, a pandemia acelerou a transformação digital em 72% das empresas. 
Também houve um interesse maior em usar a tecnologia para melhorar o engajamento dos
funcionários. Com a introdução das jornadas de trabalho remoto, executivos de todos os setores
se viram mais preocupados em “envolver e conectar os funcionários”. Antes da pandemia,
apenas 24% dos entrevistados se preocupavam com essa questão, saltando para 36% com a
chegada da crise sanitária. 
Além disso, 75% dos participantes da pesquisa disseram que o uso da tecnologia para a
transformação digital deve não só contribuir para o sucesso empresarial, mas trazer melhorias
sociais como inclusão, acessibilidade e sustentabilidade. 
Tecnologia 
Os resultados do estudo evidenciam que a pandemia acelerou a transformação digital nos
negócios, fazendo da tecnologia uma ferramenta indispensável para a retomada das operações
durante as medidas de distanciamento social e lockdown. 
Por outro lado, apesar de permitir a continuidade das atividades, a pesquisa “revelou lacunas de
quali�cação, privacidade e segurança” que precisam ser corrigidas pelas companhias. 
O fato é que, apesar das di�culdades enfrentadas, o investimento em tecnologia cresceu
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: d. 
consideravelmente em meio à pandemia de COVID-19. Para 50% dos participantes do estudo, as
soluções em nuvem foram fundamentais para a manutenção das operações. Na sequência, estão
as ferramentas de trabalho remoto (40%), de Inteligência Arti�cial (IA) e Machine Learning (33%),
seguidas pela Internet das Coisas (31%). 
Conforme a�rmou o editor-chefe da The Economist Intelligence Unit, Michael Gold, a pandemia
acelerou a transformação digital e ainda “se mostrou como uma ferramenta essencial para
permitir que as empresas se recuperem com mais agilidade de grandes interrupções”.
Disponível em <https://www.contabeis.com.br/noticias/49009/pandemia-acelerou-a-transfo
rmacao-digital-no- mercado-de-trabalho/>. Acesso em 06 fev. 2022.
   
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I. De acordo com a pesquisa, apenas 36% dos funcionários das empresas mostraram-se
envolvidos e conectados durante a crise sanitária. 
II. Segundo o estudo, a preparação digital foi um ponto crucial para a adaptação ao novo
cenário. 
III. A pesquisa evidenciou que as empresas que não realizaram a transformação digital, que
correspondem a 28% do total, não sobreviveram no mercado. 
É correto o que se a�rma em
II, apenas.
Pergunta 9
Leia o texto a seguir. 
                                                                                Entre gênios e vaias: os 100 anos da Semana
de Arte Moderna 
“Os velhos morrerão!”, berrava, destemido, o poeta Mário de Andrade para o público que o
vaiava durante seu discurso na Semana de Arte Moderna de 1922. A fala do escritor e a reação
do público resumem bem o signi�cado do evento que mudou para sempre o panorama das artes
brasileiras: o novo pedia, forçava passagem, mesmo que a plateia não estivesse pronta para
tamanha revolução. Mas vamos entender melhor o que aconteceu até a célebre fala. E, claro, as
repercussões do famoso evento. Marco do início do movimento modernista no Brasil, a Semana
de 22, como também é conhecida, aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo, entre 11 e 18
de fevereiro de 1922, e reuniu artistas de diversas áreas. Inspiradas no cenário de renovação da
arte ocidental e na vanguarda europeia, as obras apresentadas visavam a inserir novas
tendências de arte no panorama brasileiro. Dessa maneira, conferências, recitais de poesia e
apresentações musicais alternavam-se com exposições de arquitetura, escultura e pintura. O
evento trouxe de�nitivamente a arte moderna para a realidade cultural brasileira. E sua
in�uência é sentida até hoje na criação artística nacional. 
Como foi a Semana de Arte Moderna de 1922? 
A semana foi articulada e organizada pelo escritor Mário de Andrade, o também escritor Oswald
de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti. Os eventos foram realizados no célebre e belo
Theatro Municipal de São Paulo. 
