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Distúrbios Vasculares Periféricos

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Distúrbios vasculares periféricos 1
🩸
Distúrbios vasculares periféricos
Exame físico
Doença arterial periférica (DPA)
→ Refere-se à doença estenótica, oclusiva e 
aneurismática da aorta abdominal, seus ramos 
mesentérico e renal, e as artérias dos membros 
inferiores, distintas das artérias coronárias
→ Doenças aterosclerótica causa claudificação por 
esforço, geralmente na panturrilha, mas também na 
nádega; progride para dor em repouso
→ Isquemia tecidual deixa a pele pálida na elevação do 
membro e vermelho-escura quando ele está pendente; a 
pele é fria
→ Pode ser aliviada com repouso
→ Evolui para pele glabra, ressecada e fria, unhas com 
alterações, ulcerações e, por fim, gangrena
A localização do sinal/sintoma 
sugere o local da isquemia 
arterial:
Nádegas, quadril: 
aortoilíaca
Disfunção erétil: 
iliacapudenda
Coxa: femoral comum ou 
artoilíaca
Distúrbios vasculares periféricos 2
Parte superior da 
panturrilha: femoral 
superficial
Parte inferior da panturrilha: 
poplítea
Pé: tibial ou fibular
Regiões importante do exame arterial 
periférico
1. Membros superiores
Tamanho, simetria, coloração da 
pele
Pulso radial e braquial
Linfonodos epitrocleares
2. Abdome
Largura e pulsação da aorta
Linfonodos inguinais
3. Membros inferiores
Tamanho, simetria, coloração da 
pele
Pulsos femoral, poplíteo, pedioso 
e tibial posterior
Procura de tumefação e edema 
periférico nas coxas, panturrilhas 
e tornozelos
4. Componentes essenciais do 
exame:
Uso de técnicas para avaliar PA
Sinais e sintomas comuns ou 
preocupantes:
Dor no abdome, no flanco ou no 
dorso
Dor ou fraqueza muscular nos MMII 
e MMSS
Claudicação intermitente (dores 
intensas nas pernas, similares às 
câimbras e fisgadas, ao caminhar e 
realizar atividades físicas)
MMII frios, dormentes e pálidos; 
perda de pelos
Edema de panturrilhas, pernas ou 
pés
Alteração de cor nas pontas dos 
dedos das mãos ou dos pés em 
tempo frio
Edema associado a vermelhidão ou 
dor à compressão
Distúrbios vasculares periféricos 3
Ausculte a artéria aórtica, 
carótida, artérias femorais e 
renais e ausculte sopros
Palpe a aorta para avaliar seu 
diâmetro
Palpe os pulsos braquiais, 
radial, ulnar, femoral, poplítea, 
pedioso dorsal e tibial 
posterior
Inspecione a coloração, a 
temperatura e a integridade 
cutânea dos tornozelos
Observe ulcerações, perda de 
pelos, alterações tróficas da 
pele e unhas hipertróficas
� Doença arterial periférica é 
com frequência 
assintomática e não 
diagnosticada, resultando 
em taxas de morbidade e 
mortalidade significativas
⚠ Classificação recomendada 
dos pulsos arteriais
→ Na regurgitação aórtica os 
pulsos femorais, carotídeos e 
radiais são amplos e céleres e 
na oclusão arterial são 
reduzidos ou assimétricos
Teste de Allen para testar perfusão das artérias 
radial e ulnar; palidez persistente indica oclusão 
da artéria ulnar ou de seus ramos distais
Sinal de Homans: positivo quando paciente 
refere dor na panturrilha após dorsiflexão do pé, 
sugerindo TVP
→ Níveis tensionais desiguais: coarctação 
(obstrução parcial) da aorta e dissecção (rasgo na 
Sinal de Homans
Dissecção de artéria
Distúrbios vasculares periféricos 4
camada interna) de aneurisma aórtico
→ Doença aterosclerótica: ocorre 
preferencialmente na bifurcação carotídea e nas 
artérias renais proximais; na aorta resulta em 
ecatsia (dilatação, normalmente assintomática) e 
