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AULA_9 TCE e TRM

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TRAUMATISMO 
CRÂNIOENCEFÁLICO 
Profª Me. Jéssica Espindola
Disciplina: Fisioterapia Neurológica 
E-mail: jessica_m.e@hotmail.com
Traumatismo Crânioencefálico – TCE 
Qualquer agressão que acarrete lesão anatômica 
ou comprometimento funcional do couro cabeludo, 
crânio, meninges ou encéfalo.
Causada por força física externa que pode
produzir diminuição ou alteração da consciência que
resulta em alterações das habilidades cognitivas,
físicas, emocionais, comportamentais e
vocacionais do indivíduo.
Epidemiologia mundial 
SEXO: 2 H/ 1M 
FAIXA ETÁRIA: ↓ de 10 e ↓ dos 40 anos Idosos também são afetados -
QUEDAS
MORTALIDADE: + DE 100.000 / ANO 
SOBREVIVENTES: 70 a 90.000 (GRAVES) 300.000 ACIDENTE 
(MODERADOS E LEVES) 
AUTOMOBILÍSTICO E VIOLÊNCIA
INFÂNCIA: 75 A 97 % CAUSA DE MORTE
ETIOLOGIA 
1. ACIDENTE DE TRÂNSITO - perfil mundial 
AC. AUTOMOBILÍSTICO → ADULTO JOVEM → SEXO MASCULINO
ETIOLOGIA 
Prevenção:
LEIS DE TRÂNSITO – RIGOR países industrializados 
TRÁFEGO
• Velocidade
• Uso de capacetes
• Air bags
• Cintos de segurança
• Cadeiras especiais para bebês e crianças 
ETIOLOGIA 
2. VIOLÊNCIA COM ou SEM – FAF ou FAB
✓ AGRESSÃO 
✓ AC. ESPORTIVOS 
ETIOLOGIA 
3. QUEDAS – IDOSOS e CRIANÇAS 
ETIOLOGIA – Faixa etárias 
Infância: abuso dos pais, infância babás “baby shaking” 
Escolares: quedas e atropelamentos 
Pré -Adolescentes: esportes radicais 
Adolescentes e adultos: assaltos, acidentes automobilísticos, recreação 
Idosos: quedas 
Tipos de Lesões Cranianas 
Lesão Cerebral Primária: são decorrentes da ação de força agressora
ligada ao mecanismo do trauma
Lesão Cerebral Secundária: são decorrentes das lesões primárias onde
as causas surgem no momento ou logo após um certo período de tempo.
Ocorre um intervalo entre o momento do trauma e o aparecimento dos
sintomas
Biomecânica do TCE – Lesões Primárias 
BIOMECÂNICA POR IMPACTO DIRETO 
GOLPE 
GOLPE E 
CONTRA GOLPE 
Local de aplicação da força
Distante do local de 
aplicação da força
Lado oposto 
GOLPE 
Lesão encefálica que 
ocorre no local do impacto
CONTRA GOLPE 
Lesão encefálica distante da 
área que recebeu o golpe
Lesão Cerebral Primária
SÃO DIVIDIDAS EM: 
Fraturas 
Contusões e Lacerações da 
Substância Cinzenta 
Lesão Axonal Difusa 
Lesão Cerebral Primária 
FRATURAS
Consiste na interrupção
anatômica do envoltório
ósseo do encéfalo devido a
uma agressão mecânica
Lesão Cerebral Primária 
TOMOGRAFIA DE CRÂNIO
Classificação de Traumas – Fraturas 
ABERTO: presença de comunicação entre o foco lesionado e o meio
exterior
FECHADO: ocorre nos casos de impacto, podendo causar inúmeras
disfunções cerebrais, incluindo patologias focais e difusas. Não há
presença de comunicação com meio externo
Lesão Cerebral Primária 
Ferimentos por FAF
Lesão Cerebral Primária 
Ferimentos por FAB
Lesão Cerebral Primária 
*CONTUSÕES E LACERAÇÕES DA
SUBSTÂNCIA CINZENTA
São lesões corticais do tecido encefálico,
atingem as circunevoluções cerebrais (sulcos e
giros) com presença de hemorragias, edemas e
os déficits neurológicos persistem após 24
horas
Biomecânica do TCE – Lesões Primárias 
BIOMECÂNICA POR IMPULSO 
IMPULSO 
ROTACIONAL 
Aceleração / desaceleração com 
ou sem impacto
O cérebro roda em torno do TE
L A D 
Lesão Cerebral Primária 
LESÃO AXONAL DIFUSA (L A D )
Força de impacto com um componente de
aceleração rotatória, atinge os feixes de fibras
perpendiculares, fazendo com que ocorra um
cisalhamento
Microrupturas de axônios na Substância Branca, nos
Grandes Tratos dos Hemisférios Cerebrais e do Corpo