  
                                                                               
0,5 em 0,5 pontos
 
  
No saguão, foi instalada uma exposição de escultura e pintura. As obras de artistas como Victor
Brecheret, Di Cavalcanti e Anita Malfatti chocaram o público brasileiro, nada acostumado às
novas estéticas e formas de representaçãoque o modernismo propunha. Aliás, ao longo do
evento, era comum ouvir burburinhos e vaias dos visitantes pelos corredores e salões do teatro. A
Semana de Arte Moderna também teve espetáculos de dança, música, conferências e leitura de
poesias. O intelectual e escritor Graça Aranha abriu o festival, no dia 13, com a palestra “A
emoção estética da arte moderna”, recitando versos de Ronald de Carvalho e Guilherme de
Almeida, seguido de canções executadas pelo maestro Ernani Braga. O auge aconteceu em 15 de
fevereiro, quando o modernismo literário causou indignação e confusão no público, sobretudo a
palestra de Mário de Andrade, “A escrava que não é Isaura”, que defendia o abrasileiramento da
língua portuguesa, e a conferência do poeta Paulo Menotti del Picchia, sobre estética moderna.
Durante seu conturbado discurso, Mário precisou berrar para ser ouvido em meio à gritaria. Por
isso, decidiu ler seu manifesto na escadaria interna do teatro. Destemido, o poeta urrava para o
público a famosa frase que �cou para a posteridade: “os velhos morrerão!”. Vinte anos mais
tarde, o autor relembrou o episódio na obra “O Movimento do Theatro”, dizendo: “como pude
fazer uma conferência sobre artes plásticas, na escadaria do Theatro, cercado de anônimos que
me caçoavam e ofendiam a valer?”. O evento de encerramento foi focado em música, com a
execução de três peças de Heitor Villa-Lobos. Em mais um fato que entrou para a história da
conturbada semana, o maestro e compositor subiu ao palco calçando um sapato em um pé e
um chinelo no outro. Como era de se esperar, foi vaiado. O público considerou a atitude
desrespeitosa. No entanto, Villa-Lobos depois justi�cou-se, esclarecendo que se apresentou dessa
forma porque estava com um calo no pé. De toda maneira, o fato faz parte da grande lista de
choques, questionamentos e incômodos causados durante a semana por aqueles artistas jovens
e revolucionários.
Disponível em <https://blog.bb.com.br/semana-de-arte-moderna/>. Acesso em 08 fev. 2022
(com adaptações).
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I. Segundo o texto, a repercussão e a receptividade do público na Semana de Arte Moderna
foram surpreendentes, uma vez que movimentos de inovação estética usualmente são bem
recebidos pelo público brasileiro em geral. 
II. Conforme o texto, Mário de Andrade, já desgastado, causou a fúria da plateia quando
proferiu a frase “os velhos morrerão”, referindo-se à faixa etária do público dominante no
evento. 
III. De acordo com o texto, o legado da Semana de Arte Moderna passa pela inserção das
ideias vanguardistas europeias no cenário cultural e artístico nacional. 
É correto o que se a�rma em
Resposta Selecionada: b. III, apenas.
Pergunta 10
Resposta Selecionada: c. 
Leia o texto a seguir. 
                                                           Burnout: problema é reconhecido pela OMS e faz cada vez
mais vítimas 
Em 2019, uma pesquisa da International Stress Management Association (Isma-BR) estimou que
32% da população economicamente ativa no país sofria de sintomas de burnout. Em outro
levantamento, feito já na pandemia (em 2020), 44% dos brasileiros ouvidos disseram que o
período de convívio com a covid-19 ampli�cou a sensação de esgotamento pro�ssional. Se
formos transpor para números absolutos, daria algo em torno de 39,6 milhões de trabalhadores
afetados. Em um ranking de oito países sondados, o Brasil ocupa a primeira colocação, à frente
de Singapura (37%), Estados Unidos (31%) e Índia (29%). 
O assunto não passou batido pela 72ª Assembleia Mundial de Saúde, realizada em maio de 2019,
em Genebra, na Suíça, com a participação dos 194 países-membros da Organização Mundial da
Saúde (OMS), quando se decidiu revisar a de�nição de burnout na Classi�cação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à saúde (CID). Antes, ele era descrito apenas
como um “estado de exaustão vital”. Podia ser interpretado até como resultado de um infortúnio
em casa ou na família. 
