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TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO Profª Me. Jéssica Espindola Disciplina: Fisioterapia Neurológica E-mail: jessica_m.e@hotmail.com Traumatismo Crânioencefálico – TCE Qualquer agressão que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo. Causada por força física externa que pode produzir diminuição ou alteração da consciência que resulta em alterações das habilidades cognitivas, físicas, emocionais, comportamentais e vocacionais do indivíduo. Epidemiologia mundial SEXO: 2 H/ 1M FAIXA ETÁRIA: ↓ de 10 e ↓ dos 40 anos Idosos também são afetados - QUEDAS MORTALIDADE: + DE 100.000 / ANO SOBREVIVENTES: 70 a 90.000 (GRAVES) 300.000 ACIDENTE (MODERADOS E LEVES) AUTOMOBILÍSTICO E VIOLÊNCIA INFÂNCIA: 75 A 97 % CAUSA DE MORTE ETIOLOGIA 1. ACIDENTE DE TRÂNSITO - perfil mundial AC. AUTOMOBILÍSTICO → ADULTO JOVEM → SEXO MASCULINO ETIOLOGIA Prevenção: LEIS DE TRÂNSITO – RIGOR países industrializados TRÁFEGO • Velocidade • Uso de capacetes • Air bags • Cintos de segurança • Cadeiras especiais para bebês e crianças ETIOLOGIA 2. VIOLÊNCIA COM ou SEM – FAF ou FAB ✓ AGRESSÃO ✓ AC. ESPORTIVOS ETIOLOGIA 3. QUEDAS – IDOSOS e CRIANÇAS ETIOLOGIA – Faixa etárias Infância: abuso dos pais, infância babás “baby shaking” Escolares: quedas e atropelamentos Pré -Adolescentes: esportes radicais Adolescentes e adultos: assaltos, acidentes automobilísticos, recreação Idosos: quedas Tipos de Lesões Cranianas Lesão Cerebral Primária: são decorrentes da ação de força agressora ligada ao mecanismo do trauma Lesão Cerebral Secundária: são decorrentes das lesões primárias onde as causas surgem no momento ou logo após um certo período de tempo. Ocorre um intervalo entre o momento do trauma e o aparecimento dos sintomas Biomecânica do TCE – Lesões Primárias BIOMECÂNICA POR IMPACTO DIRETO GOLPE GOLPE E CONTRA GOLPE Local de aplicação da força Distante do local de aplicação da força Lado oposto GOLPE Lesão encefálica que ocorre no local do impacto CONTRA GOLPE Lesão encefálica distante da área que recebeu o golpe Lesão Cerebral Primária SÃO DIVIDIDAS EM: Fraturas Contusões e Lacerações da Substância Cinzenta Lesão Axonal Difusa Lesão Cerebral Primária FRATURAS Consiste na interrupção anatômica do envoltório ósseo do encéfalo devido a uma agressão mecânica Lesão Cerebral Primária TOMOGRAFIA DE CRÂNIO Classificação de Traumas – Fraturas ABERTO: presença de comunicação entre o foco lesionado e o meio exterior FECHADO: ocorre nos casos de impacto, podendo causar inúmeras disfunções cerebrais, incluindo patologias focais e difusas. Não há presença de comunicação com meio externo Lesão Cerebral Primária Ferimentos por FAF Lesão Cerebral Primária Ferimentos por FAB Lesão Cerebral Primária *CONTUSÕES E LACERAÇÕES DA SUBSTÂNCIA CINZENTA São lesões corticais do tecido encefálico, atingem as circunevoluções cerebrais (sulcos e giros) com presença de hemorragias, edemas e os déficits neurológicos persistem após 24 horas Biomecânica do TCE – Lesões Primárias BIOMECÂNICA POR IMPULSO IMPULSO ROTACIONAL Aceleração / desaceleração com ou sem impacto O cérebro roda em torno do TE L A D Lesão Cerebral Primária LESÃO AXONAL DIFUSA (L A D ) Força de impacto com um componente de aceleração rotatória, atinge os feixes de fibras perpendiculares, fazendo com que ocorra um cisalhamento Microrupturas de axônios na Substância Branca, nos Grandes Tratos dos Hemisférios Cerebrais e do Corpo Caloso, responsáveis pela associação de áreas corticais distantes e interhemisféricas