em formação de aneurismas (dilatação anormal, 
podendo romper e formar hemorragias)
→ Regurgitação aórtica: pulsos femorais, 
carotídeos e radiais são amplos e céleres
Doença venosa periférica (DVP)
→ Problema de deficiência que ocorre com o 
fluxo sanguíneo
→ Ela afeta os vasos sanguíneos fora do 
coração e do cérebro e piora com o tempo
→ Tromboembolismo venoso:
 Quando os pacientes têm cateteres 
venosos centrais, pergunte sobre 
desconforto, dor, paresterias e 
fraqueza muscular
Aneurisma
Cooarctação da aorta
Trombose venosa profunda (TVP), com 
formação de êmbolo
Distúrbios vasculares periféricos 5
Esses sintomas indicam TPV no 
membro superior, consequentes a 
trombose associada a cateter
A maioria dos pacientes é 
assintomático
Pergunte sobre dor ou edema na 
panturrilha e pernas
Membros superiores
Sinalizam TVP (trombose venosa 
profunda): circulação visível, 
tumefação, edema e alteração da 
coloração;
Doença arterial oclusiva é menos 
comum nos MMSS; pulsos reduzidos 
e assimétricos por causa de 
aterosclerose ou embolia
Pulsos arteriais diminuídos ou 
abolidos no punho ocorrem:
Oclusão embólica zaguda
Doença de Bueger
Tromboangeíte obliterante
Abdome
Risco de AAA: estimar a largura da 
aorta abdominal, importante 
principalmente em adultos mais 
velhos e tabagistas devido ao risco 
de aneurisma de aorta abdominal 
(AAA)
Palpação dos linfonodos inguinais 
superficiais observando tamanho, 
consistência e se há dor
Linfadenopatia é o aumento dos 
linfonodos, com ou sem dor à 
palpação
Membros inferiores
Procura de varicosidades nas veias safenas 
(podem estar espessadas à palpação)
Pulso femoral quando ausente: risco vascular 
de DAP>6
Aneurisma femoral (incomum): pulso femoral 
exagerado ou aumentado
Aterosclerose
Distúrbios vasculares periféricos 6
Aneurisma de artéria poplítea (incomum): 
quando o pulso poplíteo está exagerado e 
aumentado
Aneurisma femoral e poplíteo, em geral, 
decorrem de aterosclerose e acometem 
mais frequentemente homens com mais de 
50 anos
Aterosclerose: obstrui mais frequentemente 
artérias da coxa e, nesse caso, o pulso femoral 
continua normal e o pulso poplíteo diminui ou 
desaparece
Pulso pedioso quando ausente junto com a 
femoral e o poplíteo: risco vascular de DAP > 14
Resfriamento assimétrico do dorso do pé: 
risco vascular para DAP > 6
Edema
� → Mecanismo do edema:
Aumento do volume 
plasmático;
Retenção de sódio;
Dinâmica capilar alterada;
Remoção inadequada de 
líquido filtrado da linfa;
bstrução venosa ou 
linfática;
Aumento da 
permeabilidade do capilar.
Teste do Cacifo
A depressão de um edema 
reflete a viscosidade do líquido
Recuperação em alguns 
segundos indica concentração de 
proteínas baixa, como na IC
Quando não é depressível indica 
um linfedema, os níveis de 
proteínas são altos
Síndrome de extravasamento 
capilar, que não é um edema, mas 
um extravasamento de proteínas 
para o espaço intersticial, observado 
nas queimaduras, angioedema, 
picada de cobra e reações alérgicas
Distúrbios vasculares periféricos 7
Verificar se há edema, que pode ser: 
Unilateral:
Doença Tromboembólica 
Venosa (DTV): na 
panturrilha e tornozelo 
sugere DTV, consequente a 
trombose venosas profunda 
(TVP), insuficiência venosa 
crônica, valvas 
incompetentes ou linfedema
Bilateral:
IC
Cirrose
Síndrome nefrótica
Distensão venosa sugere edema de 
causa venosa
Trombose venosa profunda, a 
localização do edema sugere o ponto 
de oclusão
Veia poplítea: perna ou 
tornozelo edemaciados;
Veias iliofemorais: todo o 
membro inferior.
