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Obesidade, Desnutrição Proteico-Energética (DPE) e Baixa Estatura Epidemiologia - A desnutrição proteico-energética (DPE) no Brasil e mundo está diminuindo (no Brasil está caindo atualmente principalmente nas regiões norte e nordeste. No sul já é baixa há um tempo) - A obesidade no mundo aumentou - A baixa estatura diminuiu (em media se está crescendo 2 cm por geração) - Mortalidade da desnutrição é muito maior do que a obesidade. Nos últimos 20-50 anos ocorreu a transição antropométrica na maior parte dos países do mundo Prognóstico da DPE - Desnutridos tem maior chance de hospitalizações e as doenças são mais graves neles - O desenvolvimento neuromotor fica comprometido com a desnutrição - Desnutridos graves, <2 anos, que melhoram da desnutrição e são adotados por famílias de boas condições conseguem alcançar um desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental igual ao dos outros (se voltar para uma família com má condição tem esse desenvolvimento diminuído) Causas de problemas no desenvolvimento motor, cognitivo e comportamental: - Desnutrição - Falta de afetividade/vínculo (amor) - Pobreza - Falta de higiene - Falta de estimulação pela mãe - Infecções Etiologia da Desnutrição - Desnutrição Primária: • É uma desnutrição quantitativa, ou seja, é a falta comida, “fome” propriamente dita • É uma causa rara de desnutrição, acontecendo mais na pobreza extrema, lugares com enchentes ou em épocas de guerra civil - Desnutrição Secundária: • É secundária a alguma doença • Pode ser causada tanto pelo gasto energético maior quanto pela falta de ingesta • Causa mais comum de desnutrição no Brasil Fisiopatogênia imunológica da desnutrição - A deficiência nutricional gera situações imuno-comprometedoras, o que favorece a instalação de infecções - Somado a isso, durante o quadro infeccioso há menor ingestão de alimentos, menor absorção e maior gasto enérgico, piorando o quadro de desnutrição - Situações Imunocomprometedoras causadas pela desnutrição: • Deficiência de vitamina A • Deficiência de zinco e ferro • Deficiência de ácido fólico • Má reserva energética • Regeneração lenta das mucosas Desnutrição Gravíssima - A desnutrição gravíssima apresenta 2 tipos: 1. Marasmo: • Deficiência calórica (é uma desnutrição primária) • Fenótipo: a criança fica “só pele e osso”, tecido muscular e subcutâneo escassos, irritabilidade, fáscies encarquilhado (envelhecido) e ausência de edema • Mais comum abaixo de 1 ano. 2. Kwashiorkor: • Deficiência exclusivamente protéica • Fenótipo: edema por hipoproteinemia, lesões de pele (dermatite), hepatomegalia e apatia (sistema imunológico ruim) • Mais comum com 2-4 anos • Geralmente é secundário, mas pode ser por falta de alimentação também Estado nutricional na hospitalização - Pacientes hospitalizados tem piora do estado nutricional durante a internação, - Portanto, sempre deve ser dado suporte nutricional (enteral e parenteral) nos casos de hospitalização de crianças - É importante que o médico sempre anote peso e altura do paciente para realizar um acompanhamento do estado nutricional, assim evitando pioras. - Todos os hospitais com muitos leitos são obrigados a ter uma comissão de suporte nutricional (incluindo médicos, nutricionistas e enfermeiras) Baixa Estatura - Causas: • Baixa estatura familiar: • 30-40% dos casos (a maioria) • Ocorre principalmente em países desenvolvidos • Fisiopatogenia: Pais com potencial genético para altura baixa. Porém os hormônios de crescimento da criança são normais • Atraso constitucional de crescimento: • 20-25% dos casos • São aquelas crianças que são baixinhas durante a infância e demoram mais para atingirem a altura normal delas • Causas orgânicas: • 35% dos casos • Causadas por desnutrição, infecção crônica, endocrinopatias (hipotireoidismo, nanismo hipofisário), encefalopatia crônica, crescimento restrito intrauterino, etc
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