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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 EMPREENDEDORISMO ............................................................................ 5 2.1 O que é ser um empreendedor ............................................................ 5 2.2 Conceitos iniciais e históricos ............................................................... 6 2.3 Evolução e contextualização histórica .................................................. 6 2.4 O empreendedor e o intraempreendedor ............................................. 8 2.5 Características e atuação do intraempreendedor ................................. 9 3 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO ................................................. 9 3.1 O comportamento empreendedor nas organizações ......................... 10 3.2 Estimulando um ambiente empreendedor .......................................... 11 3.3 O comportamento empreendedor ...................................................... 12 3.4 Características de destaque do empreendedorismo corporativo ....... 13 4 DEFININDO O EMPREENDIMENTO ....................................................... 14 4.1 Identificando oportunidades ............................................................... 15 4.2 A escolha do negócio ......................................................................... 17 4.3 Definindo o público-alvo ..................................................................... 18 5 INOVAÇÃO EMPRESARIAL ..................................................................... 20 5.1 Inovação em produto .......................................................................... 20 5.2 Ciclo de vida do produto ..................................................................... 22 5.3 Inovação Organizacional .................................................................... 23 5.4 Inovação e Marketing ......................................................................... 25 6 INOVAÇÃO DE PROCESSOS ................................................................. 27 7 POLÍTICA PÚBLICA DE INOVAÇÃO........................................................ 29 7.1 Manual de Oslo .................................................................................. 30 3 7.2 A lei da Inovação ................................................................................ 31 7.3 Princípios que norteiam a nova Lei .................................................... 31 7.4 Conceitos que embasam o novo marco legal da inovação ................ 32 7.5 Lei da inovação: o cenário do brasil ................................................... 34 7.6 Principais mudanças do marco regulatório da inovação .................... 35 7.7 Alguns benefícios da lei da inovação para empresas......................... 36 8 CONCLUSÃO ........................................................................................... 36 9 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 38 10 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 40 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 EMPREENDEDORISMO Fonte: www.marcelotoledo.com 2.1 O que é ser um empreendedor Empreendedor é aquela pessoa que enxerga, promove e aproveita as novas oportunidades nos negócios, se arriscando para colocar em prática seus sonhos, planos e ideias. Empreender é buscar novas ideias, criativas, inovar, alimentar sua automotivação. Ser empreendedor é ainda enxergar as dificuldades como oportunidades de crescimento, de evoluir, de fazer do limão limonada e criar soluções inteligentes para ser bem-sucedido na vida. Em nosso dia a dia, temos a possibilidade de empreender. Às vezes, isso se dá realmente à frente de um negócio e construindo uma empresa do zero. Noutras, é dentro da nossa casa, promovendo as mudanças necessárias para que toda família possa viver melhor. Em sociedade empreendemos quando decidimos colocar em prática ideias que ajudem a melhorar nosso país e as condições de vida daqueles que tem menos. O número de empreendedores no Brasil está crescendo cada vez mais. Isso pode ser percebido a partir das ideias estratégicas, criativas e que buscam entregar cada vez mais valor para o cliente que estão em alta no mercado. Algumas características que definem o que é ser um empreendedor: https://blog.hotmart.com/pt-br/empreendedorismo-no-brasil/ 6 Está sempre estudando; Não desiste no primeiro erro; Percebe as oportunidades a seu redor; Tem capacidade de liderar; É comprometido com seu negócio; Trabalha com eficiência e qualidade; Tem boa comunicação; Não tem medo de correr riscos; Sabe estabelecer metas; Consegue trabalhar com independência; Separa a vida pessoal da profissional; Toma iniciativas; Busca sempre resultados. 2.2 Conceitos iniciais e históricos Sabe-se que após a queda de Roma (por volta de 476 d.C.) e até meados do século XVIII, praticamente não existiu aumentos na geração de riqueza. Contudo, com o advento do empreendedorismo, esse cenário mudou principalmente no Ocidente, apresentando um crescimento exponencial de 1700 a 1900. Assim, ao longo deste cenário, o pensamento empreendedor evoluiu, evidenciando a dimensão que o termo alcança, disseminando-se nas escolas de negócios e academias. 2.3 Evolução e contextualização histórica Mesmo que para muitos o campo de pesquisa em empreendedorismo seja relativamente novo, os pensamentos pioneiros sobre o termo não são. Provavelmente a função é tão antiga como o intercâmbio e o comércio entre os indivíduos na sociedade, mas, no entanto, este conceito não era discutido. Somente a partir da evolução dos mercados econômicos, os cientistas se interessaram pelo fenômeno. Essa discussão ocorreu após um grande período de estagnação aplicado pelo sistema feudal na economia europeia, onde o direito de propriedade era restrito e os produtos altamente taxados. Entretanto, durante a Idade Média, essas condições se modificaram lentamente e o sistema de empreendedorismo evoluía com base nas classes dos comerciantes e na ascensão das cidades. Neste período, o termo empreendedor foi usado para descrever tanto um participante quanto um administrador de grandes projetos de produção. É preciso observar que no século XII, este termo era usado para referir-se àquele que incentiva brigas. https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t1 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t2 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t3 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t3https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t4 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t5 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t5 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t6 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t7 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t8 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t8 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t9 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t10 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t11 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t12 https://blog.hotmart.com/pt-br/o-que-e-ser-um-empreendedor/#t13 7 Destaca a importância das raízes do empreendedorismo ligadas a áreas mais antigas e consolidadas, como a economia, ciência do comportamento (psicologia, ciência cognitiva) e sociologia (SHANE, 2000, apud JULIEN, 2010). No século XVII, representado pela era econômica, o