L A D + hemorragia ventricular Lesão Axonal Difusa • Degeneração Substância Branca • Danos microscópicos generalizados (sem recuperação cirúrgica) • Hipertermia: Lesão do Hipotálamo • Paciente Comatoso (profundo) • Postura Descerebrada – Rigidez de Descerebração – Contração sustentada dos músculos extensores dos membros Posturas Patológicas DECORTICAÇÃO DESCEREBRAÇÃO FLEXÃO DE MMSS EXTENÇÃO DE MMSS L A D Lesão Cerebral Secundária DIVIDIDAS EM: Hematomas Intracranianos Hipertensão Intracraniana (HIC) Lesão Cerebral Isquêmica Alterações estruturais encefálicas decorrentes da lesão primária imediata ou até 72h após Revisão – Meninges Cranianas Dura-máter: membrana forte e mais externa Aracnóide: membrana mole e intermediária Pia-máter: fina e delicada e fica aderida ao encéfalo Lesão Cerebral Secundária HEMATOMAS INTRACRANIANOS Podem se apresentar isolados ou associados a outros tipos de lesão Hematoma Extradural – é uma coleção sanguínea situada entre crânio e a dura-máter Hematoma Subdural Agudo – causado por ruptura traumática de veias córtico- meníngeas que vão do córtex aos seios durais Hematoma Intraparenquimatoso – é uma coleção compacta de sangue, alojada dentro do parênquima cerebral e limitada nitidamente pelos tecidos que a rodeiam Lesão Cerebral Secundária HEMATOMAS EXTRADURAL Lesão Cerebral Secundária HEMATOMAS SUBDURAL AGUDO Lesão Cerebral Secundária HEMATOMAS INTRAPARENQUIMATOSO Lesão Cerebral Secundária HIPERTENSÃO INTRACRANIANA (HIC) Manifestação do conflito de espaço que surge quando o crânio não mantém as relações normais entre seus componentes: encéfalo, sangue e LCR, causando um aumento da pressão no interior do crânio (PIC) PIC = VS + VL + VC = 10 mmHg / tolerável até 20mmHg em DD com cabeça pouco elevada VS = Volume Sanguíneo VL = Volume Líquido Céfalo Raquidiano (Líquor) VC = Volume da Massa Encefálica ALTERAÇÕES CLÍNICAS IMEDIATAS Função Autonômica → alterações dos sinais vitais: • taquicardia ou bradicardia • taquipnéia ou bradipneia • hipotensão ou hipertensão arterial • hipertemia, sudorese, sonolência • salivação excessiva, vômito, lacrimação, secreção sebosa excessiva O controle desses sinais é fundamental para prevenção da lesão cerebral secundária ALTERAÇÕES CLÍNICAS IMEDIATAS COMA ALTERAÇÃO NA CONSCIÊNCIA PERÍODO BREVE AMNÉSIA PÓS- TRAUMÁTICA SÍNDROME PÓS- TRAUMÁTICA TCE GRAVE 24/48 h 8 h ALTERAÇÕES NA CONSCIÊNCIA • Período muito breve de alteração da consciência (casos leves) • Síndrome pós traumática: consiste em cefaléias, vertigens, cansaço, distúrbios de memória passageiros e irritabilidade emocional • Amnésia Pós Traumática (APT): é definida como sendo o período de tempo entre o acidente e o momento onde as funções relativas à memória são restauradas • COMA: paralisia completa da função cerebral, estado de não responsividade ESCALA DE COMA DE GLASGOW* • É um método para definir o estado neurológico de pacientes com uma lesão cerebral aguda analisando seu nível de consciência • Atualizado em Abril de 2018 - estudo no Journal of Neurosurgery (publicação oficial da Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos) • O objetivo era fornecer uma metodologia de atendimento que apontasse tanto a profundidade do dano neurológico quanto a duração clínica de inconsciência e coma http://thejns.org/doi/full/10.3171/2017.12.JNS172780 ESCALA DE COMA DE GLASGOW (4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de estímulo externo. (3) Ao som: abre os olhos quando é chamado. (2) À pressão: paciente abre os olhos após pressão na extremidade