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TRATAMENTO DE GASTRITE 1. GASTRITE · Gastrite é a inflamação da mucosa que reveste as paredes internas do estômago – aguda ou crônica. 1.1 Causas · Uso prolongado de AAS e de anti-inflamatórios. · Estresse · Consumo excessivo de bebidas alcóolicas · Consumo de subst. corrosivas, acidentalmente ou não · Ingestão de alimentos contaminados, como bactérias, vírus, ou por suas toxinas são causa frequente de inflamação aguda do estômago → gastroenterite aguda. · Gastrite autoimune, quando o SI produz anticorpos que agridem o próprio organismo. 1.2 Infecção por H. pylori · Probabilidade de que uma úlcera péptica causada por infecção por H. pylori volte a ocorrer em um ano em uma pessoa não tratada com ATB é >50% → <10% em pessoas que foram tratadas com ATB. · A erradicação da infecção por H. pylori antes do início do tratamento com AINEs reduz o desenvolvimento de úlceras e o risco de sangramento da úlcera. · Erradicação da infecção por H. pylori entre os pacientes em uso de AINEs é associada a uma redução de 57% na incidência de úlcera péptica. 2. TRATAMENTO · O tratamento de indivíduos assintomáticos é controverso!! · Reconhecimento do papel de H. pylori no câncer tem levado à recomendação da sua erradicação. · A erradicação de H. pylori requer terapia com vários fármacos: · Salicilato de Bismuto em cápsula é não é encontrado no mercado Brasileiro. 2.1 TRATAMENTO DE PRIMEIRA LINHA · Há possibilidades de outras associações, mas o paciente tem que comprar cada medicamento separadamente (cada um custa cerca de 190 reais). · É vendido 1 medicamento com as 3 drogas juntas em 1 comprimido ou podem ser vendidos separadamente. 2.1.1 Tratamento de regime quádruplo com bismuto · Pcts alérgicos à penicilina · Tetraciclinan ou amoxicilina + metronidazol + inibidor da bomba de prótons (IBP) + bismuto. · Problema: bismuto não é mais encontrado no mercado brasileiro. · Problema: os horários para tomar cada medicamento dificulta a adesão ao tratamento. · A efetividade desse tratamento não é tão boa devido a adesão inadequada. 2.1.2 Tratamento quádruplo concomitante 2.1.3 Tratamento quádruplo concomitante + tratamento de regime quádruplo com bismuto · Não existe um regime de TTO que garanta a cura da infecção por HP em 100% dos pacientes atualmente tem máx. 90%. · Recomendado como alternativa à terapia tripla padrão em área de ↑ resistência à claritromicina · Falha da terapia tripla com claritromicina ou terapia quádrupla concomitante: · Falha de um dos dois regimes de 2° linha → terapia de 3ª linha (muito raro chegar nela) 2.2 TRATAMENTO DE SEGUNDA LINHA · Substitui a claritromicina por levofloxacino · Os horários são mais flexíveis → melhora a adesão. · OBS: para aumentar as taxas de sucesso das terapias triplas com quinolona, alguns estudos adicionaram sal de bismuto ao regime, o que proporcionou bons resultados para a erradicação. 2.2.1 Pacientes alérgicos à penicilina 2.3 Terapia 1ª linha vs 2ª linha 2.4 TERCEIRA LINHA · Após falhas terapêuticas deve ser restrito a casos especiais e guiado por testes fenotípicos ou genotípicos de suscetibilidade a antimicrobianos. 2.5 Fatores responsáveis pela diminuição da eficácia terapêutica · Baixa adesão → principalmente · Hábitos de vida · Doenças de base · Resistência · Tabagismo · Alta acidez gástrica → fármacos são melhores absorvidos em baixa acidez · Polimorfismo CYP2C19 3. CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS 3.1 IBP · ↓ quantidade de ácido clorídrico. · Estados de hiperacidez gástrica, de úlceras pépticas benignas, na prevenção de recidivas de úlceras gástricas ou duodenais e na proteção da mucosa gástrica contra danos causados por AINEs. · Pct HP com úlcera gástrica ou duodenal necessitam de continuação da supressão ácida por, pelo menos, 4 semanas · O uso deve ser interrompido por até 2 sem antes de realizar testes de diagnóstico para infecção por HP, exceto solorogia. · Hipomagnesemia tem sido raramente relatada em pct tratados com IBP por menos de 3 meses. · Idosos: recomendado não ultrapassar 8 semanas (risco de infecção por Clostridium e risco de fratura) e não fazer dose plena 2x/dia. · Não é necessário ajuste de dose para pct com disfunção do fígado leve a moderada. No entanto, uma redução na dose deve ser considerada com insuficiência grave. 