Edema ortostático: tumefação 
macia, palpável e bilateral (com 
cacifo), ocorre após:
Períodos longo na posição 
sentada ou em pé (aumento da 
pressão hidrostática)
IC
Síndrome nefrótica
Cirrose
Desnutrição pela 
hipoalbuminemia
Diminuição da pressão 
coloidoncótica intravascular
Edema da insuficiência venosas 
crônica: mole, com cacifo, podendo 
ser bilateral; comum ulceração e a 
pigmentação acastanhada nos pés
Linfedema: inicialmente é mole e 
depressível, mas torna-se firme, 
indurado e não depressível, pele 
bastante espessada e raramente há 
ulceração; ocorre por canais 
linfáticos infiltrados ou obstruídos por 
tumor, fibrose ou inflamação, 
comprometidos por dissecção e/ou 
radiação do nó axilar
Distúrbios vasculares
Fenômeno de Raynaud: Trombose venosa profunda: tumefação 
dolorosa da panturrilha com eritema, que 
Distúrbios vasculares periféricos 8
Vasoconstrição reversível episódica 
nos dedos das mãos e dos pés
Primário: desencadeado por 
temperaturas frias, não há necrose
Secundário:alças capilares 
distorcidas, causa isquemia e 
necrose
Doença arterial periférica
Trombose iliofemoral profunda: MMII 
doloroso, pálido e edemaciado, com dor 
à palpação da região inguinal sobre a 
veia femoral
Oclusão arterial aguda:
Ocorre por embolia (trombo livre) ou 
trombose (trombo fixo)
Causa dor e dormência ou 
formigamento
Extremidades distais ficam frias, 
pálidas e sem pulso
Início súbito
Insuficiência venosa crônica:
Comprometimento venosos crônica 
decorrente de oclusão venosa ou 
válvulas incompetentes
Ocorre dor difusa que aumenta ao 
longo do dia
Elevar o membro e caminhar alivia
Petéquias, seguidas de coloração 
acastanhada ou úlceras logo acima 
do maléolo
pode ser indolor; muitas vezes há 
ausência de sintomas
Doença de Bueger:
Doença oclusiva não aterosclerótica 
inflamatória de artérias e veias 
pequenas a médias, especialmente 
em fumantes
Pode evoluir para gangrena na ponta 
dos dedos
Síndrome compartimental: músculos 
comprimidos com sensação de 
formigamento e queimação
Espessamento cutâneo ocorre no 
linfedema e na insuficiência venosa 
avançada
Linfagite aguda: 
Infecção aguda, com raias vermelhas 
na pele, com hipersensibilidade, 
linfadenomegalia dolorosa e febre
Celulite: vermelhidão e aumento da 
temperatura na panturrilha são sinais de 
celulite
Eritema nodoso: lesões eritematosas 
bilaterais e elevadas, dolorosas, 
decorrentes de inflamação do tecido 
adiposo subcutâneo; não formam úlceras
Úlcera neuropática:
Ocorre na neuropatia diabética, 
transtornos neurológicos e na 
hanseníase
Acontece em locais de atrito
Distúrbios vasculares periféricos 9
Há edema, muitas vezes acentuada
Dermatite de estase pode espessar a 
pele e estreitar a perna
Não desenvolve gangrena
Tromboflebite superficial: 
Inflamação de uma veia superficial, 
às vezes com trombose venosa
Edema, vermelhidão e aumento da 
temperatura localizados e cordão 
subcutâneo
Fator de risco para TVP
Pode ser manifestação 
paraneoplásica
Para prova:
Há diminuição da sensibilidade e 
ausência do reflexo aquileu
Não ocorre gangrena
A borda da úlcera neuropática é bem 
marcada
Tríade de Virchow:
Tipo de ulceras:
→ Arterial:
Menor frequência, 
20% dos casos de 
úlcera no MMII
Isquêmicas, causadas 
pela obstrução das 
artérias
→ Venosas:
Podem ser 
chamadas de 
varicosas
Causadas pela má 
circulação 
sanguínea, 
→ Neuropática:
Causada por 
neuropatia periférica 
em decorrência de 
patologias base, como 
hanseníase, DM, 
alcoolismo ente outras
Distúrbios vasculares periféricos 10
Associadas a 
aterosclerose
Mais frequentes na 
região acima da 
canela e na 
extremidades do 
dedos dos pés
consequências na 
maioria dos casos 
de fatores genéticos
Não são profundas 
e são mais comuns 
acima do maléolo
Causada pela 
dificuldade do 
retorno do fluxo 
sanguíneo para o 
coração
Edema em 
tornozelo e acima 
são comuns
Varizes e/ou veias 
reticulares e/ou 
telangiectasias é um 
sinal de ulcera 
venosa
Acometem os nervos 
periféricos e têm mais 
risco de desenvolver 
lesões das fibras 
autonômicas, 
sensitivas e motoras, 
que podem resultar 
em:
Lesões primárias: 
mão em garra, pé 
caído e anquilose 
(articulações 
endurecidas)
Lesões 
secundárias: 
paralisias 
musculares, 
fissuras, úlceras 
plantares e lesões 
traumáticas
Insuficiência Venosa Crônica X Insuficiência Arterial Crônica
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Teste de Buerger
Observa-se a mudança de coloração das extremidades com mudanças de 
posicionamento do membro
O teste é considerado positivo quando ocorre o empalidecimento do membro 
quando elevado e uma coloração azul-avermelhada quando mantido pendente
Distúrbios vasculares periféricos 12
Teste de Buergers, membro 
inferior elevado por 30 
segundos, percebe-se palidez, 
perda de enchimento e persão 
capilar
Teste de Buergers, paciente 
sentado a 10 segundos, com 
palidez persistente e 
perfusão tardia do pé 
esquerdo
Teste de Buerger, paciente 
sentado a 30 segundos com 
hiperemia no lado essquerdo

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