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1 Laís Flauzino | PEDIATRIA | MEDICINA PUERICULTURA Conceito: Conjunto de ações pediátricas de monitoramento de situações da rotina que resultam em estratégias de promoção da saúde e prevenção de doenças, com objetivos que extrapolam a infância saudável e alcançam a saúde do futuro adulto. O pediatra deve trabalhar com a visão de integralidade da criança. Dentre os determinantes sociais da saúde estão: • Situação de vida e segurança alimentar • Riscos ambientais • Adaptação à gravidez • Violência por parceiro íntimo • Uso de tabaco, drogas e álcool pela mãe • Fatores de proteção – grau de informação, constelação familiar • Tradições culturais É importante a vigilância do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) para identificar transtornos comportamentais e do desenvolvimento, como o TEA que demanda intervenção precoce para resgatar atrasos e melhorar o prognóstico. DURANTE A CONSULTA: ✓ Verificar situação vacinal ✓ Investigar as rotinas de refeições e de sono ✓ Observar a dinâmica familiar – relação pais e filhos, vínculos, manifestações de afeto, estabelecimento de limites ou permissividade e sinais de estresse tóxico (pode causar danos irreversíveis ao DNPM e aumentar riscos para doenças orgânicas). ✓ TEMPO DE EXPOSIÇÃO A TECNOLOGIAS DIGITAIS: Uso excessivo e precoce e não supervisionado causam: Orientar para o uso sem causar danos ao DNPM e à saúde infantil – controle de conteúdo, estabelecimento de limite de tempo. OS PRIMEIROS MIL DIAS DE VIDA: Conjunto de intervenções ou “janelas de oportunidades” no período dos “mil dias” – compreendidos entre o tempo da gestação a termo (280 dias) somado aos primeiros 2 anos de idade (730 dias – que apresentam alto impacto na redução da mortalidade e morbidade, incluindo danos ao crescimento ponderoestatural e ao neurodesenvolvimento da criança. • A desnutrição materno-infantil influencia no aumento da morbidade e mortalidade infantil. • Correlação dos índices maternoinfantis (altura da mãe, peso ao nascer, RCIU com peso, altura e IMC da criança aos 2 anos) – há nítida influência nos resultados finais na vida adulta com redução na altura final, no nível de escolaridade, na produtividade econômica, alterações no IMC, níveis glicêmicos e variações na PA. Destaque: a desnutrição intrauterina pode estar associada a aumento na incidência de doenças mentais. • A altura da criança aos 2 anos de idade é o melhor preditor do capital humano futuro. • Intervir nesta fase maternoinfantil, promovendo aleitamento materno exclusivo até o 6° mês de vida, educação para uma alimentação complementar saudável, com ou sem fornecimento de suplementos alimentares, e intervenções com micronutrientes específicos Integralidade da criança predisposições genéticas (biológicas) influências ambientais (ecológicas) determinantes sociais da saúde Deficiências visuais Deficiências auditivas Deficiências posturais Distúrbios do sono Alteraçoes de humor Isolamento Agressividade Depressão ↓ capacidade cognitiva e produtiva Déficit de atenção Problemas de linguagem Transtornos ligados ao sedentarismo - obesidade 2 Laís Flauzino | PEDIATRIA | MEDICINA como vitaminas A e D, ferro e zinco, são estratégias gerais. • A redução na carga de doenças com estratégias sanitárias, como saneamento básico, promoção da lavagem das mãos, vacinação maternoinfantil, etc, têm resultados positivos em curto, médio e longo prazos, com documentação cientifica comprovando redução dos DALY, melhora da estatura final e redução de doenças crônico- degenerativas. DALY (disability adjusted life Years) – abreviatura para ano de vida ajustado por incapacidade; um DALY é igual a 1 ano perdido de vida saudável OS PRIMEIROS 1.100 DIAS E A PERICONCEPÇÃO: Aumentou-se a janela de oportunidades de intervenção. Fatores nutricionais e ambientais, que antecedem a fecundação, podem influenciar na saúde futura. • Fatores nutricionais podem afetar as células germinativas masculinas e femininas antes da concepção e modificar o desenvolvimento do embrião e do feto. • A qualidade do óvulo pode ser afetada, ao longo da vida, por eventos ou exposições ambientais, alimentares, medicamentosas, etc, deixando claro o fator de risco idade-dependente. • Fator-chave é a nutrição – deficiência do ácido fólico: ingestão adequada de folato para todas mulheres em idade fértil a fim de reduzir o risco de defeitos congênitos do tubo neural (DTN) após estudos relacionarem o aumento das concentrações de homocisteína à presença dessas malformações congênitas. A Febrasgo recomenda: ✓ Mulheres em idade reprodutiva, portadoras ou não de polimorfismo genético nos genes que regulam o metabolismo do folato, se beneficiam