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Controle da Qualidade • Introdução ao Controle da Qualidade • Conceitos de Qualidade • TQM – Total Quality Management • Conceito de Produtividade • Conceito de Competitividade · O objetivo desta Unidade é conhecer as definições de Controle da qualidade · histórico; · evolução; · conceitos. OBJETIVO DE APRENDIZADO Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que possibilitará obter conhecimentos iniciais sobre Controle da qualidade. Nesta Unidade, você também encontrará uma atividade composta por questões de múltipla escolha, relacionada ao conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar conhecimentos e debater questões no fórum de discussão. É extremante importante que você consulte os materiais complementares, pois são ricos em informações, possibilitando aprofundamento de seus estudos sobre este assunto. ORIENTAÇÕES Controle da Qualidade UNIDADE Controle da Qualidade Contextualização Vamos iniciar esta Unidade a partir do exemplo a seguir: É muito comum na Padaria, na fila de compra de pães, escutarmos: – Quero o mais branquinho. – Eu quero o mais moreninho. Vemos aqui um atributo de qualidade que tem diferentes avaliações do cliente. Para o primeiro cliente, a satisfação do seu pedido será um pãozinho com a casa mais clara; já para o segundo cliente, a casca deve ser mais escura. Seguramente, os dois tipos de pães saem da mesma fornada com diferenças de cor, talvez pela proximidade da fonte de calor. Comece a pensar QUALIDADE pelas seguintes questões: – O que é qualidade? Como é a percepção do consumidor?; – Qual deve ser o direcionamento dos processos para atingi-la? 6 7 Introdução ao Controle da Qualidade Podemos conceituar Controle da Qualidade como medidas adotadas por organizações diversas que definem ações, padrões e procedimentos para que se obtenha controle e melhorias dos processos e de diversas atividades essenciais das organizações. Sempre se deve ter em mente que por Controle da Qualidade devemos levar em consideração quais são as expectativas esperadas pelos acionistas das organizações, pelos seus funcionários, pelos seus clientes, pelos seus fornecedores e, por fim, pela sociedade de forma geral. As organizações certificam padrões de qualidade por meio de testes nas propriedades de seus produtos, atendimentos e serviços. Como controle, além de considerarmos os controles internos estabelecidos pelas organizações, há de se considerar, também, os órgãos regulamentadores que especificam padrões e normas técnicas. Estas regulamentações devem ser seguidas, sendo que a falta de cumprimento dessas legislações pode levar a graves sanções. Com o advento da Revolução Industrial, inicia-se, então, o conceito de controlar a qualidade dos artefatos produzidos, sendo que nessa época tal controle se restringia à conferência do trabalho que os artesãos desenvolviam. Desde então, houve muito progresso no Controle da Qualidade; porém, somente a partir do século XX é que foram aperfeiçoadas as técnicas relativas ao Controle da Qualidade tais como as conhecemos nos dias de hoje. Os padrões de qualidade começam a surgir quando são estabelecidas as relações de comércio (compra e venda) na sociedade. Havia, então, a necessidade de se criar definições para a fabricação dos produtos desenvolvidos pelos artesãos e também especificações. Tais relações de comércio, que começam a ser estabelecidas na Idade Média, eram reguladas pelas corporações de ofício, conhecidas como Guildas, as quais tinham por objetivo, entre outros, a regulação dos processos produtivos artesanais que aconteciam naquela época. Normalmente, o controle da qualidade era definido pelo próprio artesão produtor e quando ocorriam produtos de qualidade inferior ao especificado, os artesãos sofriam punições A partir da Revolução Industrial, surge a necessidade da padronização dos processos de fabricação dos produtos – Standartização. As fábricas já contavam com a figura do Supervisor de Produção, que tinham a incumbência de fiscalizar os operários na fabricação dos produtos a partir das especificações técnicas pré-determinadas, com o objetivo de evitar desperdício. 7 UNIDADE Controle da Qualidade Nessa época, 4% de desperdício era considerado um ótimo resultado em um processo produtivo de alto rendimento. Desde a Idade Média até meados do século XX, o objetivo do Controle da qualidade era focado na inspeção. A partir das primeiras décadas do século XX, o Controle da Qualidade é desenvolvido pelo Inspetor da Qualidade (Figura 2) que controla a produção em massa que surge nesta época. Surge, também, o departamento de Controle da Qualidade, que tem como principal objetivo, então, a ação corretiva A partir da década de 1930, até a década de 1970, a qualidade nas linhas de produção é baseada no Controle Estatístico da Qualidade, muito difundido pelo trabalho desenvolvido por W. E. Deming, que utilizava como estratégia básica a tomada de decisão por meio de dados estatísticos. O controle passa a ser feito por técnicas de amostragem, eliminando-se, assim, a inspeção de 100 % da produção. Então, o objetivo da qualidade passa a ser a ação corretiva. O Japão pós 2ª Guerra Mundial começa, pela presença americana no intuito de reconstruir o país, a elevar os seus padrões de qualidade, muito pela utilização dos ensinamentos de Deming e Juran. Hoje, reconhecemos os produtos japoneses por sua excelência em qualidade. Seguindo nossa evolução na qualidade, em meados da década de 1950 até meados da década de 1980, a maior inovação da qualidade se dá na Qualidade Assegurada ou Garantia da Qualidade, na qual o enfoque do Controle da Qualidade está na prevenção. Por Qualidade Assegurada podemos entender o monitoramento contínuo do processo, no qual todos são responsáveis pela qualidade e há uma exigência constante em relação à ela. A partir do final da década de 1980, até os dias atuais, vivemos a era da Gestão da Qualidade, na qual o objetivo é o mercado consumidor e o envolvimento no Controle da Qualidade é de todos, sem exceção, inclusive da alta gerência. A qualidade é gerenciada e as empresas buscam as implementações de ISO 9000 e TQM. A ênfase continua sendo a prevenção. Surgimento da inspeção como atividade normal (Taylor) INSPEÇÃO TQM ISO 9000 GESTÃO DA QUALIDADE Controle da qualidade Total Programas de Zero-Defeito Custos da Qualidade Con�abilidade QUALIDADE ASSEGURADA Inspeção com uso de métodos estatísticos Controle Estatístico da Qualidade INSPEÇÃO POR AMOSTRAGEM 1920Final do século XVIII 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Abordagem Corretiva Abordagem Preventiva e Sistêmica 8 9 De modo geral, o profissional responsável pelo Controle da Qualidade nas empresas é o Engenheiro de Produção (Figura 6), bem como o Engenheiro Industrial ou de Produção Industrial. Tal profissional tem a incumbência da implementação e da manutenção, bem como da melhoria dos processos nas organizações nas quais atua, participando, entre outras atividades, da fiscalização da produção dos manufaturados. Essa figura de controle surgiu com o advento da Revolução Industrial para o controle do processo produtivo e vem evoluindo até os dias de hoje, em que tem papel altamente destacado nas organizações, já que o nível de exigência dos consumidores é cada vez mais elevado. Conceitos de Qualidade Defi nições de Qualidade Enfoque Autor Conceito da qualidade Cliente Juran A qualidade consiste nas características do produto que vão ao encontro das necessidades dos clientes e, dessa forma, proporcionam a satisfação em relação ao produto. Feigenbaum Qualidade é a combinação das características de produtos e serviços referentes a Marketing, Engenharia, Fabricação e Manutenção, por meio das quais o produto ou serviço em uso corresponderão às expectativas dos clientes. Deming A qualidadeé a perseguição às necessidades dos clientes e homogeneidades dos resultados do processo. Conformidade Crosby Qualidade quer dizer conformidade com as exigências, ou seja, cumprimento dos requisitos. 9 UNIDADE Controle da Qualidade Enfoques e Limitações de Abordagens de Qualidade Autores Abordagens Principais Limitações das abordagens FEIGENBAUN (Década de 50) Introdutor da noção da gestão da Qualidade Total com o livro “Total Quality Control”; • A Qualidade é responsabilidade de todos na organização. • Fornece abordagem total ao controle da qualidade, enfatizando a importância da administração; • Inclui ideias do sistema sóciotécnico, promovendo a participação de funcionários. • Não discrimina diferentes conceitos da qualidade; • Não reúne as diferentes teorias da qualidade em um todo coerente. DEMING “O Pai do Controle da qualidade no Japão”; deve-se a ele o sucesso das empresas japonesas a partir de 1950. • “14 pontos para melhoria da qualidade”, fundamentos na assertiva de que a qualidade aumenta com a diminuição da variabilidade do processo. • Fornece lógica sistemática e funcional que identifica estágios de melhoria da qualidade; • Enfatiza que a administração antecede a tecnologia; • Liderança e motivação são reconhecidas como importantes; • Enfatiza o papel dos métodos estatísticos e quantitativos • Plano de ação e princípios metodológicos às vezes são vagos; • A abordagem de liderança e motivação é vista por alguns como idiossincrática; • Ausência de tratamento para situações políticas e coercitivas. JURAN Procurou mudar o enfoque na visão fabril tradicional de qualidade de atendimento às especificações para uma abordagem voltada ao usuário baseada na “adequação ao uso”. Considerado um educador chave para a gestão da qualidade no Japão. • Enfatiza