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Semana 4

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Selma Caldas e Talitha Helen Silva 
 Produção textual 
- Tipos textuais 
- Gêneros e suportes 
- Conectivo 
 
4. Produção textual 
 
Sabemos que a comunicação é a função principal da língua, ela pode 
acontecer de forma oral, visual (por meio de gestos e imagens) e também por meio da 
escrita. 
Esta última tinha uma função inicial importante na antiguidade: era o 
instrumento para conservar e transmitir a memória de um povo. Imagine o quanto foi 
difícil quando as antigas civilizações queriam se lembrar, exatamente, de algo que 
tinha acontecido há algum tempo e não tinham livros de história para contar. Eles não 
tinham computadores para digitar e imprimir o seu legado cultural, alguns povos não 
tinham nem mesmo uma grafia! 
 
Escrever um texto naquela época era um sacrifício! 
Felizmente, hoje temos diversos instrumentos que nos ajudam a comunicar de 
forma escrita, como o computador, o celular (mensagens), a internet, livros, etc. E a 
este tipo de comunicação, à produção textual, foram acrescentadas outras funções; 
além de fazer registros da cultura dos povos, a escrita é instrumento de firmação de 
contratos e resoluções e de divulgação de ideias, notícias, histórias, literatura, dentre 
outros. 
Explorando um pouco a produção textual em língua portuguesa como 
instrumento acadêmico e profissional, vejamos as características ligadas à 
estruturação desses textos. 
 
4.1 – Tipos textuais 
Para entender sobre a elaboração dos textos é necessário, compreender que 
há tipos textuais diferentes. Observe os três trechos a seguir: 
Trecho I 
Após passar nas etapas de pré-seleção e nas fases nacional e 
internacional, todas, o lote da Fazenda Rainha, (Propriedade da Família 
Marinho da Rede Globo), de São Sebastião da Grama que fica na região 
da Mogiana Paulista foi escolhido pelo júri internacional como o melhor 
café do 12º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil – Cup of Excellence 
2011, com a nota 91,41 pontos. 
 
Fonte: http://www.revistacafeicultura.com.br/, acesso em 25/11/2011. 
 
 
Trecho II 
O debate sobre café e saúde é amplo e muito vasto. Inúmeras pesquisas 
apontam para os benefícios da bebida. Hoje o café é tido como aliado no 
tratamento de diversas doenças. Vale ressaltar, porém, que café não é 
remédio e que seu excesso pode sim trazer prejuízos. Por isso, é preciso 
ficar de olho na quantidade consumida, que não deve nunca passar de três 
xícaras diárias. 
 
Fonte: http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20377, acesso em 
25/11/2011. 
 
 
 
Trecho III 
A coffea canephora é autóctone da África central e ocidental. Não foi 
reconhecida como uma espécie de cafeeiro até ao séc. XVIII, cerca de cem 
anos depois do reconhecimento da coffea arabica. A planta tem um sistema 
de raízes pouco profundo e cresce como uma árvore ou um arbusto robusto 
até cerca de 10 metros. Floresce irregularmente, demorando os bagos 10 a 
11 meses a amadurecer, produzindo grãos ovais. A planta robusta rende 
maior colheita do que a arabica e é menos susceptível a pestes e doenças. 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coffea_canephora, acesso em 25/11/2011. 
 
 
Cada um desses trechos tem um tipo textual predominante, quais seriam eles? 
Os tipos textuais são: narração (trecho I), dissertação (trecho II é parte de uma 
dissertação), descrição (trecho III). 
 O trecho I é uma narração, mesmo que pequena, pois há um fato que está 
sendo contado. O texto narrativo, usualmente, busca durante o seu desenvolvimento 
contar um fato, respondendo as seguintes questões: 
onde ? 
| 
quando? --- FATO --- com quem? 
| 
como? 
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=42500
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=42500
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=42500
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=42500
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=42500
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=42500
http://www.revistacafeicultura.com.br/
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20377
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20377
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cafeeiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coffea_canephora
O trecho II é parte de uma dissertação, é parte porque a dissertação 
caracteriza-se por ser um texto mais completo, com introdução, desenvolvimento dos 
argumentos e conclusão; ela é um texto de opinião, em que o autor demonstra os 
argumentos que reforçam seu ponto de vista sobre o tema e apresenta uma conclusão 
sobre o que foi exposto. É um tipo textual muito usado na área acadêmica, base de 
artigos, resenhas, autoavaliações, etc. 
O trecho III é uma descrição, pois fornece dados e características de algo, no 
caso, o café canephora. A descrição é um tipo textual usado dentro da narração e da 
dissertação, pois fornece descrição de elementos necessários tanto para contar o fato 
(texto narrativo) quando para construir certos argumentos (dissertação). 
Apesar de esses tipos textuais terem, de forma geral, características variadas, 
eles podem se misturar dentro de um mesmo texto, é bem possível elaborar uma 
dissertação que contenha trechos narrativos e/ou descritivos relacionados aos 
argumentos. 
 
