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Gestão da Cadeia de 
Suprimentos Supply 
Chain Management
Logística Global
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Carlos dos Santos Cabral 
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Oportunidades de Globalização
• GCC – Global Commodity Chains
• e-business na SCM
Fonte: Getty Im
ages
Objetivo
• Entender o conceito de globalização como também a estruturação necessária para as 
empresas GCCs e a aplicação do e-business através da SCM.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Logística Global
UNIDADE 
Logística Global
Contextualização
Para iniciarmos esta unidade, precisamos entender alguns aspectos referentes aos 
aspectos globais, tecnologia e a inserção da logística nesses contextos. 
Antes de iniciar a leitura do material didático, explore os vídeos abaixo:
Globalização
• O que é Globalização? – https://youtu.be/h5WjNMGztvE.
• Globalização da Economia – https://youtu.be/jVY0NBEqEMQ.
Aplicações tecnológicas
• Amazon Global Logistics Technology – https://youtu.be/1PHwq1-f62k.
• RFID In Manufacturing – https://youtu.be/iEfEQsJJ07Q.
• RFID Across the Manufacturing Supply Chain – https://youtu.be/SDcPL76yiv8.
• RFID in the Warehouse and Distribution Center – https://youtu.be/LLhR24Ukr9M.
• RFID Logistics – https://youtu.be/PQVhqdZhueM.
Exemplos de aplicações Logísticas Globais
• Ship2B – Logística Global Simple (idioma espanhol) – https://youtu.be/VnxnnpokNww.
• BLK Global Logistics (idioma espanhol) – https://youtu.be/1YNudPSBgOU.
• Servicio Global de Logística – IFRC (idioma inglês, legendado espanhol) – 
https://youtu.be/J3fs9apA2wA.
E-commerce
• Como montar um e-commerce do zero em 7 etapas – https://youtu.be/-DXh7n3g4cE.
• Um E-Commerce de A a Z em apenas 05 passos – https://youtu.be/eJU-NK0a0Vk.
E-business
• 2 Minutos de e-Business: O Conceito – https://youtu.be/xZY0jzzBdQ8.
• e-Business ≠ e-Commerce [HD] – https://youtu.be/BiOBafest7E.
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7
Oportunidades de Globalização
Evolução das operações logísticas
Não existe uma data concreta, mas indícios históricos parecem revelar que a contra-
tação de serviços de armazenagem e transporte é uma prática antiga.
Apesar da prática antiga, a terceirização de serviços logísticos, na forma atual conhe-
cida, se constitui numa das tendências da prática empresarial moderna, principalmente 
dentro dos conceitos de SCM.
A logística, incluindo a prestação de serviços, é, sem dúvida, um setor em fase de 
crescimento e de transformação. 
O crescimento desse setor é o resultado da propensão cada vez mais intensa de 
as empresas terceirizarem serviços de maneira geral, quando antes os realizavam por 
conta própria.
Nos dias atuais, ao repassar serviços logísticos a terceiros, fazem-no de forma 
integrada , contratando pacotes que incluem cada vez mais serviços de valor agregado.
Vejamos juntos, então, Outsourcing de Serviços Logísticos e como surgiram:
Outsourcing de serviços logísticos
Para que possamos entender claramente sobre os serviços, precisaremos repassar 
por alguns pontos pertencentes ao curso de logística e que são de grande valia para 
este tópico.
Como vimos na Unidade anterior, Outsourcing tem por tradução como terceirização 
que em logística tratamos como Outsourcing de serviços Logísticos.
Em tese e para grande maioria das Empresas, todos os serviços ou quase todos são 
ou podem ser terceirizados, mas para que você entenda claramente o que significa 
Outsourcing de Serviços Logísticos, é importante que você tenha em mente dois 
pontos principais que são a terceirização de serviços acessórios da Empresa e também 
o Outsourcing, ou transferência de serviços principais ou essenciais da Empresa para 
terceiros executarem.