Na CID-11, que passou a vigorar em janeiro de 2022, ele ganha o�cialmente o entendimento
mais aceito pelos especialistas, o de um esgotamento que é fruto do “estresse crônico no local de
trabalho”. 
Embora conste na nova CID, o burnout ainda não tem status de doença. A OMS prefere situá-lo
como “fenômeno ocupacional”. Ou uma síndrome, palavra que, na terminologia médica, se
refere a um conjunto de sintomas, sejam eles físicos, psíquicos ou emocionais. 
                                                                                          Entenda os termos (e as diferenças) 
Burnout não é um mero cansaço. Saiba o que os pro�ssionais entendem pelas palavras abaixo. 
Cansaço: estado de fraqueza ou indisposição depois de um esforço físico ou mental. É algo
normal, e tende a passar depois de uma boa noite de sono ou de um �m de semana. 
Fadiga: é uma sensação de cansaço persistente que costuma indicar uma doença — anemia,
�bromialgia, depressão – a lista é extensa. Some após o tratamento. 
Burnout: é a exaustão física e mental provocada pelo trabalho — seja pela carga em si, seja pelo
clima ou pressão do ambiente. Agora é tida como síndrome ocupacional pela própria OMS. 
Depressão: foi comparada pelo físico Stephen Hawking a um buraco negro. Gera angústia e
prostração incontrolável. Sem tratamento, pode ser fatal.
BERNARDO, A. Burnout: problema é reconhecido pela OMS e faz cada vez mais vítimas. Veja
Saúde, publicado em 23 fev. 2022. Disponível em <https://saude.abril.com.br/mente-saudav
el/burnout-e-reconhecido-pela-oms/>. Acesso em 25 fev. 2022 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I. O burnout é atualmente de�nido como uma doença resultante do estresse crônico e afeta
44% da população brasileira. 
II. A Assembleia Mundial de Saúde decidiu revisar o conceito de burnout na CID após
estudos realizados na pandemia de covid-19, em que houve aumento da sensação de
esgotamento pro�ssional, principalmente entre os pro�ssionais de saúde. 
III. O burnout pode ser provocado pela carga excessiva de trabalho ou pelo clima
organizacional. 
É correto o que se a�rma em
II e III, apenas.
0 em 0,5 pontos
Pergunta 11
Resposta Selecionada: c. 
Leia os quadrinhos e o texto a seguir.   
                                  
Disponível em <https://web.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/51
83862191659045>. Acesso em 08 fev. 2022.
Segundo Sarmento (2006), em linhas gerais, o discurso de ódio é uma manifestação de
linguagem escrita ou oral que visa à incitação de discriminação, hostilidade e violência contra
pessoa ou grupo de indivíduos, em virtude de sua orientação sexual, gênero, raça, religião,
nacionalidade, condição física ou outra característica. Os comícios nazistas teriam sido uma
incitação explícita, portanto trariam o enquadre mais típico desse discurso. Já as “piadas”,
embora materialmente se revistam de todas as características do discurso de ódio, têm
contornos irreverentes e de humor que dissimulam seu conteúdo e, assim, os componentes que
caracterizam o ódio �cam disfarçados, acabam sendo transmitidos de forma velada, implícita, e
passam despercebidas, embora estejam subliminarmente se prestando a propósitos
semelhantes.
FREITAS, L. Performatividade no humor em stand up: discurso de ódio e violência simbólica.
Revelli, v.8 n.1. abril/2016, p.170 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I. Os quadrinhos e o texto apontam que o humor é, em alguns casos, disfarce para o
discurso de ódio. 
II. Segundo o texto, as piadas, mesmo que contenham discurso discriminatório, são
irreverentes e não se prestam a propósitos de incitação do ódio. 
III. O discurso de ódio caracteriza-se pela incitação à discriminação de pessoas por conta de
características como gênero, orientação sexual, etnia, nacionalidade e condição física. 
É correto o que se a�rma em
I e III, apenas.
Pergunta 12
Leia o texto a seguir. 
                                                                                           A era da dispersãoFernando Schüler – 20/01/2022 
O perigo chegou de mansinho. Você precisa entregar aquele projeto, na empresa, e quando
menos percebe está assistindo a vídeos sobre tsunamis no YouTube. Você decide fazer aquela
pós-graduação que planejava há muito tempo, mas na sexta-feira à noite, no meio da aula, está
perdido checando mensagens, no WhatsApp, ou bisbilhotando a vida de um monte de gente que
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
você mal conhece, no Instagram. 
Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco
mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular. Achei incrível isso.
Gastamos mais de vinte horas por mês só no TikTok, e a coisa vem crescendo. Fui somando tudo
com o que as pessoas presumivelmente fazem desconectadas (dormir, por exemplo, ou quem
sabe ler alguma coisa) e a conta não fecha. A última novidade parece ser o metaverso. Vejo um
especialista animado dizendo “você poderá ser qualquer coisa por lá, um gato, um coelho, ou
mesmo um Elvis Presley”, e garante que será a rede dominante no futuro próximo. 
Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do
nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o joio do trigo. Há quem vá
mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida. A
psicanalista Elisabeth Roudinesco vai nessa direção. Ela diz que “estar o tempo todo conectado é
melhor do que usar drogas”. Achei fraco o argumento. Sou dos que descon�am que há um
problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete. 
Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos
pela simples presença de um celular em sala de aula. Um estudo feito na Universidade Carnegie
Mellon mostrou que o desempenho de alunos com seus aparelhos ligados, em testes
padronizados, é 20% menor do que o de alunos inteiramente focados. Outra pesquisa mostra
que levamos até 23 minutos para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem
dez ou quinze minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central. 
O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do
Google, James Williams, que lança agora no Brasil seu livro “Liberdade e Resistência na Economia
da Atenção”. Williams trabalhava no Google exatamente na área de “programação persuasiva”.
Era pago para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento,
percebeu que ele mesmo havia perdido o controle. Não era a primeira vez que tinha acontecido
isso. No ensino médio, se meteu com games digitais e quase dançou. Depois fez uma carreira de
sucesso, na indústria da tecnologia, focado em “�delizar” usuários, até perceber que ele mesmo
havia sido �sgado. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o
problema. 
Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que
cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita
com técnicas so�sticadas de inteligência arti�cial, uso de cookies, de clickbaits, aqueles
conteúdos “caça-cliques” com títulos do tipo “Dez vídeos que vão fazer você chorar”, e coisas do
tipo. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Tornou-
se, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é
precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que Williams enxerga
como o “grande desa�o da nossa época”. 
A informação foi, no passado, um bem escasso. Em “Relatos do Mundo”, Tom Hanks faz o papel
de um veterano da Guerra Civil que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas
pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação
rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso
escasso. Acessamos muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em
boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção. 
Sempre me surpreendo com o oceano de informação irrelevante que toma conta do debate
público. O acidente de moto do general Pazuello, a “quentinha” do Wagner Moura com os sem-
teto, a última treta do Zé de Abreu com não sei quem. A lista dos trend topics do Twitter é um
bom mostruário do besteirol in�nito, mas está longe de ser o único. O resultado está aí. A política
transformada em um exercício permanente de incomunicabilidade, em que cada um tem a
sensação de ganhar alguma coisa, no curtíssimo prazo, e todos perdem, coletivamente. 
O primeiro resultado da dispersão crônica é a perda do sentido de potência e realização pessoal.
Tenho um amigo escritor que a cada dois anos passa um tempo numa pousada, no interior,
escrevendo seus livros. Ele guarda o celular em um cofre e desliga seu acesso à internet. Ele entra
em �ow. Um estado de completa imersão no que está fazendo. Isso lhe dá um sentido de
autodomínio e a sensação de que realmente está fazendo o que havia decidido fazer. O modo
dispersivo dos meios digitais poderia tirar tudo isso dele. Em troca, lhe daria uma sucessão de
recompensas de curto prazo, em geral inúteis. 
Outro resultado são as microafetações de humor. Há uma tonelada de estudos que mostram a
conexão direta entre o uso intensivo de redes sociais e o aumento da ansiedade e do estresse. A
permanente comparação de sua vida real com a vida “editada”, dos outros; a raiva que dá, todas
as manhãs, ao checar as opiniões do político que você odeia e dos queridos amigos que gostam
dele. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Pittsburgh conduziu um amplo estudo
Resposta Selecionada: b. 
identi�cando “uma signi�cativa associação entre o uso das mídias sociais e o aumento da
depressão”. Eu me lembrei da de�nição algo poética de Tim Wu sobre a liberdade: a
possibilidade de “viver sem ansiedade”. No fundo é isso que está em jogo. 