Caloso, responsáveis pela associação de áreas corticais
distantes e interhemisféricas
L A D + hemorragia ventricular 
Lesão Axonal Difusa
• Degeneração Substância Branca
• Danos microscópicos generalizados (sem recuperação cirúrgica)
• Hipertermia: Lesão do Hipotálamo
• Paciente Comatoso (profundo)
• Postura Descerebrada – Rigidez de Descerebração – Contração
sustentada dos músculos extensores dos membros
Posturas Patológicas 
DECORTICAÇÃO 
DESCEREBRAÇÃO 
FLEXÃO 
DE MMSS
EXTENÇÃO 
DE MMSS
L A D 
Lesão Cerebral Secundária 
DIVIDIDAS EM: 
Hematomas Intracranianos 
Hipertensão Intracraniana (HIC)
Lesão Cerebral Isquêmica 
Alterações estruturais encefálicas decorrentes da lesão primária imediata
ou até 72h após
Revisão – Meninges Cranianas
Dura-máter: membrana forte e mais externa
Aracnóide: membrana mole e intermediária
Pia-máter: fina e delicada e fica aderida ao encéfalo
Lesão Cerebral Secundária 
HEMATOMAS INTRACRANIANOS 
Podem se apresentar isolados ou associados a outros tipos de lesão
Hematoma Extradural – é uma coleção sanguínea situada entre crânio e a dura-máter
Hematoma Subdural Agudo – causado por ruptura traumática de veias córtico-
meníngeas que vão do córtex aos seios durais
Hematoma Intraparenquimatoso – é uma coleção compacta de sangue, alojada
dentro do parênquima cerebral e limitada nitidamente pelos tecidos que a rodeiam
Lesão Cerebral Secundária 
HEMATOMAS EXTRADURAL
Lesão Cerebral Secundária 
HEMATOMAS SUBDURAL AGUDO 
Lesão Cerebral Secundária 
HEMATOMAS INTRAPARENQUIMATOSO 
Lesão Cerebral Secundária 
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA (HIC) 
Manifestação do conflito de espaço que surge quando o crânio não mantém as
relações normais entre seus componentes: encéfalo, sangue e LCR, causando um
aumento da pressão no interior do crânio (PIC)
PIC = VS + VL + VC = 10 mmHg / tolerável até 20mmHg em DD com cabeça
pouco elevada
VS = Volume Sanguíneo
VL = Volume Líquido Céfalo Raquidiano (Líquor)
VC = Volume da Massa Encefálica
ALTERAÇÕES CLÍNICAS IMEDIATAS 
Função Autonômica → alterações dos sinais vitais:
• taquicardia ou bradicardia
• taquipnéia ou bradipneia
• hipotensão ou hipertensão arterial
• hipertemia, sudorese, sonolência
• salivação excessiva, vômito, lacrimação, secreção sebosa excessiva
O controle desses sinais é fundamental para prevenção da lesão cerebral 
secundária
ALTERAÇÕES CLÍNICAS IMEDIATAS 
COMA 
ALTERAÇÃO NA CONSCIÊNCIA 
PERÍODO
BREVE 
AMNÉSIA PÓS-
TRAUMÁTICA
SÍNDROME 
PÓS-
TRAUMÁTICA
TCE GRAVE 
24/48 h
8 h 
ALTERAÇÕES NA CONSCIÊNCIA
• Período muito breve de alteração da consciência (casos leves)
• Síndrome pós traumática: consiste em cefaléias, vertigens, cansaço,
distúrbios de memória passageiros e irritabilidade emocional
• Amnésia Pós Traumática (APT): é definida como sendo o período de tempo
entre o acidente e o momento onde as funções relativas à memória são
restauradas
• COMA: paralisia completa da função cerebral, estado de não responsividade
ESCALA DE COMA DE GLASGOW* 
• É um método para definir o estado neurológico de pacientes com uma lesão
cerebral aguda analisando seu nível de consciência
• Atualizado em Abril de 2018 - estudo no Journal of Neurosurgery (publicação
oficial da Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos)
• O objetivo era fornecer uma metodologia de atendimento que apontasse tanto a
profundidade do dano neurológico quanto a duração clínica de
inconsciência e coma
http://thejns.org/doi/full/10.3171/2017.12.JNS172780
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
(4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de
estímulo externo.