Por exemplo, um Revendedor de produtos cosméticos que tem como core business 
a prospecção, pesquisa e distribuição dos seus produtos no mercado, terceiriza as ativi-
dades de Portaria, Copa, Limpeza, Manutenção de Elevadores, que por não possuírem 
competence (competência, especialização) para estas atividades e também por não per-
tencerem ao seu core business, resolvem repassar estas atividades para outras Empresas 
que a executarão com o desempenho desejado, já que possuem competência para tal. 
Já para o Armazenamento, Transporte e Distribuição, este Revendedor de produtos cos-
méticos transfere os serviços de Outsourcing para uma Empresa prestadora de serviços 
logísticos especializados em armazenamento, transporte e distribuição em sua totalidade 
7
UNIDADE 
Logística Global
ou parcialmente, podendo assim o Revendedor de produtos cosméticos se dedicar ao 
seu Core Business.
Em suma, quando falamos de Outsourcing, nos referimos a serviços e ou operações 
logísticas especializadas que, apesar de existirem para a ocorrência da atividade prin-
cipal de uma Empresa, não constituem ou pertencem ao Core Business da Empresa; 
quando falamos em terceirização estamos indicando a contratação de serviços para 
atividades acessórias ou meio que podem ser repassadas.
Definidos e diferenciados os conceitos entre terceirização e outsourcing, vejamos 
como se deu a origem da prática de Outsourcing de Serviços Logísticos. 
Alguns fatos ocorridos no final da década de 70 e início dos anos 80, como mudan-
ças econômicas e estruturais, passaram a afetar as sociedades comercialmente desen-
volvidas e estruturadas.
De um lado ocorria o desenvolvimento acentuado da tecnologia da informação e de co-
municação e os impactos na gestão empresarial e no mercado financeiro; surgiam e eram 
aperfeiçoados os computadores, softwares, comunicação via internet, dentre outros.
Por outro lado, e apoiado nesse acentuado desenvolvimento, começava a surgir a 
crescente concorrência entre as empresas a nível global, já que o aumento tecnológico 
aumentava a visibilidade das Empresas.
As Empresas Americanas tinham grande preocupação, pois estavam perdendo a 
competitividade diante das empresas asiáticas (lembra que abordamos sobre isso na 
Unidade 1) e as principais deficiências apontadas eram:
• Atenção voltada para a produção em massa: 
 » é uma visão antagônica à da SCM – Gestão da Cadeia de Suprimentos, já que a 
SCM visa oferecer uma gestão de forma a produzir mais a um custo menor, ou 
seja, eficiente em custos e responsiva a prazos.
• Adoção de horizontes de curto prazo:
 » só pensar em metas baseada em demandas a curto prazo.
• Deficiências tecnológicas no desenvolvimento de produtos e na produção:
 » não se preocupavam em melhorar o nível de qualidade na produção, como não 
se propunham inovações tecnológicas nos produtos, já que os horizontes eram 
de curto prazo.
• Falha na cooperação cliente-fornecedor:
 » não existia uma preocupação com o desenvolvimento de fornecedores, sinergia, 
parcerias e processos voltados às reais necessidades dos clientes, como também 
aos seus requisitos e um gerenciamento desses requisitos.
A partir deste quadro de perda de competitividade das Empresas Americanas, diante 
das EmpresasAsiáticas, elas passam a implantar técnicas que as Empresas Asiáticas 
estavam praticando tais como: qualidade e planejamento da produção.
8
9
Assim, na década de 80 e início dos anos 90 surgem campanhas para melhoria da 
produtividade e baseavam-se em:
• Busca da excelência:
 » Depois de implantada e assegurada a qualidade, buscavam a excelência nos 
processos;
 » Sistemas ERP – Enterprise Resources Planning, (Sistema Integrado de 
Gestão Empresarial);
 » JIT – Just in Time (no tempo exato): técnica que visa prover recursos produti-
vos no tempo exato ou mais próximo da etapa produtiva;
 » Reengenharia da Produção: buscando novas formas de produção com imple-
mentos tecnológicos, máquinas computadorizadas, robôs, dentre outros.