Sou vivido demais para acreditar que produziremos uma “solução coletiva” para esse problema
todo. Que iremos disciplinar as redes sociais, que as big techs ajustarão seus algoritmos, ou que
algum cometa cairá sobre a Terra e desligará a internet por duas ou três gerações. O mercado e o
avanço tecnológico tratarão de despejar mais e mais informação sobre a nossa cabeça. 
De modo que me permito deixar um conselho neste ainda quase início de ano: larguem um
pouco a internet. Em especial, as mídias sociais. Há quem ganhe dinheiro com isso, mas não são
muitos. A maioria só perde seu bem mais precioso: o tempo. Esse bem fugidio, que apenas vai
escorregando, sem que a gente perceba, e cujo preço, no �nal, vem na conta de uma tristeza
morna por tudo aquilo que deixamos de viver.
Disponível em <https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/a-era-da-dispersao/>.
Acesso em 05 fev. 2022 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as a�rmativas. 
I. O autor propõe o �m da internet, pois ela é responsável pela falta de concentração das
pessoas e pelas suas alterações de humor, que geram a depressão. 
II. Segundo o texto, empresas do segmento da internet valem-se de estratégias de
“programação persuasiva” para captar e manter a atenção dos usuários. 
III. De acordo com o texto, a internet tem aspectos positivos e negativos: o excesso de
informações faz com que as pessoas se tornem ansiosas, mas o uso contínuo da rede
impede o envolvimento com drogas. 
É correto o que se a�rma apenas em
II.
Pergunta 13
Leia o texto a seguir. 
                                                                   O que é metaverso, conceito que deixou Zuckerberg
obcecado? 
De olho em uma transformação futurística da internet, o Facebook já investiu mais de US$
50 milhões para construir 'universo virtual'. 
                                                                                                             24/11/2021 
O que é o metaverso? 
Metaverso é um termo amplo. Geralmente,refere-se a ambientes de mundo virtual
compartilhados que as pessoas podem acessar via internet. O termo pode se referir a espaços
digitais que se tornam mais realistas com o uso de realidade virtual (RV) ou realidade aumentada
(RA). 
Algumas pessoas também usam a palavra metaverso para descrever mundos de jogos, nos quais
os usuários têm um personagem que pode andar e interagir com outros jogadores. Muitos livros
e �lmes de �cção cientí�ca, por exemplo, são ambientados em metaversos completos — mundos
digitais alternativos que são indistinguíveis do mundo físico real. Mas isso ainda é �cção.
Atualmente, a maioria dos espaços virtuais se parecem mais com o interior de um jogo de
videogame do que com a vida real. 
O interesse acelerado neste mundo alternativo, porém, pode ser visto como resultado da
pandemia covid-19. À medida que mais pessoas começaram a trabalhar e a frequentar a escola
remotamente, aumentou a demanda por maneiras de tornar a interação online mais realista. 
O Facebook tem, hoje, mais de 10 mil funcionários focados na construção de dispositivos, como
óculos de realidade aumentada, que ajudariam a acessar o metaverso da empresa. Na visão de
Zuckerberg, esses dispositivos serão tão onipresentes quanto smartphones no futuro. Em
setembro, a empresa anunciou um investimento de US$ 50 milhões para construir o metaverso:
0 em 0,5 pontos
Resposta
Selecionada:
b.
os recursos seriam usados ao longo de dois anos para garantir que as tecnologias do metaverso
sejam "construídas de uma forma inclusiva e empoderadora".
Disponível em <https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/o-que-e-metaverso-conceito-q
ue-deixou-zuckerberg- obcecado,d70358e652376e912b790a25f5f5a47alpwfw4og.html>.
Acesso em 12 jan. 2022 (com adaptações)
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as asserções a seguir e a relação
proposta entre elas. 
I. O metaverso é um ambiente digital imaginário, cópia exata do mundo físico real, em que
as pessoas compartilham experiências. 
                                                                                                     PORQUE 
II. No metaverso, são usadas tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada que
permitem que as pessoas façam interações online mais realistas. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II não
justi�ca a I.
