Buscar

Trabalho de Imunidade Tributária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Marabá 
2022 
 
 
UNIFESSPA – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará 
IEDS – Instituto de Estudos em Direito e Sociedade 
FADIR – Faculdade de Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
Discente: 
Mariana Costa de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mariana Costa de Souza 
 
 
 
 
 
 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
Produção de trabalho avaliativo sobre “Imunidade Tributária 
Constitucional III” da disciplina de Direito Constitucional III, do Curso 
de Direito da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, sob a 
orientação do Prof. Edieter Luiz Cecconello. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. CONCEITO DE IMUNIDADE ................................................................................................... 5 
2. AS IMUNIDADES DO ARTIGO 150 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ......................................... 7 
3. IMUNIDADE E OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA ............................................................................... 9 
4. IMUNIDADES SÃO CLAÚSULAS PETREAS? ......................................................................... 11 
5. A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA ............................................................................ 12 
6. A DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL .............. 12 
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 15 
8. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 16 
 
 
 
 
1. CONCEITO DE IMUNIDADE 
As imunidades são esses territórios protegidos pela Constituição, 
pelos quais não se cogita que se passe com o tributo, sendo impossível a 
derivação de parte da riqueza ali presentes. 
A imunidade, antes de tudo, é um apreço constitucional. O que quero 
dizer com isso? Uma imunidade representa um valor constitucional, 
expressado por meio da proteção ao exercício da competência tributária. 
Quando a Constituição Federal, em qualquer hipótese e 
independentemente da terminologia que utilize, estabelece um mandado 
de não tributação, há imunidade tributária constitucional. Essas 
determinações constitucionais representam valores que a Constituição 
protege, mediante a imunidade tributária. 
De acordo com Paulsen, imunidades são regras constitucionais que 
proíbem a tributação de determinadas pessoas, operações, objetos ou de 
outras demonstrações de riqueza, negando, portanto, competência 
tributária, são chamadas de imunidades tributárias. Isso porque tornam 
imunes à tributação as pessoas ou base econômicas nelas referidas 
relativamente aos tributos que a própria regra constitucional negativa de 
competência específica (PAULSEN, Leandro. Curso de direito tributário 
completo. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2019). 
Ao se deparar com um afastamento da Constituição da possibilidade 
de se exercer a tributação, por meio da imunidade, fique sempre atento(a) 
para a espécie de tributo que ela alcança. Pela ordem, temos imunidades 
de taxas (art. 5º, XXXIV), impostos (art. 184, § 5º), contribuições para a 
seguridade social (art. 195, § 7º) e impostos (art. 150, VI). Faço novamente 
a ressalva terminológica, pois o texto constitucional se utiliza de outras 
expressões, ao “vedar” a instituição de tributo, determinar a gratuidade de 
determinados serviços que ensejariam a cobrança de taxa, falar de isenção, 
de não incidência, v.g. Em toda hipótese, tratando-se de norma 
constitucional, há o impedimento da tributação por meio das imunidades. 
Nesse sentido, destaco que o STF já reconheceu a natureza de imunidade a 
essas referências constitucionais de “não incidência” e de “isenção”. 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS: PRODUTOS 
INDUSTRIALIZADOS DESTINADOS AO EXTERIOR: IMUNIDADE. OPERAÇÕES 
E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO: DISTINÇÃO. C.F., art. 155, II, § 2º, IV, X, a, XII, e. 
I. – ICMS: hipóteses de incidência distintas: a) operações relativas à 
circulação de mercadorias; b) prestações de serviço interestadual e 
intermunicipal e de comunicações: C.F., art. 155, II. II. – A Constituição 
Federal, ao conceder imunidade tributária, relativamente ao ICMS, 
 
 
aos produtos industrializados destinados ao exterior, situou-se, apenas, 
numa das hipóteses de incidência do citado imposto: operações que 
destinem ao exterior tais produtos, excluídos os semielaborados definidos 
em lei complementar: art. 155, § 2º, X, a. III. – Deixou expresso a C.F., 
art. 155, § 2º, XII, e, que as prestações de serviços poderão ser excluídas, 
nas exportações para o exterior, mediante lei complementar. IV. – 
Incidência do ICMS sobre a prestação de serviço de transporte 
interestadual, no território nacional, incidindo a alíquota estabelecida por 
resolução do Senado Federal: C.F., art. 155, § 2º, IV. V. – R.E. conhecido e 
provido. (RE 212637, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, 
julgado em 25/05/1999, DJ 17-09-1999 PP-00059 EMENT VOL-01963-03 PP-
00519). 
A tributação tem sua raiz permissiva na Constituição Federal, na qual 
nasce o poder de tributar. O poder de tributar é exercido por meio da 
competência tributária. Portanto, o start tributário nasce na Constituição 
Federal, que outorga o poder de tributar os entes federativos por meio do 
exercício da competência tributária. Entretanto, a Constituição Federal não 
só diz o que pode ser tributado, mas também o que não pode ser tributado. 
Ou seja, na via da outorga de poder de tributar, a Constituição dá a 
competência; na mão contrária, a Constituição retira qualquer 
possibilidade de se exercer a tributação, por meio da imunidade. Quando 
dá a competência, a Constituição Federal outorga poder para tributar; 
quando retira a competência, a Constituição estabelece uma imunidade 
A imunidade é uma norma que estabelece uma determinação de não 
fazer, ou uma norma de incompetência; é uma ordem de não tributação, 
estabelecida pelo mesmo texto constitucional que dá a ordem de 
tributação. A fonte é a mesma, seja para tributar, seja para não tributar: o 
pressuposto para o exercício da competência tributária nasce na 
Constituição Federal; as imunidades nascem também na Constituição 
Federal. Assim, imunidade é expressão do arquétipo constitucional, 
representação da fonte normativa do poder de tributar e de não tributar: a 
Constituição Federal. 
A medida da tributação, tal como outorgada pela CF, é o resultado da 
competência tributária aberta aos entes tributantes subtraída das 
imunidades (ou incompetências tributárias); o resultado essa equação é a 
exata medida da competência para se exercer a tributação. Pois bem. A 
outorga da competência para tributar não é um mandamento “cego”: 
aquele que recebe o poder de instituir um determinado tributo tem o dever 
de aferir a capacidade contributiva, antes de criar efetivamente o tributo. 
 