4.1 – Gêneros e suportes 
 
Além de tipos textuais, numa produção textual, temos diferenciações de 
gêneros, os quais vão delimitar como o texto será escrito. 
 
Os gêneros são textos caracterizados pelo suporte em que eles são 
apresentados. Mas antes que você se pergunte o que seriam esses suportes, tenho 
um exemplo para você. 
O e-mail que você verá a seguir é o suporte, que poderíamos chamar de canal 
(o elemento comunicativo responsável pela transmissão da comunicação que você viu 
no Capítulo 3), este suporte dá a característica de como este texto é escrito, formando 
assim o gênero e-mail. 
Observe que o e-mail abaixo, por se tratar do e-mail de uma empresa, está 
caracterizado mais formalmente; foi feita a adequação linguística de acordo com a 
instituição, isto é, se a instituição que envia o e-mail quer mostrar sua credibilidade, ela 
precisa usar a língua na norma culta, caso contrário, por exemplo, poderiam pensar 
que o e-mail é falso e que foi enviado por outro emissor. Verifique que o e-mail, 
portanto, tem características de uma carta (ainda que eletrônica). Se fosse um emissor 
Mas o que seriam 
esses gêneros? 
mais íntimo e conhecido do receptor, provavelmente, o e-mail teria sido escrito de 
forma mais informal. 
 
 
Há diversos suportes assim como gêneros textuais correspondentes, por 
exemplo, a música é um suporte e há o gênero de composição musical, o jornal é um 
suporte, por meio dele há o gênero editorial; nessa lógica. 
Alguns gêneros textuais são muito parecidos e, por isso, podem nos confundir, 
sendo assim, é preciso atentar para qual o objetivo do texto. Para explicar essa 
questão, vamos fazer com que esse aprendizado seja realmente útil! 
 Na vida acadêmica, é comum o uso de certos gêneros textuais para auxiliar no 
aprendizado reflexivo sobre os conteúdos discutidos. Existem três gêneros que podem 
ser pedidos aos alunos como produções textuais na maioria dos cursos técnicos ou 
superiores, são eles: fichamento, resumo e resenha. 
Qual seráa diferença entre eles? Vejamos. 
FICHAMENTO – Para realizar um fichamento, normalmente, pede-se a leitura 
de um livro ou artigo e que, após essa leitura, seja feita a citação das partes mais 
relevantes. Com as citações entre aspas (“”) e seguidas das suas respectivas páginas. 
É mais um trabalho de seleção e cópia, que servirá para estudos posteriores. 
Exemplo (pequeno trecho de fichamento): 
SAVIANI, Demerval.A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. 10. ed. 
Campinas,SP: Autores Associados, 2006. p. 200 a 223. 
 
 
AS DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO NA NOVA LDB - Conceito de Educação 
 
“[...] a educação escolar emergiu na modernidade como uma forma principal e 
dominante de educação, erigindo-se em ponto de referência e critério para se referir 
as demais formas de educar.” (p. 202). 
“[...] a educação escolar deve se vincular ao mundo do trabalho e à prática social [...] o 
significado real desse enunciado dependerá do entendimento que se tem de „mundo 
do trabalho‟ e „prática social‟” (p.202) 
 
No início, coloca-se a referência do livro ou texto fichado, em seguida os títulos 
e/ou subtítulos, logo após, linha por linha, as citações relevantes. Note que, como as 
citações são retiradas do texto, há a presença de pontuação [...] indicativa de que 
havia algo antes da frase citada, ou mesmo no meio de frases. 
RESUMO – A produção de um resumo (muito usado deste o ensino 
fundamental) também pressupõe a leitura de um texto, livro, artigo, etc. Contudo, 
diferentemente do fichamento, nesta produção textual, o aluno deverá escrever com 
as próprias palavras a compreensão do texto, relatando as parte mais importantes. 
Não é possível fazer cópia do texto, o aconselhado é que se façam paráfrases 
(escrever de outra forma, mas com o mesmo sentido, o que foi dito), mas buscando a 
síntese do texto, sem parafrasear tudo que está contido nele. 
Exemplo: 
 