Pergunta 14
Leia o trecho da reportagem a seguir. 
                                                                Desmatamento ainda acontece depois de tantos anos 
  
                                                                
 
  
A perda da cobertura �orestal continua sendo tão preocupante quanto sempre foi. Embora as
estimativas sobre o desmatamento da Amazônia variem conforme a fonte, existe um consenso de
que 10% a 12% da �oresta em todos os países da região amazônica já tenham desaparecido. No
Brasil, o desmatamento é medido anualmente pelo governo. A estimativa o�cial é que
aproximadamente 18% da Amazônia brasileira já tenham sido desmatados. 
Os índices de desmatamento variam de um país amazônico para outro. Isso acontece
principalmente porque variam também os fatores que ocasionam esse processo na região. No
Brasil, por exemplo, é comum que o corte raso da �oresta seja feito para dar lugar às pastagens
para o gado em fazendas de grande e médio porte. Já em outros países, normalmente a
ocupação da �oresta se dá por pequenos agricultores. O desmatamento é particularmente
acentuado em áreas adjacentes a centros urbanos, estradas e rios. No entanto, mesmo áreas
remotas, onde não se conhece atividade humana, já mostram sinais de sofrer a pressão humana,
principalmente em lugares onde existe mogno e ouro. 
Mas nem todo desmatamento é ilegal. Certa quantidade de desmatamento em propriedades
privadas pode ser legal. De acordo com o Código Florestal do Brasil, cada proprietário de terra
0,5 em 0,5 pontos
Resposta
Selecionada:
b.
pode fazer corte raso de 20% da �oresta amazônica em sua propriedade, mediante autorização
dos órgãos ambientais.
Disponível em <https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/amazonia1/a
meacas_riscos_amazonia/ desmatamento_na_amazonia/>. Acesso em 05 fev. 2022 (com
adaptações).
Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.
Pode-se dizer que existem dois tipos de desmatamento no território
brasileiro: o ilegal (que fere a legislação) e o legal (que é realizado segundo o
que permite a legislação).
Pergunta 15
Resposta Selecionada: d. 
I. O valor, em reais, do ICMS pago no litro da gasolina é mais do
que o dobro do pago no litro de diesel.
II. Quando o consumidor compra o botijão de gás de cozinha por
R$100,00, ele paga R$17,00 de impostos.
III. Quando o consumidor abastece o carro com 20 litros de
gasolina, ele paga quase R$70,00 de impostos.
Leia, na figura a seguir, a composição dos preços da gasolina, do diesel e do GLP (gás
de cozinha) em 22 de março de 2022.
 
 
Com base na leitura e supondo que o consumidor pague cerca de R$8,00 pelo litro da
gasolina, R$6,00 pelo litro do diesel e R$100,00 pelo botijão de gás de cozinha, avalie
as afirmativas.
É correto o que se afirma em
II e III, apenas.
0 em 0,5 pontos
Pergunta 16
Resposta Selecionada: d. 
I. A pandemia de covid-19 é responsável por dar origem ao
descarte inadequado de plástico no mundo.
II. O total de plásticos lançados nos oceanos em um ano
corresponde a mais de um milhão de toneladas.
III. A maioria dos plásticos não é biodegradável e, portanto,
persiste no ambiente aquático e no seu entorno por muitos
anos.
Leia o texto a seguir.
A pandemia de covid-19 agravou um problema ambiental já sem controle: a produção
e o descarte inadequado de plástico. Um trio de pesquisadores da China e dos
Estados Unidos estimou que, do início da circulação do novo coronavírus até 23 de
agosto de 2021, 193 países tenham gerado 8,4 milhões de toneladas de materiais
plásticos a mais do que o normalmente produzido. A maior parte (87% do total)
corresponde a material de uso hospitalar. Outros 7,6% se devem à produção de
equipamentos de proteção pessoal (essencialmente máscaras) e 4,7% a embalagens
de produtos comprados on-line. De todo esse plástico extra, cerca de 25 mil
toneladas devem chegar ao mar, o equivalente a 1,5% do que já é lançado nos
oceanos anualmente. Usando modelagem computacional, o grupo do cientista
ambiental Yanxu Zhang, da Universidade de Nanjing, na China, calcula que em três
anos uma proporção importante desse plástico deve estar nas praias e no sedimento
marinho e outro tanto no oceano Ártico.