Com a ocorrência dessa verdadeira revolução ocorrida no setor industrial que tinham 
por principal paradigma da produção ágil / flexível que veio substituir o da produção 
em massa, promove também uma revolução no setor de distribuição.
A revolução no setor de distribuição ficou caracterizada por uma relação mais coor-
denada de vários membros da Cadeia de Suprimentos e por mudanças organizacionais 
profundas com influências significativas nos sistemas logísticos organizacionais.
Antes de prosseguirmos, vejamos algumas abordagens básicas sobre Internet e as 
evoluções da TIC que ajudarão a entender os processos e transações globais e que 
ocorrem via internet on-line e e-commerce.
Você sabe o que significa a sigla TIC?
TIC significa Tecnologia da Informação e Comunicação e é através dela que repre-
sentamos todo o avanço tecnológico relacionado à comunicação. 
O computador e a Internet com sua expansão para todo o mundo representam um 
marco revolucionário principalmente no desenvolvimento da Gestão da Produção.
Foi na Gestão da Produção que surgiram os MRP, MRPII e ERPs. Veja, então, quais 
são os significados e como foram utilizados na Gestão da Produção.
MRP: Material Requirement Planning – Planejamento dos Materiais Requeridos
É um sistema desenvolvido para planejar quais seriam os materiais necessários em 
uma produção de determinado produto, efetivando então a listagem de itens que corres-
pondesse a ele. 
Por exemplo: uma simples lapiseira é composta de seis itens que são os seguintes: 
• um corpo externo, uma presilha de bolso, um miolo, um corpo da ponteira, um 
guia da ponteira e uma tampa. 
O Sistema MRP identifica os itens como Pais e Filhos, ou seja, para produzirmos o 
corpo da lapiseira, Item Pai (itens principais), serão necessários termos de matéria prima 
10g de plástico ABS e 0,1g de corante preto (Itens filhos). 
9
UNIDADE 
Logística Global
Assim, sucessivamente, cada item Pai (seis itens da lapiseira) compõe no planejamento 
do MRP diversos itens filhos.
Figura 1 – Lapiseira
Fonte: Getty Images
Para que você possa identificar melhor os itens pais que compõem o MRP, verifique 
em sua caneta esferográfica comum quantos itens ela possui.
Figura 2 – Caneta esferográfi ca
Fonte: Getty Images
O que você achou? Fácil, não é?! Realmente, uma caneta esferográfica comum pos-
sui cinco itens aos quais chamamos de itens pais: 
• 1 corpo transparente, 1 carga com tinta azul, 1 ponta da carga, 1 tampa para o 
corpo da caneta e uma tampa com presilha para ponta da carga.
Entre os itens filhos você terá como exemplo, para o item Pai:
• carga com a tinta azul: um tubo para colocação da tinta e a tinta azul.
Assim, sucessivamente, você terá a composição de todos os itens filhos que comporão 
a sua caneta esferográfica comum. Este sistema deu continuidade a outro, veja qual é:
MRPII: Material Resource Planning II – Planejamento dos recursos da Manufatura
O sistema MRPII Planejamento dos Recursos da Manufatura é uma continuidade do 
sistema anterior e trabalha a partir da lista dos materiais necessários para a produção de 
um produto, proporcionando que você tenha sempre o estoque necessário de cada item 
filho na quantidade exata e suficiente para atender à demanda de produção. 
Vamos utilizar o exemplo da lapiseira que possui seis itens (pais). 
Imagine que você recebeu um pedido de 100 lapiseiras. O MRPII utiliza da seguinte 
lógica: para produzir uma lapiseira é preciso seis itens, portanto, necessita-se de:
• 100 corpos externos, 100 presilhas de bolso, 100 miolos, 100 corpos da ponteira, 
100 guias da ponteira e 100 tampas para produzir 100 lapiseiras”. 