a necessidade de ponderar a euforia exagerada dos slogans de qualidade; • O papel do consumidor interno e externo; • O envolvimento e comprometimento da administração. • Não considera a contribuição do trabalhador ao rejeitar iniciativas participativas. • Ênfase em sistemas de controle, preterindo dimensões humanas na organização. • Limita aspectos relativos à liderança e à motivação. ISHIKAWA Tido como criador do conceito de círculo de qualidade e diagramas de causa e efeito, criticando a ênfase excessiva do controle estatístico da qualidade no Japão, argumentando que as pessoas se deparavam com ferramentas complexas e difíceis. • Ênfase na importância da participação das pessoas no processo de soluçãode problemas; • Oferece um composto de técnicas estatísticas e de orientação para pessoas; • Introduziu o conceito dos círculos de Controle • Simplicidade do método proposto de análise e solução de problemas; • Melhor adequação à passagem das ideias para ação nos círculos de Controle da Qualidade. TAGUSHI Enfatizou uma abordagem da melhoria da qualidade por meio da melhoria do design do produto, combinada com métodos estatísticos de Controle da Qualidade, introduzindo conceito de QLF (Quality Loss Function), abordando o conceito de perda imposta à sociedade. • Trata a qualidade desde o estágio do design; • Dimensão social da qualidade, além da organizacional; • Métodos devem ser desenvolvidos para engenheiros práticos em vez de estatísticos teóricos. • Aplicação dificultada quanto a avaliar desempenho; • Considerado importante quando se deseja motivar e administrar pessoas; • Excessiva “especialização” da qualidade, em vez de maior envolvimento com o operacional. CROSBY “Conformidade com as exigências”. É mais conhecido por seus trabalhos na área de custos de qualidade e benefícios da implantação de programas de qualidade, tendo elaborado programas visando a reduções de custo total da qualidade. • Métodos fáceis de serem seguidos, com reconhecimento da importância do trabalhador; • Motiva o processo de início da qualidade, explicando a sua realidade e necessidade. • Baixa ênfase em métodos estatísticos e excesso de responsabilidade ao sucesso creditado aos funcionários. 10 11 Conceito de Qualidade representada por oito dimensões – Garvin 1ª Dimensão – Desempenho É caracterizada pelas funções básicas de um determinado produto, as funções principais para o funcionamento de determinado produto. Por exemplo, considerando-se um automóvel, consideraríamos a eficiência dele; 2ª Dimensão – Característica É caracterizada pelas funções auxiliares de um determinado produto que iriam complementar o funcionamento básico de determinado produto em que diferenciam um produto dos seus concorrentes. Por exemplo, considerando-se o mesmo exemplo do automóvel, os acessórios definem a sua característica; 3ª Dimensão – Conformidade É caracterizada como sendo quanto um produto está em concordância com os padrões pré-estabelecidos. Por exemplo, as grandezas de medidas, quantidades, dimensões, tamanho etc. Avaliam a conformidade do produto em relação ao padrão; 4ª Dimensão – Confiabilidade A confiabilidade pode ser representada pela baixa probabilidade de um produto apresentar risco de defeito ao longo do seu ciclo de vida. Por exemplo, é avaliada por meio de medidas que comparam o produto ao longo do tempo com as medidas pré-estabelecidas; 5ª Dimensão – Durabilidade Caracteriza-se pela medição da vida útil de determinado produto, até que ele seja substituído por outro. Por exemplo, a garantia de um pneu é definida pelo tempo ou então pela quantidade de quilômetros rodados por um automóvel; 6ª Dimensão – Imagem É relacionado ao julgamento pessoal, caracterizando-se pela subjetividade com que as pessoas demonstram suas preferências individuais. Por exemplo, consideramos os aspectos de aparência do produto na visão do cliente, o que sente com o cheiro, o sabor etc.; 7ª Dimensão – Atendimento ao cliente É caracterizada pela asseguração da continuidade do atendimento prestado após a efetivação da venda do produto/serviço, a cortesia, a velocidade no atendimento, por exemplo, os serviços de SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente, a Assistência Técnica etc.; 11 UNIDADE Controle da Qualidade 8ª Dimensão – Qualidade percebida É baseada na opinião individual do cliente; é a caracterizada por suas referências pessoais sobre qualidade de um determinado produto. Por exemplo, se considerarmos qualidade em um relógio, logo pensamos em um relógio suíço, em qualidade em cerveja, cervejas belgas ou alemãs. Este conjunto de abordagens e dimensões, quando relacionados entre si, permite- nos estabelecer critérios generalistas de avaliação da qualidade. Veja a tabela a seguir: Abordagens Dimensões Transcendental Qualidade percebida A qualidade é vista como sinônimo de perfeição e de excelência; não há necessidade nenhuma de complemento para qualificar um produto. Produto Desempenho, características A qualidade associada ao produto é sempre uma variável que pode ser medida Consumidor Imagem, qualidade percebida, características, desempenho, atendimento ao cliente. A qualidade está associada ao produto que melhor atende às necessidades e expectativas dos consumidores de acordo com o que eles desejam. Produção Conformidade, confiabilidade A qualidade é intrinsicamente relacionada à Engenharia de Produção, ou seja, um produto com qualidade é aquele que não sofreu modificação desde a concepção de seu projeto; é fazer certo na primeira vez. Valor Durabilidade A qualidade é aqui definida em relação ao custo e preço do produto ou serviço 12 13 1. Criar a constância de propósitos para a melhoria do produto e serviço (qualidade, custo e prazo). 3. Utilizar controle estatístico da qualidade (cessar dependência da inspeção em massa). 12. Remover os obstáculos que não permitam ao empregado ter orgulho do seu trabalho. 14. Criar na alta administração umaestrutura que diariamente pressione a efetivação dos 13 itens acima (PDCA). 6. Identi�car e implementar métodos e�cazes de treinamento. 8. Eliminar o medo do ambiente de trabalho. 9. Demolir as barreiras entre departamentos. 13. Eliminar padrões de trabalho que �xem cotas numéricas. 2. Defeito Zero - Adotar a �loso�a de “ não podemos conviver com os níveis considerados normais de atrasos, erros e execução defeituosa do trabalho. 4. Eliminar fornecedores que não podem enquadrar-se com evidências estatísticas de qualidade (não compram apenas na base do preço) 10. Eliminar metas numéricas, cartazes e slogans dirigidos aos trabalhadores pleiteando novos níveis de produtividade, se para isso os métodos não tiverem sido providenciados. 5. Identi�car problemas. É dever da Administração trabalhar continuamente o sistema (melhorar constantemente o sistema de produção e os serviços) 7. Instituir métodos modernos para supervisionar os trabalhadores da produção. A responsabilidade dos supervisores deve ser mudada de quantidade para qualidade. 11. Instituir um contínuo desenvolvimento na educação e capacitação para a qualidade de forma global e em todos os níveis da empresa Conceitos Deming Qualidade Total 13 UNIDADE Controle da Qualidade Os 10 Princípios da Qualidade Total 1º - Total satisfação dos clientes É a forma pela qual as empresas conseguem manter-se sobrevivendo a partir da fidelidade adquirida pelos seus clientes; 2° Gerência Participativa Tem por objetivo o desenvolvimento das corporações, sem, entretanto, esquecer dos indivíduos participantes deste processo, valorizando-os; 3° Desenvolvimento de Recursos Humanos Participante fundamental na criação de um ambiente de trabalho que motive a todos na busca da qualidade total das organizações nas quais estão inseridas; 4° Constância de propósitos A qualidade total implantada só consegue se manter se houver a constância de propósitos; aí a figura do líder da corporação é fundamental para que isto ocorra; 5° Aperfeiçoamento Contínuo “Somos aquilo que fazemos repetidas vezes; portanto, a excelência não é fruto de um feito e sim de um hábito” (ARISTÓTELES) Estar atento às mudanças ocorridas na sociedade e até mesmo, se possível, antever estas mudanças, permite que as organizações garantam os seus mercados e busquem novas possibilidades de negócios; 6° Gerência de Processos Tem o papel de promover a integração entre as áreas da empresa, criando um clima de integração entre os setores. Utiliza o conceito de cliente-fornecedor. Partindo do cliente externo, os processos se comunicam, sendo o processo anterior categorizado como fornecedor e o processo seguinte, o cliente; 7° Delegação Em definição do dicionário podemos encontrar que delegar é incumbir; fazer uma transmissão de; conceder poderes ou obrigações a outra pessoa. No ambiente empresarial, podemos dizer que a delegação consiste em transferir poderes de decisão para as pessoas que se encontram perto de onde ocorre a ação. Como o empresário não pode, nem tem condição de tomar todas as decisões em todas as situações na empresa, a solução é a delegação de competências; 14 delegar = coprodução 15 8° Disseminação de informações O fluxo de informações com maior nível de transparência nas empresas é pré-condição para que se possa pensar em implantar um programa de qualidade total nas empresas. Dentro das organizações, todos devem conhecer e, o mais importante, entender o negócio, a missão, os grandes objetivos da empresa; 9° Garantia da Qualidade A garantia da qualidade dos serviços e produtos desenvolvidos pela organização só pode ser garantida pela formalização dos processos, ou seja, pela sistematização dos processos. A