empreendedor estava ligado à pessoa que tomava a responsabilidade e coordenava uma operação militar, e no fim deste século e início do século XVIII, o termo foi usado como referência à pessoa que criava e conduzia empreendimento. A atividade empreendedora se expandiu ao longo séculos XVI e XVII com o conhecimento experimental e, portanto, epistemológico ou baseado nas habilidades, tornando-se cada vez mais instrumentais para corrigir as ineficiências ou fornecer novas soluções, bens e serviços. Com a especialização do conhecimento, a descoberta de oportunidades comerciais e a atividade empreendedora se intensificaram no século XVIII. Neste mesmo período, o termo era utilizado para se referir às ocupações específicas, porém, a continuidade da evolução foi se ampliando e a figura da pessoa empreendedora tornou-se mais relevante que sua ocupação. Nesse contexto, o empreendedorismo foi evoluindo frente às ideias que dominavam a época, o que proporcionou uma conjuntura quanto a sua evolução. Vale destacar que o contexto da evolução do termo empreendedorismo passa por três eras distintas quanto ao Pensamento Empreendedor. Por outro lado, a Era das Ciências Sociais (1940-1970) foi um período marcado pela entrada dos estudiosos das áreas de psicologia e ciências sociais, que direcionaram seus interesses no empreendedor como um indivíduo e começaram a investigar suas obras e traços de personalidade. A ênfase do empreendedor no processo de mudança econômica torna-se o objeto de estudo por parte dos sociólogos. Já os psicólogos têm o foco nas ciências comportamentais e antropológicas, relacionando o empreendedorismo com um comportamento desviante, ligado à cultura e também às discussões de pressupostos filosóficos quanto a questões ontológicas, epistemológicas. Na área da Administração, por exemplo, a perspectiva do empreendedor se situa em um contexto de expansão e pesquisas quanto ao papel deste agente como um gestor do seu negócio. Questões quanto ao ato de administrar por parte do empreendedor são necessárias, principalmente devido ao fato de o 8 empreendedor estar no coração da criação e do desenvolvimento de uma empresa (JULIEN, 2010, apud PELOGIO, 2011). 2.4 O empreendedor e o intraempreendedor Fonte: www.aprendaempreenderbem.com.br Ser empreendedor está ligado à visão de mundo, à criação de ideias inovadoras e ao comportamento criativo dos indivíduos. O empreendedor é caracterizado por sua visão diferenciada, que consegue identificar oportunidades de negócios que empresários, por exemplo, geralmente não veem. Além disso, esse profissional também tem uma criatividade enorme para ousar, inovar e ter ideias diferentes, que atendem tanto as necessidades dos consumidores quanto as das empresas. E o melhor, além de pensar diferente, as pessoas empreendedoras ainda conseguem planejar uma forma de lucrar com as suas ideias, colocando as em prática e dando origem à grandes negócios. Similarmente ao empreendedor, o intraempreendedor também é definido pelo o seu perfil comportamental. Ele é criativo, estimula mudanças e tem um olhar diferenciado dos outros colaboradores. A diferença entre empreendedor e intraempreendedor é muito sutil, sendo a principal diferença é que o segundo se trata de um profissional que, na maioria das http://www.ignicaodigital.com.br/importancia-das-ideias-inovadoras-no-trabalho/ http://www.ignicaodigital.com.br/importancia-das-ideias-inovadoras-no-trabalho/ http://www.ignicaodigital.com.br/caracteristicas-do-empreendedor-nato/ http://www.ignicaodigital.com.br/o-que-e-uma-pessoa-empreendedora/ http://www.ignicaodigital.com.br/o-que-e-uma-pessoa-empreendedora/ http://www.ignicaodigital.com.br/6-segredos-dos-grandes-negocios-digitais/ 9 vezes, já está dentro da empresa, em diferentes cargos e profissões, mas que se destaca dos outros por conseguir encontrar oportunidades criativas. 2.5 Características e atuação do intraempreendedor Ao passo que o empreendedor geralmente tem uma ideia e a transforma em um negócio, o intraempreendedor tem o papel de desenvolver ideias novas em cima de algo que já funciona. Com isso, o profissional intraempreendedor é muito procurado por empresas que buscam inovações. E para identificá-los, seja no atual quadro de funcionários ou em processos seletivos, a dica é procurar por pessoas criativas, proativas, confiantes e apaixonadas pelo o que fazem. O empreendedorismo é visto como um atributo importante, pois pessoas empreendedoras são consideradas aquelas que assumem riscos, têm iniciativa, buscam oportunidades, ressaltam a importância das informações, são atentas e curiosas (DORNELAS, 2008, apud WERLANG, 2015). 3 EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO Fonte: www.docsity.com http://www.ignicaodigital.com.br/o-que-podemos-aprender-com-as-inovacoes-do-vale-do-silicio/ 10 O empreendedorismo corporativo é definido como um conjunto de ações ou procedimentos dentro de um negócio já existente, visando a maximização de resultados. Hoje, ter capital para investir em um projeto diferenciado para tirar do papel, não é garantia de que as coisas darão certo, nem que ele vá prosperar. Além da capacidade teórica, outras aptidões também se fazem necessárias e requerem ser aprofundadas ao longo da carreira de empreendedor. O mesmo se baseia seu mecanismo nos pilares da inovação: lançar novos produtos; sistemas de criação; e na renovação; atualização constante de suas abordagens e técnicas; sempre no intuito de crescimento e superação da alta competitividade do mercado. Podemos ilustrá-lo como um ciclo de revitalização da estrutura organizacional de uma empresa. Não é o fato de possuir produtos de qualidade que seu sucesso e estabilidade estão garantidos, pois as necessidades dos consumidores se modificam. Portanto, quem não tem visão aos novos rumos e oportunidades corre sérios riscos de fracassar. É neste contexto que o empreendedorismo corporativo faz toda a diferença, ele otimiza a aptidão de reconhecer as direções e os recursos utilizados em favor da companhia. 3.1 O comportamento empreendedor nas organizações Quando se fala em comportamento empreendedor logo vem à tona o papel dos líderes nas organizações, ou seja, aqueles que comandam equipes, usam seu carisma e poder de persuasão para implementar seus projetos empresariais. O processo de inovação que ocorre nas grandes corporações, é de extrema importância o envolvimento e o bom entendimento entre as várias áreas da empresa. Aos níveis hierárquicos mais altos, geralmente é atribuído o papel de gerente e de líder, que na verdade são atributos complementares, e o último pode e deve ser exercido em todos os níveis organizacionais. Ambos, gerenciamento e liderança, são necessários para o sucesso dos negócios da empresa no cada vez mais complexo e imprevisível ambiente competitivoem que esta está inserida. As funções gerenciais dos executivos, como lidar com a complexidade dos negócios, planejar e definir https://saiadolugar.com.br/carreira/ https://saiadolugar.com.br/reinventar-o-negocio/ https://saiadolugar.com.br/sucesso/ 11 orçamentos, organizar e comandar pessoas, controlar e resolver problemas, são extremamente necessárias e continuarão a ser, mas não substituem ou não podem ser confundidas com as funções de liderança. Pesquisadores da área do empreendedorismo e estratégia têm instigado que a vantagem competitiva sustentável, e que um melhor desempenho organizacional depende da capacidade de empreender, inovar e de gerenciar mudanças na organização. Ou seja, o empreendedorismo poderia influenciar positivamente o desempenho das empresas em momentos de incertezas e alta competitividade (OLIVEIRA JÚNIOR, 1991, WERLANG, 2015). 