A partir desta 1ª definição, o MRPII continua perguntando: quanto de recurso (maté-
ria prima) cada item pai necessita?
Pegue como exemplo o corpo da lapiseira (um dos itens pais).
Para a produção de um único item do corpo da lapiseira, necessita-se da seguinte 
quantidade de matéria prima: 
• 10g de plástico ABS e 0,1g de corante preto.
10
11
Ao examinar cada item Pais, ele separa os itens Filhos, efetivando uma soma dos 
recursos necessários; ou seja, para produzirmos o corpo da lapiseira Item Pai (itens 
principais), serão necessários termos de matéria prima 1000g de plástico ABS (100*10) 
e 10g de corante preto (100*0,1). 
Assim, o MRPII fará o cálculo sucessivo dos itens filhos que formarão os itens pais e 
proporcionarão o estoque da quantidade de recursos necessários para a demanda produtiva. 
Com a utilização desses sistemas que auxiliam a produção, surge outro sistema mais 
completo que tem por função unir todas essas informações às demais informações da 
empresa, formando um grande banco de dados.
Você viu algum sistema (programa) desse tipo?
Vamos lá, vou apresentá-lo: 
O sistema ou programa que estou falando tem o nome de ERP – Enterprise Resource 
Planning ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial, ele promove o planejamento 
dos recursos do negócio e tem por finalidade reunir todas as informações da empresa 
em um grande banco de dados.
Unificando estas informações é possível torná-las acessíveis a todos os funcionários 
que delas necessitam, ou seja, é um sistema de Gestão de Empresas.
A cada ano, este sistema se torna mais importante, permitindo que as empresas e 
instituições se tornem mais ágeis na resposta deste mercado global altamente competitivo.
E como ele funciona, você sabe?
Inicialmente você precisará inserir dados cadastrais diversos, dentre eles:
• os produtos diversos dos departamentos da empresa;
• os locais onde serão armazenados;
• fornecedores;
• clientes;
• funcionários;
• dentre outros.
Com todos os dados cadastrais e respectivas quantidades inseridas, o sistema se 
torna operante, ou seja, já está pronto para controlar e transmitir a movimentação das 
informações inseridas.
Vou dar um exemplo. Você se lembra da produção das 100 lapiseiras?
O departamento de vendas recebeu um pedido de 100 lapiseiras e o inseriu no ERP 
que automaticamente verifica a disponibilidade dos produtos em estoque e, caso ocor-
ram faltas, faz automaticamente a solicitação dos itens que serão necessários ao depar-
tamento de compras, que solicita ao fornecedor a quantidade necessária. 
Alguns ERPs fazem esta operação automaticamente on-line, sem a necessidade de 
atuação do departamento de compras.
11
UNIDADE 
Logística Global
Ao receber o item, o conferente envia a nota fiscal ao departamento de compras, 
confere com o pedido e lança a nota com todos os seus dados no sistema ERP. 
A partir desse ponto, todos os dados da nota fiscal serão repassados aos departa-
mentos responsáveis e assim os setores de contabilidade e financeiro saberão automati-
camente o nome do fornecedor, a data em que o pedido foi realizado, o valor a ser pago 
e o setor de almoxarifado terá disponível o item para a produção. 
Na maioria dos estabelecimentos, empresas e instituições, vemos a aplicação muito 
importante de um sistema ERP, auxiliando, agilizando as informações e facilitando a 
produção de produtos.
Com o entendimento sobre MRP, MRPII e ERP, podemos avançar para as etapas que 
tratam da distribuição de produtos e como a TIC colabora com estas atividades.
Continuemos...
A distribuição passa a utilizar de forma mais intensa recursos de TIpara intercâmbio 
de dados: EDI – Electronic Data Interchange (troca eletrônica de dados), onde a velo-
cidade e veracidade de informações passam a tecer diferencial competitivo.