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/danos-ambientais-da-covid-19/>. Acesso em 24 fev. 2022 (com
adaptações).
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
É correto o que se afirma em
II e III, apenas.
Pergunta 17
Observe o mapa a seguir.
0,5 em 0,5 pontos
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: d. 
I. Os dados revelam que o continente africano, no geral,
apresenta melhores condições de vida para sua população.
II. O número de desempregados na Grã-Bretanha é praticamente
igual ao da Rússia.
III. Entre os países representados no mapa, a África do Sul é o que
apresenta maior índice de desemprego.
 
 
Com base nas informações do mapa, avalie as afirmativas.
É correto o que se afirma em
III, apenas.
Pergunta 18
Leia o gráfico a seguir, publicado em 24/03/2022.
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: e. 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Em 20/12/2021, R$287,00 eram equivalentes a 50 dólares. 
II. Em 2019, em média, cada real era equivalente a pouco mais de um quarto de
dólar. 
III. Em 2020, houve períodos em que a cotação do dólar sofreu queda. 
É correto o que se afirma em
I, II e III.
Pergunta 19
Leia o texto a seguir, publicado em 8 de agosto de 2021, no site da Agência de
Notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com pandemia, setor cultural perde 11,2% de pessoas ocupadas em 2020
A pandemia teve forte efeitono setor cultural em 2020, que perdeu, em relação ao
ano anterior, percentual maior de postos de trabalho do que o total da população
ocupada no país. Em 2019, 5,5 milhões de pessoas trabalhavam em atividades
culturais, o que representava 5,8% do total de ocupados. No ano passado, eram 4,8
milhões (5,6%), invertendo ganho crescente do setor desde 2016. Os dados são do
Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2020, divulgado pelo IBGE.
Entre 2019 e 2020, as atividades relacionadas à cultura que mais perderam pessoal
ocupado foram moda, o setor moveleiro, impressão e reprodução, as atividades
relacionadas a eventos, recreação e lazer. Já as ocupações que mais fecharam postos
de trabalho foram organizadores de conferências e eventos; alfaiates, modistas,
chapeleiros e peleteiros; marceneiros e afins; profissionais da publicidade e da
comercialização.
“Com raras exceções, a pandemia desacelerou a economia, como foi o caso das
atividades consideradas não essenciais. No setor cultural, isso �cou ainda mais
evidente no segmento de eventos e recreação, com o fechamento total de casas de
espetáculo, cinemas, teatros e outros equipamentos culturais, com a menor
mobilidade das pessoas para controle do vírus”, explica o analista da pesquisa,
Leonardo Athias.
0,5 em 0,5 pontos
Resposta Selecionada: e. 
I. A pandemia de covid-19 impactou negativamente os postos de
trabalho de atividades relacionadas à cultura no ano de 2020.
II. De acordo com os dados apresentados no gráfico, o número de
pessoas ocupadas no setor cultural no ano de 2020
representou aproximadamente 88% da ocupação observada
em 2019.
III. O ano de 2019 concentrou o maior número de pessoas
trabalhando em atividades culturais, no período apresentado na
série histórica.
 
 
Com base na leitura do texto, avalie as afirmativas a seguir.
É correto o que se afirma em
I, II e III.
Pergunta 20
Em uma simples ida ao supermercado, notamos que os produtos sofrem variações de
preço. Alguns desses produtos são considerados básicos para a alimentação de uma
família e compõem a chamada cesta básica.
Considere o gráfico a seguir, que indica a variação do custo da cesta básica na cidade
do Rio de Janeiro.
0 em 0,5 pontos
Sábado, 14 de Maio de 2022 16h46min30s GMT-03:00
Resposta Selecionada: c. 
I. A menor variação do preço da cesta básica no Rio de Janeiro
ocorreu entre novembro e dezembro de 2019.
II. O menor valor da cesta básica ocorreu em janeiro de 2019.
III. Em julho de 2020, o custo da cesta básica era um pouco mais
de R$500,00.
 
 
Com base no gráfico, avalie as afirmativas a seguir, referentes ao período
representado na figura.
É correto o que se afirma apenas em
I.
← OK

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