da suplementação de L-metilfolato, a forma ativa do ácido fólico. ✓ A suplementação deve ser iniciada ao menos 30 dias antes da provável concepção e mantida até o final do 1° trimestre da gestação. • Os mecanismos patogênicos envolvidos na produção defeituosa de espermatozoides são desconhecidos. • A maioria dos compostos essenciais necessários para a síntese de DNA e a espermatogênese deriva da alimentação e também sofre influências ambientais – a concentração dos nutrientes necessários na dieta e outros fatores relevantes na vida do homem podem ter efeitos substâncias na qualidade e na reprodução do espermatozoide. • Suplementação de micronutrientes para o homem, também 3 meses antes da fecundação, com destaques para vitamina E, selênio, zinco e ácido fólico, para prevenção da metilação do DNA e da modificação nas histonas da carga genética do espermatozoide. EPIGENÉTICA: A metilação do DNA influencia a organização da cromatina, que leva à repressão de genes e de elementos transponíveis (Transcrição). As modificações pós-tradução, nos ribossomos, podem ocorrer em proteínas chamadas histonas, alterando diferentes aminoácidos e suas respectivas posições, resultando em uma multiplicidade de combinações constituindo um verdadeiro “código de histonas”. É importante salientar que a reversibilidade faz parte do conceito de epigenética; ou seja, os fenótipos diferentes produzidos a partir da mesma sequência de DNA por meio de modificações epigenéticas são potencialmente reversíveis, uma vez que não há mudança na sequência dos nucleotídeos do DNA. É este ponto que difere uma modificação epigenética de uma mutação e, assim, apresentam-se como uma janela de oportunidade para intervenção. No mecanismo epigenético, tudo está interligado. Pré-concepção, idade materna e paterna, nutrição, desenvolvimento intrauterino, componentes químicos ambientais, fármacos, xenobióticos e toda uma influência multifatorial na metilação do DNA, ativando ou reprimindo funções gênicas, podem levar a doenças autoimunes, câncer, distúrbios mentais, diabetes, entre outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A relação da epigenética com o ambiente e o estresse tóxico: • Intergeracional – um trauma que leva a um desenvolvimento de estresse pós-traumático, cujo impacto induziu alterações gênicas durante a vida, levando a adoecimentos posteriores, físicos e psicoemocionais que não estavam em sua programação gênica. • Transgeracional – segunda e terceiras gerações que descendem das vítimas da tragédia, uma prevalência acentuada de transtornos depressivos e de ansiedade, embora eles não tivessem passado pela experiencia traumática propriamente dita. Hipócrates: “Somos o que comemos”. Complemento: “somos o que nossos avós e nossos pais comeram e sentiram”. PROGRAMAÇÃO METABÓLICA: Muitos estudos apoiam o conceito de que a suscetibilidade a inúmeras doenças não começa na vida adulta, mas cedo no desenvolvimento. A programação metabólica tem como base o conceito de que o meio ambiente hostil pode determinar alterações na expressão gênica, sem alteraro genoma do indivíduo, ou seja, a epigenética. 3 Laís Flauzino | PEDIATRIA | MEDICINA Segundo este conceito, um agravo em fases críticas do desenvolvimento, que altera uma estrutura somática ou o ajuste de um sistema fisiológico, tem consequências na saúde do indivíduo em longo prazo. Para a criança, a obesidade se apresenta como um fator desencadeante para uma série de comorbidades que interferem na saúde atual e futura. Dentre elas, destacam-se: dislipidemias, resistência insulínica, problemas ortopédicos, hipertensão arterial, esteatose hepática, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. O reconhecimento e a condução da programação metabólica devem ocorrer desde o começo da vida. ATENDIMENTO AMBULATORIAIS NOS PRIMEIROS 2 ANOS: Ponto crucial: Estímulo ao aleitamento materno exclusivo até o 6° mês de vida, seguido da alimentação complementar até os 2 anos de idade. ✓ Vitamina D: a partir da 1ª semana de vida até os 12 meses – 400 UI/dia; de 12 a 24 meses – 600 UI/dia. Para prematuros, a suplementação oral de vitamina D deve ser iniciada quando o peso for maior que 1.500g. ✓ Ferro: suplementação profilática com dose de 1 mg de ferro elementar/kg/dia, dos 3 aos 24 meses de idade, independentemente do regime de aleitamento. ✓ Avaliação do crescimento e desenvolvimento ✓ Vacinação – conferir e recomendar o calendário vacinal ✓ Segurança: alertar para prevenção de acidentes – sufocação, quedas, e o proscrito andador, choques, quinas dos móveis, medicamentos e produtos de limpeza, afogamento e mordidas de animais. Suplementação de Vitamina D: É necessária a ativação da vitamina D para a absorção