 
Depois de criado o tributo, essa aferição deve ser constante, de modo 
que a dose da capacidade de se contribuir deve ser medida em todo o 
tempo. Vamos a um exemplo. A União, os Estados, DF e Municípios 
recebem competência tributária para instituir impostos, pelo art. 145, I, da 
CF. A União, especificamente, recebe competência para instituir o imposto 
sobre “renda e proventos de qualquer natureza” (art. 153, III, da CF). Ao 
outorgar essa competência, a própria Constituição Federal também 
estabelece uma incompetência: não se pode tributar a renda dos demais 
entes federativos, por força da imunidade tributária recíproca (art. 150, 
VI, a). 
Recebida a competência em sua exata medida, a União não está 
autorizada a tributar toda e qualquer renda e proventos, mas apenas a 
renda e proventos que representem capacidade contributiva. Ou seja, 
a instituição tributária passa por uma dosagem por ocasião da efetiva 
criação do tributo. É por esse motivo que, até determinado valor mensal 
(hoje, quase 2 mil reais), não setributa a renda. 
 
2. AS IMUNIDADES DO ARTIGO 150 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Especificamente para os impostos, a Constituição Federal traz o 
seguinte rol de imunidades: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda 
ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, 
renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das 
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de 
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) 
livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. e) 
fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo 
obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral 
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou 
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial 
de mídias ópticas de leitura a laser. 
O dispositivo constitucional traz um rol de imunidades específicas a 
impostos ao dispor que é vedado à União, aos Estados e aos Municípios 
“instituir impostos sobre”. As imunidades não são aplicáveis a nenhuma 
outra espécie tributária 
A imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da CF – 
extensiva às autarquias e fundações públicas – tem aplicabilidade restrita a 
impostos, não se estendendo, em consequência, a outras espécies 
tributárias, a exemplo das contribuições sociais. [RE 831.381 AgR-AgR, rel. 
 
 
min. Roberto Barroso, j. 9-3-2018, 1ª T, DJE de 21-3-2018.] EMENTA: 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IPTU. 
PORTO DE SANTOS. IMUNIDADE RECÍPROCA. TAXAS. HONORÁRIO 
ADVOCATÍCIO. SUCUMBÊNCIA. (…). 2. Taxas. Imunidade. Inexistência, uma 
vez que o preceito constitucional só faz alusão expressa a imposto, não 
comportando a vedação a cobrança de taxas. Agravo regimental a que se 
nega provimento. (AI 458856 AgR, Relator(a): Min. EROS GRAU, Primeira 
Turma, julgado em 05/10/2004, DJ 20-04-2007 PP-00089 EMENT VOL-
02272-08 PP-01507 RT v. 96, n. 863, 2007, p. 152-155 RDDT n. 142, 2007, p. 
225 LEXSTF v. 29, n. 346, 2007, p. 191-197) 
Algumas imunidades do art. 150, VI, da CF, têm caráter subjetivo; 
outras, objetivo. Quando a imunidade é subjetiva, significa que ela é 
estabelecida em favor de uma pessoa e, em outros casos, em favor de um 
bem ou operação. Objetiva é a imunidade da alínea d, chamada de 
imunidade cultural. 
Subjetivas são as imunidades das suas alíneas a, b e c, que favorecem 
os entes políticos, aos templos e aos partidos políticos e entidades 
educacionais sem fins lucrativos, entre outras. Importa, para a verificação 
da existência ou não da imunidade, a posição de contribuinte de direito, 
nos moldes do raciocínio que inspirou a Súmula 591 do STF. 
Súmula n. 591/STF – Tributário. IPI. Isenção ou imunidade tributária 
do comprador. A imunidade ou a isenção tributária do comprador não se 
estende ao produtor, contribuinte do imposto sobre produtos 
industrializados. Imunidade do art. 150, VI, c, CF. Entidade beneficente de 
assistência social. ICMS. Aquisição de insumos e produtos no mercado 
interno na qualidade de contribuinte de fato. Beneplácito reconhecido ao 
contribuinte de direito. Repercussão econômica. Irrelevância. (…) “A 
imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários na posição de 
contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo 
irrelevante para a verificação da existência do beneplácito constitucional a 
repercussão econômica do tributo envolvido.” [RE 608.872, rel. min. Dias 
Toffoli, j. 23-2-2017, P, DJE de 27-9-2017, Tema 342.] A jurisprudência do 
Supremo firmou-se no sentido de que a imunidade de que trata o art. 150, 
VI, a, da CF/1988 somente se aplica a imposto incidente sobre serviço, 
patrimônio ou renda do próprio Município. Esta Corte firmou 
entendimento no sentido de que o Município não é contribuinte de direito 
do ICMS, descabendo confundi-lo com a figura do contribuinte de fato e a 
imunidade recíproca não beneficia o contribuinte de fato. [AI 671.412 AgR, 
rel. min. Eros Grau, j. 1º-4-2008, 2ª T, DJE de 25-4-2008.] A imunidade 
prevista no art. 150, VI, c, do Diploma Maior, a impedir a instituição de 
 
