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Doença celíaca

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Doença celíaca 
Trigo x glúten 
. trigo é um vegetal (cereal - colhe-se os grãos) 
. glúten: formada por proteínas de trigo, 
centeio, cevada, malte e aveia 
Doença celíaca 
. doença crônica autoimune que acomete 
intestino delgado provocada pela ingestão de 
alimentos que contêm glúten 
. mais comum em mulheres e brancos 
. apresentação típica dos 6 meses a 5 anos, 
podendo surgir no adulto 
. associação com DM1, tireoidite autoimune e 
deficiência de IgA 
. principal risco da doença celíaca é neoplasia → 
doença inflamatória crônica aumentada chance 
de neoplasia (risco de mutação por divisão 
celular exacerbada) 
Classificações 
• Doença celíaca clássica 
. diarreia crônica (alta; fisiopatologia 
inflamatória, com apresentação clínica 
disarbsortiva) 
. intercala-se com períodos de constipação 
. inapetência e anorexia; vômitos; sinais de 
irritabilidade; 
. dor e distensão abdominal; 
. desnutrição; déficit de crescimento; anemia 
. atrofia da musculatura glútea 
• Doença celíaca atípica 
. apresentação mais tardia e oligossintomática 
. predomina-se mais a constipação intestinal do 
que a diarreia 
. perda de peso sem causa aparente (paciente 
reclama de nunca conseguir engordar) 
. baixa estatura; hipoplasia do esmalte dentário 
. artrite; osteoporose 
. irregularidade do ciclo menstrual e esterilidade 
• Doença celíaca silenciosa ou 
assintomática 
. sorologia positiva e atrofia das vilosidades, sem 
sintomas 
. podem surgir complicações: câncer TGI; 
anemia (devido à deficiência de ferro); 
osteoporose e esterilidade 
Fisiopatologia 
. fator ambiental (ingestão de glúten) + 
predisposição genética 
. esse glúten atravessa a barreira intestinal → 
resposta imune própria (infiltração da lâmina 
própria e epitélio; inflamação crônica de células 
e atrofia de vilosidades - intestino delgado 
proximal) 
 
. sintomas gastrintestinais (diarreia, má 
absorção, desnutrição) e extraintestinais (por 
ser um doença autoimunidade) 
. a resposta imune não é contra o glúten → há 
um ataque ao próprio intestino 
- comum: transporte transcelular de peptídeos 
derivados do glúten (GLIADINA) 
 
 
- epitélio com muito transporte paracelular 
também 
- TRANSGLUTAMINASE TECIDUAL (tTG), na 
lâmina própria, desamina peptídeos de gliadina 
→ são encaminhados para o sangue 
- na doença celíaca, há mais passagem de 
peptídeos do glúten e muitas células do sistema 
imune (célula dendrítica com HLA mutante 
apresenta o glúten para o linfócito TCD4) → 
ativação de linfócito B → produção de 
anticorpos tTG (IgA, IgM e IgG) contra 
enterócitos - perfil TH1 
linfócito B também faz ativação direta da 
resposta celular TH1 → recrutamento de 
linfócito TCD8 e NK - induzem apoptose 
linfócitos T CD4 ativados produzem IFN-y, IL6, 
IL10, IL15 (desencadeia a ativação e a 
proliferação de linfócitos intraepiteliais CD8+ 
que podem se tornar citotóxicos e matar 
enterócitos que foram induzidos por diversos 
estressores a expressar MIC-A na superfície) e 
TNF 
 
Diagnóstico 
. resposta humoral e celular (mais intensa) 
. sorologia triagem: IgA anti-transglutaminase; 
IgA anti-gliadina; IgA total 
sorologia confirmatória: IgA antiendomísio 
- pode dar negativa em crianças 
. EDA + biópsia (padrão ouro): atrofia de 
delgado → sem microvilosidades; lâmina toda 
inflamada 
- EDA: atrofia da mucosa intestinal (perdas das 
pregas de Kerkring, fissuras entre as vilosidades, 
vasos submucosais visíveis, micro nódulos) 
. genotipagem HLA: mutação no HLA não define 
a doença; paciente tem que ter sintomas 
característicos e intestino tem que estar 
inflamado para confirmação de diagnóstico 
. histopatológico (biópsia do intestino delgado - 
junção duodeno-jejunal) 
- superfície aplanada, rugosa e com aberturas 
entre as criptas; infiltração linfocitária 
intraepitelial; hipertrofia das criptas; atrofia das 
vilosidades intestinais 
Tratamento 
. principal: dieta sem glúten → se seguida 
corretamente, paciente apresenta remissão 
clínica, sorológica e histológica (tem que repetir 
a EDA para confirmação do fim da inflamação) 
. não precisa fazer uso de imunossupressores 
(doença regride com a dieta) 
. ingestão do alimento excessivamente → 
doença refratária (não é responsiva a restrição 
de glúten)

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