de cálcio pelo organismo. A vitamina D faz a síntese de uma proteína que é responsável pelo transporte do cálcio de dentro das células intestinais para a corrente sanguínea. A vitamina só é capaz de realizar essa síntese após uma cascata de ativação que se dá inicialmente pela ingestão de alimentos que contenham sua forma inativa, pela exposição a raios solares e pela ação de enzimas localizadas no fígado e nos rins. Obs: A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta evitar a exposição direta ao sol em crianças abaixo de seis meses – deve-se usar protetores mecânicos como sombrinhas, guarda-sóis, bonés e roupas de proteção. Entre seis meses e dois anos o uso de filtros solares físicos/minerais deve ser incentivado – filtros próprios para bebês. Os filtros infantis podem ser usados a partir dos 2 anos. Isto ocorre principalmente devido a necessidade de manutenção da integridade da pele, que em lactentes e RNs é mais fina e apresenta menor produção de melanina, portanto, é mais suscetível aos danos da radiação ultravioleta. A exposição excessiva ao sol na primeira infância está associada ao aumento do risco de câncer de pele no futuro. Na pele, os raios UV transformam o 7- desidrocolesterol (o precursor da vitamina presente nos alimentos) em pré-vitamina D3, e este por sua vez sofre isomeração por calor e vira Colecalciferol (ou vitamina D3). Bom, a partir disso, o Colecalciferol se liga à proteína transportadora (DBP) e através da corrente sanguínea atinge o fígado. Lá, sofre hidroxilação pela enzima CYP2R1 e dá origem ao Calcidiol, que percorre a corrente sanguínea (através também da DBP) e chega aos túbulos renais proximais. Nos rins, o Calcidiol sofre ação da 1,ALFA- HIDROXILASE que realiza uma translocação, transformando-o em Calcitriol. O Calcitriol é a forma ativa da vitamina, a qual é utilizada na absorção de cálcio. Para realizar todo esse processo sem a necessidade de exposição solar, a suplementação de RNs ocorre através do consumo do Colecalciferol. É esse composto que é utilizado pela farmacologia para suplementação, pois não precisa de ativação solar, já que já está ativado. No intestino, a sua forma ativa induz a síntese de CALBIDINA-D28K, que é uma proteína ligante de Cálcio capaz de se ligar em até 4 íons deste. Basicamente, o Ca2+ entra de maneira livre do lúmen intestinal para o interior da célula do intestino, e lá se 4 Laís Flauzino | PEDIATRIA | MEDICINA liga a CALBIDINA-D28K, e entra na corrente sanguínea através da bomba de Ca2+ATPASE. Nos rins, a vitamina D ativa age na absorção de Cálcio e de Fosfato. Já nos ossos, estimula junto ao Paratormônio (PTH) a ação de osteoclastos – a sua sinalização é feita através do receptor nuclear de vitamina D (VDR) -. PUERICULTURA DO PRÉ-ESCOLAR: Entre os 24 e 48 meses de idade: • as crianças refinam as habilidades adquiridas nos 2 primeiros anos de vida • apresentam grande plasticidade neuronal – permite vasto aprendizado. Interação com crianças e adultos promove socialização e ajuda a realizar descobertas no ambiente onde estão inseridas, por meio de situações cotidianas e de brincadeiras. A criança aprende pela observação e imitação, faz grandes avanços na linguagem verbal, aprende a expressar seus sentimentos e adquire habilidades motoras, noções sobre o autocuidado, autonomia na alimentação e controle de esfíncteres, que possibilitará encerrar o uso de fraldas. A criança aprende a conviver em grupo. PUERICULTURA DO ESCOLAR: As consultas passam a ser anuais – o pediatra precisa nesta oportunidade: • observar a capacidade da criança em seguir novas direções • avaliar suas habilidades de linguagem • nível de maturidade • capacidade motora Atividades escolares exigem maior capacidade de trabalhar em grupo – requer maior controle nas habilidades sociais. As crianças devem obedecer às regras, se dar bem com seus pares e evitar extrapolações no comportamento. Cresce a importância nas habilidades em ouvir, ler, matemática e conexões mais complexas. A partir dos 7 anos, aumenta a interatividade com os amigos e a criança começa a migrar do “mundo em família” para o “mundo dos amigos”. Aos 7 ou 8 anos de idade, a criança começa a olhar fora da família para novas ideias e atividades. É uma grande oportunidade para atividades coletivas, esportivas ou artísticas. Frequentemente tem interesses por crianças da mesma idade e do mesmo sexo e pode começar a se interessar por algumas crenças e práticas que diferem dos de sua família. A fase pré-púbere começa com uma grande labilidade emocional. Nesta idade, a criança começa a mostrar seu desenvolvimento cognitivo e desenvolve suas forças e habilidades de comunicação para traçar uma trajetória de desenvolvimento em direção à independência madura e autônoma. O superego recém-formado, ou consciência, permite a compreensão de regras, relacionamentos e costumes sociais. 