 
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, está umbilicalmente ligada ao contribuinte de direito, não 
abarcando o contribuinte de fato. [RE 491.574 AgR, rel. min. Marco Aurélio, 
j. 21-8-2012, 1ª T, DJE de 6-9-2012. 
 
3. IMUNIDADE E OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA 
A obrigação tributária principal, portanto, é de pagar, entregar um 
numerário aos cofres públicos, seja a título de tributo, seja a título de 
sancionamento por uma conduta infratora (sancionamento tributário). 
Note que, embora “encapsuladas” como “obrigações principais”, 
o pagamento do tributo e o pagamento da multa tributária não se 
confundem e podem perfeitamente existir de modo independente. Alguém 
pode pagar um tributo sem que tenha infringido qualquer norma tributária 
e, portanto, não tenha que pagar concomitantemente uma multa 
tributária. 
Pode ocorrer o inverso: o sujeito passivo pode descumprir uma 
norma tributária, e se obrigar ao pagamento da respectiva multa 
(consequência ou sancionamento da conduta ilícita), sem que seja 
necessariamente contribuinte ou responsável pelo pagamento de um 
tributo. Lembro-lhe que o tributo não é o sancionamento de uma conduta, 
mas é a multa tributária que cumpre tal função. Já as obrigações acessórias, 
por sua vez, servem para que se institua uma conduta ou abstenção de 
conduta que se revele útil à Administração Tributária. Não se trata, 
portanto, de uma obrigação de dar dinheiro, mas de fazer ou não fazer algo. 
Do mesmo modo, as obrigações acessórias são autônomas em 
relação às obrigações tributárias principais, de modo que uma imobiliária 
pode ser obrigada a prestar informações relativas às rendas de aluguéis que 
são repassadas aos donos de imóveis alugados, no interesse do Fisco 
federal para a cobrança de imposto sobre a renda, mesmo sem realizar o 
fato gerador do tributo. Da mesma forma, uma entidade isenta ou imune 
pode ser tributariamente obrigada a manter sua escrita fiscal em dia, ou 
abster-se de determinado comportamento, atendendo ao interesse da 
Administração Tributária. É muito importante destacar, portanto, que o 
gozo de imunidade não dispensa o contribuinte do cumprimento das 
obrigações acessórias nem da sujeição à fiscalização tributária. 
Nesse sentido, dispõe o CTN que: 
Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, 
regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do 
tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades 
 
 
administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação. Parágrafo único. 
A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou 
jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade 
tributária ou de isenção de caráter pessoal. 
 
Para o caso específico da isenção, dispõe o parágrafo único do 
art. 175 do CTN que: 
Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I – A isenção; 
II – A anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o 
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal 
cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. 
 
Portanto, embora não se cogite de qualquer criação de tributo em 
relação a uma entidade imune, ou se dispense do pagamento do tributo 
uma entidade isenta, lhe poderão ser exigidas as obrigações tributárias 
acessórias, que são autônomas. 
O sujeito passivo da obrigação tributária pode ser: contribuinte ou 
responsável. Vejamos o que o CTN nos diz sobre o tema: 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoaobrigada 
ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito 
passivo da obrigação principal diz-se: I – contribuinte, quando tenha relação 
pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; 
II – Responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, 
sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
 
