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Estudos P2 - Atenção Farmacêutica I - Anti-hemorroida

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Atenção Farmacêutica I
Giovanna Rêgo
Anti-hemorroida
A hemorroida é a dilatação varicosa
(processo inflamatório por perda da
capacidade de retorno venoso) das veias
anorretais submucosas devido a pressão
venosa persistente elevada no plexo
hemorroidário (força excessiva ao
defecar).
Pode ser interna, externa e mista.
Pode ser não complicada e complicada
(trombose hemorroidária aguda).
Formação do plexo hemorroidário:
- Artéria retal superior
- Veias que drenam para o sistema
porta via veia mesentérica inferior
O plexo hemorroidário interno tem
inervação visceral autônoma, levando o
paciente a ter muito mais um desconforto
anal localizado do que propriamente dor.
Sintoma mais comum: sangramento (na
maioria das vezes não é volumoso e sim
intermitente e de pequeno volume)
“Hoje sangra e amanhã não”
- Sangue misturado nas fezes: cólon
- Sangue acima das fezes:
hemorróida
- Fezes pretas: sangue metabolizado
(hemorragia estomacal)
Perguntar:
COr das fezes?
Sangue misturado nas fezes ou acima
das fezes?
Hemorroida interna:
Localiza-se acima da linha pectínea e é
recoberto por mucosa colunar ou epitélio
transicional.
Quando grandes se prolapsam →
desconforto e prurido associados a
corrimento de muco e pequenas partículas
de fezes
- Primeiro grau: apenas sangramento
anal sem prolapso
- Segundo grau: sangramento e
prolapso, porém com redução
espontânea
- Terceiro grau: sangramento e
prolapso, porém com redução
manual (reintroduzir a veia para o
ânus)
- Quarto grau: sangramento e prolapso
irredutível (não adianta reintroduzir)
Hemorróidas externas:
Ocorrem abaixo da linha pectínea e são
recobertas por epitélio escamoso ou do
tipo cutâneo.
Tem inervação somática, rica em fibras
sensitivas da dor, temperatura e toque.
Caracteriza-se por tumefação perianal
dolorosa, na trombose aguda (+ risco).
Raramente sangram a não ser quando a
trombose causa necrose (mais avançado
permitindo o esvaziamento de sangue) e
ulceração da pele sobrejacente.
Pacientes acima de 40 anos que
apresentarem sangramento retal devem
ser submetidos a colonoscopia para
afastar a possibilidade da presença de
tumores colorretais benignos ou malignos,
da doença inflamatória intestinal e de
doença diverticular.
Sintomas:
- Coceira provocada pelo inchaço das
veias (aumenta a tensão sobre as
terminações nervosas)
- Sangramento resultante do
rompimento das veias anais (sinais
de sangue aguado ou manchas de
sangue perceptíveis na roupa íntima
ou no papel higiênico
- Dor ou ardor durante ou após a
evacuação
- Saliência palpável no ânus
Causas:
- Prisão de ventre
- Dieta pobre em fibras e pouca
ingestão de líquidos
- Vida sedentária (diminui o estímulo
para a ingestão dos alimentos e a
irrigação sanguínea do ânus)
- Gravidez (pressão que o feto
exerce sobre as veias da parte
inferior do abdome)
- Obesidade (excesso de peso
provoca aumento da pressão nas
veias abdominais)
- Componente genético (hemorroida
na família podem indicar
predisposição para desenvolver a
doença, porém é possível o
desenvolvimento sem precedentes
familiares
- Sexo anal: pode produzir fissuras
numa região que tem muitos vasos
sanguíneos
A doença orificial (hemorróida, fissura
anal, fístula anal, abscesso anorretal e
condiloma anal) pode coexistir com lesões
neoplásicas benignas e malignas em até
9,8% das vezes.
Físsura anal: são machucadinhos na região
externa do ânus
Fístula anal: machucado que vem desde
dentro do ânus e se expressa fora
(lembra uma úlcera) - é o trajeto anormal
entre duas superfícies epiteliais. O curso
anatômico de uma fístula será ditado pela
localização da glândula anal infectada e os
planos anatômicos adjacentes.
É uma condição incomum, mas importante,
com elevada morbidade, acometendo
aproximadamente 10 a cada 100 mil
pessoas, sendo mais frequente em
homens.