(3) Ao som: abre os olhos quando é chamado.
(2) À pressão: paciente abre os olhos após pressão
na extremidade dos dedos (aumentando
progressivamente a intensidade por 10 segundos).
(1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser
fisicamente capaz de abri-los.
(NT) Não testável: Olhos fechados devido ao fator
local impossibilitar a AO.
OCULAR 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
5) Orientada: consegue responder adequadamente o
nome, local e data.
(4) Confusa: consegue conversar em frases, mas não
responde corretamente as perguntas de nome, local e
data.
(3) Palavras: não consegue falar em frases, mas
interage através de palavras isoladas.
(2) Sons: somente produz gemidos.
(1) Ausente: não produz sons, apesar de ser
fisicamentecapaz de realizá-los.
(NT) Não testável: não emite sons devido a algum
fator que impossibilita a comunicação.
VERBAL 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
(6) À ordem: cumpre ordens de atividade motora (duas ações)
como apertar a mão do profissional e colocar a língua para fora.
(5) Localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula em
uma tentativa de interromper o estímulo (durante o pinçamento do
trapézio ou incisura supraorbitária).
(4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas
há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção
externa ao corpo.
(3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas
há uma flexão lenta do braço na direção interna do corpo.
(2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo.
(1) Ausente: não há resposta motora dos membros superiores e
inferiores, apesar de o paciente ser fisicamente capaz de realizá-
la.
(NT) Não testável: não movimenta membros superiores e/ou
inferiores devido a algum fator que impossibilita a movimentação.
MOTORA 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
(2) Ambas as pupilas não reagem ao estímulo de luz.
(1) Uma pupila não reage ao estímulo de luz.
(0) Nenhuma pupila fica sem reação ao estímulo de
luz.
PUPILAR (2018) 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW – ECG-P
• Pontuado de forma decrescente: o pior resultado apresenta a maior pontuação
• Nova versão (ECG-P), a pontuação varia de 1 a 15
Pontue e some: Os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente devem ser marcados
em cada um dos três tópicos da escala. Se algum fator impede a vítima de realizar a tarefa, é
marcado NT (Não testável). As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de
forma simples e prática, a situação do paciente
Ex: O4, V2, M1 e P1 significando respectivamente a nota para ocular, verbal, motora e
pupilar, com resultado final 6, ou seja, O4V2M1 – P1 = 6
Analise a reatividade pupilar (atualização 2018): suspenda cuidadosamente as pálpebras do
paciente e direcione um foco de luz para os seus olhos. Registre a nota correspondente à reação
ao estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida anteriormente, gerando um resultando final
mais preciso.
M. BRENNAN, Paul; D. MURRAY, Gordon; M. TEASDALE, Graham. Simplifying the use of prognostic information in traumatic brain injury: Part 1: The 
GCS-Pupils score: an extended index of clinical severity, Journal Of Neurosurgery, 2018.