3.2 Estimulando um ambiente empreendedor Motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de pessoas para o alcance de uma determinada meta. Entre os fatores que motivam os empreendedores, podemos citar os seguintes: Fatores pessoais: desejo de realização pessoal, insatisfação no trabalho, desejo de ganhar dinheiro, desejo ardente de mudar de vida ou mesmo o fato de ser demitido de seu emprego; Fatores ambientais: analisar e identificar oportunidades de negócios ou a possibilidade entrar um projeto; Fatores sociológicos: possibilidade de ter um grupo de pessoas competentes com características semelhantes, influência de parentes ou modelos já desenvolvidos na família. Existem três necessidades essenciais do empreendedor: poder, afiliação e sucesso (sentir- se reconhecido). O empreendedor é motivado acima de tudo por ascensão social, em função disto, a organização gerenciada por um empreendedor tem o crescimento como seu principal objetivo. Outros fatores que influenciam na motivação: Valores: tudo começa com a definição dos valores, os quais, geralmente, estão associados ao futuro da organização. Se a empresa quer, de fato, ser reconhecida como inovadora e empreendedora, este valor deve estar claro na visão e na missão, tanto para o público interno quanto para o público externo; 12 Os indivíduos são atraídos para o empreendimento por inúmeros incentivos prazerosos ou recompensas. (LONGENECKER, 2004, apud, CUSTÓDIO, 2011). Mudança de comportamento: se os valores estão claros e a empresa vai adotar essa bandeira, o comportamento precisa mudar. A maneira como as pessoas trabalham e produzem algo é um processo que deve evoluir em todos os níveis hierárquicos; Autonomia: um dos fatores mais importantes da empresa inovadora é delegar autonomia aos funcionários. Quando se trata de inovar e empreender, o perfil centralizador já não funciona mais. Conceder autonomia não significa conceder liberdade total nem atribuir responsabilidade maior do que a pessoa pode suportar, mas, estabelecer metas desafiadoras e atingíveis para o fim desejado; Estímulo ao empreendedorismo: num ambiente fechado a sugestões, onde impera o medo, intolerante aos erros e desrespeitoso com as pessoas, não há como fomentar o empreendedorismo; a sensação de liberdade e autonomia favorecem a concepção das ideias e a experimentação; Cultura de tolerância ao erro: quem empreende, ousa ou atreve-se a buscar novas trilhas que levam a melhores resultados não consegue acertar todas as vezes, portanto, inovar e empreender é sinônimo de arriscar. Erros são comuns e inerentes ao processo de inovação. Tolerar fracassos é vital para estimular as equipes a um novo recomeço. A crítica mata a iniciativa. Reconhecimento: se um colaborador demonstra comprometimento e energia para avançar além das fronteiras da descrição do cargo, usando imaginação e conhecimento para agregar valor à empresa, aos clientes e à sociedade, o mesmo deve ser reconhecido distinta e financeiramente. 3.3 O comportamento empreendedor A todo momento o comportamento empreendedor, deixa de ser um aspecto positivo de alguns e torna-se uma característica comum a muitos. Afinal de contas, ou os novos administradores adquirem e aprimoram esta habilidade ou estarão fadados ao insucesso profissional. O que exige este novo comportamento dentro das 13 organizações é a nova tendência mundial: a globalização. Hoje, não só os produtos e serviços estão disponíveis em qualquer lugar e a qualquer momento. Os modelos de gestão, as estruturas organizacionais, as formas de atuação dos novos gestores servem, se não como paradigmas, mas como comparações, o chamado benchmarking, onde um processo sistemático e contínuo de avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho das organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades de melhoria na organização. Enfim, quem leva o espírito empreendedor às organizações são as pessoas com comportamento empreendedor. E este comportamento, tanto pode ser uma característica pessoal como também um item valioso adquirido ao longo da carreira. Mas, o mais importante é que seja colocado em prática. 3.4 Características de destaque do empreendedorismo corporativo São os colaboradores empreendedores que colocam em prática o empreendedorismo nas empresas. Eles ajudam a organização a alcançar o sucesso e ampliar os negócios, porque sabem identificar as oportunidades de crescimento, independente da situação, investem em inovações, incentivam o lançamento de mais produtos no mercado, utilizam a tecnologia a seu favor e exploram novas possibilidades de consumo. Para tal destaca- se algumas qualidades essenciais para um bom empreendedor corporativo: Espírito inovador; Não ter medo de ousar; Visão sistêmica; Boa comunicação; Foco e inteligência emocional; Visão sistêmica e estratégica; Curiosidade e ousadia; Determinação e comprometimento; Criatividade e organização; Comunicação e liderança; Motivação e autodesenvolvimento contínuo. 14 4 DEFININDO O EMPREENDIMENTO Fonte: www.ibccoaching.com.br O empreendedorismo é considerado hoje um fenômeno global, dada a sua força e crescimento, nas relações internacionais e formação profissional. O Brasil é citado como um dos países mais criativos do mundo e onde mais se desenvolvem empreendedores. A definição de empreendedor evoluiu com o passar do tempo, devido às mudanças ocorridas na área econômica mundial tornando-se mais complexa. Desde seu início na idade média, o indivíduo que participava ou administrava grandes projetos de produção era chamado de empreendedor, porém esta pessoa utilizava os recursos fornecidos geralmente pelo governo do país. O empreendedorismo é uma ferramenta poderosa na busca do desenvolvimento local. Portanto, não constitui modismo dentro do estudo da administração (DOLABELA, 2003, apud BARROS, 2005). 15 4.1 Identificando oportunidades Fonte: www.gislainecouto.com.br O primeiro passo sobre o qual o empreendedor necessita, é de ter certeza quanto à oportunidade de negócio que identificou. Diferente do que muita gente pensa, uma ideia não significa uma oportunidade de negócio. Empreendedores sem sucesso confundem ideia com oportunidade. A ideia causa fascínio. O apego à ideia por razões psicológicas pode impedir que ela sofra um processo de validação não sendo avaliado de maneira sucinta e correta, fazendo com que se torne um caso de insucesso. Uma ideia somente se transforma em oportunidade quando seu propósito vai ao encontro de uma necessidade de mercado, ou seja, quando existem potenciais clientes. Está diretamente ligada a um produto ou serviço que agrega valor ao seu consumidor final, seja através da inovação ou da diferenciação. Tem que ter algo novo que atenda às necessidades de uma demanda dos clientes, representandoum nicho de mercado. Tem que ser atrativa e ter potencial para gerar lucros. O empreendedor deve ainda ter a sensibilidade e a capacidade de perceber e agarrar as oportunidades. Geralmente elas surgem, de desejos ou necessidades de pessoas insatisfeitas; Aperfeiçoamento do negócio; Caos do mercado; Mudança na economia; Novos hábitos e costumes; Exploração de Hobbies; Alianças estratégicas; Observação de Tendência, entre outros. 