5 Laís Flauzino | PEDIATRIA | MEDICINA Chegando aos 9 a 10 anos preocupa-se com a chegada da fase de puberdade – marcada nas meninas pelo desenvolvimento das mamas e nos meninos pelo aumento testicular. Essas mudanças são acompanhadas pelo estirão do crescimento. Com essa idade, a criança tornou-se membro de um grupo de pares – amigos do mesmo sexo e esses amigos assumem grande importância em sua vida. A crescente independência da criança da família agora é mais aparente. Os pais podem reconhecer o desejo da criança por independência, oferecendo oportunidades para ganhar privilégios, demonstrando sua responsabilidade. Em algumas famílias surge o conflito se os pais interpretam mal essa transição. ADOLESCÊNCIA: A OMS define a adolescência como o intervalo entre os 10 e os 19 anos de idade – período caracterizado por grandes transformações físicas, psicológicas e sociais. A puberdade é o fenômeno biológico que se refere às mudanças fisiológicas e morfológicas resultantes da reativação dos mecanismos neuro-hormonais do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal. As principais manifestações da puberdade são: • O estirão puberal e as mudanças na composição corporal • Desenvolvimento gonadal, dos órgãos de reprodução, das características sexuais secundárias e dossistemas e órgãos internos. Ocorre grande variabilidade no tempo de início, na duração e na progressão do desenvolvimento puberal. • Considera-se atraso puberal a ausência de caracteres sexuais secundários em meninas a partir dos 13 anos; e em meninos a partir dos 14 anos. A monitoração do desenvolvimento puberal é feita pela classificação de Tanner, que estudou e sistematizou a sequência dos eventos puberais em ambos os sexos, em 5 etapas: • Quanto ao sexo feminino, considera o desenvolvimento mamário e a distribuição e a quantidade de pelos púbicos; • No sexo masculino, o aspecto dos órgãos genitais e também a quantidade e a distribuição dos pelos púbicos. O período de adolescência caracteriza-se como uma fase de grande desenvolvimento e de mudanças físicas, psíquicas e comportamentais, de aumento da liberdade, busca da independência e enfrentamento de uma nova realidade de vida. O pediatra têm o dever de garantir o direito dessas crianças e adolescentes de viver de maneira igualitária, livre de estigmas e desigualdade. É fato que a adolescência está cada dia mais precoce e também mais prolongada, e que pode estar associada a novos estilos de vida familiar, comunitária e social, influenciados, principalmente, por acesso a informações, sobretudo após o advento da internet e das redes sociais. A consulta médica do adolescente deve ter como objetivo, além da prevenção de agravos, o diagnóstico, a monitoração, o tratamento e a reabilitação dos problemas de saúde, a identificação de adolescentes e jovens que estejam sujeitos a comportamentos de riscos ou que se encontrem em estágios iniciais de distúrbios físicos e/ou emocionais; a promoção de imunização adequada, esclarecimentos sobre cuidados com a saúde oral, hábitos nutricionais adequados, incluindo os benefícios de uma alimentação saudável e da manutenção do peso ideal, e aconselhamento de práticas sexuais responsáveis e seguras. O pediatra precisa estar preparado para entender o adolescer, um fenômeno que se configura como uma etapa da vida resultante de transformações que acompanham o fenômeno da puberdade, no qual interagem fatores psíquicos, socioculturais e as diversas realidades existenciais de cada adolescente. 6 Laís Flauzino | PEDIATRIA | MEDICINA O pediatra faz parte desse complexo processo, passageiro, mas definitivo para um “adultecer” sadio. Pediatria, Sociedade Brasileira D. Tratado de pediatria (volume 1). Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Editora Manole, 2021. https://www.sanarmed.com/suplementacao-de- vitamina-d-em-recem-nascidos-como-forma-de- substituir-o-banho-de-sol-nao-mais-recomendado- colunistas https://www.sanarmed.com/suplementacao-de-vitamina-d-em-recem-nascidos-como-forma-de-substituir-o-banho-de-sol-nao-mais-recomendado-colunistas https://www.sanarmed.com/suplementacao-de-vitamina-d-em-recem-nascidos-como-forma-de-substituir-o-banho-de-sol-nao-mais-recomendado-colunistas https://www.sanarmed.com/suplementacao-de-vitamina-d-em-recem-nascidos-como-forma-de-substituir-o-banho-de-sol-nao-mais-recomendado-colunistas https://www.sanarmed.com/suplementacao-de-vitamina-d-em-recem-nascidos-como-forma-de-substituir-o-banho-de-sol-nao-mais-recomendado-colunistas
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