http://thejns.org/doi/full/10.3171/2017.12.JNS172780
QUADRO CLÍNICO
Alterações SENSÓRIO-MOTORAS COGNITIVAS
EMOCIONAIS COMPORTAMENTAIS
PERCEPTUAIS
REABILITAÇÃO
RANCHO LOS AMIGOS 
NÍVEIS 
NÍVEL 1 NÃO RESPONSIVO 
NÍVEL 2 RESPOSTA GENENERALIZADA 
NÍVEL 3 RESPOSTA LOCALIZADA
NÍVEL 4 CONFUSO E AGITADO
NÍVEL 5 CONFUSO E INAPROPRIADO
NÍVEL 6 CONFUSO E APROPRIADO
NÍVEL 7 AUTOMÁTICO APROPRIADO
NÍVEL 8 INTENCIONAL APROPRIADO
NÍVEL 9 INTENCIONAL E APROPRIADO – assistência 
c/ solicitação
NÍVEL 10 INTENCIONAL E APROPRIADO –
independenre modificado 
DESPERTAR
ADEQUAR
REORGANIZAR
É uma ferramenta descritiva de enquadramento do nível
de cognição e comportamento, representando a
recuperação típica das pessoas com TCE
ABORDAGEM 
FISIOTERAPÊUTICA DO TCE 
FISIOTERAPIA NO TCE
• Quando Atuar ? → Intervenção Precoce
• Grande Retorno
• Motora = aprox. 2 anos
• Cognitiva = aprox. 6 meses a 1 ano
• Estímulos Táteis – Cinestésicos – Auditivos PLASTICIDADE NEURAL
FISIOTERAPIA NO TCE
• Avaliação descritiva
• Identificação dos problemas
• Tratamento individual
• Buscar o máximo de desempenho
NÍVEIS 1 – 2 – 3 DESPERTAR 
Assistência Respiratória
• IOT – proteção da via área
• Equilíbrio Ventilação/Perfusão
• Sedoanalgesia + DVA
Posicionamento
• Tendências Patológicas
• Deformidades
NÍVEIS 1 – 2 – 3 DESPERTAR 
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA / ENFERMARIA
• Tempo de terapia reduzida
• Poucas informações
• Explicar procedimentos (coma)
• Intervalos entre as terapias
• Assistência ventilatória
• Orientações aos familiares
Mobilização passiva
Alongamentos
Adequar tônus 
Manter ADM 
NÍVEIS 4 – 5 – 6 ADEQUAR 
NÍVEL 4 – Confuso e agitado
• Confusão mental
• Agitação e medo
• Reage em excesso / Agressividade
• Não se concentra / Não presta atenção
• Só pensa em necessidades básicas
NÍVEIS 4 – 5 – 6 ADEQUAR 
NÍVEL 5 – Confuso e inapropriado
• Inadequado as atitudes – gestos –fala
• Concentração por alguns minutos
• Compulsão comida – sexo – AVDs
• Não controla esfíncter
Nível I ao V amnésia
Impor limites
Fragmentar a terapia
Atividades básicas
Trabalho de cervical e tronco 
Ortostatismo
Treino de marcha
Orientação familiar
NÍVEIS 4 – 5 – 6 ADEQUAR 
NÍVEL 6 – Confuso e apropriado
• Controla esfíncter
• Não tem noção (riscos de segurança)
• Concentração – 20 a 30 minutos
• Realiza AVDs com auxílio moderado
NÍVEIS 7 – 8 – 9 – 10 REORGANIZAR 
NÍVEL 7 – Automático e apropriado
• Noção superficial das incapacidades motoras
• Não percebe limites
• Superestima habilidades
• Mostra-se inflexível – parece decidido
• Concentração mínima 30 minutos
NÍVEIS 7 – 8 – 9 – 10 REORGANIZAR 
NÍVEL 8 – Intencional e apropriado
• Assistência com solicitação
• Mantém concentração por 2h
• Usa auxílio para memória
• Realiza AVDs – casa, trabalho e lazer
• Auto-controle e adequação numa interação social
NÍVEIS 7 – 8 – 9 – 10 REORGANIZAR 
NÍVEL 10 – Intencional e apropriado
• Independente modificado
• Realiza várias tarefas simultâneas
• Cria seu instrumento de auxílio à memória
• Realiza com independência atividades em casa, trabalho e lazer
• Comportamento social normalmente adequado
NÍVEIS 8 – 9 – 10 REORGANIZAR 
• Feedback / Tarefas complexas
• Visão holísticas
• Balance
• Trabalho de tronco
• Treinar fora do ambiente de terapia
• Qualidade do movimento
FUNÇÃO
TCE 
EQUIPE 
MULTIPROFISSIONAL
TRAUMATISMO 
RAQUIMEDULAR 
Profª Me. Jéssica Espindola
Disciplina: Fisioterapia Neurológica 
E-mail: jessica_m.e@hotmail.com
Traumatismo Raquimedular – TRM 
Lesão Traumática da raqui (coluna) e medula espinal
resultando algum grau de comprometimento temporário ou
permanente das funções neurológicas
ASIA – American Spinal Injury Association
TRM – definições 
É uma agressão traumática à medula espinal que pode resultar em 
