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SUPORTE AVANÇADO DE VIDA CARDIOVASCULAR Profa Me. Lívia Cintra Alta previsibilidade; Causas: Insuficiência Respiratória, Neurológica; Melhor Prognóstico. O fundamento do Suporte Avançado de Vida (ACLS), baseia-se num excelente atendimento no Suporte Básico de Vida (BLS). Luvas de procedimento para punção venosa, administração de medicação, aspiração de cavidade oral, etc.; Óculos e máscara (proteção ocular e facial) para intubação e aspiração traqueal, se houver secreção abundante ou risco conhecido; Aventais, caso haja probabilidade de drenagens ou indicação precisa prévia. Requisitos gerais para a Sala de Emergência: Área específica para tal serviço sendo ampla; Acesso fácil, rápido e externo para tal serviço; Localização estratégica no hospital; 4 Requisitos gerais para a Equipe de Enfermagem: Conhecimento; Habilidades pessoais (autoconfiança, agilidade, segurança ...); Organização da sala; Padronização materiais de emergência; Divisão de tarefas; Reduzir o desperdício. 5 Agilizar o atendimento de emergência Material necessário na Sala de Emergência: Monitor multiparâmetros; Aparelho de eletrocardiograma; Carrinho de urgência; Desfibrilador; Rede de vácuo para aspiração ou aspirador portátil; Rede de gás (oxigênio, ar comprimido). 7 8 Não-invasiva ✓ Pressão arterial ✓ Eletrocardiografia ✓ Oximetria de pulso ✓ Capnografia Invasiva ✓ Pressão Arterial Invasiva (PAI) ✓ Pressão Venosa Central (PVC) ✓ Cateter de Swan-Ganz (Débito Cardíaco) ✓ Pressão Intracraniana (PIC) http://www.enfermagem.org/tecnicasavancadas/imagens/pvc2g.jpg Kit de Intubação: Dispositivo bolsa-válvula-máscara (Ambu) com bolsa reservatório de O2 + Fonte de O2; Laringoscópio com lâminas reta ou curva; Tubo endotraqueal de vários tamanhos; Fio guia; EPI; Estetoscópio; Seringa 20 ml. 11 Gaveta: Vias Aéreas 02 – TOT n° 7,0 02 – TOT n° 7,5 02 – TOT n° 8,0 02 – TOT n° 8,5 02 – TOT n° 9,0 02 - Sonda de aspiração n°12 02 - Sonda de aspiração n°14 02 – Luva Estéril n° 7,0 02 – Luva Estéril n° 7,5 02 – Luva Estéril n° 8,0 02 – Máscaras descartáveis Cânulas de Guedel diversos tamanhos Gaveta: Descartáveis 05 – Ser 03cc 10 – Agulhas 40X12 05 – Ser 05cc 10 – Agulhas 25X7,0 05 – Ser 10cc 03 - Torneirinhas 05 – Ser 20cc 02 - Extensores 01 – Jelco n°16 02 – Scalp n°19 01 – Jelco n°18 02 – Scalp n°21 01 – Jelco n°20 06 – Eletrodos 01 – Jelco n°22 10 – Luva de procedimento Esparadrapo Gel Gaze Gaveta: Soluções 02 – S.F. 0,9% 250ml 02 – S.F. 0,9% 500ml 02 – S. Ringer Lactato 02 – Equipo Simples 02 – Equipo BIC AAS Adenosina Adrenalina Aminofilina Amiodarona Atropina Bicarbonato de Sódio 8,4% Captopril Cloreto de potássio Cloreto de sódio Digoxina Dobutamina Dopamina Furosemida Glicose 25% e 50% Gluconato de Cálcio Heparina Hidrocortisona Insulina NPH e Regular Isorssobida Lidocaína c/ e s/ vasoconstritor Noradrenalina Nifedipina Nitroprussiato de sódio Propranolol Sulfato de magnésio Sulfato de protamina Vitamina K Verapamil MEDICAÇÕES DE URGÊNCIA E/OU RESERVA Procedimentos e técnicas mais avançadas e/ou complexas; Compressões torácicas de alta eficácia (compressões manuais ou com dispositivos de compressão torácica mecânicos) intercaladas com ventilações; Dispositivos invasivos de via aérea (via aérea avançada); Estabelecimento de acesso venoso periférico ou