As atividades varejistas passam a ter maior preocupação com o nível de serviço ao 
consumidor, quando em 1992 a busca pela redução de custos nos canais de distribuição 
deu origem à:
• ECR – Efficient Consumer Response: Sistema de Atendimento das Reais 
 Demandas dos clientes através de reposição automática dos estoques consumidos 
nos pontos de venda.
Uma nova mentalidade surge, então, buscando maiores economias e melhores resul-
tados a partir de maior eficiência ao longo dos canais de distribuição.
Essa nova mentalidade incentiva o surgimento das firmas globais e amplia a necessidade 
de coordenação de uma Logística eficiente, o que torna viável suas estratégias gerais.
GCC – Global Commodity Chains
Essas empresas globais foram chamadas de GCC – Global Commodity Chains, e 
são caracterizadas pela estrutura organizacional abrangente, garantindo a coordenação 
logística eficiente e uma integração das várias funções dispersas.
Você sabe quais seriam essas GCCs?
O exemplo clássico das GCCs que deixou de lado a manufatura e passou a se ocupar 
exclusivamente da concepção e da comercialização dos produtos que levam sua marca 
é a NIKE.
E como as GCCs funcionam?
Essas Empresas Globais, valendo-se de uma estratégia de parceria e gestão 
 colaborativa (visão SCM), subcontratam toda a produção através de um CM – Contract 
Manufacturer , Contrato para Manufatura, que tratamos especificamente na Unidade 3.
12
13
São empresas localizadas normalmente nos países recém industrializados e possuem 
alta tecnologia aplicada, o que permite que as GCCs como a NIKE possam se dedicar à 
fidelização de sua marca e não ao processo produtivo.
Exemplos atuais: Sony-Ericsson, marcas mundialmente reconhecidas e fidelizadas 
por seus clientes, firmam Contrato de Manufatura com a Flextronics, um CM altamente 
especializado que atende desde a nacionalização de produtos até a distribuição e logística 
reversa, permitindo que a Sony-Ericsson se dedique totalmente ao seu Core Business.
Outros exemplos que você pode observar e que acontecem amplamente são os da In-
dústria Automobilística, também caracterizada por um processo de crescente mudança 
de um modelo formal para a formação de Redes Globais de Fornecedores e se serve na 
atualidade de organizações Logísticas bastante diferentes e bem mais complexas.
Assim, o crescimento da terceirização de serviços logísticos se deve a fatores ligados a:
• redução de estoques (eficiência em custos);
• necessidade de manter-se competitivo globalmente (responsividade em prazos 
e atualizações);
• concentração de esforços nas atividades centrais (atividades fins) core competence 
(especialidade), core business (negócio principal).
Essa mudança na estratégia de negócios estimula a demanda por serviços logísticos 
externos: físicos, operacionais e de administração, quando estes não constituem a com-
petência central da empresa. 
Esses serviços passam a ser providos então pelos prestadores de serviços logísticos.
Ao mesmo tempo em que o mercado global oferece mais oportunidades, surge natu-
ralmente maior competição entre as empresas.
O Outsourcing de Serviços Logísticos constitui, principalmente, para sociedades 
comerciais uma forma de atingir novos mercados e oferecer melhor nível de serviços 
aos clientes:
• Busca de redução de custos logísticos;
• Melhoria no nível do serviço;
• Aumento da flexibilidade.
Obs.: para contratação do serviço logístico, os pontos acima devem fazer parte do core 
business da empresa prestadora do serviço.
Portanto, além da versatilidade adquirida, já que os prestadores de serviços logísticos 
possuem as especialidades contratadas, permite também que as empresas contratantes 
possam alcançar:
• Melhorias no controle dos processos e etapas logísticas;
• Melhorias na tecnologia aplicada, já que sua evolução é muita rápida e exige 
maior investimento;
13
UNIDADE 
Logística Global
• Melhorias na operação, pois uma vez melhor controlada e com aplicação de 
tecnologias, a operação torna-se mais responsiva em tempo e mais eficiente em 
custos operacionais;
• Transformação de custos fixos em variáveis, ou seja, só será gasto quando da 
operação, diferentemente quando resolvemos concentrar em nossa empresa, 
onde todos os custos serão absorvidos por nós. Exemplo: uma empresa que 
contrata uma transportadora para movimentar seus produtos de uma fábrica 
até o Centro de Distribuição, os custos somente acontecerão quando ocorrer 
esta movimentação, ao passo que se a frota e os funcionários fossem da em-
presa, os custos seriam fixos, pois aconteceriam mesmo quando não ocorresse 
o transporte.