alterações da função motora, sensitiva, autonômica, visceral, sexual e trófica 
É uma síndrome incapacitante que acarreta alterações de motricidade, 
sensibilidade, distúrbios neurovegetativos, alterações esfincterianas, além do 
comprometimento psico-social
LOCALIZAÇÃO – Medula Espinal 
• Interior do canal vertebral
• Extremidade superior: continuidade do
bulbo
• Extremidade inferior: afilamento
abrupto = cone medular (T12 – L2)
LOCALIZAÇÃO – Medula Espinal 
• A ME termina entre L1- L2
• Espaço subaracnóide continua na
direção caudal até a altura da 2ª
vértebra sacral
Pares de Nervos 
• Plexo cervical
• Plexo braquial
• Plexo lombar
• Plexo sacral
RAÍZES NERVOSAS 
cervicais 1 acima
a partir de T1 abaixo 
Pares de Nervos 
(C1 a C8) controlam a sensibilidade e o movimento
da região cervical, dos membros superiores e
diafragma – C1 a C3*
(T1 a T12) controlam o tórax, abdome e parte dos
membros superiores
(L1 a L5) estão relacionados com movimentos e
sensibilidade dos membros inferiores
(S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores,
sensibilidade da região genital e funcionamento da
bexiga e intestino
LESÃO MEDULAR 
• Déficits sensitivos superficiais e profundos
• Déficits motores - alterações vasomotoras * e
autonômas (SNA)
• Disfunção esfíncteriana e sexuais
Epidemiologia 
• Principal etiologia da lesão medular é traumática, sendo de
maior incidência em jovens de 18 a 40 anos do sexo masculino
• 20% apenas Não Traumáticas - tumores, infecções, alterações
vasculares, doenças degenerativas e alterações congênitas
Etiologia 
• LESÕES TRAUMÁTICAS
• LESÕES NÃO TRAUMÁTICAS
Lesão Não Traumática 
• Congênitas: Meningocele,Mielomenigocele
• Degenerativas: Espondilose Cervical Degenerativa
• Tumorais
• Infecciosas: Poliomielite
• Doenças Neurológicas e Sistêmicas: E.L.A., E.M.
• Vasculares: Hipóxia medular
Mecanismos traumáticos 
Causas mais frequentes:
• Acidente com veículos
• FAF
• Quedas Recreativas
• Quedas em Esportes
Fraturas/Luxações: 
✓ Acidentes de trânsito
✓ Esportes
✓ Quedas
✓ Acidentes de trabalho 
Ferimentos:
✓ Ferimentos por arma de fogo
✓ Ferimentos por arma branca 
Lesões Traumáticas 
TRM
fraturas de coluna
luxações de vértebras
compressão medula
Lesões Traumáticas 
TRM
fraturas de coluna
luxações de vértebras
compressão medula
Tipos de Lesões 
Lesão COMPLETA ou INCOMPLETA
1. Lesão Completa: compromete todas as estruturas no plano horizontal com
perda (síndrome medular transversa completa) sensitiva e motora abaixo de um
nível segmentar.
2. Lesão Incompleta: compromete somente alguns feixes longitudinais e/ou
substância cinzenta. Grande variedade de síndromes transversas incompletas
Tipos de Lesões 
Lesão COMPLETA ou INCOMPLETA
Completa = toda movimentação ativa e sensibilidade abaixo da lesão ausentes
PLEGIA
Incompleta = alguma motricidade e/ou sensibilidade preservada
PARESIA 
Tipos de Lesões - INCOMPLETA 
SÍNDROMES MEDULARES INCOMPLETAS
✓ Síndrome centro-medular: + na região cervical, preservação da
sensibilidade sacra e maior debilidade dos MMSS
✓ Síndrome de Brown-Sequard: Hemisecção da medula (causada p/ FAB)
✓ Síndrome da medula anterior
✓ Síndrome da cauda equina
GRAVIDADE DO TRAUMA 
• C4 a C7 – mais vulnerável a lesão
• Lesão estável ou instável
• Difícil de avaliar no pré-hospitalar
• Considerar toda lesão instável até que se prove o contrário
GRAVIDADE DO TRAUMA 
LESÃO CERVICAL
QUADRO CLÍNICO
• Varia de acordo com o nível e o grau da lesão medular, além da 
causa da doença
• Avaliada depois da fase de “choque medular”, que consiste no 
retorno do reflexo bulbo cavernoso
1ª Fase do Choque Medular – fase flácida 
• Interrupção dos tratos descendentes que produzem a facilitação tônica dos 
neurônios medulares 
• Ausência: 
• Reflexos somáticos (estiramento)
• Reflexos autonômicos 