Um ente imune JAMAIS será contribuinte, JAMAIS. Isso porque a sua 
proteção está em um “andar” acima, na própria Constituição Federal. 
A respeito de quem ou do que é imune sequer se cogita da possibilidade 
abstrata da criação de um tributo. Em relação à isenção, a Constituição 
Federal até permite que se crie o tributo, mas uma opção legislativa (“um 
andar abaixo”) dispensa do pagamento do tributo. CONTUDO, um ente 
imune pode, sim, ser eleito como RESPONSÁVEL e ocupar o polo passivo de 
uma obrigação tributária principal. 
O contribuinte é aquele que realiza o fato gerador do tributo. 
O julgado acima ilustra a questão de modo perfeito. O SESI goza de 
imunidade dos impostos. Pois bem. O que aconteceu? Por uma opção do 
 
 
legislador estadual de São Paulo, houve o diferimento do pagamento de um 
imposto (ICMS); o que é diferimento? Diferir é postergar o pagamento do 
imposto; a responsabilidade pelo pagamento foi atribuída a quem adquiriu 
o produto. Nesse caso, o SESI comprou determinado produto; o 
contribuinte de direito, que realiza a comercialização (fato gerador do 
imposto), é aquele que vendeu o produto ao SESI. Contudo, a Lei diferiu o 
pagamento do tributo, atribuindo ao adquirente a responsabilidade 
tributária. O responsável não vendeu nada e, portanto, não realizou o fato 
gerador do ICMS, mas foi eleito pela Lei como o responsável pelo 
pagamento do imposto. O ente imune (SESI) jamais poderia ser considerado 
contribuinte, mas pode ser eleito como responsável pelo pagamento do 
tributo. Essa é a jurisprudência do STF. 
 
4. IMUNIDADES SÃO CLAÚSULAS PETREAS? 
A Constituição Federal afirma que não será objeto de deliberação a 
proposta de emenda tendente a abolir (i) a forma federativa de Estado, (ii) 
o voto direto, secreto, universal e periódico, (iii) a 
Conforme vimos acima, algumas imunidades funcionam como 
verdadeiras garantias individuais, na medida em que representam parte da 
proteção valorativa que a Constituição dá a determinado direito 
fundamental. É o caso da imunidade das taxas: 
CF Art. 5º XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa 
de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
A imunidade acima, de modo inequívoco, se constitui em um 
instrumento de defesa ou remédio contra ilegalidade ou abuso de poder e 
é uma cláusula pétrea (direitos e garantias individuais). Também as 
imunidades do art. 150, VI, conforme vimos acima, qualificam direitos e 
garantias fundamentais, não podendo ser livremente suprimidas; 
especificamente, a imunidade tributária recíproca diz respeito “a forma 
federativa do Estado”, ou seja, é uma garantia da Federação que não pode 
ser excluída. Não seria respeitado o desenho federativo de autonomia caso 
a União pudesse onerar os bens dos demais entes federativos, por exemplo. 
Contudo, há imunidades que não refletem necessariamente (i) a forma 
federativa de Estado, (ii) o voto direto, secreto, universal e periódico, (iii) a 
separação dos Poderes e (iv) os direitos e garantias individuais. 
 
 
No futuro, caso se revele mais favorável o retorno à tributação das 
exportações, por referidos tributos, nada impede que o Constituinte o faça, 
alterando a Constituição nesse ponto. A desoneração às exportações não 
qualifica nenhum direito ou garantia fundamental, tampouco diz respeito à 
forma federativa do Estado ou a separação dos poderes. Por esse motivo, 
não são cláusulas pétreas. Qual a conclusão importante para nós? Não 
podemos afirmar que “toda imunidade constitucional é uma cláusula 
pétrea”. Toda imunidade constitucional representa um apreço, uma 
valoração ou opção do constituinte. Mas nem todo preço ou valor 
constitucional é imutável. É preciso verificar especificamente de qual 
imunidade se cuida para saber se ela pode ser suprimida, ou não. 
Como dissemos, é preciso examinar qual o valor que a imunidade 
qualifica. Nem todo valor constitucional é cláusula pétrea. Portanto, nem 
toda imunidade é uma cláusula pétrea. 
 
5. A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA 
Dispõe o CF, art. 150: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, 
é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – 
instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 A imunidade recíproca é limitação garantidora da Federação e se 
constitui cláusula pétrea, não podendo ser ofendida sequer pelo Poder 
Constituinte Derivado. A imunidade tem aplicabilidade para todos os 
IMPOSTOS, incluindo o IOF 
O § 2º do art. 150 determina que a imunidade tributária recíproca é 
extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados 
a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Portanto, são imunes 
o IBAMA, o Incra e demais pessoas jurídicas de direito público, sejam 
federais, estaduais ou municipais. Em relação às empresas estatais – 
sociedades de economia mista e empresas públicas (sujeitos de direito 
privado) –, embora o § 2º do art. 173 da Constituição Federal proíba o gozo 
de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado, o STF tem 
admitido a extensão da imunidade tributária recíproca. 
 
6. A DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA NA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
A competência tributária é uma prerrogativa federativa, dada ao 
ente tributante diretamente pela Constituição Federal e cujo exercício 
 
