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Diarreia Viral Bovina (BVD) ● Uma das principais viroses dos bovinos, especialmente nos países que erradicaram a febre aftosa ● A causa é o pestivirus da diarreia viral bovina Sinais clínicos ● O quadro clínico é diversi�cado, vai de inaparente a fatal - afeta o sistema entérico, reprodutivo e respiratório ○ Dependendo do momento da infecção ○ Estado imune dos animais ○ Virulência das cepas do vírus ● Ponto principal da transmissão - Animais PI’s ● Ocorre mais em animais de 6 a 24 meses de vida ● 2 cepas ○ Não citopatogênicas ■ Isolado do campo ■ Maioria das infecções agudas pós-natais ■ Não apresenta capacidade de produzir efeito citopático em cultivos celulares ● Só pode ser demonstrada por técnicas que detectam antígenos ou ácidos nucléicos virais, como a imunofluorescência direta e PCR ■ São capazes de atravessar a placenta e causar infecções persistentes, caso isso ocorra entre 40 a 125 dias (4 meses) de gestação ○ Citopatogênicas ■ Induzir apoptose e morte celular causando efeito citopático visível em cultivos celulares ■ Forma crônica e aguda ○ Efeito citopático - alterações degenerativas causadas pelo vírus que são vista microscopicamente ● Aguda: ○ Febre, diarreia aquosa, desidratação ○ Síndrome hemorrágica (trombocitopenia, formando petéquias e equimoses) ○ Há erosões multifocais, focos de necrose bem delimitados e úlceras no trato gastrointestinal ● Crônica: ○ Hiporexia, emagrecimento, diarreia intermitente, timpanismo crônico, lesões erosivas na mucosa oral, secreção nasal e ocular, alopecia e hiperqueratinização ● Defeitos congênitos ● Há imunossupressão do animal favorecendo infecções secundárias à bacterianas, virais (IBR), protozoários ● A infecção em animais imunocompetentes induz a formação de anticorpos, responsáveis pela eliminação do vírus antes que ele alcance o sistema reprodutivo, pulmões e intestino ○ Neste caso, há sinais brandos como depressão, febre e diarreia leve ● Vacas infectadas durante o ciclo reprodutivo com sistema imune enfraquecido ○ Vírus se instala no sistema reprodutivo ○ Quadros de infertilidade, morte e reabsorção embrionária e abortos ● Esses quadros hemorrágicos ocorrem, pois infectam a medula óssea e destroem as plaquetas e assim afetam o sistema de coagulação Diagnóstico da BVD https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/diarreia-nas-vacas-em-lactacao-43573n.aspx ● Histórico do rebanho (defeitos congênitos, neonatos nascendo fracos, abortos, quadros intermitentes de diarreia) + sinais clínicos ● Isolamento viral: secreção nasal, sangue, fezes, linfonodos, intestinais ● PCR ● Exames sorológicos ○ É limitado, pois os resultados sofrem influência dos anticorpos maternos adquiridos pela mamada de colostro e vacinação ● Biópsia em orelha dos neonatos para identi�car se o animal é PI ○ Resultado não é influenciado pelos anticorpos do colostro ou vacinais Controle e prevenção da BVD ● O principal objetivo é prevenir a infecção fetal ● Tratamento dos sintomáticos + controle de infecções secundárias ● O controle pode ocorrer com uma combinação de medidas que envolvem a identi�cação dos PI’s, vacinação e biosseguridade do rebanho ● Vacinação não “trata” os animais infectados pelo vírus da BVD ○ Não existe tratamento para animais PI’s ○ A vacinação tem a �nalidade de reduzir a transmissão entre os animais e não possuem efeito “curativo” ○ Um animal PI disseminará o vírus durante toda a sua vida produtiva, por esse motivo temos a necessidade de eliminá-lo do rebanho Como ocorre a transmissão da BVD? ● A transmissão do vírus ocorre antes ou após o nascimento ● Como tem tropismo por sistema reprodutivo, o vírus pode atravessar a placenta da vaca que está prenhe e atingir o feto ● O PI transmite também pelo contato direto, por meio de secreção nasal, lágrima, saliva, urina, fezes, leite e sêmen ● O vírus eliminado por estas vias sobrevive no meio ambiente por muitos dias e contamina equipamentos e materiais usados no manejo do rebanho, tais como cabrestos, mamadeiras, formigas, agulhas, dentre outros. ● Procedimentos como inseminação arti�cial e palpação retal também são formas de transmissão ● A duração e a intensidade do quadro clínico dependem do status imune do bovino doente Animais persistentemente infectados (PI) pela BVD ● BVD tem a capacidade de ultrapassar a placenta em qualquer período gestacional, afetando assim o embrião ou feto ● A infecção ocorrida entre 40 até 120 dias da gestação, momento no qual o feto não consegue produzir anticorpos para combater o vírus (porque seu sistema imune ainda está em formação), faz com que o sistema imune reconheça o vírus como próprio, o que resulta em um animal persistentemente infectado (PI) ● Os animais PI’s nascem soronegativos (sem anticorpos) e clinicamente normais ○ Porém, eliminam partículas virais em suas secreções e excreções ao longo de toda a vida do animal ○ O animal PI é o principal agente epidemiológico responsável pela disseminação e persistência da doença em uma fazenda ● O destino do PI no rebanho é variável, podendo manifestar o quadro crônico da BVD, chamado de Doença das Mucosas (diarreia) ou passar a vida toda despercebido até chegar à idade reprodutiva ● Após a identi�cação dos neonatos PI’s, realiza o teste ELISA de fragmento da orelha nas mães e avós, caso estejam vivas, seguindo o mesmo protocolo de testagem e retestagem, após 21 a 30 dias, naqueles animais que forem positivos no 1º teste ● Em todos os animais que nascerem na propriedade que teve histórico deve ser coletado o fragmento de cartilagem da orelha e analisados com o teste ELISA com o mesmo protocolo de testagem e retestagem ● Só depois de um período de 9 meses sem que nenhum animal PI tenha sido identi�cado, para estabelecer que não há mais nenhum PI Vacinação de IBR e BVD Vacina Primovacinação em bezerros Animais adultos não vacinados Animais já vacinados - Vacina reprodutiva ou vacina respiratória - Ambas possuem ação contra IBR e BVD) - Realizar a vacinação a partir dos 3 meses de idade - Reforço da vacina após 21-30 dias - Aplicar novamente após 6 meses da última - Realizar a vacinação - Repetir após 30 dias - Propriedades com baixos índices - anualmente - Reforçar e monitorar o treinamento da equipe - Realizar a vacinação anualmente
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