intraósseo, e administração de drogas; Avaliação do ritmo cardíaco e Desfibrilação (FV e TV sem pulso); Identificação e tratamento da causa da PCR (6 Hs e 6 Ts). Airway (Via aérea avançada) A Breathing (Respiração) B Circulation (Acesso venoso e Monitorização) C Drogas / Diagnóstico diferencial D ABCD SECUNDÁRIO ▪ Via aérea permanente; ▪ A intubação endotraqueal deve ser realizada, o mais rápido possível, por pessoa experiente. Via aérea avançada A 1. Início / necessidade de VM 2. Proteger a via aérea (ECG ≤ 8) 3. Ventilação/Oxigenação inadequada com métodos menos invasivos 4. Prevenir aspiração e necessidade de aspiração de secreções 5. Necessidade de hiperventilação 6. FR > 35-40 mrm 7. PaCO2 > 55 mmHg 8. PaO2 < 70 mmHg c/ O2 100% por máscara 9. SARA 10. Acidose metabólica descompensada com deterioração clínica I N D I C A Ç Õ E S A A TOT Máscara laríngea Combitube PREPARO DO MATERIAL - TOT ▪ EPI (luvas, máscara e óculos) ▪ Material para aspiração orotraqueal ▪ Laringoscópio (testar luz) ▪ Fio guia ▪ TOT (7,0 -7,5 – 8,0 ) ▪ Testar balão do TOT ▪ Seringa de 20 mL A A TOT A Máscara laríngea Inserção às cegas Insuflar cuff (hipofaringe) A Inserção às cegas Insuflar cuff (azul/branco) Combitube ou tubo esôfago-traqueal Azul Branca Esofágica Traqueal A Cânulas orofaríngea ou Cânula de Guedel Comissura labial – ângulo da mandíbula 180º Instalado um dispositivo respiratório As compressões torácicas não devem ser interrompidas (minimamente); Após a via aérea estabelecida: ventilação e compressões não são sincronizadas; A Compressões Torácicas:100 a 120 por minuto, sem pausas para as ventilações. 1 ventilação a cada 06 segundos (10 ventilações/min) com dispositivo de barreira Bolsa-válvula-máscara B Confirmação e adequação da VA avançada Verificação da posição do TOT Exame físico RX tórax* Fixação segura do TOT Ventilar e Oxigenar (Boa Ventilação) Oxigênio 100% - 10L/min Ventilação lenta – 1 segundo Não hiperventilar B Boa Ventilação Checagem clínica Oximetria de pulso Quantidade de oxigênio ligada a hemoglobina (Saturação de Oxigênio). Onda de capnografia quantitativa Registro da concentração de CO2 no final da expiração. B Capnograma normal B •30 Compressões torácicas e 2 Ventilações (1 segundo) VA Desprotegida (sem VA avançada): Compressões contínuas (100-120/min) 1 ventilação a cada 6s (1 segundo) VA Protegida (VA avançada) Relação Ventilação X Compressão Torácica Adulto 21 3 C http://www.escultopintura.com.br/Tutoriais/Tutorial_Modelagem_Corpo_Humano/Modelo_Masculino/Torax_Masc/Peit_Omb_Pesc_2_Masc/Nurms_Torax_Masc.jpg Acesso venoso calibroso Acesso Intravenoso MMSS; Veias Antecubitais; Infusão de 20ml de SF0,9% em bolus (flush) e elevar o membro de 10 a 20s. C Via intra-óssea C Tuberosidade tibial Via intra-óssea C Principais complicações ▪ Extravasamento ▪ Sangramento ▪ Infecção local ▪ Osteomielite ▪ Síndrome compartimental ▪ Embolia Via tubo endotraqueal Vasopressina*; Atropina*; Naloxone; Epinefrina; Lidocaína. 