dos dedos (aumentando progressivamente a intensidade por 10 segundos). (1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente capaz de abri-los. (NT) Não testável: Olhos fechados devido ao fator local impossibilitar a AO. OCULAR ESCALA DE COMA DE GLASGOW 5) Orientada: consegue responder adequadamente o nome, local e data. (4) Confusa: consegue conversar em frases, mas não responde corretamente as perguntas de nome, local e data. (3) Palavras: não consegue falar em frases, mas interage através de palavras isoladas. (2) Sons: somente produz gemidos. (1) Ausente: não produz sons, apesar de ser fisicamentecapaz de realizá-los. (NT) Não testável: não emite sons devido a algum fator que impossibilita a comunicação. VERBAL ESCALA DE COMA DE GLASGOW (6) À ordem: cumpre ordens de atividade motora (duas ações) como apertar a mão do profissional e colocar a língua para fora. (5) Localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de interromper o estímulo (durante o pinçamento do trapézio ou incisura supraorbitária). (4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa ao corpo. (3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão lenta do braço na direção interna do corpo. (2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo. (1) Ausente: não há resposta motora dos membros superiores e inferiores, apesar de o paciente ser fisicamente capaz de realizá- la. (NT) Não testável: não movimenta membros superiores e/ou inferiores devido a algum fator que impossibilita a movimentação. MOTORA ESCALA DE COMA DE GLASGOW (2) Ambas as pupilas não reagem ao estímulo de luz. (1) Uma pupila não reage ao estímulo de luz. (0) Nenhuma pupila fica sem reação ao estímulo de luz. PUPILAR (2018) ESCALA DE COMA DE GLASGOW – ECG-P • Pontuado de forma decrescente: o pior resultado apresenta a maior pontuação • Nova versão (ECG-P), a pontuação varia de 1 a 15 Pontue e some: Os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem ser marcados em cada um dos três tópicos da escala. Se algum fator impede a vítima de realizar a tarefa, é marcado NT (Não testável). As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de forma simples e prática, a situação do paciente Ex: O4, V2, M1 e P1 significando respectivamente a nota para ocular, verbal, motora e pupilar, com resultado final 6, ou seja, O4V2M1 – P1 = 6 Analise a reatividade pupilar (atualização 2018): suspenda cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcione um foco de luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à reação ao estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultando final mais preciso. M. BRENNAN, Paul; D. MURRAY, Gordon; M. TEASDALE, Graham. Simplifying the use of prognostic information in traumatic brain injury: Part 1: The GCS-Pupils score: an extended index of clinical severity, Journal Of Neurosurgery, 2018. http://thejns.org/doi/full/10.3171/2017.12.JNS172780 QUADRO CLÍNICO Alterações SENSÓRIO-MOTORAS COGNITIVAS EMOCIONAIS COMPORTAMENTAIS PERCEPTUAIS REABILITAÇÃO RANCHO LOS AMIGOS NÍVEIS NÍVEL 1 NÃO RESPONSIVO NÍVEL 2 RESPOSTA GENENERALIZADA NÍVEL 3 RESPOSTA LOCALIZADA NÍVEL 4 CONFUSO E AGITADO NÍVEL 5 CONFUSO E INAPROPRIADO NÍVEL 6 CONFUSO E APROPRIADO NÍVEL 7 AUTOMÁTICO APROPRIADO NÍVEL 8 INTENCIONAL APROPRIADO NÍVEL 9 INTENCIONAL E APROPRIADO – assistência c/ solicitação NÍVEL 10 INTENCIONAL E APROPRIADO – independenre modificado DESPERTAR ADEQUAR REORGANIZAR É uma ferramenta descritiva de enquadramento do nível de cognição e comportamento, representando a recuperação típica das pessoas com TCE ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DO TCE FISIOTERAPIA NO TCE • Quando Atuar ? → Intervenção Precoce • Grande Retorno • Motora = aprox. 