Verrugas de HPV: decorrente da infecção
pelo papilomavírus humano (HPV)
Anti-hemorroidários
IN nº 120, de 9 de março de 2022
C05A - Agentes para tratamento de
hemorróidas e fissuras anais de uso local.
Hemorróidas. Fissuras, prurido e eczemas
da região do ânus. Curativo após cirurgias
proctológicas.
As hemorróidas externas não requerem
tratamento, a não ser na condição de
trombose aguda.
Dói e o máximo que se faz é uso de
anestésicos locais, que não são MIPs.
Requer mudança do hábito alimentar,
prática de atividade física e ingestão de
água.
Em casos de constipação é interessante
o uso de supositório de glicerina sem PA.
Se necessário, o tratamento consiste em
amolecer as fezes, analgesia, frio local
(alívio da dor) e banhos de assento com
água morna.
Em casos mais intensos a opção é
cirúrgica.
Para analgesia usar pomadas contendo
anestésicos locais como a lidocaína ou
dibucaína.
Produtos contendo policresuleno e
cinchocaína (dibucaína) para tratamentos
prolongados de doença hemorroidária
interna e externa aparentam ter sucesso
terapêutico significativo.
Menos dor facilita a evacuação e reduz o
processo inflamatório.
https://www.cff.org.br/userfiles/IN%20120%20-%20DE%209%20DE%20MARCO%20DE%202022.pdf
Podem ser usados na forma de pomadas
ou supositórios, mas os resultados
expressam-se em dados subjetivos (não
reduz o processo inflamatório, mas a
pessoa se sente melhor).
Policresuleno: atividade hemostática por
ocasionar coagulação das proteínas do
sangue e favorecer a contração das
fibras musculares dos vasos sanguíneos
de pequeno calibre (redução do tamanho
da hemorróida).
Estão parando de produzir esses
medicamentos, pois não interessa para a
indústria ($).
C05A - Agentes para tratamento de
hemorróidas e fissuras anais de uso local
- Tribenosídeo + cloridrato de
lidocaína
Os flebotrópicos (flebo → vaso) agem na
macrocirculação, melhorando o tônus
venoso e na microcirculação, diminuindo a
hiperpermeabilidade capilar (aumenta PA
do plexo hemorroidário e vai diminuir e
reduzir o quadro hemorroidal).
Podem ser uma alternativa para
pacientes que apresentam dor e edema,
além de ação anti-inflamatória.
Tendo em conta o seu modo de ação, os
tratamentos locais contendo corticóides
ou incluindo um excipiente lubrificante ou
protetor mecânico, podem ser propostos
por curtos períodos, mas não são MIPs.
Corticoides proctológicos não são
MIPs.
As hemorróidas internas são geralmente
tratadas de maneira conservadora com
medidas anti constipação, como a dieta
rica em fibra, suplementos de fibra e
líquidos.
Estratégias cirúrgicas como laqueação
elástica, injeção de esclerosante,
foto-coagulação e eletrocoagulação podem
ser usadas, prescritas por médicos, além
de crioterapia e utilização de laser.
Fitoterapia
Na IN 120/22, somente aponta Hamamelis
(tradicional com comprovação de eficácia)
como medicamento de origem vegetal, com
indicação para o tratamento de
hemorróidas.
A Hamamelis tem propriedades
adstringentes.
A casca da árvore é indicada para tratar
úlceras, chagas, queimaduras na pele,
feridas, tumores e hemorróidas.
Infusões e destilações são ricas em
flavonóides (anti-inflamatório, antioxidante,
promove o aumento da resistência dos
capilares) e taninos (adstringente - atuam
como antidiarreicos, antimicrobianos e
cicatrizantes), entre eles o hamamelitanino
e várias proantocianidinas, componentes
apontados como responsáveis pelas
propriedades adstringentes da planta.
Castanha da índia:
Sementes de castanha da índia são
utilizadas no tratamento de varizes e
hemorróidas. Elas contêm de 3 a 10% de
uma mistura complexa de saponinas,
tendo como principal componente a
b-aescina.
Deve ser administrada sob a forma de
extrato fluido ou cápsulas de liberação
prolongada, contendo extrato seco (são as
melhores formas de administração).
Paeonia officinalis
Usada como anti-inflamatório e analgésico,
mas sem suporte científico, porém tem
suporte tradicional.
Mais utilizada em forma de pomada e
supositório, mas também como banho de
assento.

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