Dessa forma, os prestadores de serviços logísticos, se eficientes, podem reconfigurar 
e ajustar com mais habilidade e mais rapidez os serviços oferecidos, ajustando-os às 
mudanças no mercado de serviços e aos avanços tecnológicos.
Destaco, aqui, alguns motivos para o outsourcing de serviços logísticos na visão da 
empresa contratante:
• Poderá efetivar maior dedicação ao próprio negócio core business;
• Reduzirá e melhorará o controle dos custos logísticos;
• Reduzirá problemas trabalhistas, já que serão de responsabilidade do Prestador de 
Serviços Logísticos contratado;
• Poderá absorver expertise (experiência) do Prestador de Serviço Logístico para a 
atividade, como também know how (modo correto de execução);
• Evitar ou adiar investimentos e substituir custos fixos por variáveis;
• Obter sinergias com o cliente e ou fornecedores, utilizando novos canais de distribuição;
• Aperfeiçoar e otimizar (tornar eficaz) a logística como forma de diferencial competitivo.
Obs.: Você perceberá que normalmente a redução de custos é um dos primeiros e prin-
cipais fatores que são analisados pelas empresas contratantes, sendo que alguns deles, 
assim como os transportes, já são terceirizados em grande parte das empresas com 
economias significativas (real eficácia obtida, responsividade versus eficiência).
A globalização e a competitividade
Fica fácil você perceber que, a partir do desenvolvimento da TIC e dos sistemas de 
gestão de empresas, a Internet se torna um instrumento para atuação online e Global 
onde a velocidade das informações se torna imprescindível.
O momento atual faz com que as empresas brasileiras se tornem cada vez mais vistas 
globalmente, fazendo com que seja necessária a criação de estruturas para competirem 
e terem desempenhos globais.
14
15
Você já parou para pensar na importância das TICs em sua vida? Cada vez mais nos torna-
mos dependentes dessas tecnologias em nosso cotidiano.
Você sabe como isso poderá ser possível? 
Realmente, requer muito trabalho e alguns pontos terão de ser aprimorados, como:
• o foco do mercado global traz uma exigência crescente em relação ao atendimento 
com produtos e/ou serviços cada vez mais diferenciados na sua oferta;
• como resultado, houve aumento na pressão em relação à busca na redução de pre-
ços (quanto mais produtos temos disponíveis no mercado, mais diminuirá o preço 
de venda deles).
Baseado no que foi apresentado, é interessante refletir em como podemos atender 
e manter as expectativas de nossos clientes em um mercado altamente competitivo que 
exige um nível de serviço cada vez mais alto?
Realmente, um mercado altamente exigente não é fácil de atender, mas você verá 
que existe uma forma de atender responsivamente esse mercado com uma atuação da 
Logística eficaz.
e-business na SCM
Conforme estudado nesta Unidade e através de nossas experiências cotidianas com 
a internet, fica bem nítido e visível que a TIC tem um enorme potencial tanto para as 
operações de negócios como para inovar e transformar as atividades humanas.
A internet cria novas oportunidades para pessoas, para empresas e todo o tipo de 
organizações, auxilia a coleta de dados e informações que, quando compiladas, forne-cem e trocam informações uns com os outros, criando valores.