 
pressupõe o atendimento aos limites ao poder de tributar. Por meio da 
competência tributária, se exerce o poder de tributar, e é por meio dele que 
o ente federativo se viabiliza mediante a tributação; não haveria se falar em 
autonomia federativa se não fosse a competência tributária. É que a 
autonomia federativa pressupõe a capacidade de se organizar para cumprir 
com as finalidades que a Constituição outorgou ao ente federativo; 
contudo, sem recursos financeiros, não haverá como fazê-lo. 
É importante destacar: a competência tributária, pela sua peculiar 
condição de prerrogativa federativa, não é delegável. Tampouco pode ser 
exercida concomitantemente por dois entes federativos; isso resultaria na 
vedada “bitributação” jurídica, quando entes tributantes diversos exigem 
do mesmo sujeito passivo tributos decorrentes da mesma materialidade 
econômica aberta à tributação pela CF – por exemplo, se União e Estados 
tributassem, concomitantemente, a propriedade de veículos automotores. 
A competência privativa é atribuída a um ente político em específico, 
como a relativa a impostos sobre a renda, sobre produtos industrializados 
(União), sobre circulação de mercadorias (Estado), sobre a prestação de 
serviços (Município). A competência comum é atribuída aos entes políticos 
em geral (União, Estados e Municípios), referentes aos chamados tributos 
comutativos ou contraprestativos (ou, ainda, sinalagmáticos): taxas e 
contribuições de melhoria 
A outorga de competência tributária está prevista na Constituição 
federal, citaremos nos termos dos arts. 153, 155 e 156. 
Quando o tributo é de competência privativa, quer dizer que ele só 
pode ser instituído por um ente político. É o caso dos impostos, em que a 
CF/88 destacou os impostos que são de competência privativa (por vezes 
chamada de exclusiva, por parte da doutrina) da União, dos Estados, do DF 
e dos Municípios. No caso dos impostos, há alguns de competência da 
União, outros dos Estados e DF, e outros dosMunicípios. Estudaremos cada 
um dos impostos no decorrer do curso, mas é importante que você 
memorize quem é que pode instituir cada um. Os impostos de competência 
da União, segundo o art. 153, CF, são: 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I – importação de 
produtos estrangeiros; II – exportação, para o exterior, de produtos nacionais 
ou nacionalizados; III – renda e proventos de qualquer natureza; IV – 
produtos industrializados; V – operações de crédito, câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários; VI – propriedade territorial rural; 
VII – grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
 
 
Os tributos devem ser criados através de lei, podendo assim os 
impostos constantes nos itens I a VI acima ser instituídos também através 
de Medida Provisória. No entanto, repare que quanto ao IGF, a CF/88 fez 
uma ressalva de que ele deve ser instituído através de lei complementar, 
não podendo, por isso, ser o objeto de medida provisória, como já é de seu 
conhecimento. 
Já os Estados e o Distrito Federal são competentes privativamente 
para instituir os seguintes impostos (155, CF): 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II – 
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III – 
propriedade de veículos automotores. 
Em interpretação sistemática com o caput do art. 155 da CF, conclui 
-se que, cumulativamente, competem ao Distrito Federal, os impostos 
municipais e os estaduais, isto é, seis impostos (IPTU, ISS, ITBI, ICMS, IPVA, 
ITCMD). 
Com a leitura do texto doutrinário e o artigo acima exposto, podemos 
inferir que o Distrito Federal institui os seguintes impostos: a) IPTU – 
Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana; b) ISSQN – Imposto sobre 
Serviços de Qualquer Natureza; c) ITBI – Imposto sobre Transmissão de 
Bens Imóveis; ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação; d) IPVA – Imposto sobre a Propriedade 
de Veículos Automotores; e) ITCMD – Imposto sobre Transmissão Causa 
Mortis e Doação. 
Acerca do imposto sobre a transmissão causa mortis e doação, ou 
ainda, ITCMD, estabelecido no artigo 155, I, da CF/88, tem como sujeito 
ativo os estados-membros e o Distrito Federal e seu próprio nome descreve 
o fato gerador do imposto, já que este incide sobre a transmissão de bens 
ou direitos por herança ou legado, conforme o art. 35 do CTN, diz-se causa 
mortis pois o motivo da transferência se deu com a morte do proprietário, 
passando estas a serem dos seus respectivos herdeiros ou legatários. 
Também se trata de doação, esta, no entanto, inter vivos pois o proprietário 
dos bens ou direitos deseja doar para alguém. 
E, os Municípios, são competentes para criar (156, CF): 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I – 
propriedade predial e territorial urbana; II – transmissão “inter vivos”, 
a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10668550/artigo-155-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como 
cessão de direitos a sua aquisição; III – serviços de qualquer natureza, não 
compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar 
Por fim, vale reforçar que nenhum dos entes da federação possui 
competência plena para tributar, ou seja, a CF elenca as limitações dessa 
atribuição, a fim de proteger interesses dos cidadãos e dos próprios entes. 
 
7. CONCLUSÃO 
Destarte, a partir do estudo feito no presente trabalho que o 
aprofundamento sobre os tributos e as competências tributárias dispostas 
na Constituição Federal, são essenciais para entender acerca deste 
instituto, a fim de que possam garantir sua aplicação, na prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. REFERÊNCIAS 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 9ª ed. São Paulo: 
Saraiva, 2017. 
Becker, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 3ª Ed. 
São Paulo: Lejus. 2002. 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa 
do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 
BRASIL. LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966. Dispõe sobre o 
Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário 
aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
Instituto de Estudos em Direito e Sociedade – IEDS 
Faculdade de Direito - FADIR 
Folha 31, Quadra 7, Lote Especial, N° 100. Marabá-Pará CEP: 68.507-590 
Telefone: (94) 2101-7142 – 2101 - 7172 
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS E PROCEDIMENTOS SOBRE PLÁGIO1 
 
 
Dispõe sobre o conceito de plágio, prevê 
penalidades aplicadas aos discentes 
em caso de plágio no âmbito 
da FADIR da UNIFESSPA 
e adota a Declaração de Autoria. 
 