3.2 Claritromicina · Alimentos diminuem a absorção → tomar em jejum. Não é recomendado: · Insuficiência hepática grave · Insuficiência renal grave → redução da dose · Interação com uma estatina → miopatia – derivados do Ergot, Ivabradina e Azóis · Categoria C de gestação e é excretada pelo leite materno 3.3 Amoxicilina · Pode ser ingerida com alimentos · EA: diarreia, enjoos, náuseas, urticária e coceira na pele. Insuficiência renal: · Leve: nenhuma alteração na dose · Moderada: máx. 500mg, 2x ao dia (de 12 em 12h) · Grave: máximo 500 mg/dia · Hepatopatias: sem necessidade de ajuste · Categoria B (não pode ser usada) na gestação, compatível com amamentação · Interação com Venlafaxina, Varfarina e Metotrexate 3.4 Salicilato de bismuto · Citroprotetores: formam uma barreira protetora devido às ligações com glicoproteínas, uma vez que se deposita sobre a lesão ulcerada e em suas margens reforçando a camada de muco. Estimula a produção de prostaglandinas e bicarnonato. · Mais de 99% do bismuto adm é excretado pelas fezes. · Categoria C na gestação · Devido ao conteúdo em salicilatos → cautela em pct com gota, diabetes, úlceras hemorrágicas, hemofilia ou outras condições hemorrágicas (como dengue). · As tetraciclinas sofrem uma redução de 30-50% da sua absorção. O uso concomitante não é recomendado e a tetraciclina deve ser adm de 2 a 3h antes do bismuto. 3.5 Oriente o paciente · Uso de AINEs ou AAS, mesmo em baixas doses, aumenta o risco de úlceras e suas complicações. · Anticoagulantes (cumarínicos, clopidogrel e novos anticoagulantes orasi) podem aumentar o risco de úlcera/sangramento. · Em pct com alto risco de desenvolver úlceras, antes do início do tratamento a longo prazo com AINEs ou AAS, mesmo em doses baixas, HP deve ser rastreada e erradicada → erradicação por si só não impede a recorrência de úlcera/sangramento. TRATAMENTO DA DIARREIA 4. DIARREIA 4.1 PREVENÇÃO · Diarreia viral · Comum em creches e lares de idosos → evitar contato direto pessoa-pessoa. · Diarreia bacteriana e parasitárias · Diarreia secundária 4.2 Objetivos · Administrar dieta adequada · Prevenir distúrbios hidroeletrolíticos · Alívio sintomático · Tratar causa · Gerenciar distúrbios secundários 4.3 Recomendações para tratamento da diarreia AGUDA 4.4 Recomendações para tratamento da diarreia CRÔNICA 5. TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO · Dieta: interrupção de alimentos sólidos e lácteos (24h), dieta leve, especialmente se há náuseas e vômitos. Ex: sopa · Crianças com diarreia bacteriana → alimentação saudável e normal, se possível · Reposição oral: · Razão açúcar para sódio recomenta 3:1 · Não possuem as [ ] eletrolíticas recomendadas → não é a mesma coisa que soro 6. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO · Agentes antimotilidade · Adsorventes · Compostos antisecretores · ATB · Antiparasiátios · Enzimas e probióticos 6.1 Agentes antimotilidade 6.2 Antissecretores Salicilato de Bismuto: · Salicilato (interação com anticoagulantes) · Salicismo: zumbido, náuseas e vômitos. · Reduz abs da tetraciclina · Interfere em estudos radiográficos intestinais · Escurecimento da língua e fezes (uso frequente) · Ataques de gota em susceptíveis. 6.3 A loperamida continua sendo amplamente usada no tratamento da diarreia! · Receptores opioides δ ou μ → nervos entéricos, células epiteliais e nos músculos. · Motilidade intestinal (receptores μ) · Secreção intestinal (receptores δ) · Absorção (receptores δ e μ) · 40-50x mais potente que a morfina como agente antidiarreico. · Atua rapidamente depois ad adm oral e os níveis plasmáticos máximos são atingidos em 3-5h. 6.4 Probióticos · Ajudam a restaurar o balanço da microbiota intestinal. · Redução do crescimento e do poder invasivo das bactérias patogênicas. · Aumentaa capacidade protetora da barreira da parede intestinal. · Melhora da resposta imune. · Floratil AT está indicado na prevenção da diarreia causada por ATB e quimioterápicos e como auxiliar no TTO da diarreia causada pelo Clostridium difficile. · Deve ser tomado de preferência em jejum ou meia hora antes das refeições. 