Estas informações, quando reunidas e agrupadas, são utilizadas pelas empresas para 
saber as preferências de determinados produtos, frequência de aquisição, preços, cores 
desejadas, marcas preferidas, dentre outros, tudo isso conseguido através da TIC asso-
ciada à internet e que com a aplicação de um software de e-CRM – Gerenciamento do 
Relacionamento com o Consumidor, auxilia a e-SCM – Gestão da Cadeia de Suprimen-
tos, identificando quando (tempo) e onde (lugar) os principais clientes desejam encontrar 
os seus produtos preferidos.
Certamente, você já efetivou consultas na internet e buscou sites de empresas que 
oferecem produtos e/ou serviços de sua preferência, essas consultas com a aplicação do 
CRM dentro do ERP da empresa que está consultando geram as informações e reúnem 
as preferências e potencializam o consumo, já que sabem exatamente o que queremos, 
quando e onde desejamos ter estes produtos.
15
UNIDADE 
Logística Global
As práticas de comércio pela internet são chamadas de e-commerce ou comércio ele-
trônico (vide links e vídeos disponíveis), que pode ser definido como a compra, a venda 
e troca de produtos, serviços e informações via web, e possuem como modalidades e 
práticas mais comuns: 
• B2B-business to business: onde empresas negociam com empresas;
• B2C-business to consumer: onde empresas negociam com consumidores;
• C2C-consumer to consumer: onde consumidores negociam com consumidores.
e-business
Um negócio na web que se utiliza o www para realizar um ou mais processos de 
 negócios, os quais normalmente utilizam e assumem quatro funções principais: a difusão 
da informação, a captura de dados, as promoções, o marketing e as negociações com 
as partes interessadas (parceiros, fornecedores e clientes).
A utilização da web viabiliza e torna a prática de negócios como um novo canal de 
acesso direto, rápido e interativo entre os parceiros, fornecedores e clientes. Além de 
melhorar a performance do negócio, também abre uma enorme quantidade de oportu-
nidades para criação de novos negócios.
No e-business, programas apoiam os serviços ofertados e efetivam o que é chamado de 
interface direta com os respectivos usuários, comunicando-se, assim, com recursos neces-
sários, bancos de dados e sistemas de integração dos componentes e partes interessadas.
Dentre os programas mais comuns estão:
• e-CRM: Customer Relationship Management (Gerenciamento eletrônico de 
Relacionamento com o cliente):
 » melhora o conhecimento sobre o cliente por meio da integração das informações 
de diversos canais de comunicação diferentes para um único banco de dados; 
essas informações são integradas através do acesso aos websites, formulários de 
feedback, registro de navegações de website, transações efetivadas, envio e rece-
bimento de e-mails, dentre outros.
• e-Marketing: Marketing eletrônicos:
 » faz o monitoramento, a coleta de dados, a identificação e a orientação sobre 
clientes potenciais.
• e-Marketplaces, dot com, e-auctions and e-shops (Mercados eletrônicos, 
ponto com, leilões eletrônicos e lojas eletrônicas): 
 » organizações que permitem e promovem troca comercial de produtos entre os 
clientes através da utilização da internet.
• e-Service (Serviço Eletrônico):
 » são os serviços eletrônicos fornecidos via internet, onde mais comumente ocor-
rem esclarecimentos de dúvidas sobre a aquisição de um produto e/ou serviço, 
possíveis necessidades do cliente, como também o suporte pós-venda ou ao final 
do ciclo de vida de um produto.
16
17
• e-SCM e-Supply Chain Management (Gestão eletrônica da Cadeia de 
 Suprimentos):
 » integra e coordena os parceiros e fornecedores em todas as etapas e atividades, 
utilizando a web para o desenvolvimento de seus produtos e/ou serviços oferecidos.
Assim, quando abordamos e-business na SCM, estamos nos referindo a utilização de 
softwares/programas onde o e-SCM promove a integração de processos do Consumidor 
final até os fornecedores primários, mas de forma eletrônica, efetivando e criando um va-
lor agregado ao cliente de extrema importância, já que o efetiva com extrema velocidade 
e promove a integração on time e JIT – Just in Time (no tempo exato) em que ocorre.