Artigo 1o. 
 
Definição de plágio 
 
 
Pratica plágio o estudante que, dentre outras coisas:2 
a) no âmbito de um trabalho para uma unidade curricular, de um 
relatório de estágio ou projeto, de um trabalho de conclusão de 
curso, dissertação de mestrado ou tese de doutorado pretende 
fazer passar por seu o trabalho de outrem. Concretamente, 
considera-se plágio a reprodução de obra alheia e a submissão 
da mesma como trabalho próprio ou quando há a inclusão, em 
trabalho próprio, de ideias, textos, tabelas ou ilustrações (quadros, 
figuras, gráficos, fotografias, retratos, lâminas, desenhos, 
organogramas, fluxogramas, plantas, mapas e outros) transcritos 
 
 
1 A presente proposta foi baseada nas "Normas e procedimentos sobre plágio", da Universidade da 
Madeira, Portugal 
(http://conselhogeral.uma.pt/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=327). 
2 A definição de plágio utilizada nessa normativa é uma versão modificada do disposto no art. 13 do 
Regulamento n.º 288/2012 - Regulamento Disciplinar dos Estudantes da Universidade de Coimbra, 
Portugal. Disponível em: 
<http://www.uc.pt/regulamentos/ga/vigentes/regulamento_disciplinar_dos_estudantes_da_uc.pdf> 
(acesso em 06/10/2016). 
http://conselhogeral.uma.pt/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=327)
http://www.uc.pt/regulamentos/ga/vigentes/regulamento_disciplinar_dos_estudantes_da_uc.pdf
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
Instituto de Estudos em Direito e Sociedade – IEDS 
Faculdade de Direito - FADIR 
Folha 31, Quadra 7, Lote Especial, N° 100. Marabá-Pará CEP: 68.507-590 
Telefone: (94) 2101-7142 – 2101 - 7172 
 
 
 
de obras de terceiros sem a devida e correta citação da 
referência; 
b) Apresenta trabalho de outrem, alterando a ordem ou alguns 
termos, como se fosse um trabalho próprio; 
c) Compra ou utiliza um texto escrito por outrem e o apresenta 
como se fosse original; 
d) Copia e cola textos de um livro, artigo ou da web, introduzindo- 
os no trabalho próprio, sem citar e identificar a fonte de 
informação; 
c) O estudante que assina um trabalho de grupo sem que tenha 
contribuído para a sua realização; 
d) O estudante que, para nova avaliação, utiliza, parcial ou 
totalmente, um trabalho que já foi avaliado e classificado no 
âmbito de outra unidade curricular, quando é exigido que o 
trabalho apresentado seja original; 
e) O estudante que, para realizar o seu trabalho, utiliza dados 
parcial ou totalmente forjados;f) O estudante que fornece, a título gratuito ou pago, um trabalho 
que sabe que outro vai apresentar, total ou parcialmente, como 
seu. 
 
 
 
Artigo 2º 
Plágio a priori 
 
1. Entende-se por plágio detectado a priori, aquele que é detectado antes de 
produzir efeitos acadêmicos. 
 
2. Tem o dever de investigar a prática de plágio, todo docente que perceber 
indícios de que um trabalho sob sua análise sofre de qualquer um dos 
problemas elencados no artigo 1º. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
Instituto de Estudos em Direito e Sociedade – IEDS 
Faculdade de Direito - FADIR 
Folha 31, Quadra 7, Lote Especial, N° 100. Marabá-Pará CEP: 68.507-590 
Telefone: (94) 2101-7142 – 2101 - 7172 
 
 
 
 
3. Todo discente deverá apresentar seus trabalhos escritos em versão escrita e 
em formato eletrônico, conforme solicitado pelo docente. 
 
4. Ainda que o docente não requeira a entrega em versão eletrônica, é dever 
do discente manter, em arquivo, em formato de edição de texto (Word), uma 
cópia eletrônica de seus trabalhos apresentados. 
 
 
Artigo 3º 
Penalizações para o Plágio detectado a priori 
 
1. Em caso de plágio detectado a priori, o docente responsável pela disciplina 
para a qual o trabalho foi apresentado deverá aplicar as seguintes sanções: 
 
 
a. No caso de discente não reincidente, recusa do trabalho com a 
recomendação de alterações necessárias no mesmo, com a fixação 
de prazo para as correções necessárias, devendo incluir uma 
penalização em termos de redução do conceito máximo que poderá 
atingir até 50% (cinquenta por cento) do conceito. 
b. Em caso de reincidência, recusa do trabalho e reprovação do 
estudante na disciplina para a qual o trabalho foi apresentado, com a 
atribuição de conceito insuficiente, independentemente do peso que 
o trabalho tenha na avaliação global da disciplina. 
 