• Regulação autonômica 
• Sudorese e piloereção
1ª Fase do Choque Medular – fase flácida 
• Anestesia superficial e profunda
• Paralisia completa flácida
• Arreflexia superficial e profunda
• Arreflexia vesical
• Atonia intestinal 
• Ausência de ereção e ejaculação / Amenorréia
• Alterações sexuais: 
• sexo masculino: ausência de ereção e ejaculação
• sexo feminino: ausência de ereção clitoriana e lubrificação vaginal
2ª Fase – Retorno da atividade medular reflexa 
Paralisia 
Espasticidade 
Hiperreflexia
Automatismos 
Anestesia 
LESÃO DO NEURÔNIO 
MOTOR SUPERIOR 
LESÃO DO NEURÔNIO 
MOTOR INFERIOR
Paralisia 
Flacidez 
Arreflexia 
Atrofia muscular 
Anestesia 
3ª Fase de Ajustamento 
Fase de ajuste à nova condição motora
Hiperatividade Reflexa Medular = aumento do tônus muscular
(espasticidade) e movimentos automáticos seguindo um padrão flexor ou
extensor decorrente de lesão medular total ou parcial - NMS
Classificação Funcional
Tetraplegia = Paralisia parcial ou completa dos quatro membros e do tronco, 
resultante de lesões da medula cervical
Paraplegia = Refere-se à paralisia parcial ou completa do tronco, ou parte do 
tronco e MMII, sendo resultante de lesões da medula espinal, torácica, ou 
lombar ou das raízes sacrais
Nível de Lesão Medular 
O nível de lesão é determinado pelo 
último seguimento sensitivo e/ou motor 
preservado 
Quanto mais alta é a lesão, maior é a 
perda das funções motoras, sensitivas e 
autônomas (alterações metabólicas do 
organismo)
ACIMA DE T1 
TETRAPLEGIA 
ABAIXO DE T1 
PARAPLEGIA 
Classificação ASIA
Classificação da lesão quanto ao nível e o grau, através de exame físico 
de força e a sensibilidade
✓ A força graduada de 0 a 5 nos músculos chaves das raízes de C5 a S1
✓ O nível de força é aquele em que o músculo mais caudal tem grau 3 e o 
antecessor 5
Classificação de Sensibilidade
O nível de sensibilidade é
avaliada pelo nível mais
caudal que apresenta
dermátomo tátil e doloroso
preservado
Classificação de Sensibilidade
✓ Território cutâneo inervado por fibras
de uma única raiz dorsal
✓ Recebe o nome da raiz que o inerva
✓ Permite diagnóstico
Classificação de Sensibilidade
✓ Território cutâneo inervado por fibras
de uma única raiz dorsal
✓ Recebe o nome da raiz que o inerva
✓ Permite diagnóstico
Dermátomos e Miótomos ASIA – 1992 
Escala de Frankel – ASIA 
Complicações das Lesões Medulares 
DISREFLEXIA AUTONÔMICA
• ↑ das contrações no abdome, nas pernas e braços
• Dor de cabeça
• Sudorese
• Tontura
• ↓ Bradicardia 
• Placas vermelhas aparecem na face, pescoço e corpo
• Arrepios e coceiras indefinidas pelo corpo
• ↑ PA
Complicações das Lesões Medulares 
• Hipotensão postural 
• Comprometimento da regulação térmica 
• TVP 
• Contraturas e deformidades
• Osteoporose/hipercalcemia / fraturas
• Úlceras de pressão 
• Bexiga Neurogênica: LNMS → reflexa
LNMI → flácida 
ABORDAGEM 
FISIOTERAPÊUTICA DO TRM 
FISIOTERAPIA NO TRM 
OBJETIVOS DA REABILITAÇÃO 
• Estabelecer um processo interdisciplinar que seja centrado no paciente, 
abrangente e coordenado
• Intervenção imediata e profilaxia para evitar complicações
• Atingir independência funcional, adequada ao nível da lesão
• Atingir e manter a reintegração bem sucedida na comunidade
FISIOTERAPIA NO TRM – Fase aguda 
• Instituir um esquema respiratório profilático e tratar as eventuais 
complicações
• Atingir o estado respiratório independente quando possível
• Manter a ADM total de todas as articulações, dentro da limitação determinada 
pela fratura (isto é, tipo, estabilidade, gravidade e nível)
• Monitorar o estado neurológico e instituir tratamento adequado 
• Manter/fortalecer todos os grupos de músculos inervados
• Envolver/instruir o paciente, as pessoas que cuidam dele, os familiares e a 
equipe
Segmentos e metas funcionais 