garantia desta sistematização é obtida por meio da documentação escrita, que deve ser de fácil entendimento e garantam que os processos não sejam alterados com possíveis mudanças nas pessoas das organizações. Para que haja a fidelização de clientes, a garantia da qualidade nos serviços e no produto é peça fundamental deste processo; 10° Não aceitação de erros As organizações devem buscar o padrão de excelência do “Defeito Zero”. Esse valor deve ser disseminado e incorporado por todos na organização, buscando sempre a excelência nas atividades desenvolvidas por todos. TQM – Total Quality Management TQM – Estratégia na qual as administrações das empresas utilizam no gerenciamento da relação de todos os participantes que estão relacionados com a existência da empresa, com o foco de que todos tenham a devida noção do quão é importante se ter qualidade em todos os processos da organização. MISSÃO DO TQM Melhoria Contínua Da qualidade Controle Estatístico da Qualidade Foco na solução sistemática de problemas Foco no cliente Participação total Comprometimento da Gerência MODELO INTEGRADO DO TQM 15 UNIDADE Controle da Qualidade Conceito de Produtividade Aumentar a produtividade é produzir cada vez mais e/ou melhor, com cada vez menos. PRODUTIVIDADE = VALOR PRODUZIDO = Taxa de valor VALOR CONSUMIDO AGREGADO Máxima satisfação do cliente ao menor custo. PRODUTIVIDADE = QUALIDADE = FATURAMENTO CUSTOS CUSTOS Para se ter aumento de produtividade, é necessário fazer os seguintes movimentos: 1. Aporte de capital para se melhorar o HARDWARE (Equipamentos e Materiais); 2. Melhoramento dos procedimentos (SOFTWARE) por meio de Pessoas; 3. Aporte de Conhecimento para a melhoria das pessoas. Portanto, para que ocorra aumento de produtividade, é necessário o aporte de capital e também o aporte de conhecimento Conceito de Competitividade Ser competitivo é ter a maior produtividade entre todos os concorrentes. O que garante a sobrevivência de uma empresa é a garantia de sua competitividade 16 post • Controle da Qualidade Total • Conceito do Controle da Qualidade Total • Controle Estatístico da Qualidade • Controle Estatístico de Processo (CEP) · Conhecer as Ferramentas da Qualidade; · Conhecer os conceitos e aplicação de Fluxograma de Processo, Diagrama de Causa e Efeito, Gráfico de Controle, Histograma, Diagrama de Dispersão, Gráfico de Pareto, Estratificação e Folha de Verificação OBJETIVO DE APRENDIZADO Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que possibilitará conhecimentos de Ferramentas da Qualidade. Você também encontrará uma atividade composta por questões de múltipla escolha, relacionada ao conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar conhecimentos e debater questões no fórum de discussão. É extremante importante que você consulte os materiais complementares, pois são ricos em informações, possibilitando o aprofundamento de seus estudos sobre este assunto. ORIENTAÇÕES Ferramentas da Qualidade UNIDADE Ferramentas da Qualidade Contextualização Caro(a) aluno(a) Vamos iniciar esta Unidade a partir do exemplo a seguir. Aplicação de ferramentas de melhoria de qualidade e produtividade nos processos produtivos: um estudo de caso Artigo de Jonas Maiczuk e Pedro Paulo Andrade Júnior tem por objetivo aplicar ferramentas da área de gestão da qualidade, analisando a aplicação destas, ligadas ao Controle Estatístico do Processo (CEP), realizando um estudo de caso em uma empresa de pequeno porte do ramo cárneo inerente à percepção, aplicabilidade, metodologia e uso das ferramentas de controle da qualidade. De forma específica, buscou-se, com as diversas ferramentas da qualidade, sendo o Diagrama de Pareto, Fluxograma, Diagrama Ishikawa, 5W2H e Folha de Verificação, fundamentais para identificar e solucionar os principais problemas na produção de embutidos, utilizando um o plano e de ação eficiente a fim de controlar ou eliminar as causas potenciais dos problemas. Com a análise dos gráficos e tabelas desenvolvidas, verificou-se que os resultados obtidos foram relevantes, superando o esperado,atingindo um melhor controle contínuo do processo, permitindo que se alcance melhor qualidade, menor custo, maior capacidade de produção e a possibilidade de desenvolver um plano de ação para variações. Ao decorrer da evolução do estudo de caso, foram verificadas as significativas mudanças na empresa, desde um melhor controle da produção, visão expandida dos pontos principais onde se pode melhorar além de demonstrar o valor do CEP e das Ferramentas da Qualidade em uma empresa de pequeno porte. (Fonte: http://goo.gl/Lngg96) Comece a pensar Ferramentas da Qualidade pelas seguintes questões: · Como usá-las?; · Qual seu beneficio? 6 7 Controle da Qualidade Total O TQC (Controle da Qualidade Total) tem como objetivo principal a total satisfação entre fabricantes e clientes (Figura 1). É definido como um sistema de gestão da qualidade que vai além do conceito da qualidade aplicada ao produto. A qualidade, sob a ótica apregoada e alvo do TQC, é entendida como a superação das expectativas não apenas do cliente, mas de todos os envolvidos: fornecedores, fabricantes e clientes. O TQC é utilizado nas organizações com o foco na satisfação total do cliente por meio da implementação de um sistema plenamente capaz, que integra desenvolvimento, manutenção e melhoria da qualidade por meio da capacitação das diversas áreas das organizações como Marketing, Engenharia, Produção e Assistência Técnica. Levando-se em conta o histórico de qualidade, inicialmente ela se referia somente ao atendimento das especificações técnicas para produtos/serviços. O parâmetro para qualidade podia ser entendido como produto final/serviço sem defeitos. O próximo passo na qualidade foi a introdução do Controle Estatístico do Processo, no qual era dada ênfase à qualidade no processo, ou seja, a condição em que o produto era produzido passou a ser muito importante. Evoluindo um pouco mais, foram introduzidos o conceito de Defeito-Zero e Custo da Qualidade, até se chegar ao conceito da Qualidade Total, que foca a satisfação/superação das expectativas dos clientes, internos e externos à Organização. Feigenbaun, teórico do estudo da qualidade, foi o primeiro a cunhar o termo “Controle da Qualidade Total”, em meados da década de1950. Feigenbaun disse que a qualidade só poderia ser alcançada por meio de trabalho conjunto entre todos os envolvidos da Organização, e não somente restrito a um grupo e pessoas. A ênfase que Feigenbaun expõe é a da comunicação entre os departamentos da Organização, principalmente os responsáveis por produção, materiais e design (Figura 2). A partir da década de 1950, o TQC começou a ser desenvolvido no Japão, com o esforço para o desenvolvimento da indústria japonesa, que havia sofrido muito devido à II Guerra Mundial. 7 UNIDADE Ferramentas da Qualidade Figura 2 - Equipe envolvida Willian Eduards Deming vai ao Japão e difunde seus métodos de controle da qualidade e administração de empresas para os empresários japoneses, causando grande impacto no país, tornando-se peça fundamental no ressurgimento industrial japonês, dando os primeiros passos para se tornar a potência internacional que o Japão é hoje. As indústrias começaram a implementar, pela primeira vez, um processo padronizado de controle da qualidade, que viria a ser o conhecido TQC. As principais características que foram implementadas e se diferenciavam dos sistemas de controle que se utilizavam até então foram: · O objetivo principal durante todo o processo de produção é o da satisfação do cliente; · Implementação do sistema de aperfeiçoamento contínuo. Adotou-se a filosofia de que em todo dia de trabalho haveria de ser feita uma melhoria em algum departamento na empresa, de que sempre é possível melhorar em busca da excelência; · Promoção de um ambiente menos discriminatório dentro da empresa por meio da integração dos setores e funcionários, possibilitando, também, um ambiente mais saudável; · Ênfase no respeito ao trabalhador. O TQC pode ser resumido como sendo uma filosofia administrativa/empresarial, com atuação global nas empresas, implantada de cima para baixo na estrutura organizacional, abrangendo basicamente os principais pontos: qualidade, confiança, respeito e participação. 8 9 O TQC é dividido em 2 grandes áreas: · Área do gerenciamento; · Área técnica. O TQC é implantando nas organizações para que elas possam atingir o seu principal objetivo: a sobrevivência por meio da total satisfação de seus clientes. Isso se deve ao atendimento dos objetivos das empresas, por meio das seguintes características: · É um sistema gerencial que estabelece padrões para atendimento das necessidades das pessoas a partir do reconhecimento da necessidade deles; · Este sistema gerencial tem o objetivo de manter os padrões que atendem às necessidades das pessoas; · Este sistema tem o objetivo da melhoria contínua dos padrões que atendem às necessidades das pessoas. Objetivo das Empresas Pessoas Envolvidas Meios para Atingir Satisfação TOTAL das expectativas das pessoas Consumidores Qualidade Empregadores Crescimento pessoal Acionistas Produtividade Vizinhos Contribuição Social Também podemos definir Qualidade Total como sendo o atendimento de todas as dimensões que afetam as necessidades das empresas para que atinjam sua sobrevivência. São elas: 1. Qualidade: diretamente ligada à satisfação, tanto dos clientes externos quanto dos clientes internos. Essa dimensão inclui toda a gama relacionada à qualidade no ambiente da empresa: a qualidade do produto, a qualidade encontrada na rotina da empresa, a qualidade dos funcionários, a qualidade dos objetivos da empresa etc.; 2. Custo: esta dimensão de custo não é só vista como custo final do serviço ou produto; aqui também são incluídos os custos intermediários; 3. Entrega: nesta dimensão, são avaliadas todas as condições de entregas de serviços ou produtos intermediários e finais de determinada empresa. São avaliados os índices de entrega de quantidades erradas e/ou local errado, índices de atrasos de entrega etc.; 4. Moral: a moral mede o nível médio de satisfação de um grupo de pessoas nas empresas. Essa dimensão pode ser medida por meio de níveis de absenteísmos, índices de reclamações de clientes, turn over etc.; 5. Segurança: aqui é avaliada a segurança dos funcionários e dos usuários dos produtos produzidos pelas empresas. São feitas, por exemplo, as medidas de números de acidentes. 