 
2. O docente deverá justificar sua decisão, em relatório breve, escrito e 
fundamentado, endereçado ao aluno que apresentou o trabalho eivado de 
plágio. O docente deverá cientificar a direção a respeito do caso para que seja 
anotado na ficha disciplinar do aluno. 
 
3. As sanções eventualmente aplicadas por plágio não constarão do histórico 
escolar dos discentes. A anotação indicada no parágrafo 2º servirá tão 
somente para fins de aplicação de penalidade (parágrafo 1º). 
 
 
Artigo 4º 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
Instituto de Estudos em Direito e Sociedade – IEDS 
Faculdade de Direito - FADIR 
Folha 31, Quadra 7, Lote Especial, N° 100. Marabá-Pará CEP: 68.507-590 
Telefone: (94) 2101-7142 – 2101 - 7172 
 
 
 
Procedimento recursal em caso de plágio 
 
1. Exclusivamente em caso de aplicação de sanção de reprovação em virtude 
da prática de plágio em caso de reincidência (art. 3o, para. 1o, alínea "b"), após 
tomar ciência da decisão adotada pelo docente, o estudante interessado terá o 
prazo de 48 horas para apresentar recurso da decisão perante a Direção da 
Faculdade de Direito, com o objetivo de rever a sanção aplicada. 
2. Não caberá recurso na hipótese de aplicação da sanção prevista no art. 3o, 
para. 1o, alínea "a". 
3. O recurso deverá ser apresentado na forma escrito e ser adequadamente 
fundamentado. 
4. Após o recebimento do recurso, será instaurada uma comissão formada por 
três docentes vinculados à Faculdade de Direito, que reexaminará o trabalho 
alegadamente viciado e os fundamentos do recurso, a fim de confirmar ou não 
a prática de plágio e a consequente reprovação do aluno na disciplina. 
5. A comissão instaurada para julgamento do recurso terá o prazo de até 30 
dias corridos para julgá-lo, prazo este que poderá ser estendido mediante 
fundamentação. 
 
 
Artigo 5º 
Declaração de autoria 
1. A apresentação de declaração de autoria (anexo) devidamente preenchida é 
obrigatória sempre que for apresentado qualquer trabalho escrito para as 
disciplinas e cursos ministrados pela Faculdade de Direito da UNIFESSPA, 
inclusive em cursos de extensão e extracurriculares. 
2. A declaração de autoria igualmente deverá acompanhar a apresentação de 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 
 
Artigo 6º 
Casos omissos 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
Instituto de Estudos em Direito e Sociedade – IEDS 
Faculdade de Direito - FADIR 
Folha 31, Quadra 7, Lote Especial, N° 100. Marabá-Pará CEP: 68.507-590 
Telefone: (94) 2101-7142 – 2101 - 7172 
 
 
 
 
 
1. Os casos omissos são resolvidos por despacho da diretoria da Faculdade de 
Direito. 
 
 
 
 
ANEXO 
 
 
DECLARAÇÃO DE AUTORIA3 
Discente: 
CPF: Código de matrícula: 
Telefone: ( ) e-mail: 
Curso: Disciplina: 
Orientador (se aplicável): 
Título/subtítulo do trabalho 
3A presente declaração de autoria foi desenvolvida a partir do uso de elementos constantes em 
diversos modelos de declarações de autoria, a saber: declaração de autoria da Universidade 
Federal Tecnológica do Paraná (< http://www.utfpr.edu.br/curitiba/estrutura- 
universitaria/diretorias/dirgrad/departamentos/quimica-e-biologia/graduacao/tecnologia-em- 
processos-ambientais/tcc/tcc2/tcc2-declaracao-autoria>);declaração de autoria do Instituto 
Federal de Tocantins ( 
<http://www.gurupi.ifto.edu.br/ensino/cursos/superiores/licenciatura/artes- 
cenicas/arquivos/arquivos-de-tcc/declaracao-de-autoria-de-trabalho1.odt>); declaração de 
autoria da Universidade de Oxford, Reino Unido 
(<https://www.ox.ac.uk/students/academic/guidance/skills/plagiarism?wssl=1>); declaração de 
autoria desenvolvida pelo sítio Plagio.Net 
(<http://www.plagio.net.br/download/declaracao_de_autoria.zip>); declaração de autoria da 
Universidade Estadual de Londrina 
(<http://www.uel.br/cef/demh/especializacao/doc/declara.pdf>); declaração de autoria da 
Universidade de Coimbra, Portugal 
(<http://www.uc.pt/feuc/eea/mestrados/Documentos/Declaracao_Autoria>); declaração de 
autoria da Universidade do Cabo, África do 
Sul(<http://www.uct.ac.za/downloads/uct.ac.za/about/policies/plagiarism_students.pdf>). Todos 
os documentos foram acessados em 06/10/2016. 
Mariana Costa de Souza
703.710.902.96 202040401025
94 98143-3658 marianacosta@unifesspa.edu.br
Direito Direito Constitucional III
Edieter Luiz Cecconello
Imunidade Tributária Cosntitucional
http://www.utfpr.edu.br/curitiba/estrutura-
http://www.gurupi.ifto.edu.br/ensino/cursos/superiores/licenciatura/artes-
http://www.ox.ac.uk/students/academic/guidance/skills/plagiarism?wssl=1
http://www.plagio.net.br/download/declaracao_de_autoria.zip
http://www.uel.br/cef/demh/especializacao/doc/declara.pdf
http://www.uc.pt/feuc/eea/mestrados/Documentos/Declaracao_Autoria
http://www.uct.ac.za/downloads/uct.ac.za/about/policies/plagiarism_students.pdf
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
Instituto de Estudos em Direito e Sociedade – IEDS 
Faculdade de Direito - FADIR 
Folha 31, Quadra 7, Lote Especial, N° 100. Marabá-Pará CEP: 68.507-590 
Telefone: (94) 2101-7142 – 2101 - 7172 
 