C2 e C3 
• Mm. face; mm. esternocleidomastoideo
• VM
• Cadeira motorizada
C4 
• Idem + mm. trapézio; mm. diafragma 
• Indicação parcial de VM
• Cadeira Motorizada c/ controle bucal e adaptação mentoniana 
Segmentos e metas funcionais 
C5 
• Musculatura chave preservada: ombro; flexores de cotovelo (força 
diminuída)
• Potencial de reabilitação: cadeira de rodas motorizada com adaptação para 
controle manual
• Semi-independente para AVD (com adaptações)
• Dependente para transferências
Segmentos e metas funcionais 
C6 
• Musculatura chave preservada: supinação de antebraço; extensão 
radial de punho
• Potencial de reabilitação: cadeira de rodas monitorizada ou comum com 
adaptações (com pinos no sobrearo)
• Semi-independente para AVD (adaptações) e transferências
Segmentos e metas funcionais 
C7
• Musculatura chave preservada: extensão de cotovelo, punho e 
pronação de antebraço
• Potencial de reabilitação: cadeira de rodas com adaptações (pinos no 
sobrearo)
• Independente para AVD (adaptações) e transferências (com tábua)
Segmentos e metas funcionais 
C8
• Musculatura chave preservada: extensão de cotovelo; flexão de dedos e 
intrínsecos da mão (força diminuída)
• Potencial de reabilitação: cadeira de rodas; independente para AVD e 
transferências
• Dirige carro com controle manual
Segmentos e metas funcionais 
T1 a T8
• Musculatura chave preservada: completa de membros superiores
• Potencial de reabilitação: cadeira de rodas
• Independente para AVD e transferências
• Dirige carro com controle manual
• Órtese longa + cinto pélvico para ortostatismo
Segmentos e metas funcionais 
T9 a T12
• Musculatura chave preservada: bom controle de tronco
• Potencial de reabilitação: cadeira de rodas; independente para AVD e 
transferências
• Dirige carro com controle manual
• Órtese longa +cinto pélvico + muletas para marcha (poucofuncional – muito 
gasto energético)
Segmentos e metas funcionais 
L1 a L2
• Musculatura chave preservada: boa estabilidade pélvica
• Potencial de reabilitação: órtese longa bilateral + muletas para marcha para 
curtas e médias distâncias (grande gasto energético)
L3 a L4
• Musculatura chave preservada: extensão de joelho
• Potencial de reabilitação: órtese curta bilateral + muletas ou bengalas: 
marcha funcional
Segmentos e metas funcionais 
L5 a S1
• Musculatura chave preservada: toda musculatura preservada
• Potencial de reabilitação: marcha sem órteses (com ou sem ajuda de muletas 
ou bengalas em ambientes externos)
Tratamento 
• HIDROTERAPIA
• EQUOTERAPIA
• ELETROESTIMULAÇÃO (FES)
• GAIOLA DE HABILIDADES 
• Independência
• Melhora a estabilidade
• Equilíbrio
• Coordenação
• Interação sensorial
• FM 
• Dança esportiva
• Adaptação para esportes
Em 27 de maio de 1995, Reeve ficou tetraplégico após sofrer um acidente 
a cavalo durante uma competição equestre em Culpeper, passando a usar 
uma cadeira de rodas para se mover e um ventilador portátil para respirar
Christopher Reeve
Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos 
para o sucesso. Não importam quais sejam os obstáculos e as 
dificuldades. Se estamos possuídos de uma inabalável 
determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente 
das circunstâncias, devemos ser SEMPRE humildes, recatados 
e despidos de orgulho
DALAI LAMA 
ORIENTAÇÕES 
02/06/2022 – PROVA 2ª AVALIAÇÃO
09/06/2022 – Devolutiva da prova + Aula prática de HIDRO*
Alunos só terão esse dia para contestar a prova
10 – 17/06/2022 – 2ª CHAMADA (1ª ou 2ª avaliação)
16/06 – 2ª CHAMADA – FISIO NEURO 
20 – 27/06/2022 – AVALIAÇÃO FINAL 
23/06/2022 – PROVA FINAL 
30/06/2022 – FINAL DO SEMESTRE LETIVO 
CALENDÁRIO ACADÊMICO
OBRIGADA!
JÉSSICA ESPINDOLA 
E-mail: jessica_m.e@hotmail.com

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