2 anos • Cognitiva = aprox. 6 meses a 1 ano • Estímulos Táteis – Cinestésicos – Auditivos PLASTICIDADE NEURAL FISIOTERAPIA NO TCE • Avaliação descritiva • Identificação dos problemas • Tratamento individual • Buscar o máximo de desempenho NÍVEIS 1 – 2 – 3 DESPERTAR Assistência Respiratória • IOT – proteção da via área • Equilíbrio Ventilação/Perfusão • Sedoanalgesia + DVA Posicionamento • Tendências Patológicas • Deformidades NÍVEIS 1 – 2 – 3 DESPERTAR UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA / ENFERMARIA • Tempo de terapia reduzida • Poucas informações • Explicar procedimentos (coma) • Intervalos entre as terapias • Assistência ventilatória • Orientações aos familiares Mobilização passiva Alongamentos Adequar tônus Manter ADM NÍVEIS 4 – 5 – 6 ADEQUAR NÍVEL 4 – Confuso e agitado • Confusão mental • Agitação e medo • Reage em excesso / Agressividade • Não se concentra / Não presta atenção • Só pensa em necessidades básicas NÍVEIS 4 – 5 – 6 ADEQUAR NÍVEL 5 – Confuso e inapropriado • Inadequado as atitudes – gestos –fala • Concentração por alguns minutos • Compulsão comida – sexo – AVDs • Não controla esfíncter Nível I ao V amnésia Impor limites Fragmentar a terapia Atividades básicas Trabalho de cervical e tronco Ortostatismo Treino de marcha Orientação familiar NÍVEIS 4 – 5 – 6 ADEQUAR NÍVEL 6 – Confuso e apropriado • Controla esfíncter • Não tem noção (riscos de segurança) • Concentração – 20 a 30 minutos • Realiza AVDs com auxílio moderado NÍVEIS 7 – 8 – 9 – 10 REORGANIZAR NÍVEL 7 – Automático e apropriado • Noção superficial das incapacidades motoras • Não percebe limites • Superestima habilidades • Mostra-se inflexível – parece decidido • Concentração mínima 30 minutos NÍVEIS 7 – 8 – 9 – 10 REORGANIZAR NÍVEL 8 – Intencional e apropriado • Assistência com solicitação • Mantém concentração por 2h • Usa auxílio para memória • Realiza AVDs – casa, trabalho e lazer • Auto-controle e adequação numa interação social NÍVEIS 7 – 8 – 9 – 10 REORGANIZAR NÍVEL 10 – Intencional e apropriado • Independente modificado • Realiza várias tarefas simultâneas • Cria seu instrumento de auxílio à memória • Realiza com independência atividades em casa, trabalho e lazer • Comportamento social normalmente adequado NÍVEIS 8 – 9 – 10 REORGANIZAR • Feedback / Tarefas complexas • Visão holísticas • Balance • Trabalho de tronco • Treinar fora do ambiente de terapia • Qualidade do movimento FUNÇÃO TCE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR Profª Me. Jéssica Espindola Disciplina: Fisioterapia Neurológica E-mail: jessica_m.e@hotmail.com Traumatismo Raquimedular – TRM Lesão Traumática da raqui (coluna) e medula espinal resultando algum grau de comprometimento temporário ou permanente das funções neurológicas ASIA – American Spinal Injury Association TRM – definições É uma agressão traumática à medula espinal que pode resultar em alterações da função motora, sensitiva, autonômica, visceral, sexual e trófica É uma síndrome incapacitante que acarreta alterações de motricidade, sensibilidade, distúrbios neurovegetativos, alterações esfincterianas, além do comprometimento psico-social LOCALIZAÇÃO – Medula Espinal • Interior do canal vertebral • Extremidade superior: continuidade do bulbo • Extremidade inferior: afilamento abrupto = cone medular (T12 – L2) LOCALIZAÇÃO – Medula Espinal • A ME termina entre L1- L2 • Espaço subaracnóide continua na direção caudal até a altura da 2ª vértebra sacral Pares de Nervos • Plexo cervical • Plexo braquial • Plexo lombar • Plexo sacral RAÍZES NERVOSAS cervicais 1 acima a partir de T1 abaixo Pares de Nervos (C1 a C8) controlam a sensibilidade e o movimento da região cervical, dos membros superiores e diafragma – C1 a C3* (T1 a T12) controlam o tórax, abdome e parte dos membros superiores (L1 a L5) estão relacionados com movimentos e sensibilidade dos membros inferiores (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores, sensibilidade da região genital e funcionamento da bexiga e intestino LESÃO MEDULAR • Déficits sensitivos superficiais e profundos • Déficits motores - alterações vasomotoras * e autonômas (SNA) • Disfunção esfíncteriana e sexuais Epidemiologia • Principal etiologia da lesão medular é traumática, sendo de maior incidência em jovens de 18 a 40 anos do sexo masculino • 20% apenas Não Traumáticas - tumores, infecções, alterações vasculares, doenças degenerativas e alterações congênitas Etiologia • LESÕES TRAUMÁTICAS • LESÕES NÃO TRAUMÁTICAS Lesão Não Traumática • Congênitas: Meningocele,Mielomenigocele • Degenerativas: Espondilose Cervical Degenerativa • Tumorais • Infecciosas: Poliomielite • Doenças Neurológicas e Sistêmicas: E.L.A., E.M. • Vasculares: Hipóxia medular Mecanismos traumáticos Causas mais frequentes: • Acidente com veículos • FAF • Quedas Recreativas • Quedas em Esportes Fraturas/Luxações: ✓ Acidentes de trânsito ✓ Esportes ✓ Quedas ✓ Acidentes de trabalho Ferimentos: ✓ Ferimentos por arma de fogo ✓ Ferimentos por arma branca Lesões Traumáticas TRM fraturas de coluna luxações de vértebras compressão medula Lesões Traumáticas TRM fraturas de coluna luxações de vértebras compressão medula Tipos de Lesões Lesão COMPLETA ou INCOMPLETA 1. Lesão Completa: compromete todas as estruturas no plano horizontal com perda (síndrome medular transversa completa) sensitiva e motora abaixo de um nível segmentar. 2. Lesão Incompleta: compromete somente alguns feixes longitudinais e/ou substância cinzenta. Grande variedade de síndromes transversas incompletas Tipos de Lesões Lesão COMPLETA ou INCOMPLETA Completa = toda movimentação ativa e sensibilidade abaixo da lesão ausentes PLEGIA Incompleta = alguma motricidade e/ou sensibilidade preservada PARESIA Tipos de Lesões - INCOMPLETA SÍNDROMES MEDULARES INCOMPLETAS ✓ Síndrome centro-medular: + na região cervical, preservação da sensibilidade sacra e maior debilidade dos MMSS ✓ Síndrome de Brown-Sequard: Hemisecção da medula (causada p/ FAB) ✓ Síndrome da medula anterior ✓ Síndrome da cauda equina GRAVIDADE DO TRAUMA • C4 a C7 – mais vulnerável a lesão • Lesão estável ou instável • Difícil de avaliar no pré-hospitalar • Considerar toda lesão instável até que se prove o contrário GRAVIDADE DO TRAUMA LESÃO CERVICAL QUADRO CLÍNICO • Varia de acordo com o nível e o grau da lesão medular, além da causa da doença • Avaliada depois da fase de “choque medular”, que consiste no retorno do reflexo bulbo cavernoso 1ª Fase do Choque Medular – fase flácida • Interrupção dos tratos descendentes que produzem a facilitação tônica dos neurônios medulares • Ausência: • Reflexos somáticos (estiramento) • Reflexos autonômicos • Regulação autonômica • Sudorese e piloereção 1ª Fase do Choque Medular – fase flácida • Anestesia superficial e profunda • Paralisia completa flácida • Arreflexia superficial e profunda • Arreflexia vesical • Atonia intestinal • Ausência de ereção e ejaculação / Amenorréia • Alterações sexuais: • sexo masculino: ausência de ereção e ejaculação • sexo feminino: ausência de ereção clitoriana e lubrificação vaginal 2ª Fase – Retorno da atividade medular reflexa Paralisia Espasticidade Hiperreflexia Automatismos Anestesia LESÃO DO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR LESÃO DO NEURÔNIO MOTOR INFERIOR Paralisia Flacidez Arreflexia Atrofia muscular Anestesia 3ª Fase de Ajustamento Fase de ajuste à nova condição motora Hiperatividade Reflexa Medular = aumento do tônus muscular (espasticidade) e movimentos automáticos seguindo um padrão flexor ou extensor decorrente de lesão medular total ou parcial - NMS Classificação Funcional Tetraplegia = Paralisia parcial ou completa dos quatro membros e do tronco, resultante de lesões da medula cervical Paraplegia = Refere-se à paralisia parcial ou completa do tronco, ou parte do tronco e MMII, sendo resultante de lesões da medula espinal, torácica, ou lombar ou das raízes sacrais Nível de Lesão Medular O nível de lesão é determinado pelo último seguimento sensitivo e/ou motor preservado Quanto mais alta é a lesão, maior é a perda das funções motoras, sensitivas e autônomas (alterações metabólicas do organismo) ACIMA DE T1 TETRAPLEGIA ABAIXO DE T1 PARAPLEGIA Classificação ASIA Classificação da lesão quanto ao nível e o grau, através de exame físico de força e a sensibilidade ✓ A força graduada de 0 a 5 nos músculos chaves das raízes de C5 a S1 ✓ O nível de força é aquele em que o músculo mais caudal tem grau 3 e o antecessor 5 Classificação de Sensibilidade O nível de sensibilidade é avaliada pelo nível mais caudal que apresenta dermátomo tátil e doloroso preservado Classificação de Sensibilidade ✓ Território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal ✓ Recebe o nome da raiz que o inerva ✓ Permite diagnóstico Classificação de Sensibilidade ✓ Território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal ✓ Recebe o nome da raiz que o inerva ✓ Permite diagnóstico Dermátomos e Miótomos ASIA – 1992 Escala de Frankel – ASIA Complicações das Lesões Medulares DISREFLEXIA AUTONÔMICA • ↑ das contrações no abdome, nas pernas e braços • Dor de cabeça • Sudorese • Tontura • ↓ Bradicardia • Placas vermelhas aparecem na face, pescoço e corpo • Arrepios e coceiras indefinidas pelo corpo • ↑ PA Complicações das Lesões Medulares • Hipotensão postural • Comprometimento da regulação térmica • TVP • Contraturas e deformidades • Osteoporose/hipercalcemia / fraturas • Úlceras de pressão • Bexiga Neurogênica: LNMS → reflexa LNMI → flácida ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DO TRM FISIOTERAPIA NO TRM OBJETIVOS DA REABILITAÇÃO • Estabelecer um processo interdisciplinar que seja centrado no paciente, abrangente e coordenado • Intervenção imediata e profilaxia para evitar complicações • Atingir independência funcional, adequada ao nível da lesão • Atingir e manter a reintegração bem sucedida na comunidade FISIOTERAPIA NO TRM – Fase aguda • Instituir um esquema respiratório profilático e tratar as eventuais complicações • Atingir o estado respiratório independente quando possível • Manter a ADM total de todas as articulações, dentro da limitação determinada pela fratura (isto é, tipo, estabilidade, gravidade e nível) • Monitorar o estado neurológico e instituir tratamento adequado • Manter/fortalecer todos os grupos de músculos inervados • Envolver/instruir o paciente, as pessoas que cuidam dele, os familiares e a equipe Segmentos e metas funcionais C2 e C3 • Mm. face; mm. esternocleidomastoideo • VM • Cadeira motorizada C4 • Idem + mm. trapézio; mm. diafragma • Indicação parcial de VM • Cadeira Motorizada c/ controle bucal e adaptação mentoniana Segmentos e metas funcionais C5 • Musculatura chave preservada: ombro; flexores de cotovelo (força diminuída) • Potencial de reabilitação: cadeira de rodas motorizada com adaptação para controle manual • Semi-independente para AVD (com adaptações) • Dependente para transferências Segmentos e metas funcionais C6 • Musculatura chave preservada: supinação de antebraço; extensão radial de punho • Potencial de reabilitação: cadeira de rodas monitorizada ou comum com adaptações (com pinos no sobrearo) • Semi-independente para AVD (adaptações) e transferências Segmentos e metas funcionais C7 • Musculatura chave preservada: extensão de cotovelo, punho e pronação de antebraço • Potencial de reabilitação: cadeira de rodas com adaptações (pinos no sobrearo) • Independente para AVD (adaptações) e transferências (com tábua) Segmentos e metas funcionais C8 • Musculatura chave preservada: extensão de cotovelo; flexão de dedos e intrínsecos da mão (força diminuída) • Potencial de reabilitação: cadeira de rodas; independente para AVD e transferências • Dirige carro com controle manual Segmentos e metas funcionais T1 a T8 • Musculatura chave preservada: completa de membros superiores • Potencial de reabilitação: cadeira de rodas • Independente para AVD e transferências • Dirige carro com controle manual • Órtese longa + cinto pélvico para ortostatismo Segmentos e metas funcionais T9 a T12 • Musculatura chave preservada: bom controle de tronco • Potencial de reabilitação: cadeira de rodas; independente para AVD e transferências • Dirige carro com controle manual • Órtese longa +cinto pélvico + muletas para marcha (poucofuncional – muito gasto energético) Segmentos e metas funcionais L1 a L2 • Musculatura chave preservada: boa estabilidade pélvica • Potencial de reabilitação: órtese longa bilateral + muletas para marcha para curtas e médias distâncias (grande gasto energético) L3 a L4 • Musculatura chave preservada: extensão de joelho • Potencial de reabilitação: órtese curta bilateral + muletas ou bengalas: marcha funcional Segmentos e metas funcionais L5 a S1 • Musculatura chave preservada: toda musculatura preservada • Potencial de reabilitação: marcha sem órteses (com ou sem ajuda de muletas ou bengalas em ambientes externos) Tratamento • HIDROTERAPIA • EQUOTERAPIA • ELETROESTIMULAÇÃO (FES) • GAIOLA DE HABILIDADES • Independência • Melhora a estabilidade • Equilíbrio • Coordenação • Interação sensorial • FM • Dança esportiva • Adaptação para esportes Em 27 de maio de 1995, Reeve ficou tetraplégico após sofrer um acidente a cavalo durante uma competição equestre em Culpeper, passando a usar uma cadeira de rodas para se mover e um ventilador portátil para respirar Christopher Reeve Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Não importam quais sejam os obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser SEMPRE humildes, recatados e despidos de orgulho DALAI LAMA ORIENTAÇÕES 02/06/2022 – PROVA 2ª AVALIAÇÃO 09/06/2022 – Devolutiva da prova + Aula prática de HIDRO* Alunos só terão esse dia para contestar a prova 10 – 17/06/2022 – 2ª CHAMADA (1ª ou 2ª avaliação) 16/06 – 2ª CHAMADA – FISIO NEURO 20 – 27/06/2022 – AVALIAÇÃO FINAL 23/06/2022 – PROVA FINAL 30/06/2022 – FINAL DO SEMESTRE LETIVO CALENDÁRIO ACADÊMICO OBRIGADA! JÉSSICA ESPINDOLA E-mail: jessica_m.e@hotmail.com
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