 
 
 
 
Declaro, para os devidos fins, que 
 
1. Estou ciente de que pratica plágio o estudante que, dentre outras coisas:4 
a) no âmbito de um trabalho para uma unidade curricular, de um 
relatório de estágio ou projeto, de um trabalho de conclusão de 
curso, dissertação de mestrado ou tese de doutorado pretende 
fazer passar por seu o trabalho de outrem. Concretamente, 
considera-se plágio a reprodução de obra alheia e a submissão 
da mesma como trabalho próprio ou quando há a inclusão, em 
trabalho próprio, de ideias, textos, tabelas ou ilustrações (quadros, 
figuras, gráficos, fotografias, retratos, lâminas, desenhos, 
organogramas, fluxogramas, plantas, mapas e outros) transcritos 
de obras de terceiros sem a devida e correta citação da 
referência; 
b) Apresenta trabalho de outrem, alterando a ordem ou alguns 
termos, como se fosse um trabalho próprio; 
c) Compra ou utiliza um texto escrito por outrem e o apresenta 
como se fosse original; 
d) Copia e cola textos de um livro, artigoou da web, introduzindo- 
os no trabalho próprio, sem citar e identificar a fonte de 
informação; 
c) O estudante que assina um trabalho de grupo sem que tenha 
contribuído para a sua realização; 
d) O estudante que, para nova avaliação, utiliza, parcial ou 
totalmente, um trabalho que já foi avaliado e classificado no 
 
 
 
4 A definição de plágio utilizada nessa normativa é uma versão modificada do disposto no art. 13 do 
Regulamento n.º 288/2012 - Regulamento Disciplinar dos Estudantes da Universidade de Coimbra. 
Disponível em: 
<http://www.uc.pt/regulamentos/ga/vigentes/regulamento_disciplinar_dos_estudantes_da_uc.pdf> 
(acesso em 06/10/2016). 
http://www.uc.pt/regulamentos/ga/vigentes/regulamento_disciplinar_dos_estudantes_da_uc.pdf
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
Instituto de Estudos em Direito e Sociedade – IEDS 
Faculdade de Direito - FADIR 
Folha 31, Quadra 7, Lote Especial, N° 100. Marabá-Pará CEP: 68.507-590 
Telefone: (94) 2101-7142 – 2101 - 7172 
 
 
 
âmbito de outra unidade curricular, quando é exigido que o 
trabalho apresentado seja original; 
e) O estudante que, para realizar o seu trabalho, utiliza dados 
parcial ou totalmente forjados; 
f) O estudante que fornece, a título gratuito ou pago, um trabalho 
que sabe que outro vai apresentar, total ou parcialmente, como 
seu. 
 
 
 
 
2. Estou ciente do conteúdo normativo do art. 184 do Código Penal (Decreto-Lei 
no 2.848/1940), que tipifica o crime de violação de direitos autorais. 
3. Estou ciente do conteúdo da normativa interna da Faculdade de Direito da 
UNIFESSPA, que dispõe sobre o conceito de plágio, prevê penalidades 
aplicadas aos discentes em caso de plágio e adota a Declaração de Autoria. 
 
4. Estou ciente de que a prática de plágio poderá implicar minha reprovação na 
disciplina para a qual o trabalho é apresentado e que, em acréscimo, poderei 
ser responsabilizado criminalmente pela prática do crime de violação de 
direitos autorais. 
5. O presente trabalho é de minha autoria e de minha inteira responsabilidade. 
 
6. Não há qualquer plágio no trabalho entregue. 
 
7. O conteúdo deste trabalho é original e não foi entregue a nenhuma outra 
disciplina ou curso. 
8. Afirmo que para realizar este trabalho acadêmico, usei as normatizações 
pertinentes da ABNT que disciplinam a apresentação de citações, referências e 
trabalhos acadêmicos. 
9. Eu não permitirei a ninguém copiar o meu trabalho com a intenção de passá- 
lo como se fosse seu. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ 
Instituto de Estudos em Direito e Sociedade – IEDS 
Faculdade de Direito - FADIR 
Folha 31, Quadra 7, Lote Especial, N° 100. Marabá-Pará CEP: 68.507-590 
Telefone: (94) 2101-7142 – 2101 - 7172 
 
 
 
 
 
 
 
Assinatura do discente: Local e data: 10/06/2022

Outros materiais