16 Hoje os empreendedores já não são vistos apenas como provedores de mercadorias desinteressantes e que são movidos unicamente por lucro a curto prazo. Ao contrário, são energizadores que assumem riscos necessários em uma economia em crescimento e produtiva. São eles os geradores de empregos, que introduzem inovações e estimulam o crescimento econômico. (SEBRAE, 2007, apud CUSTÓDIO, 2011). Uma oportunidade também tem seu tempo, isto é, seu momento certo. Por exemplo, um produto que num primeiro momento revela o aproveitamento de uma grande oportunidade, um ano depois pode estar ultrapassado e não ser mais lembrado pelos consumidores. Se a empresa que o comercializa não estiver preparada a melhorar ou se adaptar às mudanças que o mercado exige, poderá então desaparecer. Também não podemos esquecer da sazonalidade, que consiste no aumento ou redução significativos da demanda de certos produtos em determinada época do ano. Os negócios com maior sazonalidade oferecem riscos que obrigam os empreendedores a manobras custosas como manter estoques elevados. Quando em alto grau, é considerado fator negativo na avaliação dos pequenos negócios. Portanto, uma oportunidade de negócio deve ser: Atrativa; durável; agregar valor ao usuário final. Uma empresa somente poderá permanecer no mercado se ela aproveitar as oportunidades que se apresentam. O empreendedor tem que estar sempre atento ao que está acontecendo ao redor do seu negócio. 17 4.2 A escolha do negócio Fonte: www. comunidade.rockcontent.com Um dos caminhos para se chegar ao sucesso nos negócios é equilibrar suas afinidades e habilidades técnicas. Portanto, leve em conta sua personalidade ao escolher o ramo que mais adapte aos seus objetivos. Perfis mais comuns de empreendedor: Realizador-Empreendedor: possui tendências maiores a assumir riscos, por isso, são mais competitivos e focados no lucro. Mais práticos, trabalham com metas e não gostam de regras. Esse perfil está mais ligado ao meio da inovação. Realístico-Gerencial: diferente do realizador, este perfil preza pela organização e planejamento. Apreciam a ordem e exatidão nos valores, portanto não operam com valores estimados. São excelentes administradores e preferem assumir empresas que necessitam melhorar processos. Artístico-Imaginativo: Não gostam de rotina, lidam melhor com áreas que exercitem a criatividade. Muito originais, estão sempre ligados a novidades em como escolher o negócio ideal. Costumam dar-se bem no meio da moda, beleza, decoração e arte. Concreto-Convencional: o perfil convencional de empreendedor prefere trabalhos que tem suas regras e procedimentos muito bem estabelecidos. Ao contrário 18 do perfil artístico, lida bem com rotinas e prazos. Como valorizam a estabilidade, sentem-se confortáveis em áreas ligadas a segurança, cálculos e consultoria. Social-Afetivo: pessoas com esse perfil adoram o contato com as pessoas. Prezam pelo bem-estar alheio em detrimento do seu próprio. Costumam ser mais extrovertidas e, por isso, possuem facilidade para trabalhar em equipe. Podem se dar bem em clínicas de saúde e estética, restaurantes e livrarias. Investigador-Criador: gostam de saber como as coisas funcionam, portanto são mais ligados a investigações do que ações. Ao pensar em como escolher o negócio ideal de acordo com seu perfil, pessoas com essa personalidade tendem a se dar melhor com trabalhos que envolvam controle, previsões e tarefas de cunho científico, como escolas de idiomas e negócios ligados à tecnologia e games. 4.3 Definindo o público-alvo Fonte: www. digitalland.com.br Público-alvo trata-se de um grupo específico de consumidores ou organizações que compartilham um perfil semelhante e por isso devem ser o foco das ações de marketing e vendas da empresa, uma vez que estão mais dispostos a adquirir os produtos/serviços que ela oferece. 19 Para determinar este perfil, deve ser realizado uma série de pesquisas envolvendo diversos fatores para determinar quais as características em comum desta fração da sociedade que irá ser o foco principal. Essas informações podem ser sobre o comportamento de compra, hábitos de consumo, classe social, dados demográficos, condição socioeconômica, preferências, dentre diversas outras possibilidades. O importante é que quanto maior o número de informações e mais completo e verdadeiro o perfil estabelecido, maior a chance da sua empresa manter um bom relacionamento com o cliente. O público-alvo da comunicação de marketing, quando analisado sob o ponto de vista do processo básico de comunicação, corresponde ao conjunto dos receptores que interessam à organização (emissor). (OGDEN, 2007 apud GALÃO, 2012). É de suma importância a escolha correta do público-alvo, levando em consideração todos os fatores (sociais, econômicos, demográficos etc.) para o sucesso do seu negócio. Uma consequência disso é que o empreendedor evitará investir recursos em ações mal direcionadas, direcionando melhor os gastos da empresa. Tendo uma boa definição do seu público-alvo, você poderá melhorar vários aspectos da sua comunicação, como: a identidade e linguagem da empresa; que tipo de conteúdo produzir; quais os canais e eventos participar; quando e como oferecer promoções; possíveis alterações e melhorias no produto. 20 5 INOVAÇÃO EMPRESARIAL Fonte: www.gestaoativaconsultoria.com.br Inovação pode significar uma porção de coisas, desde o aumento de vendas à fidelização de clientes e, até mesmo, no engajamento de colaboradores. Afinal, inovar significa desbravar caminhos até então inexplorados. Colocar novas ideias de sucesso em prática, sejam elas focadas em novos modelos de negócio, em processos e métodos ou, ainda, em tecnologia. Muitas ideias de inovação na empresa emergem da análise das necessidades de processos, mudanças nos canais de valor e fracassos inesperados, para os quais se tenta uma reversão. (CHIAVENATO, 2003, apud CARELI, 2013). 5.1 Inovação em produto Inovar em produtos ou serviços significa, literalmente, propor mudanças que afetam a maneira como o consumidor enxerga, interage e percebe determinado item. Como exemplo, podemos citar os populares câmbios automáticos de automóveis, que fizeram frente aos modelos convencionais. Outro exemplo é melhorar o atendimento ao cliente nos serviços prestados, o que envolve definir claramente cada tarefa a ser desempenhada pelos integrantes da empresa. http://www.venki.com.br/blog/fluxograma-de-atendimento-ao-cliente/ http://www.venki.com.br/blog/fluxograma-de-atendimento-ao-cliente/ 21 A inovação em processos é uma mudança significativa na maneira de produzir um produto ou serviço, ou simplesmente uma etapa na concepção deles, mas que não afeta diretamente o consumidor final. Ainda como exemplo o setor automotivo que utilizamos anteriormente, a inovação em processos, aqui, seria algo como a automação no processo de produção dos automóveis, o que trouxe mais agilidade e segurança na produção (por exemplo). Planejamento, transparência e foco nos objetivos são os três dos principais ingredientes para tornar a inovação de processo muito mais equilibrada e direcionada às estratégias de sucesso. Isso envolve o conceito de melhoria contínua dos processos, que consiste na análise do processo como se encontra atualmente visando a determinação de quais atividades podem ser melhoradas.Busca-se descobrir ineficiências, atrasos, gargalos e desperdícios. A inovação de processos, ou qualquer tipo, é essencial para gerar uma competitividade mais acirrada, bem como oferecer benefícios em curto, médio ou longo prazo às empresas. Este processo permite que a empresa agregue mais valor