FATORES DE CRESCIMENTO DAS RECEITAS DAS EXPORTAÇÕES 
BRASILEIRAS DE CAFÉ 
 
 
Resumo – Este trabalho objetiva analisar o comportamento da receita obtida com as 
exportações de café por meio das taxas de crescimento das variáveis preço do 
produto no mercado internacional, quantidade exportada, taxa de câmbio e políticas 
governamentais. Para tanto, foi utilizado o modelo shift-share, adotando-se como 
período de análise para os anos compreendidos entre 1989 e 2001. Os resultados 
permitem verificar que a variável preço é a mais relevante na determinação do 
comportamento da receita e em menor intensidade as outras variáveis incorporadas 
no modelo. Mesmo assim, observa-se que as receitas, durante o período analisado, 
cresce a uma taxa de 2% a.a. Tal comportamento indica que as mudanças estruturais 
as quais a atividade cafeeira foi submetida não impediram o bom desempenho da 
cultura, fato este percebido por meio da variável receita advinda das exportações 
brasileiras de café. 
Palavras-chave: modelo shift-share, economia cafeeira, política agrícola. 
 
 
O exemplo acima é de resumo de artigo acadêmico, formulado pelo(s) 
próprio(s) autor(es) do artigo com base em todo o texto que escreveram. É possível 
perceber que há uma necessidade de demonstrar somente os pontos mais relevantes 
do texto, fornecendo as informações necessárias para que o leitor perceba o que 
estará contido no texto completo e julgue se será oportuna a leitura desse artigo. 
 
RESENHA – Já a produção de uma resenha requer mais reflexão e leitura 
crítica. Também deve partir da leitura de um texto, às vezes, de dois, para contrastar 
autores, por exemplo. Este gênero seria um resumo comentado. Na resenha, deve se 
colocar os pontos principais do texto lido (ou textos lidos); fazendo uma análise crítica 
e/ou comparativa do que foi exposto, isto é, concordando ou discordando de alguns 
pontos, com suas devidas e relevantes justificativas. 
Exemplo: 
 
 
GERALDI, J. W. (org.).Unidades básicas do ensino do português.In: O texto na sala de aula: Leitura 
e produção. 2ª ed., Cascavel: Assoeste, 1985. 
 
O ensino-aprendizagem da língua portuguesa, há muito, vem se deparando com a problemática da 
leitura, da produção de textos e da análise linguística abordada em sala de aula. 
A proposta do professor João Wanderley Geraldi, no texto “UnidadesBásicas do Ensino do Português”, 
referente a essa problemática, apresenta pontos positivos, os quais podem ser aplicados e/ou adaptados, 
considerando a realidade vivenciada por nós, professores, em sala de aula; no entanto com algumas ressalvas. 
Tal proposta sugere um trabalho de leitura com textos “curtos”: crônicas, reportagens, etc; e com textos 
“longos”: romances e novelas, em que o aluno teria de ler pelo simples prazer, sem algum tipo de avaliação. 
A proposta de leitura em sala de aula, a partir da seleção de diferentes gêneros de textos, a fim de 
desenvolver o gosto pela leitura, pode ser válida; porém, o descompromisso em avaliar o aluno, seja por meio de 
fichas, de relatórios, como é proposto pelo autor, é que deixa a desejar. Penso que oaluno não deve deixar de ser 
avaliado, não por critérios rígidos e intransigentes; mas por uma avaliação que considere sua série e sua faixa 
etária. 
A tentativa do autor em relacionar os três aspectos – a leitura de textos, a produção de textos e a análise 
linguísticas – é viável. A leitura de textos, considerando o aspecto quantitativo, possibilitará ao aluno o maior 
contato com os mesmos. Assim, segundo o autor, melhor será o seu desempenho e maior será a possibilidade 
de desenvolver o gosto pela leitura. 
A prática da leitura subsidiará o trabalho com a produção de textos, pois quanto maior o número de 
leitura, maior será a reflexão do aluno e melhor será o seu desenvolvimento na formação de ideias, afirma Geraldi. 
É bastante pertinente a proposta do professor, pois acredito que uma das maiores dificuldades do aluno 
na produção de textos é a falta do que dizer, a falta de organização de ideias. 
Sugere que, a partir da produção textual do próprio aluno, pode-se iniciara prática da análise linguística. 
Concordo com essa sugestão, mas o professor não pode se esquecer de criar meios para não constranger esse 
aluno. Essa análise não pode limitar-se a simples correção de aspectos gramaticais, mas sim deve conduzir o 
aluno a reescrever seu próprio texto, fazendo com que ele consiga elaborar conscientemente textos com sentidos. 
A proposta do professor Geraldi referente ao trabalho com textos em sala de aula é salutar, uma vez que 
concebe linguagem enquanto interação entre produtor, texto e leitor. 
Creio que o aluno, para desenvolver a habilidade de produção de textos, precisa previamente de 
bastante leitura. Somente a partir daí ele poderá compreender a estrutura de seu código linguístico e utilizá-lo de 
forma consciente na produção de textos 
 
