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Terapia Parenteral Hidroeletrolítica

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Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
1 TERAPIA PARENTEREAL HIDROELETROLÍTICA 
CARACTERÍSTICAS DO FLUÍDO IDEAL: 
 Tem a capacidade predita do aumento causado 
na pressão intravascular 
 Causar aumento sustentado da pressão 
intravascular 
 Ter uma composição química próxima do soro 
extracelular e não causar efeitos adversos 
 Ser metabolizado e excretado completamente, 
sem acúmulo em órgãos e tecidos 
COLÓIDE: 
 São mais caros que os cristaloides 
 Contém partículas suspensas em um fluído, 
estas partículas são relativamente difíceis de 
cruzar para o meio extra vascular devido ao seu 
peso molecular 
ALBUMINA: 
 Colóide natural 
 Não diferença de mortalidade no uso de 
albumina ou cristaloide 
 Aumenta a mortalidade em pacientes com TCE 
 Houve discreta redução da mortalidade no 
contexto do paciente séptico 
 Sempre deve optar por usar albumina ao invés 
de starches, pois é mais natural 
 O aumento da PVC é menor 
 São bons para pacientes que não respondem a 
fluído e com veia cava aumentada 
 É bom para pacientes edemaciados, pois puxa o 
líquido para o meio intravascular 
STARCHES: 
 São colóides artificiais 
 Aumentam o risco de distúrbios de coagulação, 
reações alérgicas e insuficiência renal aguda 
CRISTALÓIDE: 
 São soluções com íons que são livremente 
permeáveis e suas concentrações de sódio e 
cloreto determinam sua tonicidade 
 Causam mais edema por perda de fluído para o 
terceiro espaço 
 São isotônicos em relação ao líquido extracelular 
SORO FISIOLÓGICO: 
 Há risco de acidose com o uso de grandes 
volumes 
 São mais hipotônico 
 Pode aumentar o sódio 
 Deve descontinuar na hora certa 
 Um dos mais utilizados 
 Possui cloro, por isso deve atentar para não 
fazer acidose metabólica hiperclorêmica ou com 
ânion GAP aumentado 
 Indicações: 
 Hidratação 
 Reposição volêmica 
 Expansão volêmica 
 Grandes queimados 
 Pós-operatório 
RINGER LACTATO: 
 Há aumento de hipercalemia com seu uso 
 Possui menos sódio que o soro fisiológico 
 Pode causar alcalose metabólica 
 Evitar fazer em cirróticos, hepatopatas e renais 
crônicos, devido a maior dificuldade na 
metabolização do lactato 
 É mais balanceado 
 Indicação; 
 Hidratação 
 Expansão volêmica 
PLASMALYTE: 
 Não demonstrou superioridade a outros 
cristaloides 
 É a mais cara 
 Sem cálcio na composição 
 Pode ser usado em renais crônicos em uso de 
hemoterapia ou uso de bicarbonato. 
SORO GLICOSADO: 
 Gera edema 
 É mais hipo-osmolar 
 Usado para hidratação 
 Fica pouco no vaso sanguíneo, por isso deve ser 
evitado no caso de expansão volêmica 
 Indicações: 
 Hidratação 
 Pré-operatório 
INDICAÇÃO DE TERAPIA HÍDRICA: 
 Hipovolemia 
 Reposição de perdas 
 Hidratação de manutenção no paciente que não 
pode ingerir vida oral 
DOSES: 
 Expansão: faz um volume maior 
 Para pacientes hipotensos e instáveis 
 Velocidade de infusão: 30 mL\kg em 1 hora 
 Empírico: paciente tendendo a hipotensão, faz 
500 mL em uma hora ou em 30 minutos e 
reavalia 
Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
2 TERAPIA PARENTEREAL HIDROELETROLÍTICA 
 Hidratação: 
 Velocidade de infusão: 15 – 20 mL\Kg em 1 
hora, por 24 horas 
HIDRATAÇÃO NO PÓS-OPERATÓRIO: 
METAS: 
 Promover normovolemia 
 Repor eletrólitos 
 Fornecer calorias 
COMO ALCANÇAR AS METAS: 
 Para a maioria dos pacientes 25-30mL/kg/d (ou 
1-1,5mL/kg/h) serão suficientes para alcançar as 
metas de reposição volêmica. 
 Na maioria dos casos é fornecida glicose 5% e 
cloreto de sódio ou Ringe (para evitar quebra da 
proteína muscular como combustível). 
 Se IR, IC, pneumectomia: glicose a 10% a uma 
taxa de infusão de 0,5ml/kg/h. 
 Se houver hipernatremia: preferir glicose a 5%. 
 Não usar o sódio sérico para estimar volemia. 
 Atenção a infusão de volume através de 
medicamentos intravenosos. 
 Rever o volume de hidratação venosa (HV) se o 
paciente estiver recebendo líquidos por vi oral. 
 Rever o cálculo da hidratação se houver perda 
continua de fluidos, especialmente aquelas de 
origem no sistema digestivo. 
 Descontinuar a HV quando o paciente voltar a 
ingerir líquidos por via oral (atenção se houver 
íleo, náuseas, vómitos e hiporexia). 
 Se o paciente estiver em nutrição parenteral, 
reduzir a hidratação venosa 
 Utilizar cristalóides que contenham concentração 
de sódio entre 130-154mmol/l. 
 Para pacientes obesos, utilizar o peso ideal 
como base de cálculo. 
 Se a concentração de cloro no fluido de 
reposição for superior a 120mmol/l monitora 
concentração sérica diariamente. 
 A transição precoce da hidratação para via oral 
ajuda a melhorar as condições para cicatrização 
e recuperação. 
 O débito urinário não deve ser uma força motriz 
para administração de fluidos: atenção para 
sinais de hipoperfusão 
 Considere prescrever volume menor (20-
25ml/kg) em pacientes: 
 Idosos ou frágeis. 
 Insuficiência renal ou cardíaca. 
 Desnutrição ou síndrome de realimentação. 
 Não usar o sódio sérico para estimar volemia. 
 Contabilize o volume administrado através de 
medicamentos intravenosos. 
 Rever o volume de hidratação venosa (HV) se o 
paciente estiver recebendo líquidos por via oral. 
 Rever o cálculo da hidratação se houver perda 
contínua de fluidos, especialmente naquelas com 
origem no sistema digestivo. 
 Descontinuar a hidratação venosa quando o 
paciente voltar a ingerir líquidos por via oral 
(atenção se houver íleo, náuseas, vômitos e 
hiporexia). 
 Se o paciente estiver em nutrição parenteral, 
reduzir a hidratação venosa. 
COMPLICAÇÕES: 
 Edema. 
 Sepse grave. 
 Hipo ou hipernatremia. 
 Insuficiência cardíaca, hepática e renal. 
 Pós-operatório. 
 Desnutrição e realimentação.

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