9 UNIDADE Ferramentas da Qualidade As dimensões estão descritas na tabela a seguir: Dimensões da Qualidade Total Pessoas Atingidas Qualidade Total Qualidade Produto/Serviço Cliente, vizinho Rotina Custo Custo Cliente, acionista, empregado e vizinhoPreço Entrega Prazo Certo ClienteLocal Certo Qtdd. Certa Moral Empregados Empregado Segurança Empregados Cliente, empregado e vizinho Usuários Conceito do Controle da Qualidade Total Para que as empresas possam sobreviver nos dias de hoje, não basta que elas exijam dos colaboradores que façam o melhor ou que apresentem bons resultados; são necessários métodos que possam ser utilizados por todos na empresa, com o intuito de sua sobrevivência. Tais métodos devem ser aprendidos e aplicados por todos das organizações e são eles: a) Produzir e fornecer produtos e serviços que atendam às necessidades reais dos clientes. Em resumo, o que nós produzimos é a satisfação das necessidades humanas – ORIENTAÇÃO PELO CLIENTE; b) Garantia da sobrevivência da empresa. Ela se dá por meio do lucro contínuo adquirido pelo domínio da qualidade e do conceito de que quanto maior a qualidade, maior a produtividade – QUALIDADE EM PRIMEIRO LUGAR; c) Resolver o problema mais crítico identificado pelo fato de ser a mais alta prioridade. Para que se possa atingir esse objetivo, é necessário conhecero método que permite solucionar problemas – AÇÃO ORIENTADA POR PRIORIDADES; d) Utilizar como base dados e fatos para a tomada de decisão. Buscar não tomar decisões com base na intuição ou experiência, mas com base em dados e fatos – AÇÃO ORIENTADA POR FATOS E DADOS; e) Gerenciamento da empresa em cima dos processos, e não baseado nos resultados. O gerenciamento deve ser sempre preventivo, pois ocorrendo um mau resultado, a ação a ser tomada será tardia – CONTROLE DE PROCESSOS; f) Redução metódica das dispersões dos resultados, com o isolamento das causas fundamentais deles – CONTROLE DE DISPERSÕES; 10 11 g) O cliente é sempre o rei. Não é possível a venda de produtos ou processo defeituosos – O PRÓXIMO PROCESSO É SEU CLIENTE; h) Procurar sempre a prevenção da origem de problemas – CONTROLE A MONTANTE; i) Nunca permitir que ocorra novamente um problema que já ocorreu anteriormente devido à mesma causa – AÇÃO DE BLOQUEIO; j) Respeitar todos os colaboradores com seres humanos independentes – RESPEITO PELO EMPREGADO COMO SER HUMANO; k) Definir e garantir a execução da Visão e Estratégia da Alta Direção da Empresa – COMPROMETIMENTO DA ALTA DIREÇÃO. Como podemos conciliar o objetivo preconizado pela Qualidade Total – a grande função das empresas é a satisfação das necessidades das pessoas – com o lucro?Ex pl or Controle Estatístico da Qualidade Shewhart, que ficou conhecido como o “Pai do Controle Estatístico da Qualidade”, foi o pioneiro do Controle Estatístico da Qualidade, na década de 1920, quando trabalhava na empresa Bell Telephone como responsável das inspeções de componente para centrais de Telefone. Desde essa época, até o advento da II Guerra Mundial, apenas poucas empresas nos Estados Unidos haviam adotado as ideias de Shewhart. A partir de então, como havia grande necessidade de alta produção das empresas para abastecer os exércitos com alta qualidade e rapidez, foram difundidos os estudos do Controle Estatístico de Qualidade, com o apoio do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O Controle Estatístico de Qualidade fundamentava-se nos estudos das Cartas de Controle (Shewhart) e das Técnicas de Amostragem (Dodge e Romig). O uso de técnicas de amostragem tornou a inspeção mais eficiente, eliminando a “amostragem 100%”, que representava para as empresas, na maioria das vezes, elevados custos para tal atividade, além do tempo dispendido ser elevado também. Após a II Guerra, o conceito do Controle Estatístico de Processo foi levado ao Japão, por Deming. A ideia era auxiliar as empresas japonesas a se reerguerem após a Guerra. Deming havia trabalhado no Departamento de Controle da Qualidade das Forças Armadas americanas e também com Shewhart. 11 UNIDADE Ferramentas da Qualidade Deming tinha como objetivo básico na gestão de qualidade a utilização dos controles estatísticos, com o uso de dados numéricos para a tomada de decisão. O CEQ, a princípio, tinha como preocupação apenas detectar defeitos sem, entretanto, preocupar-se em investigar as causas que levam a tais defeitos, nem à prevenção deles. O Controle Estatístico de Processo (CEP) apresenta uma evolução com o CEQ (figura 3). Carta de Controle Diagrama de Pareto Diagrama de Dispersão Histograma Fluxograma Diagrama de Ishikawa Folha de Veri�cação Figura 3 - Ícones da qualidade Controle Estatístico de Processo (CEP) O Controle Estatístico do Processo (CEP) tem por objetivo o monitoramento de um processo, analisando se ele se encontra dentro dos limites pré-estabelecidos. Constitui-se verdadeira coleção de ferramentas que são utilizadas com a aplicação de métodos estatísticos, com a finalidade de melhoria da qualidade de serviços e produtos e prevenção de defeitos, bem como a redução de custos. O CEP preocupa-se com a obtenção da estabilidade do processo, processo estável, e com a necessidade de se encontrar as possíveis causas decorrentes que levam aos desvios do controle. O papel do CEP As ferramentas que permitem monitorar um processo e dizer se ele está ou não sob controle são chamadas “Sete Ferramentas da Qualidade”. São elas: 1. Gráfico de Ramo-e-Folhas ou Histograma; 2. Folha de Controle; 12 13 3. Gráfico de Pareto; 4. Diagrama de Causa-e-Efeito; 5. Diagrama de Concentração de Defeitos; 6. Diagrama de Dispersão; 7. Gráficos de Controle. Vamos conhecer um a um. 1) Gráfico de ramos e folhas ou histograma · Neste tipo de gráfico, são apontadas as frequências de valores coletadas de uma variável; · Com este tipo de gráfico (Figura 4), por ser muito visual, podemos rapidamente identificar as seguintes variáveis: a) Forma da distribuição de frequências. Podemos visualizar se ela é simétrica ou assimétrica; b) Tendência Central ou Posição. Os valores de média, mediana ou moda; c) Variabilidade (dispersão), · Mesmo sendo uma ótima ferramenta de visualização, nesses tipos de gráficos não é levada em conta a ordem temporal dos acontecimentos, o que, na maioria dos problemas de qualidade, tem muita importância. Exemplo: Seguem os dados (rol com 51) 155 159 144 129 105 145 126 116 130 114 122 112 112 142 126 118 118 108 122 121 109 140 126 119 113 117 118 109 109 119 139 139 122 133 126 123 145 121 134 124 119 132 133 124 129 112 126 148 147 106 156 Ramos e folhas 10 5 68 9 9 9 11 2 2 2 3 4 6 7 8 8 8 9 9 9 12 1 1 2 2 2 3 4 4 6 6 6 6 6 9 9 0 2 3 3 4 9 9 14 0 2 4 5 5 7 8 15 5 6 9 · Mediana: 124, que corresponde ao 26º item do rol; · Moda: 126, é o valor de maior frequência do rol. 13 UNIDADE Ferramentas da Qualidade Figura 4 - Exemplo de um Histograma 2) Folha de Controle A Folha de Controle ou Folha de Verificação (Figura 5) é utilizada como registro do histórico passado e atual de uma variável de processos. É um meio de coleta de dados muito simples. No planejamento de uma Folha de Verificação, tem de se especificar os seguintes pontos: · Qual tipo de dado será coletado; · Data; · Operador; · Outras informações tantas que se façam necessárias para auxiliar a investigação de causas que possam afetar o processo. O planejamento da Folha de Controle é muito importante para que não ocorram falhas que poderão influenciar a estabilidade do processo que se quer analisar. Por exemplo, vamos ver uma folha de controle que coleta dados sobre a quantidade de defeitos de produtos mensalmente. Colaborador: Antonio Marins Local: Linha de Envasamento Figura 5. Exemplo de Folha de Controle ou Folha de Verificação 2015 2016 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 Rolhas soltas 2 4 3 2 1 1 4 3 2 2 1 1 Garrafas quebradas 1 2 1 4 2 3 6 1 1 4 4 1 2 1 Rótulos com delaminação 4 3 3 2 4 2 1 1 1 3 2 1 2 2 ............................. Cores desconexas 1 2 1 2 1 1 1 14 15 3) Gráfico de Pareto O Gráfico de Pareto (Figura 6) é um gráfico de colunas muito parecido com o Histograma; porém, é construído ordenando as frequências da maior para a menor, o que possibilita identificar de forma rápida os problemas que ocorrem com maior frequência. Desta forma, é possível a priorização dos problemas. De acordo com o princípio de Pareto: · 20% das causas são responsáveis por 80% dos problemas. 