para si, já que a mudança, ainda que não seja palpável para o consumidor, será percebida e valorizada. Os benefícios são múltiplos: Acesso a novos mercados; Aumento de receitas; Novas parcerias; Novos conhecimentos; Melhor alinhamento com as tendências, preparando a empresa para o futuro. Toda empresa deve ser a grande conhecedora dos seus próprios processos e a gestão das mudanças que esses novos processos trarão deve ser bem estruturada. Nenhuma engrenagem deve faltar ao conhecimento da sua gestão porque será a partir delas que a inovação em processos será realizada. Em seguida, um planejamento detalhado deve ser feito. Nele, é necessário levar em consideração tudo que será impactado com a mudança. Além disso, a aplicação deve ser gradual e transparente, ou seja, os colaboradores devem estar cientes da mudança, bem como os benefícios imediatos para as equipes e também para a empresa. Só assim haverá plena colaboração. http://www.venki.com.br/blog/definicao-de-melhoria-continua-de-processos/ http://www.venki.com.br/blog/gerenciamento-de-mudancas-itil/ 22 5.2 Ciclo de vida do produto Fonte: www.formasdepagamento.com Quando falamos de inovações tecnológicas é importante citarmos como ocorre o desenvolvimento de um produto e como funciona o e seu ciclo de vida. Todo projeto de um novo produto reflete uma intenção estratégica feito em seu plano de negócios e, habitualmente, as estratégias têm ligações com a tecnologia, o marketing e com os projetos individuais. No entanto, se a empresa tiver várias vertentes ela se torna uma empresa com multiprojetos, onde todos terão que ter uma espécie de ligação para chegar a um estado de resultados generalizados. Durante a evolução do produto podemos perceber alterações nas taxas de inovações do mesmo e do processo no decorrer do tempo, como também é notada alteração nas características da organização e da gestão. A esta mudança chamamos de dinâmica da inovação. Estas modificações podem ser caracterizadas em três fases: fluida, transitória e específica. Na fase fluida, onde o produto está sendo inserido no mercado, existe um momento de assimilação, e, às vezes, uma mudança de paradigmas sociais, os ver mostrar estas mudanças latentes em inovações como o MP3 e o Ipod. No entanto nesta fase existe uma incerteza de objetivos, adaptações no produto e projetos sob encomenda. 23 Durante a fase em que o produto se consolida, denominada por Utterback de projeto dominante, ocorre a dominância do mercado e a corrida da concorrência para busca do mercado sucessor. Na fase transitória, em que o produto se consolida e tem um crescimento surpreendente são efetuados alguns ajustes chamados de inovações incrementais. Quanto à fase específica há um amadurecimento dos processos de produção e da situação do produto perante o mercado. Estas seriam as três fases que normalmente as empresas deveriam passar para a consolidação em mercado; no entanto, verificamos que algumas empresas possuem suas estratégias focadas na área de fase fluída, terceirizando as outras fases. Estas variações podem ser notadas no mercado, dependendo da estratégia adotada pela organização. O processo de desenvolvimento é composto por ações e decisões tomadas pela empresa quanto para a comercialização e a viabilidade de um determinado produto ou serviço. Alguns fatores como qualidade, eficiência e velocidade são determinantes para o sucesso e a competitividade do produto no mercado. Existem vários níveis de desenvolvimento de um produto, que são: nível de tomada de decisão gerencial, onde é formalizada a ideia de um produto concreto; nível de processo de execução, onde é efetuada a descrição do desenvolvimento do novo produto e o nível de inter-relacionamento das atividades que refere as modalidades de inter-relações das atividades. 5.3 Inovação Organizacional Quando falamos em Inovação Organizacional, falamos em organizações que potencializam seus processos de gestão, através da tecnologia e outros meios inovadores. Empresas que prezam pela aplicação deste conceito são genuinamente flexíveis quanto a alterações em seus procedimentos internos, que podem, principalmente, otimizar a produtividade das equipes. A Inovação Organizacional contribui de forma assertiva para que a empresa tenha qualidade na execução das atividades e na obtenção de resultados extraordinários. https://www.ibccoaching.com.br/portal/11-ideias-de-como-melhorar-produtividade-de-uma-equipe-para-gerar-bons-resultados-uma-empresa/ 24 Exemplos de Inovação Organizacional: Programas de treinamento para colaboradores; Integração com universidades e demais instituições de ensino; Busca pela implementação das melhores práticas de gestão; Ampliação da comunicação; Mudanças na estratégia empresarial; Gerenciamento dos processos de logística; Descentralização dos processos. Para implementar o conceito de inovação organizacional em sua empresa, deve- se adotar algumas práticas, capazes de trazer resultados verdadeiramente efetivos para o seu negócio como: Envolva os colaboradores: O primeiro passo é contar com os colaboradores. Isso porque são eles os responsáveis por colocar as estratégias elaboradas em prática; conte com gestores e líderes: os gestores e líderes que fazem parte da empresa têm um papel fundamental neste sentido. Isso acontece, pois eles estão à frente das equipes, sendo assim, ficam responsáveis, não só por orientar os profissionais, para que façam um trabalho de excelência, mas também por inspirá-los e motivá-los diariamente a darem o melhor de si, contribuindo, dessa maneira, com novas ideias e com os resultados extraordinários para a organização. Faça com que todos sintam-se desafiados: Muitos profissionais sentem-se verdadeiramente motivados quando são desafiados no ambiente organizacional. A partir do momento que os gestores e o empreendedor trabalham para implementar essa cultura na empresa, ou seja, buscam constantemente apresentar projetos desafiadores aos profissionais que fazem parte da organização, estes, automaticamente, sentem que precisam atender a estas expectativas, passando a exigir de si mesmos uma performance de excelência, para superarem cada vez mais os desafios que surgem em suas jornadas. Desafie sem pressionar: O ideal neste processo é desafiar seus colaboradores a apresentarem ideias inovadoras, sem exigir que entreguem 100% ou que façam algo que esteja além de suas competências e habilidades. Ao adotar tal postura, eles são desafiados sem a necessidade de pressioná-los. Desenvolva programas de treinamento: Se faz necessário contar com algumas estratégias, capazes de facilitar a aplicação da inovação organizacional 25 dentro das empresas. Entre as estratégias está o desenvolvimento de programas de treinamento para os colaboradores. Transforme seus clientes em parceiros: Além do empreendedor e seus colaboradores, quem melhor do que seus clientes para saber onde você pode implementar melhorias e transformações na empresa. No caminho rumo à inovação organizacional, transformar os clientes em parceiros é uma das estratégias que podem trazer grandes benefícios, não só para a empresa, mas também para os próprios consumidores, que poderão usufruir de todas as melhorias que serão implementadas nos negócios. Invista em Coaching: O Coaching Corporativo é a metodologia de desenvolvimento empresarial, que mais tem trazido resultados positivos para organizações de portes e segmentos variados no mercado. Investir e contar com o apoio de uma metodologia,fará com empresa mantenham-se sempre competitiva e em rota de inovação. 