2 a 2,5x a dosagem + 5-10ml de SF 0,9% + ventilações rápidas. C MONITORIZAÇÃO C Identificar ritmos de PCR FV, TV sem pulso, AESP ou Assistolia 21 3 http://www.escultopintura.com.br/Tutoriais/Tutorial_Modelagem_Corpo_Humano/Modelo_Masculino/Torax_Masc/Peit_Omb_Pesc_2_Masc/Nurms_Torax_Masc.jpg As modalidades elétricas da PCR são: a) Fibrilação Ventricular (FV): b) Taquicardia Ventricular sem Pulso (TV): C As modalidades elétricas da PCR são: c) Assistolia: d) Atividade Elétrica sem Pulso: C D Drogas PCR Vasopressoras Epinefrina (Adrenalina) Antiarrítmicas Amiodarona Lidocaína Epinefrina (Adrenalina) ▪ Vasopressor; ▪ Agonista alfa e beta adrenérgico; ▪ Ampolas de 1 ml (1 mg); ▪ 1mg a cada 3 a 5 minutos EV; ▪ 2 a 2,5 mg intratraqueal; ▪ Não existe dose máxima. D Epinefrina (Adrenalina): ✓ Efeitos ▪ Aumenta contratilidade miocárdica e a demanda de O2 miocárdico; ▪ Aumenta FC (Bradiarritmias); ▪ Aumenta RVP PA; ▪ Broncodilatador (DPOC, Asma, Anafilaxia) D Epinefrina (Adrenalina) ✓ Cuidados ▪ Fotossensível (proteger luz); ▪ Estabilidade de 30 min após o preparo; ▪ Não compatível com soluções alcalinas; ▪ Monitorar: ECG, FC, PA, localde infusão; ▪ Extravasamento ▪ Necrose tecidual. D ✓ Amiodarona (Ancoron) • Antiarrítmico • Ampolas de 3ml= 150 mg • Primeira dose: 300mg (2 ampolas) • Segunda dose: 150mg • Incompatibilidades:Aminofilina;Bicarbonato de sódio, Heparina • Efeitos adversos: Bloqueios AV e sinoatriais, Bradicardia e Hipotensão (vasodilatação). • Monitorar FC, PA • Dose de ataque (Veia periférica); manutenção (veia central); • Diluir em SG 5% (estabilidade) D ✓ Lidocaína • Antiarrítmico de segunda escolha; • Antagonista dos canais de Na; • Apresentação: • Lidocaína a 2%: 1mL=20mg • 1%: 1ml=10mg • Dose adulto: 1-1,5 mg/kg (100mg ou 5ml de Lidocaína a 2%, IV em bolus); • Uso na TV, FV, Extrassístole ventricular. D D Bicarbonato de Sódio Gluconato de Cálcio Glicose Vasopressina Vasoconstrictor periférico não adrenérgico Retirada do Protocolo de 2015 Procurar causa e tentar tratar; Causas tratáveis de PCR: D 6 H • Hipovolemia: SF • Hipóxia: O2 • Acidose (H+): BIC • Hipopotassemia: K • Hiperpotassemia: BIC • Hipotermia: Aquecer • Hipoglicemia: Glicose 6 T • Tamponamento cardíaco: punção pericárdica • Pneumotórax: punção • TEP: Trombólise • IAM (Trombo coronariano): trombólise • Tóxicos: antídoto • Trauma: ATLS adequado Hipovolemia: SF Hipóxia: O2 Acidose (H+): BIC Hipopotassemia: K ou Hiperpotassemia: BIC Hipotermia: aquecer Tamponamento: punção PneumoTórax: punção TEP: trombólise? IAM (Trombo coronariano): trombólise? Tóxicos: antídoto 5H 5T Gluconato de cálcio 10%; Glicoinsulina FV/ TV sem pulso - Desfibrilação - Vasopressor - Antiarrítmico Atividade elétrica sem pulso (AESP) ou assistolia -Vasopressor -Não desfibrila -Não antiarrítmico Ritmo passível de choque 1º Choque Reiniciar RCP (2 min) Acesso venoso Analisar ritmo 2º choque RCP por 2 min (após choque) Adrenalina 1 mg (3-5 min) VA avançada* Analisar ritmo 3º Choque RCP 2 min 1º dose Amiodarona 300 mg Com 2 min: Analisar ritmo 4º Choque RCP por 2 min Adrenalina 1 mg Com 2 min: Analisar ritmo 5º choque RCP por 2 min 2º dose Amiodarona 150 mg Após 3º choque Após 5º choque Verificar ritmo Verificar ritmo RCP 5 ciclos / 2 min Administrar Vasopressor RCP 5 ciclos / 2 min Administrar Antiarritmico após 3 e 5 choque RCP 5 ciclos / 2 min BLS Material para IOT e acesso venoso IOT Carga recomendada: Desfibrilador Bifásico - 120 a 200 J Se a dose efetiva não é conhecida iniciar com 200 J; 2º choque (choque posteriores): manter carga ou aumentar. Carga recomendada Desfibrilador Monofásico - 360 J Deve ser mantido nos demais choques Bifásico 120 - 200 J Monofásico – 360 J Não há consenso em crianças < 30 kg. 57 Adulto (Carga inicial ou posterior) •Bifásico: 120-200J •Monofásico: 360J Criança > 8 anos • 100 J • Sistema atenuador de carga pediátrico Criança 1 a 8 anos •Carga inicial: 2 a 4 J/Kg •Cargas posteriores (mínimo 4J/Kg, não ultrapassar 10J/Kg) 58 59 As compressões devem ser minimamente interrompidas Verificar ritmo cardíaco Após desfibrilação Reiniciar RCP por 2 min A CADA 2 MIN TROCAR O PROFISSIONAL DAS COMPRESSÕES TORÁCICAS Ritmo não passível de choque Reiniciar RCP (2 min) Acesso venoso Adrenalina 1mg (3 a 5 min) VA avançada Aumentar ganho do aparelho (máximo) Após 2 min RCP Analisar ritmo Ritmo não chocável RCP/ Adrenalina (3-5min) Verificação de ritmo Verificação de ritmo procurar CAUSAS (6H e 6T) BLS Administrar vasopressor, procurar CAUSAS RCP 5 ciclos / 2 min RCP 5 ciclos / 2 min Objetivos Otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão sistêmica, especialmente a cerebral; Transportar a vítima de PCR para UTI; Identificar as causas precipitantes e prevenir a recorrência; Melhorar a sobrevida sem sequelas neurológicas em longo prazo; Reavaliar com a equipe os acertos e erros no atendimento da PCR; Assegurar VA definitiva Checar localização Aspirar VAS e VAI s/n Capnografia/ Oximetria de pulso VM (programação dos parâmetros ventilatórios) Controlar parâmetros vitais: Monitoração cardíaca contínua e ECG completo; Manter satO2 > 94% (oximetria de pulso); CO2 Exp 35 mmHg (capnografia) ou PaCO2 35 – 45 mmHg PAS ≥90mmHg ou PAM ≥ 65-70mmHg Temperatura (Hipotermia) – Controle térmico Infundir volume ou drogas vasoativas se PA ↓ Elevação da cabeceira do leito (30º); Monitorizar débito urinário (balanço hídrico); Solicitar exames laboratoriais (estado ácido-básico, eletrólitos, controle glicêmico); Exame clínico completo; Procedimentos invasivos (acesso venoso central); Radiografia do tórax; Investigar e tratar as causas da PCR; Buscar complicações; Prognóstico neurológico (72 h). Desequilíbrio emocional da equipe Desorganização do ambiente Desconhecimento dos recursos disponíveis Falta ou excesso de profissionais Erros na divisão de funções Abertura de VA - Extensão da cabeça muito brusca ou incorreta; Não ventilar com pressão suficiente; Não controlar o tempo durante a RCP; Comprimir o tórax no local incorreto; Não aliviar o tórax durante as compressões; Flexionar os braços durante as compressões. • Morte óbvia (Lesão incompatível com a vida) • PCR acompanhada de livor mortis e/ou rigor mortis. • Morte óbvia •Livor mortis e/ou rigor mortis • Morte encefálica •Câncer avançado em fase final (terminalidade da vida) •Idosos com falência irreversível de pelo menos 3 órgãos (cardíaco, renal, hepático ou pulmonar) RCP pode ser cruel e fútil; ONR é uma conduta amparada ética e moralmente; Consentimento da família e constar no prontuário do paciente; Se a família insistir na RCP, esta deve ser realizada, exceto em morte encefálica; Cuidados básicos com o paciente são mantidos: hidratar, alimentar, tratar a dor, etc; O respeito à dignidade do ser humano é o valor mais importante. ▪ Condições insalubres ou de perigo; ▪ Sucesso da RCP; ▪ Afastadas todas as causas reversíveis: ▪ Após 40 minutos sem qualquer resposta; ▪ Confirmação da assistolia em 2 derivações ECG.
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