39% 23% 18% 10% 7% 3% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Materiais Medida Mão de Obra Metodo Meio Ambiente Outros Fr eq uê nc ia A cu m ul ad a % Fr eq uê nc ia A bs ol ut a Possíveis Causas Diagrama de Pareto Figura 6 - Exemplo de Gráfi co de Pareto 4) Diagrama de Ishikawa (Diagrama de Causa e Efeito) Ferramenta gráfica muito eficiente na localização e reparo de defeitos. É conhecido também como Diagrama Espinha de Peixe ou Diagrama de Causa e Efeito (Figura 7). Ishikawa o desenvolveu inicialmente em meados da década de 1940 e posteriormente o foi aperfeiçoando. Estruturalmente,o diagrama classifica os problemas em 6 categorias diferentes: mão de obra, método, matéria-prima, máquina, meio ambiente e medida. As causas potenciais para a identificação de um problema ou oportunidades de melhorias são elencadas entre as 6 categorias diferentes e, a partir de então, é feita uma análise para identificar quais são as causas possíveis para este problema. Geralmente, a ferramenta é utilizada por uma equipe multidisciplinar envolvida no processo que se quer analisar, a qual irá enumerar as possíveis causas para o acometimento do problema. 15 UNIDADE Ferramentas da Qualidade CAUSAS MÉTODO MATÉRIA-PRIMA MEIO AMBIENTE PROBLEMA (EFEITO) MÁQUINA MÃO DE OBRA MEDIDA Figura 7 - Exemplo de Diagrama de Ishikawa Etapas para a construção do Diagrama de Causa e Efeito: · Definir o problema ou efeito; · Discutir em equipe as potenciais causas; · Desenhar a caixa de efeito e a linha central; · Citar em caixas ligadas à linha central as principais categorias de causas; · Identificar causas dentro de cada categoria; · Ordenar as causas, a partir das que provocam maior impacto ao problema; · Tomar ações corretivas. Este Diagrama é uma ótima ferramenta de gestão à vista, pois leva em consideração todos os pontos levantados pela equipe e deixa esses dados bem disponíveis para consulta (Figura 8). dirigir muito rápido pneus vazios tráfego desgaste de peças uso incorreto das marchas temperatura adição de água manutenção inadequada óleo errado erro no marcador falta de treinamento combustível adulterado MÉTODO MÃO DE OBRA MATERIA-PRIMA Consumo Elevado de Combus�vel t áf MEIO AMBIENTE MÁQUINA MEDIDA Figura 8 -Exemplo de aplicação do diagrama de Ishikawa para um consumo elevado 16 17 5) Diagrama de Concentração de Defeitos É representado como sendo uma das unidades daquilo que se deseja produzir, descrevendo todas as vistas relevantes de tal unidade. Indica-se na figura, então, quais são os pontos nos quais há possibilidade de ocorrerem defeitos. Com isso em mãos, faz-se um estudo nesses pontos, a fim de se analisar se estes pontos trarão informações úteis sobre as possíveis causas dos defeitos. Como exemplo, utilizaremos uma unidade de uma geladeira (Figura 9). Parte Superior Frente Parte Inferior Traseira Lateral DireitaLateral Esquerda Figura 9 - Vistas de uma geladeira 6) Diagrama de Dispersão O Diagrama de Dispersão (Figura 10) é uma ferramenta muito utilizada para demonstrar, ou não, possíveis relações entre duas variáveis e a intensidade da relação entre elas. Demonstra, também, que problemas ocorridos em uma variável relacionada leva a problemas em outras variáveis. 0 5 10 15 20 94 96 98 10 0 10 2 Figura 10 - Exemplo de Diagrama de Dispersão 17 UNIDADE Ferramentas da Qualidade Por exemplo, nessa relação, vemos que quanto mais idade a mulher apresenta, mais velho também será o marido. 7) Cartas de Controle As Cartas de Controle começaram a ser utilizadas na década de 1920, nos estudos de Shewhart. Elas são utilizadas para monitoramento de processo e construídas utilizando como base um histórico do processo que está sob controle. Na Carta de Controle (Figura 11), são determinadas estatisticamente faixas de limite de controles (limite de controle inferior e superior) e também uma linha média. O objetivo das Cartas de Controle é apontar, por meio deste meio gráfico, se o processo está sob controle. 990 995 1000 1005 1010 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Amostras LS C LM L I C Figura 11 - Exemplo de Carta de Controle Finalidade das cartas de controle · Conhecimento do processo: quando se deseja saber se o processo apresenta ou não variações do tipo casual; · Controle do processo: quando se deseja manter o processo sob controle estatístico, isto é, apresentando apenas variações do tipo aleatório, ao longo do tempo; · Análise da capabilidade do processo. Vantagens dos gráficos de controle Com o processo sob controle estatístico, seu desempenho pode ser ainda melhorado, reduzindo-se sua variação. Os efeitos, mesmo decorrentes de pequenas modificações, são notados nos gráficos. 18 19 As melhorias no processo possibilitam: · Aumentar a porcentagem de produtos que atendem às especificações; · Diminuir o refugo e o trabalho; · Aumentar, ao longo do processo, a quantidade de peças aceitáveis; · Fornecer uma linguagem comum entre a Linha de Produção, a Manutenção, o Controle de Produção, a Engenharia de Processo, o Controle de Quantidade e, ainda, entre fornecedores e compradores. · Separar variações casuais das inerentes ao processo. Enfi m As sete Ferramentas da Qualidade, quando devidamente aplicadas, poderão levar a organização ao/a: · Aumento dos níveis de qualidade por meio da solução eficaz de problemas; · Diminuir os custos, com produtos e processos mais uniformes; · Executar projetos melhores; · Melhorar a cooperação em todos os níveis da Organização; · Identificar problemas existentes nos processos, fornecedores e produtos; · Identificar causas raiz dos problemas e solucioná-los de forma eficaz etc. É necessário saber para que serve cada ferramenta e como aplicá-la, pois somente assim será possível obter bons resultados. 19 • MASP: Método de Análise de Solução de Problemas • FMEA – Failure Mode and Effects Analysis Análise dos Modos e Efeitos das Falhas · Abordar as ferramentas MASP e FMEA aplicadas à Engenharia de Produção. O principal objetivo é conhecer estas ferramentas de qualidade e sua aplicação no processo de produção. · Em materiais didáticos, você encontrará o conteúdo e as atividades propostas para os temas. OBJETIVO DE APRENDIZADO Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecimentos das Ferramentas da Qualidade MASP e FMEA. Você também encontrará uma atividade composta por questões de múltipla escolha, relacionada ao conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar conhecimentos e debater questões no Fórum de discussão. É extremante importante que você consulte os materiais complementares, pois são ricos em informações, possibilitando o aprofundamento de seus estudos sobre este assunto. ORIENTAÇÕES MASP e FMEA UNIDADE MASP e FMEA Contextualização Vamos iniciar esta Unidade a partir do exemplo a seguir: FMEA e MASP unidos para a solução do problema O MASP – Método de Análise e Solução de Problemas é uma das técnicas que podem ser utilizadas em associação com o FMEA. Isto decorre da sequência modo de falha potencial e, provável causa para que se estabeleçam os controles a serem realizados. Para cada falha potencial relacionada, é importante que se faça a análise de causa através de metodologias como o MASP, para evitar que se permaneça no campo das hipóteses ou mesmo da “achologia”. Além disto, permite que se equilibre no uso de falhas potenciais e mesmo de causas improváveis ou inadequadas. Em resumo, evita que se “viaje na maionese”. Com o bom uso de metodologias, o seu FMEA torna-se cada vez mais um retrato das reais possibilidades de ocorrência e sai do mundo das teorias e hipóteses. Com tudo isto, os controles a serem utilizados são cada vez mais corretos e adequados. Revise seus FMEAs e para cada falha potencial aplique uma análise sob os conceitos do MASP. Avalie o resultado Fonte:http: http://goo.gl/fq7Ak3 Comece a pensar MASP e FMEA pelas seguintes questões: · Como usá-las?; · Qual seu benefício? 6 7 MASP: Método de Análisede Solução de Problemas Introdução A metodologia MASP (Metodologia de Análise e Solução de Problemas) é descrita como sendo um método para solução de problemas que foi desenvolvido inicialmente no Japão, onde, na década de 1980, foi descrito um método chamado QC – Story, pelo autor Hitoshi Kume. Posteriormente, entre as décadas de 1980 e 1990, foi introduzido este método no Brasil por Vicente Falconi, ao qual ele deu o nome de MASP (Método de Análise de Solução de Problemas), vez que acabou sendo atribuído no Brasil a partir das décadas de 1980 e 1990. Portanto, o que se entende como MASP é a abreviatura usada para o Método de Análise e Soluções de Problemas. Trata-se de um complexo roteiro utilizado no tratamento de resolução de problemas em empresas. É uma metodologia que tem por objetivo a manutenção e o controle da qualidade de processos, produtos ou serviços. O MASP segue um fluxo ordenado, composto de etapas nas quais se dará a identificação do problema a ser resolvido. Serão feitas buscas necessárias das características que prejudicam a solução do problema; feitas e testadas as hipóteses que visarão a encontrar a causa fundamental que ocasiona o problema, bloqueada esta causa fundamental com a utilização de um plano de ação efetivo e promovida a verificação efetiva do bloqueio das causas fundamentais. A partir deste bloqueio, então, será efetuada a padronização da operação e, por fim, concluído o trabalho do MASP, de forma a obter o melhor resultado por meio da qualidade de processos, produtos ou serviços, sempre na busca incessante da Melhoria Contínua. É um método muito utilizado nas organizações, com o objetivo da solução de problemas e também para a obtenção de melhores resultados, visando à redução de custos operacionais ou ao aumento de faturamento. Problema · Resultado indesejável de um processo; · Diferença entre o resultado desejado e o real alcançado; · Resultado de um item de controle que não satisfaz; · Qualquer situação que incomoda e que deve ser mudada. 