Por exemplo, veja uma empresa de computadores que além de lojas físicas divulga 
seus produtos para serem customizados através de websites. No momento em que o 
cliente efetiva uma customização e solicita um orçamento, automaticamente o progra-
ma e-SCM já integra as co nfigurações com os fornecedores e parceiros, formalizando 
a indicação que existe uma pretensão de aquisição de um produto nas característi-
cas e prazos desejados, proporcionando a antecipação e preparação para atendimento 
dentro dos requisitos do cliente proporcionando ao parceiro e/ou fornecedor forecasting 
( gestão da demanda) em suas atividades; 
Portanto, quando a venda é confirmada, toda a integração se consolida, gerando a 
cadeia de valores aos participantes e valor agregado ao cliente adquirente pelo atendi-
mento de seus requisitos como também ao tempo e lugar desejados.
Desta forma, com o apoio da TIC, e-SCM e demais programas e ferramentas de 
apoio, as empresas podem transformar seu mercado de atuação, tornando-se empresas 
Internacionais, Multinacionais e Transnacionais, aumentando sua projeção de atuação e 
expectativas de faturamento.
Logística Global
A Logística Global para estes casos torna-se importante aliada, conforme relatado 
anteriormente a respeito das Oportunidades de Globalização. A evolução das operações 
logísticas e as GCCs trazem perspectivas e condutas de operação, já que uma simples 
devolução de um item em uma operação global pode causar embaraço comercial, em 
alguns casos até mesmo irreversíveis, como também diluir a capacidade de atendimento 
de um grande cliente Internacional.
Analise o que nos diz Larranaga (2010):
Enquanto um efetivo sistema logístico é importante para as operações 
locais, ele é absolutamente crítico para a fabricação e o marketing 
global. A Logística local se concentra no desempenho de serviços 
de agregação em um ambiente relativamente controlado. A Logística 
global deve atender aqueles requerimentos domésticos aos quais deve 
acrescentar incertezas associadas com a distância, demanda, diversi-
dade, documentação, assim como culturas, idiomas, moedas e legisla-
ções diferentes. (Larranaga, 2010, p. 55)
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UNIDADE 
Logística Global
Para a eficácia de atividade de Logística Global, torna-se necessário que os 
OLs – Operadores Logísticos envolvidos tenham plena capacidade de atendimento a 
Nível Internacional.
Algumas técnicas, softwares e equipamentos eletrônicos deverão ser utilizados para 
eficácia da atividade, dentre eles softwares integrados, tags (etiquetas eletrônicas), RFID 
(rádio frequência) e tecnologias embarcadas (vide vídeos, links e material complementar 
disponibilizados), dentre outros tipos de interface que constituem extrema importância 
para a prática eficaz da Logística Global.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos
BOWERSOX, D. et al. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. Porto Alegre: 
AMGH, 2014. (e-book)
A Gestão Logística Global
LARRANAGA, Feliz Alfredo. A Gestão Logística Global. São Paulo: Aduaneiras, 2010.
Logística Internacional: uma abordagem para a integração de negócios
ROBLES, Léo Tadeu. Logística Internacional: uma abordagem para a integração de 
negócios. Curitiba: Intersaberes, 2016. (e-book)
E-commerce: conceitos, implementação e gestão
STEFANO, Nara. E-commerce: conceitos, implementação e gestão. Curitiba: Intersaberes, 
2016. (e-book)
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UNIDADE 
Logística Global
Referências
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais, 
distribuição física. São Paulo: Editora atlas, 2014. 388 p.
BOWERSOX, D. et al. Gestão Logística de Cadeias de Suprimentos. Porto Alegre:AMGH, 2014. (e-book)
PIRES, S. R. I. Gestã o da cadeia de suprimentos (Supply chain management): 
conceitos, estraté gias, prá ticas e casos. 3. ed. Sã o Paulo: Atlas, 2016. (e-book)
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