 
Observe pelo exemplo, que o texto da resenha é de opinião crítica em relação 
ao que foi exposto pelo autor do livro. Ao mesmo tempo em que relata os pontos 
importantes do livro, o autor dessa resenha coloca as suas concordâncias ou 
discordâncias em relação a algum ponto, justificando-as. O nome de quem escreveu o 
livro aparece diversas vezes, para que o autor da resenha possa confirmar as ideias 
contidas nesse livro que para ele procedem. 
 
4.2 – Conectivos 
 
Visto os tipos textuais, seus suportes e gêneros; é preciso agora, entender um 
pouco mais sobre como organizar ideias para sua produção textual. Como uma colcha 
que vai sendo tecida; o texto, enquanto comunicação escrita, precisa de pontos que 
interliguem as ideias e confiram solidez aos argumentos. Esses pontos são os 
conectivos ou conjunções. Para usá-los bem em seu texto, vamos observar qual é a 
função deles, qual a relação de sentido que certos conectivos podem estabelecer 
entre as frases. 
 Para introdução de ideias opostas, utilize: mas, porém, todavia, contudo, 
entretanto, senão, que. Também as locuções: no entanto, não obstante, ainda 
assim, apesar disso. Exemplo:Ela estuda, no entanto não trabalha. 
 Para adição de ideias na argumentação, use: e, nem (e não),também, que; e 
as locuções: mas também, senão também, como também, além disso. 
Exemplo: Ela estuda e trabalha. 
 Para alternar elementos no texto, faça uso de: ou…ou, ora…ora, já…já, 
quer…quer… Exemplo: Ou ela estuda ou trabalha. 
 Para concluir ideias e/ou argumentos: logo, portanto, pois (posposto ao verbo). 
Também as locuções: por isso, por conseguinte, pelo que… 
Exemplo: Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada. 
 Para dar explicações, que justificam o que foi dito anteriormente, utilize: que, 
porque, porquanto, visto que, já que... Exemplo: Vamos estudar porque as 
provas começam amanhã. 
 Para propor condições no seu texto, não deixe de usar: se, caso. Também as 
locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não ser que, 
exceto se… Exemplo: Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação. 
 Para comparar, contrastar argumentos, use: que, do que (depois de mais, 
maior, melhor ou menos, menor, pior). Também as locuções: tão…como, 
tanto…como, mais…do que, menos…do que, assim como, bem como, que 
nem…Exemplo: Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos. 
http://www.infoescola.com/portugues/conectivos/
http://www.infoescola.com/portugues/conectivos/
 Para indicar relação de tempo, tem-se: quando, apenas, enquanto.Também as 
locuções: antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, sempre 
que… Exemplo: Ela deixou de estudar com dedicação, quando foi aprovada. 
 
Se observar, a partir de agora os próximos textos que for ler, comprovará que 
eles são tecidos e organizados por meio desses conectivos. 
 
Atenção! Procure não usar o mesmo conectivo diversas vezes no texto, tente 
usar sinônimos! 
 
4.3 – Atividade 
 
Após aprendermos mais um pouco sobre esse instrumento de produção 
que é a língua portuguesa, vamos praticar! 
 
Para praticar o que foi lido, o exercício proposto é fazer uma 
resenha do artigo “Qualidade do café” (a seguir). Para fazer essa 
produção textual, você precisará seguir as instruções: 
1- Ler o texto e sublinhar os pontos mais importantes. 
2- Formular um resumo com base nesses pontos. 
3- A partir do resumo, elabore um comentário geral sobre o artigo, 
apontando de forma crítica, com justificativa plausível, pontos 
relevantes com os quais você concorda ou discorda. 
4- Não se esqueça de usar conectivos para que o seu texto fique bem 
organizado e compreensível! 
 