7 UNIDADE MASP e FMEA Objetivo do MASP O objetivo desta Metodologia é resolver problemas complexos relacionados a serviços, produtos ou processos dentro da empresa. A metodologia é utilizada de acordo com os 8 passos a seguir, nos quais se busca: · Uma lista de problemas significativos que limitem o desempenho; · Uma lista de oportunidades importantes para aumentar a satisfação do cliente. Segue o Fluxograma que descreve a metodologia: Conscientizar-se sobre o problema Descreva o problema Implemente ações de contenção Avaliação das alternativas Implemente ações corretivas Implemente ações preventivas Congratule sua equipe Identi�que as causa potenciais Selecione as causa prováveis Selecione soluções alternativas A causa potencial é uma causa raiz Identi�que a(s) causa(s) raiz Utilizar uma equipe apropriada 8 7 6 5 4 3 2 1 Não Sim 8 9 1. Utilizar uma equipe apropriada Defina a condição a ser melhorada/alterada, nomear e reunir as pessoas ligadas a ela por: · Serem prejudicadas ou favorecidas pelo problema; · Participarem do processo; · Fornecer máquinas, equipamentos ou matéria prima ao processo; · Terem interesse na melhoria do processo; · Poderem fornecer informações para melhorar o processo; · Vivenciarem processos semelhantes etc. Escolher um coordenador do grupo Relembrar ao grupo a intenção do MASP, bem como sua operacionalização. 2. Identifique e descreva o problema · Simplifi que · Assumir que o problema precisa ser simplificado; · Identificar raros e pequenos problemas encobertos pelo principal (interações); · Coletar dados · Coletar tantos dados quanto possível; · Decidir quem é o responsável pela coleta de dados; · Decidir quando, onde e como os dados serão coletados; · Documentar os resultados; · Descrever as diferenças utilizando defi nições operacionais · Identificar benchmarks para melhor performance; · Descrever duas diferenças entre a performance atual e a esperada; · Incluir gráfi cos de tendências para melhor visualização; Ferramentas utilizadas nesta etapa · Fluxograma; · Brainstorming; · Diagrama de Causa e Efeito (Diagrama de Ishikawa); · Benchmarking; · Gráficos de Linha; · Cartas de Controle. 9 UNIDADE MASP e FMEA Fluxograma Diagrama de Ishikawa Carta de Controle Grá�cos de Linhas Brainstorming Benchmarking 3. Ações de Contenção · Ação imediata para proteger o cliente da falha; · Implementar e verificar as ações de contenção; · A prioridade básica está em isolar o problema com relação ao cliente; · Ações de contenção podem ser temporárias; · Monitorar e verificar se estas ações não estão causando novos problemas; · Remover os pontos de medição quando as ações permanentes foram implementadas e verificadas. Exemplos de ações de contenção · Parar a produção; · Retrabalhar o produto; · Inspecionar 100%; · Tapar o furo do sapato com papelão; · Colar óculos com duréx; · Colocar baldes sob goteiras; · Escorar estruturas com vigas de madeiras para evitar desmoronamento; · Interditar o local de trabalho. 4. Identifique as causas raiz · Descobrir e isolar a causa raiz que gerou o problema que está sendo analisado. · Faça a pergunta por que quantas vezes forem necessárias para achar a causa raiz visando eliminar a fonte do problema. · Não fique satisfeito com a solução dos sintomas. 10 11 5. Avaliação das alternativas Deve ser testada a eficácia de cada ação por meio do uso de indicado- res apropriados. Cada ação imprementada deverá eliminar ou reduzir o impacto do problema sob análise. Verifique a eficiência das Ações de Contenção/Correção por meio de medições. 6. Planeje e implemente ações corretivas Ações corretivas tem que ser permanentes. A ação corretiva é uma Ação que irá eliminar o problema atual, não tendo efeito negativo em relação à função do produto/processo. Permanente é para sempre. Impremente ações corretivas que eliminarão a causa raiz do problema. · Planeje a imprementação usando o ciclo do PDCA; · Planeje as ações para serem implementadas; · Planeje quando as ações serão implementadas; · Considere a necessidade de treinamento; · Implante ações corretivas; · Verifique os efeitos de uma ação corretiva em relação aos componentes, partes e processos; Considere a possibilidade de efeitos adversos: · Identifique áreas vulneráveis à ação corretiva; · Preveja a possibilidade de problemas associados a áreas vulneráveis (cenários); · Descubra as causas prováveis dos possíveis efeitos adversos; · Identifique pontos de medição para resolver estes problemas potenciais: · Documente a ação corretiva e planeje a sua implantação; · Elimine as ações de contenção; · Padronize (procedimentos/instruções). 7. Implementação de ações preventivas · Decida; · Especifique claramente o que deve ser prevenido mudado ou controlado; · Identifique os valores ou características críticas para prevenção; 11 UNIDADE MASP e FMEA · Revise os fluxogramas; · Revise os projetos; · Desenvolva programa de alteração no processo ou projeto; · Mude e faça o processo melhor que o atual; Diferença entre ação Corretiva e ação Preventiva Ação Corretiva Previne a ação que já aconteceu Ação Preventiva Previne a ação que nunca aconteceu Exemplos de ações preventivas · Elaborar FMEA de projeto; · Elaborar FMEA/APPCC de processo; · Estabelecer procedimentos; · Alterar padrão de trabalho; · Estabelecer manutenção preventiva; · Implementar auditoria periódica. 8. Congratule a equipe · Fazer referência específica para performance da equipe; · Dar exermplos específicos; · Mencionar qualidades pessoais específicas que contribuíram para o sucesso da equipe; · Especificar os benefícios do resultado; 12 13 FMEA – Failure Mode and E� ects AnalysisAnálise dos Modos e Efeitos das Falhas Introdução FMEA, a Análise dos Modos e Efeitos das Falha, tem sua origem no uso em operações militares. O FMEA aparece pela primeira vez em 1949, nos Estados Unidos, com a nomenclatura primeira de Procedures for Performing a Failure Mode, Effects and Criticality Analysis. A FMEA, no início, tinha como objetivo se apresentar como uma técnica para avaliação da confiabilidade dos sistemas e falhas em equipamentos. Na década de 1960, a NASA começa a utilização da ferramenta que, posteriormente, foi introduzida também nas indústrias nuclear e aeronáutica. Em sequência, a FORD começa a utilizar a ferramenta com o objetivo do cumprimento das normatizações de segurança que eram exigidas à época. Atualmente, a FMEA é utilizada nos mais diversos segmentos das indústrias. FMEA é usada para determinar os potenciais modos da falha antes mesmo de o projeto ser finalizado ou de o produto chegar ao consumidor. É uma técnica empregada com o objetivo de identificar preventivamente quais são os tipos de falha em potencial que um Projeto, Processo ou Serviço possam apresentar, bem como suas prováveis causas, efeitos e riscos envolvidos. O objetivo básico da técnica FMEA é detectar falhas antes que se produza uma peça e/ou produto Aumenta sua con�abilidade A técnica do FMEA é aplicada na revisão ou análise crítica do projeto e/ou processo de um produto ou serviço para: · Desenvolvimento de projetos e/ou processos para lançamento de novos produtos ou serviços; · Alterações nos projetos e ou processos existentes; · Análise de falhas e seus mecanismos em produtos de pré-série ou normais de produção. 13 UNIDADE MASP e FMEA Por que usar o FMEA? 1. Para diminuir a probabilidade da ocorrência de falhas em projetos de novos produtos ou processos; 2. Para diminuir a probabilidade de falhas potenciais em produtos/processos em operação; 3. Para aumentar a confiabilidade de produtos ou processos já em operação por meio da análise de falhas que já ocorreram; 4. Para diminuir riscos de erros e aumentar a qualidade em procedimentos; 5. Para comprovar a execução de atividades preventivas para a qualidade de um produto ou serviço relacionadas a Normas ISO série 9000, Responsabilidade Civil do Fabricante (Liability) e Código de Defesa do Consumidor. Os FMEAS são classificados em: · FMEA de Produto/Projeto · São consideradas as falhas que poderão ocorrer com o produto dentro das especificações do processo; · Identifica riscos em potencial de um produto ou serviço relacionados ao seu projeto; · FMEA de Processo · É aplicado na revisão dos processos de um produto ou serviço; · Identifica os riscos em potencial de um produto ou serviço relacionado aos seus processos; · DFMEA – FMEA · Design Failure Mode and Effect Analysis; · Aplicado ao desenvolvimento de produtos; · PFMEA – FMEA · Process Failure Mode and Effect Analysis; · Aplicado ao processo de fabricação do produto. Para cada causa possível da falha, perguntar: · Qual é a probabilidade de a falha ocorrer? · Qual seria a consequência da falha? · Com qual probabilidade essa falha é detectada antes que afete o cliente? 