5.4 Inovação e Marketing Em um mundo globalizado onde a concorrência está cada vez maior, é preciso atentar-se às necessidades do mercado para aprimorar os produtos e os serviços oferecidos ou mesmo criar novas soluções. Inovação no marketing: Nada pode ser considerado definitivamente acabado, de modo que sempre é possível aperfeiçoar a eficiência das operações internas e a busca por novas e melhores soluções para os problemas dos consumidores. A partir daí os profissionais passaram a trabalhar melhor a imagem da empresa diante dos clientes, fazendo-os enxergá-la de forma positiva e, consequentemente, melhorando o relacionamento entre as duas partes. Para isso, foram implementadas novas estratégias, diferentes daquelas até então utilizadas. O foco passou a ser atribuição de valor aos produtos e serviços oferecidos aos consumidores, de modo que os resultados passaram a ser rapidamente constatados pelos empreendimentos. http://www.ibccoaching.com.br/solucoes-corporativas/ 26 A inovação tecnológica também pode ser classificada em função de grau de novidade como inovação radical ou incremental. A Finep utiliza as definições na qual a inovação radical ou disruptiva é entendida como o desenvolvimento de um produto, processo ou forma de organização da produção totalmente novo, que pode representar uma ruptura com o padrão anterior. (SIMÕES, 2005 apud ABRAHAO, 2014). Desta forma, quando se fala em inovação no marketing, a ideia é melhorar alguns elementos das estratégias utilizadas nesta área, levando em conta produtos, preço, praça e promoção. As ações são geralmente baseadas em correções rápidas e soluções inovadoras que apresentam baixo risco com o objetivo de conquistar e preservar clientes para manter e fortalecer a empresa no mercado. Isso é, inclusive, um fator importante para garantir a sobrevivência dos negócios em períodos de crise econômica. As inovações de marketing definem novos posicionamentos dos produtos através de diversas ações: Introdução pela primeira vez de novos licenciamentos e vendas diretas exclusivas; implementação de novos conceitos de exposição temática de produtos ou serviços; implementação de sistemas de informações personalizados; o uso de marcas registradas pela primeira vez; o uso pela primeira vez de novas mídias sociais, filmes ou TV para divulgação; utilização pela primeira vez de celebridades ou líderes de opinião para estabelecer novas tendências. A principal característica da inovação de marketing é a utilização de novos métodos pela primeira vez, ou seja, não utilizados previamente. Na área de planejamento, a estratégia de inovação dever criar valor viabilizando o crescimento sustentável e manutenção da competitividade da empresa, especialmente dando respostas aos clientes potenciais de forma diferenciada. Assim, é essencial a identificação do mercado-alvo e suas necessidades para inovar atendendo expectativas e também promover a retenção de clientes, evitando insatisfações. Isto exige mudanças contínuas e criatividade, visando alimentar projetistas e designers quanto aos requisitos necessários para o atendimento do cliente final, especialmente quanto a inclusão da inovação tecnológica nos produtos e serviços. https://www.oconhecimento.com.br/inovacao-aberta-o-desenvolvimento-de-ideias-e-tecnologias/ https://www.oconhecimento.com.br/o-marketing-como-area-estrategica-em-tempos-de-crise-economica/ https://www.oconhecimento.com.br/o-marketing-como-area-estrategica-em-tempos-de-crise-economica/ 27 6 INOVAÇÃO DE PROCESSOS Fonte: www. inovacaodeprocessos.com.br Em primeiro lugar, toda empresa deve ser conhecedora dos seus próprios processos e a gestão das mudanças que esses novos processos trarão deve ser bem estruturada. Nenhuma engrenagem deve faltar ao conhecimento da sua gestão porque será a partir delas que a inovação em processos será realizada. Com isso, fica fácil entender onde a dinâmica será afetada, e como o processo será implementado da maneira mais harmônica possível. Em seguida, um planejamento detalhado deve ser realizado. Nele, é necessário levar em consideração tudo que será impactado com a mudança. Além disso, a aplicação deve ser gradual e transparente. Ou seja: os colaboradores devem estar cientes da mudança, bem como os benefícios imediatos para as equipes e também para a empresa. Só assim haverá plena colaboração. Ao se decidir pela inovação de processo, o empreendedor deve saber, se o retorno sobre os investimentos aplicados gerará benefícios financeiros suficientes que justifiquem as melhorias implementadas. http://www.venki.com.br/blog/gerenciamento-de-mudancas-itil/ 28 A inovação de processos é importante para a empresa que deseja se diferenciar dos concorrentes, pois com ela a empresa ganha mais flexibilidade, qualidade, diminui o tempo de produção e obtém maior eficiência na sua produção, otimizando, assim, o tempo e lucrando mais. Por isso surge a necessidade de explorar a fundo esse tema e demonstrar os benefícios de se desenvolver uma inovação baseada nos processos. (Souza 2008, apud, ARAÚJO, 2013). Basicamente, existem três tipos claros de inovações: Inovação de produto; Inovação de processo e Inovação de modelo de negócio. Apesar de parecer como a opção de menor risco para a empresa, a inovação de processo é aquela que influencia e serve como base para todas as outras mudanças. Por estar relacionada a um processo, que combina habilidades, tecnologias e estruturas necessárias para produzir ou entregar um serviço ou produto, ela nem sempre será visível para os clientes. Ainda assim, é extremamente valorizada internamente, uma vez que pode melhorar níveis de produção e reduzir custos. A inovação de processos pode oferecer benefícios claros de custos e tempo para a empresa. Além de simplificar a forma como são feitas produções e entregas aos consumidores. Trata-se de uma mudança em um processo já existente na empresa, e também a base para alcançar desempenhos melhores em diferentes setores corporativos. Esse tipo de inovação é explorado por empresas há anos. Mas certamente sua empresa pode modificar processos de uma maneira única e benéfica para todos. Lembrando sempre que, com a chegada de novas necessidades e tecnologias, a inovação deve ser constante. E quanto mais o empreendedor pensar em reinventar processos, mais experiência poderá adquirir para se arriscar em inovações de produtos ou até mesmo em modelos de negócios. Desde usar uma tecnologia de videoconferência até criar painéis de vendas compartilháveis entre equipes de uma mesma fábrica pelos diferentes países do mundo em que está presente: a ideia é que a inovação de processo inclua o máximo de pessoas possível, facilitando os processos internos e incentivando outras possíveis inovações. https://mindminers.com/inovacao/inovacao-em-produtos https://mindminers.com/inovacao/inovacao-em-produtos https://blog.trello.com/br/como-fazer-video-conferencia 29 A inovação de processos, ou qualquer tipo, é essencial para gerar uma competitividade mais acirrada, bem como oferecer benefícios em curto, médio ou longo prazo às empresas. Para a própria empresa, por sua vez, os benefícios são múltiplos, como: Acesso a novos mercados; Aumento de receitas; Novas parcerias; Novos conhecimentos; Melhor alinhamento com as tendências, preparando a empresa para o futuro. Por esses motivos é importante entender que, por exemplo, com a melhoria do processo de compras (conseguindo melhores preços, menos estoques parados e mais agilidade) ou mesmo ao redefinir os processos de RH, como a contratação de pessoal talentosos, pode-se inovar a maneira como a empresa opera e reverter em grandes ganhos para o negócio como um todo. A inovação é um instrumento poderoso que, utilizadoestrategicamente, abre caminhos em mercados e torna a empresa mais competitiva. (PIERRY, 2001 apud ARAÚJO, 2013). 