ARTIGO - Qualidade do café 
Mauro Scigliani Martini 
maurosmartini@hotmail.com 
 
Desenvolver habilidades que permitam reconhecer a qualidade de algum tipo de 
bebida ou alimento é uma tarefa árdua e complexa, demanda um grande investimento pessoal 
em cursos e treinamentos. Isto não significa que devamos nos render diante da habilidade 
visual, colocando para segundo plano os demais sentidos, com o passar do tempo e um pouco 
de disciplina, qualquer pessoa é capaz de colecionar impressões sobre esse ou aquele 
alimento que experimentou, reconhecendo com alguma facilidade aquilo que a agrada ou não. 
Embora um punhado de teoria seja imprescindível para se educar o hábito de degustar café, a 
curiosidade continua sendo a melhor ferramenta para se descobrir os sabores ocultos da 
bebida. 
 Há muitas variáveis que afetam a qualidade final da bebida do café, entre elas 
podemos citar a espécie da planta, o preparo dos grãos, a mistura de grãos, a torração e a 
moagem, o empacotamento e o preparo da bebida. Portanto, para se incrementar a sensação 
mailto:maurosmartini@hotmail.com
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20834
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20834
de prazer propiciada por um excelente café, é necessário que tenhamos informações corretas 
e saibamos educar nosso aparato sensorial, notadamente a língua e o olfato. 
 Ao consumir café, a primeira sensação percebida é o amargor, tal sensibilidade se 
apresenta mais intensamente no fundo da língua, gosto que muitos entendem como café “forte 
ou fraco” dependendo da intensidade do amargor percebido. Poucos consumidores são 
capazes de ir além desse diagnóstico quanto ao sabor da bebida, pelo simples fato de que 
generosas colheres de açúcar ou de gotas de adoçante estão camuflando os sabores 
presentes na bebida, super-sensibilizando a região da língua responsável pelo reconhecimento 
do sabor doce. No mercado brasileiro deseja-se o mínimo de amargor, entretanto, ser tolerante 
ao amargo e até mesmo apreciar esse particular gosto é um passo importante na capacitação 
para a degustação do café. 
 Outro sabor possível de ser encontrado na bebida é o ácido, percebido nas laterais do 
fundo da língua. Esse gosto, igualmente repudiado pelos consumidores não treinados, não 
deveria ser motivo de afronta, em qualquer alimento uma leve acidez é desejável, pois desse 
modo pode ocorrer o “despertar das papilas” tendo assim uma maior percepção de sabores. 
 O preparo dos grãos na etapa de pós-colheita interfere no surgimento do gosto ácido, os 
preparados de forma tradicional no Brasil, ou seja, demoradamente secos a pleno sol, propicia 
uma bebida com apenas traços de acidez, o que minimiza a possibilidade do desenvolvimento 
de distúrbios do aparelho digestivo. 
O sabor doce, percebido na ponta da língua, é aquele para o qual nossa percepção 
sensorial torna-se indulgente. Particularmente no Brasil, nas camadas sociais menos 
favorecidas, percebe-se um elevado consumo de açúcar (afinal, trata-se de alimento altamente 
energético com baixíssimo custo), tornando-os sensorialmente “míopes” para todos os sabores 
que não sejam o doce. Há de chegar o dia em que o único gosto doce reconhecido na bebida 
será aquele proveniente naturalmente de grãos de alta qualidade. 
Além do sistema sensorial gustativo, os sabores só são reconhecidos com a 
participação concomitante do olfato. O café é uma bebida particularmente rica em compostos 
químicos aromáticos voláteis, ou seja, que se difundem no ar. O aroma característico exalado 
durante a preparação de um café de alta qualidade por si só produz sensações prazerosas, 
despertando a vontade de consumir uma xícara da bebida. 
Com os estímulos nervosos dos sistemas gustativos e olfativos atuando em conjunto, 
forma-se a impressão geral do alimento ou bebida. Numa xícara de café de boa qualidade 
podem-se distinguir, entre outros, aromas como especiarias, amêndoas e nozes, chocolate, 
cereais crus e torrados, caramelo, frutados e etc. e alguns cheiros indicam produtos de má 
qualidade: mofo, terra, batata crua, remédio e etc. 
Por fim, no Brasil é considerada uma bebida de qualidade aquela que apresenta o 
máximo de doçura, acidez moderada e o mínimo de amargor e que apresenta aromas 
agradáveis ao olfato. Deve-se ter atenção à intensidade de torra, pois esta interfere no aroma 
da bebida, sendo que na torra mais leve é preservada maior quantidades de aromas, portanto 
é a mais recomendada quando o interesse é preservação da qualidade. 
 
Mauro Scigliani Martini é Tecnólogo em Cafeicultura graduado pelo Instituto 
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais e atua como 
consultor na área cafeeira. 
 
Fonte: http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20834, acesso em 
30/11/2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20834
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20834
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=20834
________________________Desenvolvimento da Atividade____________________ 
 
RESENHA: 
 
MARTINI, M.S. Qualidade do café. Disponível em :http://www.revistacafeicultura.com.br/ 
index.php?tipo=ler&mat=20834, acesso em 30/11/2011. 
 
 
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