14 15 Processo de Gere nciamento de Riscos Identi�car Riscos Controlar Riscos Avaliar e medir riscos Monitorar e comunicar Riscos Avaliação dos Riscos Nesta fase, são definidos os índices de severidade (S), ocorrência (O) e detecção (D) para cada causa de falha, de acordo com critérios previamente definidos: · O ideal é que a empresa tenha os seus próprios critérios adaptados à sua realidade específica; · Depois, são calculados os coeficientes de prioridade de risco (R), por meio da multiplicação dos outros três índices. OCORRÊNCIA, por exemplo: Índice Critério Probabilidade Ocorrência 1 Probabilidade Remota 0 Excepcional 2 Probabilidade baixa 1/20.000 Rara 3 1/10.000 4 Probabilidade Moderada 1/2.000 Ocasional5 1/1.000 6 1/500 7 Probabilidade Alta 1/100 Frequente 8 1/20 9 Probabilidade Muito Alta 1/10 Inevitável 10 1/2 SEVERIDADE /GRAVIDADE, por exemplo: Índice Critério Observação 1 Sem Gravidade O cliente não será capaz de notar a ocorrência da falha 2 Gravidade baixa Os efeitos quase não são percebidos 3 Ligeira deterioração no desempenho com leve descontentamento do cliente 4 Gravidade Moderada O cliente notará a falha e ficará insatisfeito5 6 7 Gravidade Alta Sistema deixa de funcionar e haverá grande descontentamento do cliente8 15 UNIDADE MASP e FMEA Índice Critério Observação 9 Gravidade Muito Alta Idem ao anterior, porém afeta a segurança10 DETECÇÃO (probabilidade de detectar o defeito antes de chegar ao cliente), por exemplo: Índice Detecção Critério 1 2 Muito grande Certamente será detectado 3 4 Grande Grande probabilidade de ser detectado 5 6 Moderada Provavelmente será detectado 7 8 Pequena Provavelmente não será detectado 9 10 Muito pequena Certamente não será detectado Cálculo do RPN (Risk Priority Number) para cada modo de falha RPN = Severidade x Ocorrência x Detecção A partir do cálculo do RPN, definir ações para reduzir os modos de falha com alto risco. Etapas do Desenvolvimento de um FMEA 1. Identificação das funções e características esperadas por um produto ou serviço (FMEA de Projeto) ou para um processo (FMEA de processo); 2. Identificação dos tipos de falha potencial para cada função; 3. Identificação dos potenciais efeitos para cada modo de falha; 4. Identificação das causas comuns que podem contribuir para o aparecimento do tipo de falha em potencial; 5. Identificação das formas de controle utilizados para evitar a ocorrência ou detectar os tipos de falha em potencial; 6. Obtenção dos índices de severidade, ocorrência, detecção e risco para os diversos riscos de falha potencial; 7. Proposição de ações recomendadas para reduzir o índice de risco. 16 17 Melhorias Nesta fase, listam-se todas as ações que podem ser realizadas para diminuir os riscos. Estas medidas podem ser: · Medidas de prevenção total ao tipo de falha; · Medidas de prevenção total de uma causa de falha; · Medidas que dificultam a ocorrência de falhas; · Medidas que limitem o efeito do tipo de falha; · Medidas que aumentam a probabilidade de detecção do tipo ou da causa de falha; O controle do resultado destas medidas é pelo próprio formulário FMEA por meio de colunas nas quais ficam registradas as medidas recomendadas, nome do responsável e prazo, medidas que devam realmente ser tomadas e a nova avaliação dos riscos. A metodologia FMEA é importante porque pode proporcionar para a empresa: · Uma forma sistemática de se catalogar informações sobre as falhas dos produtos/processos; · Melhor conhecimento dos problemas nos produtos/processos; · Ações de melhoria no projeto do produto/processo, baseado em dados e devidamente monitoradas (melhoria contínua); · Diminuição de custos por meio da prevenção de ocorrência de falhas; · O benefício de incorporar dentro da organização a atitude de prevenção de falhas, a atitude de cooperação e trabalho em equipe e a preocupação com a satisfação dos clientes. 17 • Introdução • Origem do Kaizen • Medida e Melhoramento de Desempenho (Indicadores) • Benchmarking • Construindo a Habilidade de Melhorar • Método de Controle de Processo – Ciclo PDCA · O principal objetivo desta Unidade é o estudo das ferramentas de qualidade KAIZEN e PDCA e sua aplicação no processo de produção. OBJETIVO DE APRENDIZADO Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, o que possibilitará conheci- mentos das Ferramentas da Qualidade KAIZEN e PDCA. Você também encontrará, nesta Unidade, uma atividade composta por questões de múltipla escolha, relacionada ao conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar conhecimentos e debater questões no Fórum de discussão. É extremante importante que você consulte os materiais complementares,pois são ricos em informações, possibilitando o aprofundamento de seus estudos sobre este assunto. ORIENTAÇÕES Melhoria Contínua de Processos UNIDADE Melhoria Contínua de Processos Contextualização Vamos iniciar esta Unidade a partir de um exemplo: Filosofia Kaizen aplicada à Gestão de Estoques Este artigo consiste em demonstrar como a aplicação da Filosofia Kaizen nos processos de armazenagem, separação e expedição acarreta ganhos para um armazém gerenciado por um operador logístico. Por meio de levantamento bibliográfico e mediante estudo de caso demonstra-se o uso das ferramentas PDCA, Logística Enxuta, 5S e Diagrama de Ishikawa no aperfeiçoamento contínuo da gestão de estoques. Essa filosofia, com origem no Japão, aborda a importância da participação de todos os colaboradores, desde a diretoria até o nível operacional no processo de busca permanente de melhorias e sua implantação; objetiva ganho de produtividade e redução no desperdício e consequente eficácia empresarial em ambiente operacional organizado e limpo. Fonte: http://goo.gl/ExIN0D Comece a pensar KAIZEN e PDCA pelas seguintes questões: • Como usá-las?; • Qual o seu benefício? 6 7 Introdução KAI Modi�car ZEN Para melhor Mudança contínua e gradual Envolvendo toda a organização O significado de Kaizen vem do japonês: “mudança para melhor”. A palavra é utilizada para transmitir a noção de melhoria contínua em todos os aspectos; no trabalho, no pessoal, no ambiente social e, também, no familiar. Kaizen: É a fi losofi a do contínuo melhoramento de todos os empregados da organização de forma a realizarem suas tarefas um pouco melhor a cada dia. É uma jornada sem fi m, baseada no conceito de começar diferente a cada dia, tendo como princípio o fato de que os métodos podem ser sempre melhorados. Ex pl or Origem do Kaizen Teve início no Japão, na década de 1950, resultante do aporte de diversos gurus, destacando-se Deming e Juran. Nessa época, os japoneses retomaram as ideias da administração clássica de Taylor, com a necessidade da reconstrução de sua indústria pós 2ª Guerra Mundial e criaram o conceito de kaizen, que significa aprimoramento contínuo. Neste contexto, destacou-se o professor Massaki, que é considerado o pai do Kaizen. Ele enfatizava muito o gemba (do japonês “local do trabalho”). Para ele, o local de trabalho é onde o verdadeiro valor é criado, além do envolvimento de todos os colaboradores das corporações, que é fundamental no kaizen, pois a metodologia do kaizen não se concentra nas elites. O kaizen originou-se da necessidade de se obter a máxima produção, com a menor quantidade de insumos. 7 UNIDADE Melhoria Contínua de Processos Ele foi a base de como empresas Japonesas conquistaram mercados mundiais, oferecendo produtos e serviços de alto valor agregado para clientes e consumidores. Toyota, Honda, Seiko, Casio, Toshiba, Kawasaki, NEC, Canon, Mazda, Minolta, Nissan, Konica, Sony, Mitsubishi e Hitachi são algumas das muitas empresas que aplicam Kaizen e mostram o quão sucedida foi a aplicação desta metodologia nelas. No contexto empresarial, o kaizen é uma metodologia que permite baixar os custos e melhorar a produtividade. Na implementação da metodologia do kaizen, são utilizados os grupos de Kaizen, os “Kaizen Teian”, que também são chamados de Círculos de Controle de Qualidade: • Kaizen Teian é um sistema japonês para gerar e implementar ideias entre os empregados. A ênfase é estimular cada pessoa a fazer melhorias; • Sugestões e recompensas Kaizen Teian são normalmente pequenas, na própria área do empregado, e são fáceis e baratas de serem implantadas. Kaizen Perdas Faça mais com menos Perda = Produtividade Perdas • Superprodução; • Atrasos (perda de tempo); • Logística; • Processos; • Movimentação de materiais; • Defeito de produtos; • Recursos mal utilizados. Diferentes Tipos de Atividades • Atividade com valor agregado (VA): Atividade que transforma a matéria prima para atender as expectativas do consumidor. • Atividade sem Valor agregado (SVA): Atividade que toma tempo, ocupa espaço, mas não adiciona valor ao produto. Você deve se perguntar como consumidor estaria disposto a pagar por uma atividade SVA que você ordenou que fosse realizada? 8 9 Exemplos de atividades sem valor agregado • Movimentação desnecessária; • Espera no ciclo de uma máquina; • Estoque desnecessário ou manual. A meta é eliminar as atividades sem valor agregado. Importante! Exemplifi cando uma aplicação para o Kaizen em uma empresa, vamos supor um exer- cício para identifi cação de perdas. Para tanto, faça as seguintes ações: • Liste pelo menos cinco exemplos de perdas dentro de seu trabalho; • Identifi que pelo menos uma possível causa para cada perda listada; • Proponha uma ou mais ações para reduzir cada perda especifi cada; • Identifi que métodos de mensuração (indicadores) para determinar os esforços na redução de perdas. Importante! Medida e Melhoramento de Desempenho (Indicadores) Grau em que a produção preenche os objetivos do desempenho em relação a requisitos determinados: custo, rapidez, qualidade, flexibilidade e qualidades. Exemplos de Medidas Parciais de Desempenho Qualidade · Número de defeitos por unidade; · Nível de reclamação do consumidor; · Nível de refugo; · Escore de satisfação do consumidor. velocidade · Tempo de cotação do consumidor; · Tempo do ciclo. Confi abilidade · Porcentagem de pedidos entregues com atraso; · Atraso médio dos pedidos; · Desvio médio de promessa de chegada. 