6.5 Quando fazer a antibioticoterapia? · Maioria: rotavírus, norovírus, enterovírus e adenovírus · Evitar: síndrome hemolítico-urêmica → E. coli 0157:H7 e portador crônico de Salmonella spp. · Indicada: <6 meses, bacteremia, toxemiados e complicação extraintestinal e/ou imunodeprimidos. 6.6 Antibioticoterapia – CRIANÇAS · Confirmação laboratorial: 6.7 Antibioticoterapia – ADULTOS 6.8 Avaliação dos objetivos terapêuticos · Melhora dos sintomas: 24 a 72h · Monitoramento da frequência de evacuações · Monitorar peso corporal, eletrólitos séricos, hemograma, urina e cultura (se necessário). 7. Diarreia AGUDA vs GRAVE · ATB: devem ser usados somente para casos de diarreia com sangue (disenteria) e comprometimento do estado geral ou em casos de cólera grave. · Em outras condições, os ATBs são ineficazes e não devem ser prescritos!!! 7.1 Planos de tratamento · Plano A: diarreia e hidratado · Plano B: diarreia e algum grau de desidratação · Plano C: diarreia e desidratação grave 7.2 PRIMEIRA ESCOLHA · Tratamento no domicílio · Aumentar a oferta de líquidos (reidratação oral) · Manutenção da alimentação · Líquidos adequados: soro caseiro/industrializado e água · Líquidos inadequados: refrigerantes, líquidos açucarados, chás, sucos comercializados, café · Suplementação de Zinco Sinais de alarme: · Aumento da frequência das dejeções líquidas · Vômitos frequentes · Sangue nas fezes · Recusa para ingestão de líquidos · Febre · Diminuição da atividade · Presença de sinais de desidratação · Piora do estado geral 7.3 SEGUNDA ESCOLHA · Soro de reidratação oral → supervisão médica · Manter aleitamento materno · Jejum apenas durante período de reidratação · Após procedimentos iniciais → procedimentos de 1ª escolha Fracasso: · Dejeções aumentam · Vômitos incoercíveis · Desidratação severa 7.4 TERCEIRA ESCOLHA · Soro de reidratação parenteral Indicações: · Desidratação grave · Contraindicação de reidratação oral · Choque hipovolêmico Critérios para internação: · Choque hipovolêmico ou desidratação grave. · Manifestações neurológicas, vômitos biliosos ou de difícil controle. · Falha na terapia 7.5 Terapia de reposição oral TRATAMENTO DE PARASITOSES 8. PARASITOSES 8.1 Objetivos · Erradicar o parasita · Reduzir a morbidade · Evitar complicações da diarreia prolongada · Evitar a má absorção 8.2 ANTIPARASITÁRIOS · Alcançar o parasito onde esteja (tecidos, sangue, intestino, etc). · Ter boa tolerância para o hospedeiro. · Apresentar ação maléfica sobre o helminto. · Amplo espectro de ação. · Apresentar baixo custo. · Adm em dose única ou esquemas de curta duração. · Possibilitar o uso profilático. · Possibilitar o tratamento em massa. 8.3 Medicamentos antiparasitários · Reações adversas · Contraindicações · GI: náuseas, vômitos, diarreia, cólicas, anorexia, dor abdominal, flatulência, constipação, gosto metálico, glossite. · SN: cefaleia, tontura, sonolência, astenia, vertigem e tremores. · Reação dissulfiram: desconforto abdominal, vômitos e hipotensão. · Outros: aumento da função hepática, febre, neutropenia e prurido. 8.4 NITAZOXANIDA · Inibe enzima indispensável à vida do parasita (piruvato-ferrodoxina-oxidorredutase) EA/precauções: · Dor abdominal, diarreia, vômitos e cefaleia · Pode, raramente, deixar a urina amarelada-esverdeada · Crianças menores de 2 anos · Usuários de anticoagulantes (cumarínicos) · Gastroenterites virais provocadas por rotavírus e norovírus: · MENOS ESQUISTOSSOMOSE!! 9. Farmacoterapia ANTI-PROTOZÁRIO 10. Farmacoterapia ANTI-HELMÍTICA · Promove a paralisia do verme · Prova lesão na cutícula do verme · Podem interferir no metabolismo do verme · Esquistossomose só é tratada com Oxamniquina e Praziquantel!
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