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Resumo - Karl Marx

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SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Prof.: Paulo Sérgio
Notas Sobre Karl Marx (1818/1883)
Biografia:
1818 - Nascimento – Trèves – Alemanha;
1835/36 - Estudante de Direito da Universidade de Bonn e de Berlim;
1841 - Tese de doutorado – Universidade de Ienna - Diferença da filosofia da natureza de Demócrito e Epicuro;
1842 - Colaborador/redator do jornal gazeta renana – Colônia;
1844 - Publicação dos anais franco-alemães – Casamento – Ida para Paris;
1844 - Paris – Conhece Friedrich Engels, importante colaborador – movimento socialista - Expulso, vai para Bruxelas;
1848 - Volta a Colônia, funda a nova gazeta renana;
1849 - Exílio em Paris – Fixa-se definitivamente em Londres;
1851/62 - Colaborador do jornal New York Tribune – Venda de artigos;
1864 - Participa da fundação da Associação Internacional de Trabalhadores (diretor + redigiu o manifesto inicial);
1869 - Embate entre anarquistas e socialistas na Associação Internacional de Trabalhadores;
1881- Problemas de saúde (hepatite e tuberculose);
1883 - Morre em Londres, no escritório de trabalho do seu humilde casebre;
Principais Obras:
1844: Manuscritos econômico-filosóficos
1845: Com Engels, A ideologia alemã
1848: Com Engels, Manifesto de partido comunista
1852: O 18 brumário de Luís Bonaparte
1857: Contribuição à crítica da economia política
1867: O capital (Volume I)
1895: O capital (Volume II), publicado por Engels
1894: O capital (Volume III), publicado por Engels
Algumas Idéias:
“Na produção social da própria vida, os homens entram em relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade; estas relações de produção correspondem a um grau determinado de desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que determina a realidade; ao contrário, é a realidade social que determina sua consciência”.
“As idéias da classe dominante são as idéias dominantes em cada época; ou, dito em outros termos, a classe que exerce o poder material dominante na sociedade é, ao mesmo tempo, seu poder espiritual dominante. A classe que tem à sua disposição os meios para a produção material dispõe, com isso, ao mesmo tempo, dos meios para a produção espiritual, o que faz com que se lhe submetam, no devido tempo, a médio prazo, as idéias daqueles que carecem dos meios necessários para produzir espiritualmente.” (Karl Marx).
Interpretando a afirmação, podemos afirmar que:
A vida do ser humano é produzida socialmente. Aqui, além dos aspectos materiais (como alimentação, habitação, etc.) entram também os aspectos simbólicos (construção de sentidos e significados).
A produção social da vida pressupõe algum tipo de relação com a natureza e dos homens entre si, sendo estas relações mediadas pelo trabalho. A natureza e os homens são modificados nessa relação.
As relações que os homens estabelecem com a natureza e entre si não são aleatórias, nem tampouco consignadas por nossas vontades individuais, ou seja, ao nascermos em uma dada sociedade já encontramos modos do homem apropriar-se da natureza (como, por exemplo, coleta/caça/pesca, e/ou agricultura/pecuária, e/ou artesanato/indústria, etc.), bem como formas de relação social baseada no tipo de divisão do trabalho que predomina na sociedade.
O modo como os homens se organizam para produzirem suas vidas conforma o modo de organização da sociedade, seja em relação aos aspectos jurídicos e políticos (Estado), seja em relação às formas de sentir e pensar (Ideologias); assim, Marx propôs uma nova divisão da história da humanidade, com base nas Relações Sociais de Produção.
As grandes transformações históricas da humanidade decorrem do movimento sempre contraditório entre as transformações na estrutura produtiva e a exacerbação do conflito entre as classes sociais. A luta de classes constitui-se, assim, no motor da história.
Existem encadeamentos (historicidade) no desenvolvimento do conjunto das Relações Sociais de Produção. Tais encadeamentos são passíveis de serem cientificamente estudados (a ciência específica seria a história).
Assim como podemos falar numa “ciência da burguesia”, a economia inglesa, por exemplo, também podemos falar numa “ciência do proletariado”, a ciência da história, que vai fazer a crítica do modo de produção capitalista e da exploração do trabalho humano.
Algumas considerações:
Karl Marx fez uma minuciosa análise da gênese da sociedade do seu tempo, a sociedade capitalista, e do desenvolvimento desta formação social, mostrando seus aspectos contraditórios, a distribuição desigual da riqueza e a separação entre o trabalho intelectual e o manual, acenando para um projeto político de superação da sociedade de classes, o socialismo. Para ele, a propriedade privada vai estar na origem da desigualdade entre os homens, idéia que já aparecera no filósofo suíço Jean J. Rousseau.
No capitalismo, segundo o autor, é atingido o ponto máximo da contradição da sociedade de classes, ou seja, a separação completa entre os trabalhadores e os seus meios de produção: de um lado está a burguesia, a classe proprietária dos meios de produção (máquinas, ferramentas, etc.); de outro está o proletariado, a classe não-proprietária e que por falta de opções de escolha é obrigada a vender a sua força de trabalho no mercado; estabelece-se, então, uma relação entre exploradores e explorados, utilizadores e vendedores da força de trabalho. A burguesia e o proletariado não são as únicas classes sociais no capitalismo, mas são as classes sociais estruturantes da sociedade.
Por fim, cabe mencionar a proposta que Marx faz de uma ciência crítica, comprometida com a mudança social, pois nenhum modo de produção seria eterno ou definitivo, seja ele capitalista ou qualquer outro.
No capitalismo existe um continuado processo de concentração da riqueza: os grandes conglomerados multinacionais dominando a economia são exemplos de tal tendência.
O conseqüente barateamento do trabalho e a substituição do trabalho pela tecnologia e provoca o problema do desemprego estrutural e crises no modelo de organização produtiva e social.
A crítica radical ao modo de produção capitalista é um dos principais legados deixados pelo autor.

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