9 UNIDADE Melhoria Contínua de Processos Flexibilidade · Tempo necessário para desenvolver novos produtos ou serviços; · Tempo de mudança de máquina; · Capacidade média/capacidade máxima. Custo · Produtividade da mão de obra; · Variação contra orçamento; · Custo por hora de operação. Padrões de Desempenho • Padrões históricos; • Padrões de desempenho/meta; • Padrões de desempenho da concorrência; • Padrões de desempenho absolutos (limite teórico. Por exemplo: defeito zero). Benchmarking Processo de comparação sistemática de produtos e serviços com os oferecidos pela concorrência ou por empresas consideradas excelentes em algo determinado. O objetivo do benchmarking é conhecer e, se possível, incorporar o que os outros estão fazendo de melhor. Existem três tipos de benchmarking: • Interno: quando você compara atividades semelhantes dentro de uma mes- ma organização; • Competitivo: quando você compara com atividades semelhantes às dos concorrentes; • Funcional: quando você compara atividades semelhantes conduzidas dentro de empresas de ramos diferentes. Melhoria da Produção Prevenção e Recuperação de Falhas Gerenciamento da Qualidade Total Abordagens e Técnicas de Melhoria 10 11 Construindo a Habilidade de Melhorar • Habilidade Organizacional: capacidade ou aptidão para adotar uma aborda- gem particular para melhoramento contínuo; • Comportamento Constitutivo: rotinas de comportamento que os funcionários adotam e reforçam a abordagem de melhoramento contínuo; • Facilitadores: procedimentos ou técnicas usadas para avançar o esforço do melhoramento contínuo. Exemplos de Habilidades de Melhoramento Contínuo (MC) Habilidade organizacional Comportamento Constitutivo Adotando o hábito do MC Desenvolvendo a habilidade de gerar envolvimento sustentável em MC • Pessoas usam: - ciclos de identificação e solução de problemas e ferramentas; - medidas para dar forma ao processo de melhoria; • Gerentes: - apoiam o processo de MC por meio de alocação de recursos; - reconhecem formalmente a contribuição dos funcionários para o MC; - dão o exemplo. Construindo a organização que aprende • Todos aprendem com suas experiências, boas ou ruins; • Gerentes aceitam e agem sobre o aprendizado que acontece; • Indívíduos e grupos em todosos níveis compartilham o aprendizado. Treinamento para Kaizen Regras para mudar • Mantenha a mente aberta para mudanças; • Nada pode ser considerado uma ideia ou questão estúpida; • Evite gastar dinheiro (investimento deve ser o último recurso); • Mantenha a atitude positiva; • Não dê desculpas e respostas prontas; • Pense no que é possível fazer, não no que não pode ser feito; • Simplesmente faça; • Divirta-se. A filosofia do melhoramento contínuo Kaizen tem como sua mais conhecida representação o ciclo PDCA, que pode ser definido como um método gerencial para promover a melhoria contínua. 11 UNIDADE Melhoria Contínua de Processos Método de Controle de Processo – Ciclo PDCA P (plan) D (do) A (action) C (check) Meta “além de” Hodos “caminho” Método Caminho para se chegar a um ponto além do caminho O ciclo do PDCA é um modelo de gestão que representa o caminho a ser seguido para que metas estabelecidas sejam seguidas. Também é conhecido como Ciclo de Shewhart, que foi o idealizador do conceito. Entretanto, Deming foi o responsável pelo seu desenvolvimento e a disseminação desse método para o mundo todo, a partir da década de 1950, de tal forma que o ciclo do PDCA ficou também conhecido como o Ciclo de Deming. 12 13 Cada letra da sigla de PDCA significa, em inglês, cada etapa do ciclo: • P → “PLAN”: PLANEJAR; • D → “DO”: EXEUCTAR ou FAZER; • C → “CHECK”: VERIFICAR RESULTADOS ou CONFERIR; • A → “ACTION”: com o sentido de ATUAR CORRETIVAMENTE ou TOMAR AÇÃO DE CORRIGIR. Ciclo do PDCA de Controle de Processos O Ciclo do PDCA tem por objetivo principal fornecer um método para a resolução de problemas nas organizações, de qualquer porte, por meio da análise e do diagnóstico destes problemas, principalmente aqueles relacionados às melhorias, proporcionando eficácia e confiabilidade nas atividades da Organização. De forma resumida, as etapas são assim descritas: • “PLAN” – PLANEJAR: como primeira etapa no desenvolvimento do ciclo PDCA, tem-se o estabelecimento de um Plano de Ação, o qual é determinado segundo as políticas da Corporação, levando-se em conta 3 aspectos muito importantes, numa sequência: ESTABELECER UM OBJETIVO – META ↓ ESTABELECER O CAMINHO PARA CHEGAR À META ↓ DEFINIR MÉTODO PARA ATINGIR À META A elaboração do Plano de Ação deve ser a melhor possível, a fim de evitar problemas nas próximas fases, bem como perdas de tempo: P (plan) • De�nir metas • De�nir os métodos que permitiram atingir as metas • “DO” – EXECUTAR: a segunda etapa do ciclo PDCA se concentra no treinamento e na educação das pessoas envolvidas no método desenvolvido a partir do Plano de Ação, que deve ser seguido com todo rigor. Aqui também é feita a coleta de dados para análise posterior: 13 UNIDADE Melhoria Contínua de Processos D (do) • Educar e Treinar • Executar a tarefa conforme o plano (Coletar os dados) • “CHECK” – VERIFICAR RESULTADOS: a terceira etapa do Ciclo do PDCA é a verificação dos resultados obtidos por meio da coleta de dados anterior, confrontando com a meta estabelecida no Plano. Essa etapa pode ser feita juntamente com a realização do Plano de Ação quando da verificação se o trabalho está sendo feito de forma correta ou, então, quando são promovidas as análises estatísticas dos dados coletados e a verificação dos itens de controle determinados. Aqui, nesta etapa podemos detectar falhas ou erros: C (check) • Veri�car os resultados da tarefa executada • Meta Estabelecida • “ACTION” – ATUAR CORRETIVAMENTE: é a última etapa do Ciclo do PDCA e consiste na atuação corretiva para eliminação dos problemas ou falhas identificadas na etapa anterior: A (action) • Atuar corretivamente para eliminar o problema Com a realização da investigação das causas que promovem os desvios ou falhas no processo, é realizada novamente a aplicação do Ciclo do PDCA, ou seja, é feita a ROTAÇÃO DO PDCA, com o intuito de melhorar sempre o sistema melhoria contínua e o método de trabalho: 14 15 Cumprir Padrões Operações Padronizadas Metas para Manter Resutados SDCA (Standard/Padrão) Melhorar Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) PDCA para melhorias Metas para Melhorar Resutados Rodar o PDCA O ciclo do PDCA constitui-se de 8 processos sequenciais: • Identificação do problema (definição clara do problema); • Observação (investigação das características do problema); • Análise (descoberta das causas fundamentais); • Planejamento da Ação (planejamento da ação de bloqueio das causas do problema); • Ação (executar o Plano de Ação para bloquear as causas fundamentais); • Verificação (verificar se o bloqueio foi efetivo); • Padronização (prevenir contra o reaparecimento do problema); • Conclusão (recapitulação de todo o processo e planejamento das ações futuras); De forma esquematizada, demonstram-se os 8 processos para implementação do Ciclo do PDCA por meio do fluxograma a seguir: 1 2 3 4 5 6 7 8 Efetivo? Problema: Identi�caçao do problema Análise do Fenônemo: Reconhecimento das características do problema Análise do Processo: Descoberta das causas principais Plano de Ação: Contramedidas às causas principais Execução: Atuação de acordo com o plano de ação Veri�cação: Con�rmação da efetividade da ação (através de cartas de controle) Padronização: Eliminação de�nitiva das causas Conclusão: Revisão das atividades e planejamento para trabalho futuro Sim Não D C A P Gerenciamento para manter – Meta de melhoria 15 UNIDADE Melhoria Contínua de Processos Quando a meta é para MANTER PADRÃO, agimos de acordo com o fluxograma a seguir, de acordo com o SDCA: nesse caso, no Ciclo SDCA, troca-se a sigla P de Planejar por S de “Padrão”. • SDCA: o Ciclo SDCA é utilizado para o gerenciamento da rotina na corporação. É aplicado para manter os padrões já estabelecidos ou, então, para o atingimento de metas padrão; • S: Standard – PADRÃO: nessa etapa, o objetivo é o estabelecimento da(s) me- ta(s) padrão, bem como dos POPs – Procedimentos Operacionais Padronizados. 1 2 3 4 5 Efetivo? Meta Padrão: Qualidade padrão, custo padrão etc. Procedimento Operacional Padrão (POP): POP para atingir meta padrão Execução: Cumprir o POP Veri�cação: Con�rmação da efetividade do POP (por meio de cartas de controle) Ação Corretiva: Remoção do sintoma ação na causa Sim Não D C A S Gerenciamento para manter – Meta padrão S (standard) • Manter Padrão • Cumprimento do POP Ciclo do SDCA de Controle de Processos Melhoria Contínua O processo de melhoria se dá principalmente de 2 formas: • A partir do processo atual já implementado: promover correções nele – KAIZEN; • A partir do processo atual já implementado, desenvolver um novo processo – KAIKAKU. Padronização Melhorias Padronização Padronização Melhorias 16 17 Melhoramento contínuo Melhorias Sucessivas Melhorias Drásticas Admite a atual maneira de trabalhar (processo) Reprova a atual maneira de trabalhar (processo) Analisa a atual maneira de trabalhar (processo) Busca a maneira ideal de trabalhar (processo) Melhora a atual maneira de trabalhar (KAIZEN) Promove mudanças drásticas na maneira de trabalhar (KAIKAKU) Opera cada vez mais eficientemente um processo que tem desperdício implícito no projeto Eliminar o desperdício contido no próprio projeto do processo anterior P (plan) D (do) A (action) C (check) P (plan) D (do) A (action) C (check) S (standard) D (do) A (action) C (check) Tempo “Processo Existente” “Processo Existente” Inovação (Kaikaku) Kaizen Conceito de Melhoramento Contínuo 17 • Introdução • Conceito de Processo • Estratégia de Implementação • Documentação da ISO • Vantagens de se implementar a ISO 9000 • Resumindo Nesta Unidade, abordaremos Normas de Qualidade aplicadas à Engenharia de Produção. O principal objetivo desta Unidade é conhecer estas ferramentas de qualidade, e sua aplicação no processo de
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