7 POLÍTICA PÚBLICA DE INOVAÇÃO Fonte: www.pedrowendler.com http://www.venki.com.br/blog/fluxograma-de-processo-de-compras/ http://www.venki.com.br/blog/fluxograma-de-processo-de-compras/ http://www.venki.com.br/blog/processos-de-rh/ http://www.venki.com.br/blog/processos-de-rh/ 30 7.1 Manual de Oslo O Manual de Oslo - Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação é uma série de publicações da instituição intergovernamental Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento – OCDE, com o objetivo de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de países industrializados. No Brasil, este manual foi traduzido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o acesso é gratuito. O Manual apresenta quatro formas de inovação: Produto; Processo; Organizacional; Marketing. Inovação de produto: Envolve mudanças significativas nas potencialidades de produtos e serviços, incluindo bens e serviços totalmente novos e aperfeiçoamentos importantes para produtos existentes. É um produto cujas características fundamentais (especificações técnicas, usos pretendidos, software ou outro componente imaterial incorporado) diferem significativamente de todos os produtos previamente produzidos pela empresa. Uma inovação de marketing é a implementação de um novo método de marketing com mudanças significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços. (MANUAL DE OSLO, 2005, apud BISNETO, 2016). Por sua vez, melhoria incremental de produto (bem ou serviço industrial) refere- se a um produto previamente existente, cujo desempenho foi substancialmente aumentado ou aperfeiçoado. Um produto simples pode ser aperfeiçoado (no sentido de se obter um melhor desempenho ou um menor custo) por meio da utilização de matérias primas ou componentes de maior rendimento. Um produto complexo, com vários componentes ou subsistemas integrados, pode ser aperfeiçoado via mudanças parciais em um dos componentes ou subsistemas. Inovação de processo: Representa mudanças significativas nos métodos de produção e de distribuição. 31 Inovação organizacional: Refere-se à implantação de novos métodos organizacionais, tais como: mudanças em práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas da empresa. Inovação de marketing: Envolve a implantação de novos métodos de marketing, incluindo mudanças no design do produto e na embalagem, na promoção do produto e sua colocação, e em métodos de estabelecimento de preços de bens e de serviços. A inovação tecnológica envolve uma série de atividades científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais. Também segundo este conceito, uma empresa inovadora em TPP é aquela que tenha implantado produtos ou processos tecnologicamente novos ou com a adição substancial de tecnologia. (IBGE, 2005, apud ABRAHAO, 2014). 7.2 A lei da Inovação Novo Marco Legal da Inovação” (Lei nº 13.243 de 11 de janeiro de 2016, que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação). 7.3 Princípios que norteiam a nova Lei Promoção das atividades científicas e tecnológicas como estratégicas para o desenvolvimento econômico e social; Promoção e continuidade dos processos de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação, assegurados os recursos humanos, econômicos e financeiros para tal finalidade; Redução das desigualdades regionais; Descentralização das atividades de ciência, tecnologia e inovação em cada esfera de governo, com desconcentração em cada ente federado; Promoção da cooperação e interação entre os entes públicos, o setor público e o privado e entre empresas; Estímulo à atividade de inovação nas Instituições Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs) e empresas, inclusive para a atração, constituição e instalação de centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação, parques e polos tecnológicos no País; Promoção da competitividade empresarial nos mercados nacional e internacional; Incentivo à constituição de ambientes favoráveis à inovação e às http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13243.htm 32 atividades de transferência de tecnologia; Promoção e continuidade dos processos de formação e capacitação científica e tecnológica; Fortalecimento das capacidades operacional, científica, tecnológica e administrativa das ICTs; Atratividade dos instrumentos de fomento e de crédito, bem como sua permanente atualização e aperfeiçoamento; Simplificação de procedimentos para a gestão de projetos de ciência, tecnologia e inovação e adoção de controle por resultados em sua avaliação; Utilização do poder de compra do Estado para fomento à inovação; Apoio, incentivo e integração dos inventores independentes às atividades das ICTs e ao sistema produtivo. 7.4 Conceitos que embasam o novo marco legal da inovação Agência de fomento: órgão ou instituição de natureza pública ou privada que tenha entre os seus objetivos o financiamento de ações que visem a estimular e promover o desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação; Criação: invenção, modelo de utilidade, desenho industrial, programa de computador, topografia de circuito integrado, nova cultivar ou cultivar essencialmente derivada e qualquer outro desenvolvimento tecnológico que acarrete ou possa acarretar o surgimento de novo produto, processo ou aperfeiçoamento incremental, obtida por um ou mais criadores; A invenção se refere à criação de um processo, técnica ou produto inédito, sem necessariamente ter aplicação comercial. Já a inovação é a efetivação de uma invenção utilizada comercialmente. (TIGRE, 2006 apud BISNETO, 2016). Criador: pessoa física que seja inventora, obtentora ou autora de criação; Incubadora de empresas: organização ou estrutura que objetiva estimular ou prestar apoio logístico, gerencial e tecnológico ao empreendedorismo inovador e intensivo em conhecimento, com o objetivo de facilitar a criação e o desenvolvimento de empresas que tenham como diferencial a realização de atividades voltadas à inovação; Inovação: introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos, ou que compreenda a 33 agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho; Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação - ICT: órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos; Desde a Lei original da inovação em 2004, esta é a 4ª alteração do conceito de ICT. Agora, além de abranger também instituições privadas, basta que uma das missões da entidade seja voltada à pesquisa de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, não necessitando mais ser sua missão preponderante, ou ser sua única missão institucional, como antes. Núcleo de Inovação Tecnológica - NIT: estrutura instituída por uma ou mais ICTs, com ou sem personalidade jurídica própria, que tenha por finalidade a gestão de política institucional de inovação e por competências mínimas as atribuições previstas nesta Lei; Fundação de apoio: fundação criada coma finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, ensino e extensão, projetos de desenvolvimento institucional, científico, tecnológico e projetos de estímulo à inovação de interesse das ICTs, registrada e credenciada no Ministério da Educação e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, nos termos da Lei nº 8.958/1994, e demais legislações pertinentes nas esferas estadual, distrital e municipal; Pesquisador público: o ocupante de cargo público efetivo, civil ou militar, ou o detentor de função ou emprego público que realize, como atribuição funcional, atividade de pesquisa, desenvolvimento e inovação; Inventor independente: pessoa física, não ocupante de cargo efetivo, cargo militar ou emprego público, que seja inventor, obtentor ou autor de criação; Parque tecnológico: complexo planejado de desenvolvimento empresarial e tecnológico, promotor da cultura de inovação, da competitividade industrial, da 34 capacitação empresarial e da promoção de sinergias em atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação, entre empresas e uma ou mais ICTs, com ou sem vínculo entre si; Polo tecnológico: ambiente industrial e tecnológico caracterizado pela presença dominante de micro, pequenas e médias empresas com áreas correlatas de atuação em um determinado espaço geográfico, com vínculos operacionais com ICT, recursos humanos, laboratórios e equipamentos organizados e com predisposição ao intercâmbio entre os entes envolvidos para consolidação, marketing e comercialização de novas tecnologias; Extensão tecnológica: atividade que auxilia no desenvolvimento, no aperfeiçoamento e na difusão de soluções tecnológicas e na sua disponibilização à sociedade e ao mercado; Bônus tecnológico: subvenção a microempresas e a empresas de pequeno e médio porte, com base em dotações orçamentárias dos órgãos e entidades da administração pública, destinada ao pagamento de compartilhamento e uso de infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento tecnológicos, de contratação de serviços tecnológicos especializados, ou transferência de tecnologia, quando esta for meramente complementar àqueles serviços; e Capital intelectual: conhecimento acumulado pelo pessoal da organização, passível de aplicação em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Num ambiente de recorrentes mudanças, de flutuações no mercado e de inovações tecnológicas, intensifica-se a necessidade de conhecimento e informação como alicerces para novos serviços e produtos, essenciais para a sobrevivência das organizações. (CORREIA, 2012, apud CARELI, 2013) 7.5 Lei da inovação: o cenário do brasil No começo dos anos 2000, houve um aumento nos investimentos em ciência e tecnologia. Com a Lei da Inovação, projetos de inovação, fundações e incubadoras começam a ganhar espaço para empreender. No entanto, o cenário de crise e dependências limitou pesadamente a inovação nas empresas. De 2011 para 2017, o Brasil caiu para a 22ª posição no Ranking Mundial de Inovação, de acordo com a escola mundial de negócios Insead. Apesar do 35 ranking, a produção de inovação no Brasil é alta, sendo uma das mais eficientes. Os obstáculos que impedem que o país vá além são, principalmente, estruturais. Fatores como a alta carga tributária e o sistema de educação batem de frente com novos projetos científicos e tecnológicos. A criação do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação é recente. Com o Marco Regulatório da Inovação, procura-se incentivar atividades de pesquisa científica e fazer com que esses obstáculos sejam facilitados. Embora seja uma lei relativamente recente, sua elaboração é muito importante nesse aspecto, alterando nove leis relacionadas aos mecanismos jurídicos. Nesse período de início de recuperação da crise, é comum que MEIs (Microempreendedores Individuais) tenham maior intolerância e cometam erros a arriscar. No entanto, é o momento justamente de investir em pesquisa e inovação. Com o Marco Regulatório da Inovação, o governo espera gerar um ambiente mais competitivo e cooperativo com as ICTs. O desenvolvimento econômico do país depende do empoderamento de pequenos empreendedores e startups. Para que isso seja possível, é preciso que projetos de inovação possam ter investimentos sem qualquer tipo de impedimento. 7.6 Principais mudanças do marco regulatório da inovação Com a Lei nº 13.243/2016, ou o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, ocorreram modificações na Lei da Inovação (10.973/2004). O direito à inovação envolve a cooperação de múltiplos elementos, cada um com seus recursos, suas habilidades e seus conhecimentos específicos. Por isso, foi preciso que o Marco Regulatório da Inovação pudesse deixar essa relação explícita. Dentre as mudanças geradas pelo Marco Regulatório da Inovação destacam- se: Contratação direta de ICTs e empresas: De acordo com o inc. XIII, é prevista a utilização do poder de compra do Estado para fomento à inovação. Esse princípio está ligado diretamente à alteração do Art. 20 da Lei da Inovação. Nele, é previsto a contratação de tecnologias, seja para solucionar um problema, ou seja, como parte do processo de inovação. 36 A relação de contratados foi também ampliada em relação ao Art. 20 da Lei da Inovação anterior. Antes, somente entidades sem fins lucrativos poderiam ser contratadas para atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Agora, empresas privadas e ICTs têm maior autonomia para atuar e inovar. 7.7 Alguns benefícios da lei da inovação para empresas Com o Marco Regulatório da Inovação, a lei da inovação, ganha mecanismos de incentivo e financiamento para a realização de pesquisas de desenvolvimento e inovação. Abatimento do imposto de renda: os gastos em pesquisa e desenvolvimento podem ser abatidos do imposto, com base no regime de Lucro Real. Captação de recursos: permite obtenção de recursos públicos não- reembolsáveis para o investimento em pesquisa e desenvolvimento. Compartilhamento de estrutura: permite que equipamentos, recursos humanos públicos e privados sejam compartilhados. Autonomia para pesquisadores: o pesquisador público está amparado nos processos de inovação tecnológica. 8 CONCLUSÃO Atualmente para se destacar no mercado cada vez mais competitivo, é necessário apresentar o perfil de empreendedor que apresente um diferencial que promova a mudança e o desenvolvimento econômico. Esse novo profissional deve ter a capacidade de inovar continuamente, trazendo ideias, que revolucionem a maneira de administrar as decisões que, trarão o sucesso para a organização. O empreendedorismo é considerado hoje um fenômeno global, dada a sua força e crescimento, nas relações internacionais e formação profissional. O Brasil é citado como um dos países mais criativos do mundo e onde mais se desenvolvem empreendedores. 37 A ideia de inovação é concebida como uma criação ou renovação de algo já existente, partindo de estudos, observações e persistência, na busca de soluções, que sejam práticas e simples, ao passo que possam ser facilmente entendidas e aceitas pelos consumidores. 38 9 BIBLIOGRAFIA ABRAHAO, P.V.S. Inovação nos setores de alta intensidade tecnologia no Brasil: avaliação a partir das pesquisas IBGE, 2014. ARAUJO, A.K., ARAUJO, R.M., A inovação de processos: um estudo no segmento de restaurante, Cultur (Revista de Cultura e Turismo), ano 7, 2013. BARROS, F.S.O.O, MOREIRA, M.V.C., Comportamento Empreendedor e suas Implicações: a Organização Produtiva de Micro e Pequenas Empresas no Turismo, 2006. BISNETO, J.P.M., LINS, O.B.S.M., Gestão da inovação: uma aproximação conceitual Gestão da inovação: um conceito de abordagem, 2016. 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